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O que muda com as novas normas globais de sustentabilidade do ISSB?

Ao longo deste relatório, analisamos as principais mudanças e impactos das novas normais globais de sustentabilidade do ISSB, bem como os impactos para empresas brasileiras!

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Embora voluntárias, as diretrizes podem servir como referência para aprimorar a divulgação de informações ESG

No dia 23 de junho, o ISSB, mais conhecido como International Sustainability Standards Board, publicou os primeiros padrões globais relacionados à sustentabilidade (IFRS S1 e S2). Impactando empresas e atendendo à demanda dos investidores por maior transparência, as novas normas buscam criar uma estrutura global para padronizar a divulgação de dados ESG e abordar um dos principais gargalos nessa divulgação. De forma geral, mesmo considerando a natureza voluntária da norma, vemos a iniciativa como um passo importante na direção certa, servindo como referência para órgãos reguladores em todo o mundo adotarem tal regulamentação (ou similar) como obrigatória, ao mesmo tempo em que vemos a falta de dados e informações ESG como um dos principais desafios hoje na agenda, tanto por parte das empresas ao redor do mundo, quanto também do Brasil.


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Como chegamos aqui? Durante a COP26 em Glasgow (2021), a Fundação IFRS¹ lançou o International Sustainability Standards Board (ISSB), com o objetivo de desenvolver padrões de alta qualidade e normas globais para divulgação de métricas de sustentabilidade. Em 23 de junho, a organização lançou o primeiro conjunto de padrões voluntários, desenhados para impulsionar a divulgação de dados ESG juntamente com as demonstrações financeiras das empresas, disponíveis para serem adotados em relatórios já a partir do ano que vem.

Uma breve visão dos novos padrões. O IFRS S1 pede a divulgação de informações relevantes sobre riscos e oportunidades financeiras relacionadas à sustentabilidade e estabelece requisitos gerais para relatórios, enquanto a IFRS S2 é uma aplicação da IFRS S1, mas específica ao clima – acesse o link do documento abaixo para mais detalhes sobre os novos padrões.

Endereçando um gargalo importante em todo o mundo, tanto de forma quantitativa (…) A divulgação de dados ESG é atualmente um dos maiores desafios dentro da agenda ESG. À título de referência, ao analisar as empresas brasileiras listadas, 71% das companhias do IBOV² possuem relatório de sustentabilidade, enquanto apenas 21% das empresas da B3 possuem um. Para além da ausência de um relatório de sustentabilidade público ao mercado, o desafio também recai sob o nível qualitativo relativamente baixo das informações.

(…) quanto qualitativa. Usando dados da Bloomberg ESG Disclosure Score³ (cuja pontuação varia de 0-100), analisamos as notas das empresas listadas no IBOV, com o objetivo de entender o nível de qualidade da divulgação ESG localmente e como ela se compara ao universo das empresas americanas listadas no S&P. No geral, vale destacar: (i) a pontuação média dos nomes do IBOV é de 48 (vs. 56 S&P); (ii) 36% deles possuem pontuação entre 50-60 (vs. 32% S&P), enquanto 0% entre 60-70 (vs. 8,6% S&P); e (iii) a maior nota localmente é de 67,9 – Suzano (vs. 86,3 S&P – Newmont Corporation), enquanto 20,4 é a menor (em linha com S&P) – veja no link abaixo os gráficos.

Nossa visão em poucas palavras. Em resumo, embora observemos que a lacuna do Brasil é maior em relação a outros países, com destaque para os EUA, a divulgação ESG é um desafio comum globalmente. Assim, mesmo considerando o caráter voluntário das normas ISSB, vemos a iniciativa como um passo fundamental na direção certa, capaz de contribuir para: (i) expandir o relato de sustentabilidade, sendo uma referência dos temas a divulgar; (ii) ajudar a padronizar a divulgação ESG; (iii) servir de referência para órgãos reguladores em todo o mundo que buscam implementar ou aprimorar as regras existentes; e (iv) apoiar os investidores a tomar decisões de investimento baseadas em dados e alcançar maior comparabilidade entre as empresas.

¹As Normas Internacionais de Relato Financeiro são um conjunto de regras contábeis para as demonstrações financeiras de companhias abertas. ²62 de 88 e 92 de 447, respectivamente; ³Desde 2009, a Bloomberg compila dados ESG sobre empresas a partir de divulgações publicadas para encontrar uma pontuação geral de divulgação de 0 a 100.

Clique no link abaixo para acessar o PDF completo (em inglês)

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