Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +1,8% e +2,5%, respectivamente.
• No Brasil, o apetite para legislar sobre mercados de carbono nunca esteve tão alto – de janeiro de 2021 até hoje, foram pelo menos quatro novos projetos de lei na Câmara e no Senado trazendo essa temática, e esse interesse todo não é à toa: colocar um preço no carbono pode ajudar a orientar o mercado da descarbonização com mais previsibilidade e segurança jurídica e também ajudar o Estado brasileiro na gestão dos seus ativos de carbono à luz dos seus compromissos internacionais.
• No internacional, (i) a BlackRock não planeja grandes mudanças na forma como se envolve com empresas e vota em questões ambientais e sociais no próximo ano, apesar de uma reação contra sua posição sobre a mudança climática de alguns políticos republicanos dos EUA; (ii) a Fortescue Metals Group disse que assinou um acordo com a japonesa Mitsubishi Corp e a siderúrgica austríaca Voestalpine AG para desenvolver um protótipo de fábrica de produção de ferro com emissões líquidas zero em Linz, Áustria.
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Brasil
Empresas
9 passos na jornada das empresas para uma agenda sustentável
“Nos últimos dois anos, com o já não tão recente boom do ESG, muitas empresas se viram diante de um dilema na decisão de escolher atuar de maneira consciente com as pautas socioambientais ou simplesmente continuar seguindo de acordo com o antigo modus operandi. Desde que comecei a atuar com grandes empresas na pauta de impacto positivo, ESG e sustentabilidade, tenho (felizmente) me deparado com uma grande quantidade de possibilidades de atuação e projetos sendo oferecidos para as empresas. Mas, ao mesmo tempo, surge uma grande dúvida entre as lideranças: por onde começar? Recebo empresas em diferentes níveis de maturidade no assunto, e a resposta sobre os caminhos possíveis varia bastante. Depois de 10 anos atuando no campo, entendo que o mais importante é compor uma estratégia de base para um portfólio de ações complementares que sejam disseminadas por todo o negócio e por sua forma de operar, resultando assim, em uma mudança de olhar e cultura dentro da organização. “
Fonte: Capital Reset, 19/12/2022
Regulação
Colocando ordem na casa: é hora de regular o carbono no Brasil
“Nunca-antes-na-história-desse-país houve tanto apetite para legislar sobre mercados de carbono. De janeiro de 2021 até hoje, foram pelo menos quatro novos projetos de lei na Câmara e no Senado trazendo essa temática. Esse interesse todo não é à toa. Colocar um preço no carbono pode ajudar a orientar o mercado da descarbonização com mais previsibilidade e segurança jurídica e também ajudar o Estado brasileiro na gestão dos seus ativos de carbono à luz dos seus compromissos internacionais. Para lembrar, o que se convencionou chamar de mercado regulado é aquele estabelecido pelo governo como forma de limitar a quantidade de emissões de GEE que determinados setores da indústria poderão gerar. Os agentes dentro desses setores regulados só podem emitir carbono se tiverem permissões para cada unidade de CO2 emitido. “
Fonte: Capital Reset, 20/12/2022
Internacional
Empresas
Fortescue Metals da Austrália assina acordo para desenvolver usina de produção de ferro verde
“O Fortescue Metals Group disse que assinou um acordo com a japonesa Mitsubishi Corp e a siderúrgica austríaca Voestalpine AG para desenvolver um protótipo de fábrica de produção de ferro com emissões líquidas zero em Linz, Áustria. O novo processo de fabricação de ferro na unidade da Voestalpine será desenvolvido pela Primetals Technologies, um empreendimento envolvendo outra empresa da Mitsubishi, que forneceria suas fundições elétricas para ajudar a produzir metal mais limpo para a usina siderúrgica. A Fortescue disse na segunda-feira que fornecerá vários tipos de minério de ferro para a nova planta, além de fornecer conhecimento sobre a qualidade e preparação do minério de ferro. O quarto maior produtor de minério de ferro do mundo assinou vários acordos desde o ano passado, enquanto se esforça para fazer a transição para uma empresa de energia verde em meio a crescentes pedidos de descarbonização.”
Fonte: Reuters, 19/12/2022
BlackRock não planeja grandes mudanças na postura do ESG, apesar da reação
“A BlackRock não planeja grandes mudanças na forma como se envolve com empresas e vota em questões ambientais e sociais no próximo ano, apesar de uma reação contra sua posição sobre a mudança climática de alguns políticos republicanos dos EUA. A maior gestora de ativos do mundo, que administra cerca de US$ 8 trilhões para investidores, foi contestada por alguns legisladores republicanos ao pressionar as empresas a fazerem mudanças como parte de uma transição global para uma economia de baixo carbono. Entre seus críticos mais contundentes está o Texas, rico em petróleo, onde as autoridades confrontaram na semana passada a executiva da BlackRock, Dalia Blass, sobre o assunto, inclusive desafiando sua participação em um grupo global de gestores de recursos que busca reduzir as emissões de portfólio.”
Fonte: Reuters, 19/12/2022
Fundos ESG definidos para as primeiras saídas anuais em uma década após ano contundente
“Os investidores retiraram mais dinheiro de fundos comercializados como “sustentáveis” do que acrescentaram pela primeira vez em mais de uma década em 2022, atingidos pelas consequências da guerra na Ucrânia, queda dos mercados financeiros e uma reação política contra o setor. Os fundos, que refletem uma série de questões ambientais, sociais e de governança (ESG), também devem ficar abaixo do desempenho dos fundos não-ESG pela primeira vez em cinco anos, mostram dados, depois que as ações de combustíveis fósseis que eles normalmente evitam dispararam. Combinado com uma queda na captação de recursos corporativos por meio de títulos sustentáveis, 2022 foi um ano difícil e 2023 também pode ser difícil, dada a volatilidade do mercado e a necessidade dos investidores de preservar o capital.”
Fonte: Reuters, 19/12/2022
Política
Europa aperta regras do mercado de carbono (e o que o resto do mundo tem a ver com isso)
“A União Europeia chegou a um acordo neste fim de semana para uma ampla reforma no seu mercado de carbono — o mais longevo e consolidado no mundo —, com o maior aperto nas regras desde a sua concepção em 2005. Por meio de uma série de medidas, o bloco quer reduzir o teto de emissões de gases de efeito estufa em 62% para os setores regulados até 2030 em relação ao patamar do ano de início do sistema. Além disso, a partir de 2026 fará um novo sistema para incluir os setores de combustíveis utilizados para aquecimento e transporte rodoviário, que atualmente não estão contemplados. Hoje, o mecanismo cobre 12 mil instalações industriais e empresas de energia, além de limitar também as emissões do setor aéreo. A reforma faz parte do plano da União Europeia de reduzir as emissões do bloco em 55% até 2030 frente a 1990, um passo intermediário para atingir o objetivo de se tornar neutra em carbono até 2050. “
Fonte: Capital Reset, 19/12/2022
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
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- Radar ESG | Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3): Uma líder em alumínio verde, com forte posicionamento ESG (link)
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- Radar ESG | Boa Safra (SOJA3): Agenda ESG em produção, semente por semente (link)
- Água: Onde há escassez, há oportunidade (link)
- Radar ESG | Positivo (POSI3): Um trabalho em andamento (link)
- B3 anuncia nova metodologia para o ISE; Positivo (link)
- Radar ESG | G2D (G2DI33): Abraçando os pilares S e E através do portfólio de investimentos de impacto (link)
- Ambev (ABEV3): Feedback do evento ESG; Reforçamos nossa visão positiva (link)
- Radar ESG | Setor de infraestrutura (CCRO3, ECOR3, RAIL3, HBSA3, STBP3): Preparando o asfalto (link)
- Crédito de carbono: Capturando parte da solução; 5 nomes para exposição ao tema (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de Imóveis Residenciais Populares: Construindo os andares ESG (link)
- Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG (link)
- Trilogia ESG (Pt. I): Um mergulho no pilar E; Três nomes que são parte da solução (link)
- Radar ESG | Blau (BLAU3) e Hypera (HYPE3): Em busca da fórmula ESG (link)
- Bitcoin e ESG: Entenda os dois lados da moeda (link)
- Radar ESG | Bemobi (BMOB3): Diversidade é o nome do jogo (link)
- Radar ESG | Setor de Logística (SIMH3, JSLG3 e VAMO3): Preparando-se para a estrada ESG (link)
- Radar ESG | Laboratórios: ESG ainda na triagem; Fleury se destacando em relação aos pares (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Tecnologia, economia e agenda verde centralizam as discussões no segundo dia do evento (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Cooperação global é uma das três principais mensagens do evento (link)
- Radar ESG | Locadoras de automóveis: Rumo à agenda ESG; Localiza liderando a corrida (link)
- Radar ESG | São Martinho (SMTO3): Quanto mais se semeia, maior é a colheita (link)
- Radar ESG | Orizon (ORVR3): Quando ESG está escrito no DNA (link)
- Sondagem XP/ESG com investidores institucionais (link)
- O melhor dos dois mundos: Seleção de 10 BDRs para exposição internacional ao tema ESG (link)
- Radar ESG | Enjoei (ENJU3): O usado é o novo “novo”? (link)
- Radar ESG | CSN Mineração (CMIN3): Explorando os campos ESG (link)
- Radar ESG | Jalles (JALL3): Plantando as sementes ESG (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de alta renda: ESG ainda em construção (link)
- Radar ESG | Setor de saúde: O ESG ainda está na sala de espera? (link)
- Radar ESG | Quão sustentáveis são as empresas de e-commerce? Uma análise ESG dessas gigantes (link)
- Radar ESG | IMC (MEAL3): Por que a empresa ainda tem muito espaço para melhorar? (link)
- Radar ESG | Aeris (AERI3): Uma das empresas melhor posicionada para surfar o vento ESG (link)
- Radar ESG | 3R Petroleum: Construindo um caminho que incorpora metas ESG (link)
- Radar ESG | Setor de supermercados: Vale a pena encher o carrinho? (link)
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- Radar ESG | Quem é o melhor aluno da classe? Avaliando os líderes em ESG dentre as empresas de educação no Brasil (link)
- Panorama do marco regulatório de investimentos ESG no Brasil (link)
- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
- ESG: Tendências e preferências para 2021 (link)
- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
- Eleições americanas: Quais os efeitos para a agenda ESG nos EUA e no Brasil? (link)
- Radar ESG | Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG (link)
- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
- ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema (link)
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