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CVM avança em diversidade; Preocupações ambientais impactam setor de telecom nos EUA; PETR4 e a saga com o Ibama | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. CVM aprova guia da B3 sobre divulgação de diversidade

Na mídia: CVM aprova medidas de diversidade propostas pela B3 para companhias abertas – Valor Econômico, 20 de julho (link)

Nossa visão: No Brasil, dos 2.264 assentos em conselhos das empresas listadas na B3, apenas 14,8% são ocupadas por mulheres, enquanto aquelas ocupando posições da alta liderança aumentaram marginalmente em cerca de 6% nos últimos cinco anos², conforme mencionado em nosso relatório ‘Lugar de mulher é onde ela quiser? A disparidade de gênero no mercado de trabalho e investimentos‘ (acesse aqui). Olhando para frente, espera-se que a aprovação das diretrizes de diversidade da CVM para a B3 melhore a divulgação de dados sobre diversidade de gênero, ao mesmo tempo em que impulsione o progresso da representatividade feminina em cargos de liderança. Em nossa visão, a CVM está seguindo na mesma direção de outras bolsas de valores ao redor do mundo, como a Nasdaq, que exige que suas empresas listadas atinjam certas metas de gênero.

#2. AT&T e Verizon registram queda nas ações devido aos riscos de cabos com revestimento de chumbo

Na mídia: Ações da AT&T atingem o menor nível em três décadas, à medida que o risco de cabos de chumbo pesa – Reuters, 17 de junho (link)

Nossa visão: Enquanto o mercado ainda está precificando o impacto exato do envelhecimento dos cabos revestidos de chumbo na indústria de telecomunicações dos Estados Unidos, o risco imediato já está gerando impacto, com as ações da AT&T recuando quase 7% na segunda-feira (17), atingindo o nível mais baixo em 30 anos, ao mesmo tempo em que a Verizon despencou 7,5% no mesmo dia. Além da preocupação do mercado em relação ao impacto financeiro, observamos que os investidores estão cada vez mais considerando os riscos relacionados à sustentabilidade em suas decisões de investimento. Por fim, vale mencionar que, ao contrário do mercado dos EUA, o setor de telecomunicações do Brasil é composto por cerca de 70% de provedores de Fibra Óptica até a Residência (FTTH, na sigla em inglês), que consomem cerca de 85% menos energia, conforme mencionado em nosso relatório ‘Preocupações com cabos de chumbo impactam empresas americanas de telecomunicações’ (acesse aqui).

#3. Plano da Petrobras de perfuração na Foz do Amazonas está longe de acabar

Na mídia: Petrobras envia novo ofício ao Ibama sobre Margem Equatorial, 19 de julho (link)

Nossa visão: A exploração da Margem Equatorial para petróleo e gás ainda faz parte dos planos da Petrobras, como visto pelo ofício enviado nesta semana após o Ibama negar uma solicitação da estatal para perfurar na região. Enquanto a situação se desenrola, permanecemos atentos aos resultados.

¹Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE); ²de 9% em 2017 para 15% em 2022.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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