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COP27: Três principais mensagens dos primeiros dias

Neste relatório, nós buscamos trazer um feedback sobre os primeiros dias da 27ª Conferência das Partes da ONU (COP27, na sigla em inglês), marcando o início de duas semanas de intensas negociações diplomáticas

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O tempo está passando, enquanto a crise energética coloca desafios adicionais

A 27ª Conferência das Partes da ONU (COP27, na sigla em inglês) teve sua abertura no domingo (06) no Egito, marcando o início de duas semanas de intensas negociações diplomáticas entre quase 200 países sobre como enfrentar o desafio comum do aquecimento global. Com os olhos do mundo em Sharm El-Sheikh, aproveitamos a oportunidade para trazer as três principais mensagens dos primeiros dias da COP27, e destacar os temas que provavelmente estarão no centro das discussões ao longo dos próximos dias do evento.

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Os olhos do mundo estão em Sharm El-Sheikh. A COP deste ano chega a sua 27ª edição e acontece entre 6 a 18 de novembro. Reunindo líderes mundiais de quase 200 países, a COP27 teve sua abertura no domingo (06) com o objetivo principal de garantir a implementação do Acordo de Paris. Após a cerimônia de abertura, ocorreu na segunda e terça-feira a chamada Cúpula dos Líderes Mundiais, proporcionando a todas as nações a oportunidade de realizarem seus primeiros discursos.

Nomes de destaque marcam presença. Dentre os nomes de destaque já presentes, estão o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente francês Macron e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente eleito Lula são esperados para participar durante a próxima semana, enquanto outros nomes notáveis ainda não apareceram, como o chinês Xi Jinping e o indiano Narendra Modi.

(i) Crise energética e os desafios à transição dos combustíveis fósseis. As discussões na COP27 começam perto do final de um ano que tem visto os impactos de uma crise energética, da inflação de alimentos e do aumento do custo de vida. E tal cenário se refletiu no posicionamento de parte dos líderes na COP27. Nações ainda dependentes de petróleo e carvão criticaram o impulso para uma transição energética muito rápida, argumentando que tal movimento é economicamente imprudente e injusto para os países mais pobres e menos desenvolvidos que anseiam pelo crescimento econômico.

(ii) Combate ao desmatamento e apoio às florestas em foco. Na COP26, mais de 140 países prometeram acabar com o desmatamento até 2030. Tais discussões continuaram ganhando tração nos primeiros dias da COP27, o que levou ao anúncio de uma nova parceria: 26 países – responsáveis por ~35% das florestas do mundo – lançaram a Parceria de Líderes Florestais e Climáticos (FCLP), com o objetivo de acelerar o combate, reverter a perda florestal e a degradação da terra nesta década.

(iii) Iniciativa de “perdas e danos“ entra na agenda. Há anos a ideia de criar um fundo para “perdas e danos“ é discutida. Agora, este tópico entrou na agenda. Os países vulneráveis levantaram a discussão na abertura da COP27, reforçando a necessidade dos países mais ricos financiarem as nações em desenvolvimento, com o objetivo de fornecer suporte para a adaptação aos efeitos do aquecimento global e como forma de reparação climática. Embora até o presente momento estas sejam apenas discussões, sem qualquer acordo, vemos a inclusão desse tema como um passo importante dado.

O que esperar daqui para frente? Uma série de outros eventos importantes ocorrerão durante a COP. Dito isso, para os próximos dias, destacamos três temas-chave que devem concentrar as discussões adiante: (i) financiamento climático; (ii) mercado de carbono; e (iii) obstáculos geopolíticos – clique aqui para mais detalhes.

Clique aqui para ler o relatório em PDF

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