Como avaliamos os principais acontecimentos da semana
Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).
#1. Eletrobras reforça confiança no potencial do hidrogênio verde
Na mídia: Eletrobras sinaliza possível entrada no mercado de hidrogênio verde – Globo, 14 de julho (link)
Nossa visão: O hidrogênio verde tem se mostrado uma das soluções mais promissoras para a transição energética, com uma demanda global crescente e novos investimentos de longo prazo sendo anunciados. Como mencionamos em nosso relatório 'Eletrobras (ELET3): Principais destaques do Investor Day' (acesse aqui), a Eletrobras está bem posicionada para se beneficiar desse interesse pelo hidrogênio verde, dado que pode fornecer energia limpa para o processo de eletrólise, necessários para a geração do combustível, a preços competitivos. Além de aumentar sua capacidade instalada de energias renováveis, também ressaltamos que a empresa está desinvestindo em suas usinas térmicas (3% da capacidade total), o que respalda nossa visão positiva dos avanços ESG e esforços em direção à descarbonização.
#2. Emissões de dívidas verdes supera o financiamento de combustíveis fósseis pela primeira vez
Na mídia: Green bonds ultrapassam dívidas para financiar combustíveis fósseis - Capital Reset, 10 de junho (link)
Nossa visão: Como mencionamos em nosso relatório 'Como os investidores institucionais estão vendo o tema ESG? Feedback da nossa rodada de reuniões' (acesse aqui), vemos investidores institucionais buscando cada vez mais aumentar a alocação de capital em nomes expostos à energia limpa, mudando gradualmente os portfólios para renováveis. Esse movimento corresponde à tendência mundial, com mais recursos do mercado de dívida direcionados para projetos ambientalmente corretos vs. de combustíveis fósseis (US$350 bilhões vs. US$235 bilhões no primeiro semestre de 2023, segundo dados da Bloomberg). Em nossa visão, essa mudança na alocação é fundamental para acelerar os esforços em direção à transição energética e incentivar maiores gastos com projetos de energia limpa, o que vemos com bons olhos.
#3. Brasil na reta final para colocar em votação o mercado regulado de carbono
Na mídia: Regulação do mercado de carbono será encaminhada ao Congresso em agosto, diz Haddad – Valor Investe, 10 de julho (link)
Nossa visão: À medida que nos aproximamos do segundo semestre de 2023, as discussões sobre o mercado regulado de carbono estão cada vez mais em alta, especialmente devido ao esforço do governo em acelerar sua agenda verde, incluindo o projeto de lei que visa regularizar o mercado de crédito de carbono, chave para destravar oportunidades de investimentos estrangeiros e locais.
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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