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Radar ESG | Incorporadoras de alta renda: ESG ainda em construção

Ao longo deste relatório, fazemos uma análise ESG do setor de construção e destacamos como as empresas brasileiras desse setor dentro do nosso universo de cobertura (Cyrela, Lavvi, Trisul, Melnick, EZTec e Even) estão posicionadas quando o tema é ESG.

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O setor de construção residencial oferece uma combinação de desafios e oportunidades em uma perspectiva ESG. Para este setor, vemos que os pilares Social e Governança como os fatores mais importantes, embora o pilar Ambiental não esteja muito distante. Em nossa visão, embora as medidas iniciais em todas as três frentes tenham sido tomadas pelas construtoras brasileiras, vemos espaço para melhorias nessas práticas (e também na divulgação), como edifícios verdes e políticas formais de bem-estar trabalhista, uma vez que os empreendimentos imobiliários são intensivos em mão-de-obra e materiais de construção. Sobre governança, políticas formais e comitês de auditoria para proteger as operações de atalhos irregulares nos processos de aquisição / aprovação de terrenos também são bem-vindos.

Do ponto de vista de cada companhia, para a Cyrela temos como principais destaques o Instituto Cyrela e a norma ISO 9001, enquanto para a Lavvi, embora a empresa ainda não tenha um relatório de sustentabilidade, vemos positivamente que na nossa última conversa com a empresa ficou claro seu compromisso em avançar na agenda ESG. Na Trisul, vemos a companhia se destacando em relação aos pares no pilar Social, enquanto para a Melnick, apesar de reconhecermos que a empresa fez seu IPO recentemente, vale ressaltar que sentimos falta de uma evidência mais concreta de que a empresa tem procurado colocar o ESG no radar de suas prioridades. Por fim, para a Eztec, apesar de reconhecermos que ainda há um longo caminho pela frente, acolhemos as iniciativas recentes da empresa rumo a essa agenda, e para a Even, vemos com bons olhos os compromissos atuais da empresa na agenda ESG, com destaque para a frente Ambiental, entretanto vemos espaço para melhorias adicionais e esperamos que a empresa redefina os avanços nessa agenda como prioridade, o que será bem-vindo.

Neste relatório, destacamos os tópicos ESG que vemos como os mais importantes para o setor e analisamos como as empresas sob o universo de cobertura da XP (CYRE3, LAVV3, TRIS3, MELK3, EZTC3 e EVEN3) se posicionam quando o tema é ESG.

Gostou do conteúdo? Quaisquer críticas, dúvidas ou sugestões são bem vindas: basta deixar um comentário no final do post. 


Um olhar setorial: ESG ainda em construção

O setor de construtoras oferece uma mistura de desafios e oportunidades na perspectiva ESG. Vemos espaço para melhorias nas iniciativas atuais das empresas para aprimorar essa agenda, pois encontramos informações limitadas sobre os esforços das empresas e divulgação de dados ESG insuficiente. Em nossa visão, os pilares Social e Governança são os fatores mais importantes na análise ESG, embora o pilar Ambiental não esteja muito distante. Abaixo, destacamos tópicos comuns na indústria de construtoras residenciais, em uma perspectiva setorial:

Ambiental: De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o setor imobiliário é responsável por quase 40% das emissões de carbono relacionadas à energia em todo o mundo. Os edifícios verdes são uma estratégia eficaz de mitigação dos efeitos climáticos que podem diminuir o consumo de energia. Além disso, sua adesão pode aumentar as receitas ou a participação no mercado como incentivos do governo e do mercado, bem como o aumento da demanda por espaços verdes. Sobre este tópico, embora vejamos algumas iniciativas sendo desenvolvidas pelas empresas brasileiras do setor, notamos que muito mais pode ser feito visando preparar as construtoras para atender à demanda dos consumidores por residências mais verdes, sustentáveis ​​e eficientes.

Social: As construtoras devem ter uma política robusta em relação à saúde e segurança da sua força de trabalho e das comunidades locais. Esse setor normalmente tem altas taxas de lesões dos funcionários e, com prazos de projeto apertados, as estruturas organizacionais descentralizadas aumentam as taxas de acidentes associadas aos canteiros de obras. Além disso, a mudança das expectativas dos clientes, como o foco crescente na saúde e bem-estar, além de responder às mudanças demográficas da crescente urbanização que está alimentando a demanda por ativos de uso misto, estão influenciando as estratégias operacionais e a atitude das empresas em relação à propriedade de ativos específicos.

Governança: A governança é uma questão fundamental e, para as construtoras, esse pilar tem uma materialidade ainda maior. Historicamente, os empreendimentos imobiliários têm sido suscetíveis à corrupção devido às estruturas descentralizadas e alguma dependência de licenças de mudança de uso da terra. Para mitigar estes riscos, as empresas devem implementar mecanismos de fiscalização, como auditoria, treinamento de funcionários e proteção aos denunciantes. Além disso, vemos espaço para melhorias tanto na independência quanto na diversidade do Conselho de Administração das empresas, pois (i) notamos a ausência de uma maioria independente – exceto para Melnick e Even – e (ii) três das seis empresas não têm mulheres tanto no Conselho de Administração quanto na Diretoria Executiva. Por outro lado, reconhecemos positivamente que todas as seis empresas têm suas ações listadas no Novo Mercado, o mais alto padrão de governança corporativa do mercado brasileiro.


Cyrela (CYRE3): Instituto Cyrela e norma ISO 9001 são os principais destaques

A empresa não possui um relatório de sustentabilidade, o que limita a nossa análise e a dos investidores em relação tanto às iniciativas ESG quanto à divulgação de dados. Por outro lado, destacamos (i) o Instituto Cyrela, entidade sem fins lucrativos responsável por todas as ações de responsabilidade social da empresa; e (ii) a norma ISO 9001 em alguns de seus projetos e medidas para reduzir seu impacto no meio ambiente.

Ambiental: As construtoras estão naturalmente expostas aos riscos vinculados à qualidade e segurança do processo de construção. Dito isso, reconhecemos positivamente que a Cyrela possui iniciativas como a norma ISO 9001 em alguns de seus projetos e outras medidas ambientais adotadas, como a seleção de matérias-primas a serem utilizadas na construção, o encanamento otimizado e a instalação de dispositivos de economia de água em áreas comuns. No entanto, gostaríamos de ver mais informações detalhadas sobre os números relacionados às medidas acima mencionadas.

Social: No social, destacamos o Instituto Cyrela. Criado em novembro de 2011, o instituto é uma entidade sem fins lucrativos responsável por todas as ações de responsabilidade social da empresa (investimento social, voluntariado/solidário e trabalho educativo). A Cyrela divulga que 1% do lucro líquido é doado para o instituto. Por fim, também gostaríamos de destacar que Elie Horn, presidente e fundador da empresa, sempre foi reconhecido pelas suas atividades filantrópicas e de caridade.

Governança: A Cyrela (CYRE3) possui suas ações listadas no Novo Mercado, com a Família Horn sendo a principal acionista da empresa (25,5% das ações). No que se refere à diversidade, a Cyrela carece de membros femininos em seu Conselho de Administração, porém saudamos a recente eleição da Sra. Rafaella Nogueira de Carvalho Corti, em conjunto com o Sr. Celso Antonio Alves, ambos como Diretores sem designação específica, dada a renúncia do cargo de Diretor de Engenharia Corporativa pelo Sr. Antonio Carlos Zorzi. Assim, dentre os 6 principais executivos da Cyrela, agora uma é mulher. Em relação ao Conselho de Administração da empresa, este carece de maioria independente (28%), prática que se identifica com o desempenho superior do conselho.

MSCI ESG Rating

A Cyrela possui classificação B pela MSCI ESG Ratings. Em uma perspectiva global, a classificação B coloca a CYRE entre os 26% de empresas com esta classificação sob os constituintes do Índice MSCI ACWI dentro do setor de Desenvolvimento Imobiliário & Div. Atividades (81 empresas).

Fonte: MSCI, Research XP
Fonte: MSCI, Research XP

Lavvi (LAVV3): Ainda no inicio da agenda ESG, mas comprometido em avançar

Embora Lavvi ainda não tenha um relatório de sustentabilidade devido ao recente IPO da empresa, em nossa última ligação com a empresa ficou claro que a Lavvi está comprometida em avançar na agenda ESG. Além disso, vale ressaltar que a empresa trouxe muito know-how da Cyrela, que já pratica ações positivas em termos de sustentabilidade. Portanto, vemos a Lavvi ainda no início do caminho para ter uma agenda ESG mais robusta e, olhando para frente, esperamos que a empresa melhore gradualmente a divulgação de dados e iniciativas.

Ambiental: Como mencionamos anteriormente, as construtoras estão naturalmente expostas a riscos vinculados à qualidade e segurança no processo de construção. Nesta frente, a empresa está em vias de estabelecer parâmetros sustentáveis ​​no seu dia a dia, com destaque para as iniciativas atuais da Lavvi, tais como: (i) gestão de resíduos; (ii) a preocupação com o uso adequado do solo e com a origem dos materiais utilizados na construção; (iii) o racionamento de água e energia; e (iv) a possibilidade de construção de edifícios com fonte de energia renovável (energia solar). Apesar de reconhecermos positivamente essas iniciativas, sentimos falta da divulgação de dados dessas medidas.

Social: No pilar social, no que diz respeito à diversidade, embora se trate de um setor predominantemente masculino, vemos a Lavvi bem posicionado neste quesito, pois (i) as mulheres representam 69% dos colaboradores próprios; e (ii) há 1 mulher tanto no Conselho de Administração quando na Diretoria Executiva da empresa. Além disso, destacamos que a Lavvi possui ações próprias em relação à saúde e segurança da força de trabalho, como treinamento de funcionários e oferecimento de equipamentos de segurança a toda a equipe, inclusive terceiros.

Governança: A Lavvi (LAVV3) possui suas ações listadas no Novo Mercado e, antes da oferta pública, a empresa era uma JV com a Cyrela, que detinha cerca de 45% da empresa (vs. atuais 26%). Sobre os principais executivos, a empresa conta com 1 mulher dentre os 5 executivos da alta administração (Sra. Sandra Petzenbaum, CFO da empresa) e 1 dentre os 6 membros do Conselho de Administração (Sra. Daniella Figueira), o que consideramos positivo quando comparado com seus pares do setor. Além disso, a empresa possui Código de Ética, Política de Gestão de Riscos e Política de Governança Corporativa próprios, com o objetivo de mitigar eventuais questões prejudiciais à governança da companhia. Por fim, destacamos o forte alinhamento entre a gestão e as partes interessadas minoritárias, visto que a alta gestão (CEO, CFO e Diretor de Vendas) possui cerca de 31% das ações da empresa.


Trisul (TRIS3): Se destacando em relação aos pares no pilar Social

As construtoras são naturalmente suscetíveis a causar impactos socioambientais em canteiros de obras. No entanto, acompanhando as tendências do mercado da construção civil, a Trisul adotou como política a preferência pelos canteiros de obras sustentáveis ​​e socialmente responsáveis, com destaque para o programa da empresa denominado Programa de Sustentabilidade das Obras (PSO). Vemos a empresa de destacando em relação aos pares no pilar Social, no entanto, sentimos falta da elaboração de um relatório de sustentabilidade, o que limita a nossa análise e a dos investidores em relação tanto às iniciativas ESG da empresa quanto à divulgação de dados.

Ambiental: A abordagem da empresa para a construção sustentável é identificada principalmente por meio da preferência por materiais ecológicos e adoção de ações sustentáveis ​​desde a conceituação do produto até a entrega da obra. Ainda na frente ambiental, a Trisul passou recentemente pela primeira etapa da certificação criada na França e aplicada no Brasil pela Fundação Vanzolini, chamada AQUA. Esta tem como principal objetivo promover edifícios que, durante a sua construção, vida útil e desconstrução, gerem baixos impactos ao meio ambiente e possuem viabilidade econômica, o que destacamos positivamente.

Social: Vemos a Trisul se destacando em relação aos seus pares no que diz respeito à segurança e qualidade de seus produtos. A empresa é detentora da certificação ISO 9001 e certificação Nível A do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habita – PBGP (H), que certifica que os processos da empresa são confiáveis ​​e atendem aos padrões de qualidade exigidos. Além disso, a empresa possui um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) que segue os critérios estabelecidos pelo SIAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Serviços e Obras.

Governança: A Trisul possui suas ações listadas no Novo Mercado e é uma empresa familiar, tendo como membros relevantes da diretoria executiva as famílias fundadoras e os principais acionistas: Cury (30% de participação), Saad (20% de participação) e Sayeg (6% de participação). Em relação à gestão, notamos a falta de mulheres tanto no Conselho de Administração quanto na Diretoria Executiva, o que consideramos negativo do ponto de vista da diversidade. Além disso, a empresa carece de uma maioria independente no conselho de administração (1 em 5 membros).

MSCI ESG Rating

A Trisul possui classificação BB pela MSCI ESG Ratings. Em uma perspectiva global, a classificação do BB coloca a TRIS entre as empresas de 36% com esta classificação sob os constituintes do Índice MSCI ACWI dentro de Desenvolvimento Imobiliário & Div. Atividades (81 empresas).


Melnick (MELK3): A empresa pretende colocar ESG no radar?

A Melnick não tem diretrizes robustas em termos de sustentabilidade e sentimos falta da divulgação de práticas e dados ESG, uma vez que a Even, acionista controladora da empresa, não possui um relatório de sustentabilidade atualizado (o último foi publicado em 2017), o que limita a nossa análise, assim como a dos investidores. Apesar de reconhecermos que a empresa fez seu IPO recentemente, vale ressaltar que falta uma evidência mais concreta de que a Melnick está procurando colocar a agenda ESG no radar, o que nos chama a atenção. Por outro lado, notamos que, como subsidiária da Even, a empresa compartilha alguns de seus compromissos na agenda ESG.

Ambiental: Encontramos informações limitadas sobre as iniciativas da empresa nesse pilar, no entanto, observamos que a Melnick tem um programa de gestão de resíduos e toma medidas para reduzir seu consumo de energia, embora faltem número e registros de rastreamento nessa frente. Por outro lado, destacamos que um dos empreendimentos da empresa possui o selo AQUA (já com duas etapas certificadas) e outro está em estudo de viabilidade para obtenção do mesmo certificado, o que vamos como positivo. No geral, vemos espaço para melhorias, tanto em termos de divulgação quanto de esforços para minimizar os impactos da empresa no meio ambiente.

Social: Apesar de vermos espaço para avanços, destacamos que (i) a Melnick possui ações sociais nas comunidades locais; e (ii) a empresa possui um centro de equipamentos e treinamento para toda a sua força de trabalho, inclusive de terceiros. Por outro lado, com um quadro de mais de 600 colaboradores, a empresa tem o desafio de fazer uma boa gestão com o objetivo de garantir todos os aspetos de saúde e segurança dos mesmos.

Governança: A empresa possui suas ações listadas no Novo Mercado e, antes da oferta pública, a empresa era JV com a Even. Atualmente, os principais acionistas são Even (43,1%) e Melnick Participações (20,3%), com o restante em free float (36,6%). Além disso, a Melnick possui Código de Ética, Política de Gestão de Riscos e Política de Governança Corporativa próprios, com o objetivo de mitigar eventuais questões prejudiciais à governança da companhia. Ressaltamos também que, desde o IPO, a empresa conta com uma área própria de Compliance, Auditoria Interna e Gestão de Riscos, que antes eram administradas em conjunto com a Even e hoje reportam diretamente ao CEO da empresa. O Conselho de Administração de Melnick tem 50% de membros independentes, mas notamos a ausência de mulheres tanto no Conselho de Administração quanto na Diretoria da empresa.


EZTec (EZTC3): Ainda há um longo caminho pela frente, mas já vemos iniciativas rumo à agenda ESG

Como o negócio da construção está sujeito à riscos de acidentes de trabalho e impacto ambiental, vemos a agenda ESG como um ponto fundamental de ser analisado. Nesse sentido, notamos que a empresa ainda não possui um relatório de sustentabilidade, o que limita a nossa análise e a dos investidores em relação tanto às iniciativas ESG quanto à divulgação de dados. Apesar de reconhecermos que ainda há um longo caminho pela frente, destacamos as recentes iniciativas da empresa rumo à essa agenda, com destaque para a troca de um membro do Conselho por um membro independente adicional no Conselho de Administração da EZTec (Sr. Luiz Pretti) no último ano.

Ambiental: As construtoras estão naturalmente expostas a riscos vinculados à qualidade e segurança do processo de construção. Portanto, reconhecemos positivamente as medidas da EZTec nessa frente, como (i) a norma ISO 9001 em alguns de seus projetos; (ii) programa de gestão de resíduos, que visa minimizar o impacto ambiental dos resíduos produzidos; (iii) Projeto “Morar bem”, que visa a preservação de áreas verdes; e (iv) programa Floresta do Futuro da SOS Mata Atlântica, que se preocupa com o reflorestamento de espécies nativas da flora brasileira.

Social: No pilar social, a EZTec mantém iniciativas sociais, como: (i) Projeto Biblioteca em Trabalho, que oferece livros, jornais e revistas em suas obras; (ii) Programa de bolsas de estudo, no qual a empresa promove a educação de seus funcionários por meio da concessão de bolsas de estudo; e (iii) Projeto de Vizinhança Amigável, que a empresa busca estabelecer um bom relacionamento com os bairros próximos às suas obras. Apesar de vermos com bons olhos os esforços da EZTec acima mencionados, vemos espaço para melhorias, principalmente no que diz respeito à Saúde e Segurança da sua força de trabalho.

Governança: A EZTec (EZTC3) possui suas ações listadas no Novo Mercado e é uma empresa de controle familiar, com a Família Zarzur detendo 58% de participação. Em relação à diversidade, a EZTec carece de mulheres tanto no Conselho de Administração quanto na Diretoria Executiva, o que consideramos negativo e vemos espaço para evolução. No que se refere ao Conselho de Administração, apesar da empresa ainda não ter maioria independente (3 de 8 membros), a empresa acrescentou mais um membro independente em 2020 (Sr. Luiz Pretti), movimento este que reconhecemos como positivo.

MSCI ESG Rating

A EZTec tem uma classificação B pela MSCI ESG Ratings. Em uma perspectiva global, a classificação B coloca a EZTC entre as empresas de 26% com esta classificação sob os constituintes do Índice MSCI ACWI dentro de Desenvolvimento Imobiliário & Div. Atividades (81 empresas).


Even (EVEN3): Pilar Ambiental como principal destaque, mas ainda vemos muito espaço para avanço

Destacamos positivamente os compromissos atuais da Even na agenda ESG, com destaque para a frente Ambiental, mas vemos espaço para melhorias adicionais. Além disso, notamos que a empresa não possui um relatório de sustentabilidade atualizado (o último foi publicado em 2017), o que limita a nossa análise e a dos investidores. Portanto, esperamos que a empresa priorize novamente a agenda ESG, o que será bem-vindo.

Ambiental: As construtoras estão naturalmente expostas à riscos vinculados à qualidade e segurança do processo de construção. Posto isto, reconhecemos positivamente as medidas da Even nessa frente, com destaque para (i) a norma ISO 9001 em alguns de seus projetos; (ii) o desenvolvimento de iniciativas de gestão e reciclagem de resíduos e água; e (iii) a adoção da certificação “Empreendedor AQUA”, da Fundação Vanzolini, que administra o uso de materiais e o consumo de energia e água em seus empreendimentos.

Social: No âmbito social, encontramos informações limitadas sobre as iniciativas atuais da Even, por não haver um relatório de sustentabilidade atualizado, porém observamos que a empresa está focada principalmente na segurança e no desenvolvimento de seus colaboradores. Adicionalmente, destacamos a política da Even com os fornecedores, que visa garantir qualidade aos seus empreendimentos, prazos de entrega, segurança dos colaboradores e redução dos impactos socioambientais, minimizando riscos para a empresa.

Governança: A Even (EVEN3) possui suas ações listadas no Novo Mercado, o mais alto padrão de governança corporativa do mercado brasileiro. No que se refere à diversidade, o Conselho de Administração possui 1 mulher dentre os 6 membros, enquanto a Diretoria Executiva carece de presença feminina. Por fim, destacamos que a empresa possui maioria independente no Conselho de Administração, o que consideramos positivo.

MSCI ESG Ratings

A Even tem uma classificação BB pela MSCI ESG Ratings. Em uma perspectiva global, a classificação do BB coloca a EVEN entre as 36% das empresas com essa classificação sob os constituintes do Índice MSCI ACWI dentro de Desenvolvimento Imobiliário & Div. Atividades (81 empresas).


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