Como avaliamos os principais acontecimentos da semana
Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).
#1. Petrobras mostra sinais de intenção em capturar oportunidades na transição energética
Na mídia: Petrobras cria grupo de trabalho com estatal chinesa para parcerias em energia renovável – Valor Econômico, 04 de Maio (link)
Nossa visão: Com investidores cada vez mais atentos ao papel que a Petrobras desempenhará na transição energética global, a companhia tem demonstrando interesse em expandir seus investimentos para fontes de energia renovável, como vimos pela parceria anunciada com uma empresa estatal chinesa para avaliar as oportunidades de geração e produção de energia solar, eólica, hidrogênio verde e amônia. Embora vejamos um longo caminho pela frente, vemos com bons olhos a sinalização de avanço em direção à energia limpa, diversificando sua exposição.
#2. B3 divulga guia de diversidade com bons exemplos para empresas
Na mídia: B3 lança guia com conceitos e boas práticas de diversidade e inclusão – Exame, 02 de maio (link)
Nossa visão: Como mencionamos no nosso relatório ‘ESG: Top 5 tendências para 2023‘ (acesse aqui), várias empresas já estão implementando iniciativas para diminuir as lacunas referentes à igualdade de gênero, ao mesmo tempo em que destacamos uma série de estudos que mostram a importância de uma força de trabalho mais diversa na melhoria de resultados financeiros, e vemos a B3 fazendo a sua parte para ampliar o alcance da agenda. Na nossa visão, as diretrizes da Bolsa brasileira são importantes para criar exemplos de iniciativas a serem adotadas, além de contribuírem para abordar um gargalo chave do setor privado, já que atualmente 56% das empresas de capital aberto no Brasil não possuem mulheres em cargos de alta liderança, conforme ressaltamos em nosso relatório ‘Lugar de mulher é onde ela quiser? A disparidade de gênero no mercado de trabalho e investimentos‘ (acesse aqui).
#3. Lojas Renner transforma ESG em estratégia, e usa tecnologia para melhorar sua performance na agenda
Na mídia: Renner lança nova coleção com tecnologia 3D – Jornal do Comércio, 02 de maio (link)
Nossa visão: Com grande relevância para o setor de varejo, vemos o pilar social como chave, sendo o fornecimento de matéria-prima um fator crítico para os negócios, principalmente dada a dependência da indústria têxtil no algodão (entre outros produtos), que muitas vezes estão associados a um alto impacto ambiental. Como mencionamos no nosso relatório ‘Lojas Renner (LREN3): Feedback do Investor Day sob as lentes ESG‘ (acesse aqui), a companhia tem olhado para a tecnologia como uma aliada fundamental para reduzir as emissões de carbono e a pegada ambiental, além de ter sido a primeira empresa brasileira a lançar uma loja de economia circular. Por fim, destacamos os inúmeros investimentos em aprimorar técnicas de rastreabilidade por meio de blockchain, reforçando nossa visão de que a Lojas Renner está bem posicionada quando o tema é ESG, com sólidos esforços na moda sustentável.
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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