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Temporada de resultados do 3º trimestre: Superando novamente as expectativas

Veja a retrospectiva dos resultados divulgados, com uma análise consolidada do nosso universo de cobertura de ações. Aqui você também poderá acessar os links para os comentários mais detalhados de cada empresa, que organizamos por destaques negativos, positivos e em linha.

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A divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2020 (3T20) das empresas listadas na Bolsa de valores começou em meados de outubro e 100% das empresas do Ibovespa já reportaram seus resultados.

32% dos resultados vieram em linha com o que o consenso esperava e 48% superaram as expectativas. Já em relação às estimativas da XP, 30% dos resultados vieram em linha com as nossas projeções e 65% acima das nossas expectativas. Nossa análise consolidada sugere que a receita líquida e EBITDA (Lucro Operacional) das empresas sob nossa cobertura superaram nossas projeções em 1,2% e 10,3%, respectivamente.

Assim como a temporada de resultados do 2o trimestre, esses resultados acima do esperado mostram que o mercado já havia se preparado para resultados bastante fracos das companhias, o que não ocorreu na magnitude que os analistas esperavam, sendo assim positivo para as empresas.

Devido à disseminação do coronavírus e à adoção de medidas de restrições, o PIB do Brasil caiu 9,7% no segundo trimestre e os resultados das empresas na temporada passada refletiram o impacto da pandemia. Com a progressiva abertura da economia e a melhora nos indicadores econômicos, era de se esperar que tal recuperação se refletisse também nos resultados das companhias. E isso de fato aconteceu. Os números reportados pelas empresas superaram nossas expectativas, fazendo-nos acreditar que o pior em relação aos impactos frente à pandemia ficou para trás.

ESG ganha espaço nas discussões

Outro tema que ganhou espaço nos relatórios e teleconferências de resultados de diferentes empresas foi ESG (do termo em inglês Environmental, Social and Governance). Conforme antecipamos, o mercado vem acompanhando cada vez mais de perto as empresas mais preparadas nas questões ambientes, sociais e de governança, e as companhias têm buscado se posicionar, com uma série delas destacando tanto iniciativas implementadas durante o trimestre, quanto o anúncio de novas. Nesse sentido, destacamos principalmente (i) o setor de Mineração e Siderurgia, com a Vale, Usiminas e Gerdau; (ii) os frigoríficos, com destaque para o posicionamento da BRF e da Marfrig; (iii) as incorporadoras, com a Tenda e a MRV; e, por fim, (iv) a Raia Drogasil, destacando à aspiração em sustentabilidade da companhia (leia nosso relatório da série de conteúdos Radar ESG “Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG” para mais detalhes).

Sem dúvida, ainda estamos no início da jornada ESG no Brasil e o caminho adiante é longo, mas essa temporada de resultados confirmou o que já temos ressaltado nos últimos meses: a sigla ESG veio para ficar e será cada vez mais fator central das discussões, e as empresas que não se adaptarem a este novo cenário ficarão para trás.

Afinal, quais setores mais se destacaram?

Como a pandemia afetou os segmentos da economia de diferentes maneiras, era de se esperar que alguns setores teriam desempenho superior à outros. Em uma perspectiva setorial, o grande destaque do trimestre foi o setor de Mineração & Siderurgia, com 100% das empresas que cobrimos reportando resultados acima do esperado. Além do efeito positivo frente à alta do dólar no período, a retomada da atividade industrial, da construção civil e do setor automotivo devido ao aquecimento da economia após os impactos da pandemia impulsionaram os resultados das siderúrgicas, enquanto o preço de minério de ferro e o volume de vendas foram os grandes destaques no caso da Vale, com as ações da companhia subindo quase 3% no dia seguinte à divulgação.

Outro setor que se beneficiou com o câmbio desvalorizado foi o de Frigoríficos, com o volume de exportações continuando a impulsionar os resultados das empresas, enquanto no setor de Bebidas, representado pela Ambev, vimos uma recuperação do consumo conforme as medidas de restrições foram gradualmente sendo removidas, com destaque para os volumes de cerveja no Brasil, que cresceram 25,4% A/A, exatamente nossa estimativa (XPe +26% A/A) e acima do consenso do mercado.

A Petrobras, por sua vez, apresentou resultados excelentes mesmo em um trimestre em que preços de petróleo Brent foram em média de US$43/barril, o que demostra a maior resiliência da companhia à menores preços da commodity. No dia seguinte à divulgação dos resultados, as ações da Petrobras (PETR4) reagiram positivamente, com alta de 3,3%.

As Incorporadoras também surpreenderam, refletindo o reaquecimento do setor da construção civil e a retomada dos lançamentos e vendas, com destaque para os resultados de MRV e Tenda (incorporadoras do segmento de baixa renda) e EZTec (incorporadora focada em empreendimentos de média e alta renda).

Ainda na ponta positiva, destaque para o setor de Varejo, com as empresas mais fortes no segmento digital sendo as mais beneficiadas, como Magazine Luiza, Lojas Americanas, B2W e Via Varejo. Somado a isso, a performance melhor do que a esperada também no varejo físico contribuiu para o desempenho positivo das companhias, de forma que 69% do setor reportou resultados acima ou em linha com o esperado.

O setor Financeiro, por sua vez, teve uma boa temporada de resultados, com a retomada das atividades contribuindo para um aumento da receita de serviços, além de um crescimento do crédito com nível ainda baixo de inadimplência e a diminuição do provisionamento complementar, com destaque para os resultados do Itaú, com lucro 10% acima de nossas estimativas em R$ 5,0 bilhões (implicando um ROE de 16%). As ações do banco refletiram os resultados acima do esperado, com alta de 4% no dia seguinte à divulgação.

Notamos também que o setor de Elétricas e Saneamento apresentou em geral uma sólida performance, refletindo menores impactos da crise da Covid-19 nos resultados conforme a demanda de energia se recuperou gradualmente e empresas que atuam em distribuição puderam retomar cortes de fornecimento por inadimplência. De forma semelhante, embora ainda se recuperando do impacto da covid-19, vimos uma recuperação dos resultados dos Shoppings centers após meses desafiadores, com destaque para a Multiplan, que reportou números melhores do que o esperado, uma vez que seus shoppings foram gradativamente autorizados a reabrirem e aumentarem sua capacidade operacional (número de horas aberto), o que refletiu na melhora das vendas dos lojistas no trimestre. 

Veja abaixo as expectativas vs. os números reportados para cada uma das empresas que já divulgaram seus resultados e fazem parte da nossa cobertura.

Destaques dos resultados trimestrais divulgados

Klabin (KLBN11)

Os números foram acima do esperado, com EBITDA de R$1.233 milhões. O principal destaque foi o volume de papel sinalizando início de recuperação em mais setores da economia. Além disso, volumes de celulose vieram em linha com a nossa previsão e os preços se recuperaram no final do trimestre. Embora a alavancagem continue sendo uma preocupação, parece decente, considerando os projetos de expansão em andamento: Dívida Líquida/EBITDA em dólar atingiu 4,0x, contra 3,8x no 2T20. Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações KLBN11, com preço-alvo de R$32/ação.

Santander (SANB11)

O Santander reportou ontem um lucro de R$ 3,9 bilhões (vs. R$ 3,0 bi XPe e R$ 2,9 bi do consenso Bloomberg) e um ROE nível pré-pandemia de 21% no trimestre devido a provisões abaixo do esperado. O resultado operacional, excluindo custo de crédito, foi apenas 7% acima de nossas estimativas. Embora consideremos as provisões ainda não normalizadas, temos agora mais visibilidade de uma possível redução sequencial dos níveis de provisionamento para os bancos incumbentes, o que deve aumentar o potencial para os bancos brasileiros e possíveis reavaliações de múltiplos. Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$ 32,00 para a ação SANB11.

Petrobras (PETR4)

O EBITDA Ajustado foi de R$33,6 bilhões, +11,4% acima da nossa estimativa de R$30,1 bilhões +8,5% acima do consenso de mercado de R$30,9 bilhões (compilado pela Bloomberg). No mesmo período, a Petrobras registrou prejuízo de R$(1,5) bilhão em comparação à nossa estimativa de prejuízo de R$(723) milhões e expectativa do consenso de mercado de Lucro Líquido de R$1,1 bilhão. Entretanto, notamos que tal prejuízo está relacionado principalmente ao impacto de variações cambiais sobre a dívida da companhia em moeda estrangeira de R$(13,8) bilhões, resultado que não possuí efeito caixa. Além disso, a Petrobras divulgou uma geração de caixa (excluindo efeitos não-recorrentes, como venda de ativos) de R$27,5 bilhões. Mantemos nossa recomendação de Compra na Petrobras com preços-alvo de R$ 30,0 e R$ 29,0 para PETR4 e PETR3 respectivamente.

Vale (VALE3)

Temos uma avaliação positiva dos números divulgados, uma vez que os resultados vieram acima das nossas expectativas, com EBITDA ajustado de US$6,1 bilhões, alta de 78% no trimestre. Destacamos a geração de caixa operacional de US$3,8 bilhões, com o EBITDA mais forte e impactos reduzidos de capital de giro. Reiteramos nossa recomendação de Compra para as ações VALE3 (preço-alvo de US$16.5/ADR; R$86/ação).

Ambev (ABEV3)

O EBITDA ajustado de R$ 5.074mn ficou 20% acima das nossas projeções e cresceu 52% versus o segundo trimestre de 2020 (T/T). Com isso, a margem EBITDA subiu para 33%, em linha com nossa projeção (XPe: 32%) mas ainda 319 pontos-base (bps) abaixo do 3T19. Reiteramos nossa recomendação de Compra para ABEV3 com preço-alvo para o final de 2021 de R$ 17,15 por ação.

Bradesco (BBDC4)

O Bradesco reportou ontem bons resultados no terceiro trimestre de 2020 (3T20), com lucro exatamente como o esperado, em R$ 5 bilhões (vs. R$ 4,6 do consenso da Bloomberg), implicando em um ROE de 15%. Os destaques do resultado foram: i) menor custo de crédito, ii) maiores receitas de serviços e iii) custos surpreendentemente controlados. No entanto: i) a margem financeira do banco surpreendeu negativamente caindo 8% T/T embora os ativos rentáveis tenham crescido 7% no mesmo período, devido a uma queda de 72bps na margem financeira sobre os ativos rentáveis (NIM); e ii) um número mais normalizado de sinistros e resultados financeiros deterioraram a operação de seguros que, apesar disso, acreditamos que a seguradora ainda se beneficia da baixa utilização pelos clientes. Reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 27 pela ação BBDC4.

Gerdau (GGBR4)

De modo geral, os números foram acima do esperado, com EBITDA de R$2.140 milhões. Os principais destaques foram os volumes mais fortes nas unidades do Brasil e dos EUA, e margens saudáveis em praticamente todas as linhas, além da redução da alavancagem e forte geração de caixa. Mantemos nossa recomendação de Compra para a ação GGBR4 com preço-alvo de R$ 25,00 por ação.

EDP Energias do Brasil (ENBR3)

EdP Energias do Brasil reportou um EBITDA Ajustado do 3T20 de R$ 594,5 milhões, +16% acima da nossa estimativa de R$ 511,7 milhões, mas em linha com o consenso da Bloomberg de R$603,3 milhões (-1,5%%). O lucro líquido reportado no 3T20 foi de R$ 299,8 milhões, bem acima da nossa expectativa de R$ 221,1 milhões e do consenso de R$ 234,8 milhões, refletindo principalmente a melhor performance nas linhas de resultados operacionais (receitas e custos). Mantemos recomendação de Compra das ações ENBR3, com preço-alvo de R$21/ação.

Lojas Americanas e B2W (LAME4 / BTOW3)

As vendas do Universo Americanas (faturamento combinado da Lojas Americanas e da B2W) cresceram 31% A/A (vs. +24,8% A/A no 2Q20), principalmente puxado pela B2W. Os principais destaques do resultado foram (i) a performance do canal omni, com vendas do O2O (online para offline) crescendo 96,4% A/A e 33% das vendas entregues em 24h, (ii) performance ainda forte do online, com o segmento de mercado sendo um driver importante, e (iii) forte crescimento no número de clientes com mais de um ponto de contato no Universo para 10 milhões vs. 6 milhões no 2T20 e vs. 45 milhões de clientes ativos no Universo Americanas. Nós mantemos nossa recomendação de Compra para as ações da Lojas Americanas (LAME4), com um preço alvo de R$44,0 por ação no final de 2020 e também mantemos nossa recomendação Neutra para as ações da B2W (BTOW3), com um preço alvo de R$135,0 por ação no final de 2020.

CTEEP (TRPL4)

Em 29 de outubro, a CTEEP anunciou seu resultado do 3T20, com EBITDA ajustado de R$ 668,2mm vindo acima (+15%) da nossa estimativa de R$ 578,9mm, refletindo principalmente os efeitos da revisão tarifária e parcela de ajuste sobre as receitas da companhia. O lucro líquido foi de R$ 400,6mm bem acima da nossa estimativa de R$ 303,6mm, também refletindo o maior resultado operacional da companhia. Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações da empresa (TRPL4), com preço-alvo de R$ 23/ação.

Copasa (CSMG3)

O EBITDA ajustado de R$ 528,4,0 milhões veio acima da nossa estimativa de R$ 482,8 milhões (9,4%). Tal performance reflete uma combinação de (i) um crescimento no número de unidades consumidoras maior do que o esperado alinhado à uma tarifa média mais alta em relação às nossas expectativas, principalmente em função da maior migração de clientes da tarifa social para residencial devido à revisão na base do CadÚnico na esfera federal e (ii) a redução de R$2,7 milhões na receita indireta de água e esgoto, em função, principalmente, das medidas tomadas para minimizar os impactos à população ocasionados pela pandemia do coronavírus, alinhada a uma redução do número de dias de consumo contabilizados pela companhia em -1,1%, sendo 91,2 dias no 3T20, contra 92,2 dias no 3T19. mantemos recomendação de Venda para as ações CSMG3 com preço-alvo de R$46/ação.

Porto Seguro (PSSA3)

A Porto Seguro postou um bom resultado neste terceiro trimestre de 2020 (3T20), com a receita crescendo surpreendentes 4% anualmente e 14% trimestralmente para R$ 4,8 bilhões, impulsionado principalmente pelo crescimento de seguros de 4,2% A/A e 17,4% T/T para R$ 4,1 bilhões, com destaque para o crescimento de prêmios nos segmentos Auto e Patrimonial, já retomando aos níveis pré-crise. Enquanto isso, as receitas decorrentes dos outros negócios apresentaram um crescimento de 5,7% A/A e queda de -1,1% T/T para R$ 710 milhões. Temos recomendação Neutra para as ações PSSA3, com preço-alvo de R$57/ação.

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar divulgou seus resultados do 3T20 em 4 de novembro, após o fechamento do mercado. O EBITDA ajustado de R$1.094,1 milhões ficou muito acima da nossa estimativa de R$915,0 milhões (+19,6%) e do consenso de mercado de R$914,5 milhões. O resultado refletiu uma combinação dos seguintes fatores: (1) fortes resultados da Ipiranga com margens em termos de EBITDA/m3 de R$112/m3 ante nossa estimativa de R$88/m3, (2) resultados acima do esperado na Oxiteno e (3) resultados em linha com o esperado nas demais subsidiárias. Temos recomendação Neutra nas ações UGPA3, com um preço alvo de R$20/ação.

Tenda (TEND3)

A Tenda registrou uma receita líquida de R$655 milhões (+27% contra o ano passado e +24% em relação ao trimestre passado), impulsionada pelo sólido desempenho operacional com lançamentos e vendas em níveis recordes. Conforme esperado, a margem bruta ajustada permaneceu pressionada e atingiu 33% devido à maior custos dos materiais de construção, apesar de queda na concessão de descontos durante o trimestre. Por fim, o lucro líquido foi de R$71 milhões (+9% ano contra ano e +75% contra o segundo trimestre). Assim, elevamos a recomendação de Neutro para Compra para as ações TEND3 com preço-alvo de R$37,20/ação.

Iguatemi (IGTA3)

A Iguatemi reportou receita líquida de R$182 milhões (-0,1% ano contra ano e +13,2% trimestre contra trimestre) após melhora significativa do horário de funcionamento de seus shopping centers ao longo do trimestre. A receita de estacionamento foi de R$13 milhões, mostrando os primeiros sinais de recuperação do tráfego de carros. O Ebitda atingiu R$134 milhões (-20,4% contra ano passado e +16,7% contra o trimestre passado) devido as despesas operacionais acima do esperado. Por fim, o FFO atingiu R$98 milhões (-17,5% contra o ano passado e +17,4% contra o trimestre passado), pressionados por despesas financeiras acima do esperado. Reiteramos nossa recomendação de compra para as ações IGTA3 e preço-alvo de R$41,0/ação.

Magazine Luiza (MGLU3)

Companhia reportou forte resultado, com EBITDA ajustado de R$561 milhões, crescendo 45% A/A, quase 50% acima do nosso e 33% acima do consenso. Crescimento de 18% A/A das vendas do varejo físico, com vendas mesmas lojas crescendo 7,2% e “vendas mesmas lojas, mesmos dias” crescendo 18% A/A, enquanto o e-commerce seguiu sólido em +148%A/A. Temos recomendação Neutra nas ações MGLU3, com um preço alvo de R$20/ação.

BRF (BRFS3)

A BRF reportou resultados melhores do que o esperado para o 3º trimestre (3T20), com EBITDA ajustado de R$ 1,317bi, portanto 5% acima da nossa estimativa de R$ 1,25bi e 9% acima do consenso. A margem EBITDA consolidada de 13,2% veio em linha com a nossa estimativa (XPe 13,3%), mas muito abaixo do 3º trimestre de 2019 (3T19). Tal queda já era esperada pelo mercado devido à forte pressão na margem diante de preços recordes para os grãos. Recomendamos Compra para as ações BRFS3, com preço alvo de R$ 30/ação.

Positivo (POSI3)

A receita líquida de R$ 521,7 milhões veio 8% acima das nossas estimativas e cresceu 13,1% na comparação anual, puxada por forte vendas de PC no varejo e de tablet. A margem bruta teve queda de 3,3 p.p A/A por conta de uma pressão de custos de matéria prima, enquanto o EBITDA ajustado foi R$21,1 milhões com uma margem de 4% (-3,5p.p.) excluindo o impacto positivo de R$48mn principalmente decorrente do reconhecimento de créditos fiscais de IPI na Zona Franca de Manaus. Temos recomendação Neutra nas ações POSI3, com um preço alvo de R$6/ação.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig apresentou bons resultados no 3º trimestre de 2020 (3T20), embora abaixo do recorde estabelecido no 2T20. O EBITDA ajustado de R$ 2,196bi veio 47% acima do mesmo trimestre do ano anterior, além de ter vindo 2% acima da nossa estimativa de R$ 2,154bi. A margem EBITDA de 13,0% veio ligeiramente acima da nossa de 12,7%, um aumento de 129 pontos base (bps) em relação ao 3T19, mas 850 bps abaixo do 2T20. Recomendamos Compra para ações MRFG3, com preço alvo de R$ 18/ação.

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo reportou novamente resultados sólidos, suportados por um forte desempenho online, uma recuperação melhor do que esperado do varejo físico e uma expansão robusta da margem EBITDA de 2,7 A/A por conta de alavancagem operacional, apesar da maior participação do digital. Como resultado, o EBITDA ajustado recorrente atingiu R$ 627 milhões, um aumento de 106% A / A e 30%-20% acima das nossas estimativas e do consenso, respectivamente. Recomendamos Compra para ações VVAR3, com preço alvo de R$ 28/ação.

Locaweb (LWSA3)

A Locaweb divulgou mais um trimestre de resultados sólidos, com a Receita Líquida atingindo R$ 126 milhões (+ 24% A/A), em linha com nossas estimativas, e EBITDA Ajustado de R$ 36 milhões (+ 18% A/A), 5% acima das nossas projeções. O principal destaque continua sendo o segmento de Commerce da empresa (48% do EBITDA), com o volume de vendas online (GMV) da empresa crescendo 90% A/A e superando o mercado, que cresceu 43,5%. Recomendamos Compra para ações LWSA3, com preço alvo de R$ 71/ação.

MRV (MRVE3)

Apesar da pandemia, A MRV reportou forte resultado referente ao terceiro trimestre. A receita líquida atingiu o maior nível histórico da companhia de R$1760 milhões (+12,2% contra o ano passado e +7,4% contra o trimestre passado), impulsionada pelo forte desempenho de vendas nos últimos trimestres. A margem bruta continuou em linha com o trimestre anterior, ainda pressionada pela inflação de custos de material de construção. O lucro líquido foi de R$158 milhões (-1,6% contra o ano passado e +26,6% contra o trimestre passado). Temos recomendação neutra para ações MRVE3 e preço-alvo de R$23,00/ação.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp divulgou seus resultados do 3T20, com Lucro Líquido de R$ 421,5 milhões acima da nossa estimativa de R$ 319,7 milhões, mas abaixo do consenso da Bloomberg de R$ 741,4 milhões. A diferença pode ser explicada por menores despesas financeiras líquidas do que o esperado, R$ (330,6) milhões contra nossa estimativa de R$ (432,8) milhões. Temos recomendação Neutra nas ações SBSP3 e um preço alvo de R$54/ação.

Copel (CPLE6)

A Copel reportou EBITDA Ajustado de R$1.096,4 milhões, significativamente acima das nossas expectativas de R$910,9 milhões (+20,4%), refletindo uma combinação dos seguintes fatores: (i) uma maior margem de contribuição (receitas menos custos de compra de energia e transmissão) devido a maiores resultados na divisão de geração de energia, (ii) menores provisões do que o esperado em uma base recorrente e (iii) custos gerenciáveis (Pessoal, Materiais, Serviços e Outros) relativamente em linha com nossas expectativas (+2,4%). Temos recomendação de compra para as ações CPLE6 e o preço-alvo é de R$70/ação.

EZTec (EZTC3)

A receita líquida da EZTec atingiu R$272 milhões, impulsionada pelo maior mix de vendas de unidades acabadas. A margem bruta foi de 43,7% impulsionada pela pré-aquisição do aço utilizado em fevereiro (antes dos aumentos dos preços de materiais de construção). Além disso, a companhia apresentou fortes resultados financeiros líquidos de R$34 milhões, atribuíveis ao grande volume de recebíveis de clientes atrelados à inflação IGP-DI (que vem crescendo nos últimos meses) e sua baixa alavancagem com posição de caixa líquido (disponibilidade menos dívida bruta) de R$1.291 milhões). Isso levou o lucro líquido para R$120 milhões, maior marca desde 2015 (excluindo a venda do EZ Towers). Temos recomendação de compra para as ações EZTC3 e um preço-alvo e R$44,20/ação

brMalls (BRML3)

Durante o trimestre, o aumento gradual do horário de funcionamento dos shoppings fez com que a brMalls encerrasse o mês de setembro operando com 74,4% de sua capacidade, o que começou a refletir em melhores números de vendas dos lojistas (77,6% dos níveis de 2019 em setembro). Os números de outubro continuaram melhorando, seu portfólio operou com 89,7% de sua capacidade (após a abertura de shoppings em grande regiões como São Paulo) e vendas nas mesmas lojas (“same stores sales”) em 86,5% dos níveis do ano passado. As taxas de ocupação permaneceram controladas em 95,5%, ligeira queda de 70 pontos bases (vs. 96,2% no segundo trimestre). Temos recomendação neutra para ações BRML3 e preço alvo de R$10,7/ação.

SulAmérica (SULA11)

A SulAmérica apresentou ontem bons resultados no terceiro trimestre de 2020, com lucro 6% acima das expectativas de mercado e saltando 40% A/A para R$ 286 milhões, implicando ROE de 17,3%. O resultado foi impulsionado principalmente por uma sinistralidade ainda excepcionalmente baixa no segmento de saúde, que atingiu 75% no trimestre (vs. 80% no 3T19), a menor taxa desde 2015 pelo menos. Temos recomendação de Compra para as ações SULA11 e preço alvo de R$58/ação.

Cemig (CMIG4)

A Cemig divulgou o resultado do 3T20, com EBITDA Ajustado (incluindo Equivalência Patrimonial) de R$ 1.328,8 milhões, significativamente acima de nossa estimativa de R$ 1.050,4 milhões (+ 26,5%), e do consenso da Bloomberg de R$ 1.014,0 milhões (+31%). O desempenho melhor do que o esperado refletiu um resultado forte da subsidiária de geração e transmissão, Cemig GT, com sinais de que o momento mais crítico dos impactos da pandemia já foi superado. Temos recomendação Neutra nas ações CMIG4 e o preço alvo é de R$11,00 por ação.

CESP (CESP6)

A empresa reportou Prejuízo Líquido de R$(58,5) milhões, abaixo da nossa expectativa de R$31,5 milhões e o consenso da Bloomberg de R$71,0 milhões. O EBITDA ajustado ficou em R$223,5 milhões, -4,1% abaixo de nossa estimativa de R$233,1 milhões e -9,5% abaixo do consenso da Bloomberg de R$247,0 milhões. O desempenho refletiu principalmente uma menor margem de contribuição (receita menos custos de compra de energia) de R$254,2 milhões vs. nossa estimativa de R$273,1 milhões (-6,9%). Além do menor resultado operacional, o menor resultado líquido também refletiu despesas financeiras líquidas mais altas em relação às nossas estimativas, principalmente devido à maior correção monetária de passivos devido à aceleração do IGP-M. Mantemos recomendação de Compra nas ações CESP6, com preço-alvo de R$37/ação.

Irani (RANI3)

De modo geral, os números foram um pouco mais fracos que o esperado, com EBITDA de R$55,6 milhões. Os principais destaques foram os volumes mais fortes mais fortes de papelão ondulado, porém, do lado negativo, a alta no preço das aparas, devido à recuperação da demanda associada a um cenário ainda desafiador para os fornecedores de papel reciclado. Temos recomendação de Compra para ações RANI3 e preço-alvo de R$8,50/ação.

Lojas Renner (LREN3)

A receita líquida atingiu a R$1,65 bilhões, queda de 14,5% A/A, já que as lojas continuaram a ser impactadas por restrições, enquanto as vendas de serviços financeiros sofreram com menor uso de cartão e um menor portfólio de crédito, também explicados pelo fechamento de lojas. O crescimento de vendas no conceito mesmas lojas ficou em -17,2% A/A, contra nossa estimativa de -13,4%. O EBITDA do varejo foi positivo em R$ 13 milhões (-96,5% A/A), com uma margem EBITDA de 0,8%. Quanto aos serviços financeiros, o EBITDA foi de -R$ 51 milhões. Por fim, o prejuízo líquido foi de R$ 83 milhões, vs. -R $ 441 milhões no 2T e R$ 188 milhões no 3T19. Temos recomendação de Compra para ações LREN3 e preço-alvo de R$50/ação.

Banrisul (BRSR6)

O Banrisul reportou ontem resultados fracos no 3T20, com lucro de R$ 118 milhões (vs. R$ 185 milhões de nossas estimativas e R$ 159 milhões de estimativas do mercado), implicando em um baixo retorno sob patrimônio líquido de 5,7% para o trimestre. O resultado foi afetado principalmente por: i) menor margem financeira, devido ao pior mix de crédito que deteriorou o spread; e ii) maiores custos, impactados tanto por ações cíveis quanto trabalhistas. Reiteramos nossa recomendação de compra para as ações BRSR6 e preço-alvo de R$ 19 por ação.

TAESA (TAEE11)

Taesa reportou um EBITDA Ajustado (incluindo resultado de participações por equivalência patrimonial) de R$ 349,8 milhões, abaixo (-4,2%) da nossa estimativa de R$ 365,1 milhões. Além disso, a Taesa reportou Lucro Líquido de R$ 165,5 milhões, abaixo da nossa expectativa de R$180,0 milhões devido à combinação de um menor resultado operacional do que projetávamos e maiores despesas financeiras líquidas do que o esperado. Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações TAEE11, com um preço-alvo de R$30 /unit.

Vivara (VIVA3)

A Vivara reportou resultados acima do consenso no terceiro trimestre, com melhora nas vendas ao longo do trimestre. A receita líquida de R$ 243 milhões, estável em relação ao ano anterior, ficou 6% abaixo de nossas estimativas, mas destacamos que as vendas no conceito mesmas lojas atingiram níveis positivos em setembro (vs. julho em -10%), com receita acima de 7% A/A. As vendas no conceito mesmas lojas caíram 4% A / A no trimestre, embora parcialmente compensadas por um crescimento de + 182% A/A no e-commerce, atingindo 23% das vendas (vs. 8% no 3T19 e 64% no 2T20). Temos recomendação de Compra para ações VIVA3 e preço-alvo de R$30/ação.

C&A (CEAB3)

A C&A reportou resultados fracos no 3T20, com a receita líquida de R$ 1 bilhão (-14% A/A e 12% abaixo de nossas estimativas), puxada pelas vendas no conceito mesmas lojas caindo 15% A/A e pela queda de 69% A/A das vendas de serviços financeiros. O EBITDA ajustado ainda foi negativo em 26 milhões, resultado da menor margem bruta e menor alavancagem operacional da companhia. Mantemos nossa recomendação de compra para as ações CEAB3 e preço alvo de R$15 por ação para os próximos 12 meses.

Raia Drogasil (RADL3)

Os resultados de RD vieram em linha com nossas estimativas. A receita bruta de R$ 5,4 bilhões (+ 12,8% A/A e + 11% de crescimento orgânico), ficou 2,4% abaixo de nossas estimativas, mas 3% acima do consenso de mercado. As vendas no conceito mesmas lojas da empresa aumentaram 6,7% no comparativo anual (+ 1,4% para lojas maduras) contra nossa estimativa em +5,5% (+0,5% lojas madura), enquanto este número seria de + 10,6% (+ 5,63% madura) se excluíssemos as lojas de shoppings, que tem sido mais prejudicadas por medidas de restrição. O EBITDA ajustado e o lucro também vieram em linha com os nossos. O e-commerce continuou sendo um dos principais destaques do trimestre, atingindo 7,1% das vendas (vs. 7,6% no 2T20 e 2,7% no 1T20), reforçando que o consumidor parece realmente ter se tornado omnicanal. Mantemos nossa recomendação de Neutro para a ação RADL3 e preço-alvo de R$22,4/ação para o final de 2020.

Cielo (CIEL3)

A Cielo apresentou resultados suaves no trimestre, com lucro de R$ 100 milhões (vs. R$ 87 milhões das estimativas do mercado). Uma forte recuperação quando comparada ao prejuízo de R$ 75 milhões no segundo trimestre, ajudado pela recuperação econômica e aumento de volumes, mas ainda 55% inferior ao mesmo período do ano anterior. Mantemos nossa recomendação neutra para as ações CIEL3 e preço alvo de R$5,00 por ação.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)

No Brasil, o faturamento bruto foi de R$17,5bn, +20,1% A/A, e 2,6% acima da nossa estimativa, com o principal destaque sendo a operação de atacado (Assaí) com crescimento de vendas mesmas lojas em 18,1% A/A. Na divisão internacional (Grupo Éxito), o faturamento bruto foi de R$5,95bn, subindo 0,7%YoY excluindo o efeito cambial, e 4,3% abaixo da nossa estimativa. Outro importante destaque do resultado foi o nível de rentabilidade sólido em todas as divisões. Dessa forma, o EBITDA ajustado consolidado foi de R$1,66bn, 4% acima do nosso, e com uma margem EBITDA de 7,8%, +0,5p.p. A/A e +0,2p.p. T/T. Finalmente, o lucro líquido foi de R$339mn (+97% A/A), e 10% acima do consenso. Mantemos nossa recomendação neutra para as ações PCAR3 e preço alvo de R$70,00 por ação.

Multiplan (MULT3)

A Multiplan registrou forte receita líquida de R$1.022 milhões, impulsionada pela venda da torre corporativa Diamond Tower por R$810 milhões. A receita de aluguel foi de R$150 milhões (+125% contra o trimestre anterior e -44% contra o ano passado), ainda amplamente impactada pelos descontos concedidos aos lojistas durante a pandemia. A receita de estacionamento foi de R$22 milhões, mostrando os primeiros sinais de recuperação do fluxo de automóveis nos shoppings pós-pandemia. O EBITDA foi de R$704 milhões após um aumento das despesas gerais e administrativas. Por fim, o FFO ajustado terminou em R$599 milhões (3% abaixo das nossas estimativas). Temos recomendação de compra para ações MULT3 e preço alvo de R$25,0/ação.

Itaú (ITUB4)

O Itaú reportou resultados em linha com as expectativas, com lucro 10% acima de nossas estimativas em R$ 5,0 bilhões (implicando um ROE de 16%), porém sustentado por resultados não operacionais. No geral, o resultado foi impulsionado por: i) resultados não operacionais, ao passo que o resultado operacional foi apenas 4% acima de nossas estimativas; ii) maior atividade econômica refletida nas receitas de serviços; e iii) despesas não decorrentes de juros abaixo do esperado. Temos recomendação Neutra para ações ITUB4 e preço-alvo de R$ 29,00

BB Seg (BBSE3)

BB Seg apresentou um resultado positivo para o 3T20 ontem, conforme esperado, com lucro de R$ 1,1 bi (vs. R$ 1,0 bi do consenso Bloomberg e crescendo 1% T/T e 12% A/A), implicando ROE de 19%. O resultado foi impulsionado por: i) segmento de previdência, que saltou 26% T/T e 7% A/A para R$ 265 milhões; ii) segmento de captação, que cresceu 54% A/A, para R$ 29 milhões; e iii) o negócio de corretagem, que expandiu 20% T/T e 12% A/A para R$ 547 milhões. No entanto, parcialmente compensado pelo menor resultado financeiro, dada a baixa taxa de juros. Temos recomendação de compra para ações BBSE3 e preço alvo de R$35,0/ação.

d1000 (DMVF3)

A Receita Bruta reportada foi de R$263 milhões (-13,5% A/A), em linha com nossas estimativas, com a queda A/A sendo principalmente puxada pelas lojas em shoppings (17% da base de lojas). O Lucro Bruto veio em R$84,2 milhões (-2.5% A/A), 6% acima da XPIe, e com uma expansão de margem de 3,5p.p vs. o ano anterior, atingindo 32% – recorde histórico da companhia e acima dos outros players listados do setor. Entretanto, despesas comerciais, gerais e administrativas praticamente em linha com o ano passado levaram a uma queda de margem EBITDA de 0,4 p.p. A/A, com o EBITDA ajustado (excl. IFRS 16) em R$4,4 milhões vs. nossa estimativa em R$6,4 milhões. Finalmente, o lucro reportado foi de R$-0,3 milhão (vs. R$-3,7 milhões no 3T19). Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações DMVF3 com um preço-alvo de R$20,50/ação para o final de 2021.

Banco do Brasil (BBAS3)

O resultado do Banco do Brasil veio em linha com nossas expectativas ontem, com lucro de R$ 3,5 bi (vs. R$ 3,6 XPe e R$ 3,7 do consenso Bloomberg), implicando em ROE de 12%. O resultado foi impulsionado por: i) maiores receitas de serviços à medida que a retomada da atividade econômica aumentou os volumes; ii) custos controlados, uma vez que o banco reduziu os custos A/A e manteve-os estáveis ​​T/T, mesmo com o 2T tendo sido um trimestre de baixa atividade econômica; e iii) custo de crédito abaixo do esperado, dado que o banco atingiu um nível de recuperação de crédito surpreendente no trimestre, uma vez que o BB cessou parte da carteira de crédito, majoritariamente em perdas, em julho. No entanto, impactado pela menor margem financeira (NII), uma vez que o resultado da curva de reavaliação do Banco Patagonia reduziu consideravelmente o resultado da tesouraria. Temos  recomendação de Compra para ações BBAS3 e preço-alvo de R$ 43,00.

AES Tietê (TIET11)

Em 5 de novembro, a AES Tietê reportou um EBITDA ajustado do 3T20 de R$ 306,4 milhões em linha com nossa estimativa de R$ 298,3 milhões (+2,7%). O desempenho reflete uma combinação de: (i) margem de contribuição (receitas menos custos de compra e transmissão de energia) +1,6% acima do que esperávamos (R$ 388,1 milhões vs. R$ 382,0 milhões, respectivamente) e (ii) custos gerenciáveis (pessoal, materiais, serviços e outros) -8,0% abaixo do esperado. Passando para a linha de lucros, o Lucro Líquido foi de R$ 51,1 milhões, superando nossa estimativa de R$ 29,3 milhões, reflexo principalmente um ganho tributário. Recomendamos a compra das ações TIET11 e o preço-alvo é de R$17,00. 

Engie Brasil (EGIE3)

A Engie Brasil reportou um Lucro Líquido de R$ 489,7 milhões, muito acima da nossa estimativa de R$ 409,3 milhões.  A diferença pode ser explicada por menores despesas financeiras líquidas em relação às nossas estimativas. O EBITDA Ajustado (Pro-forma) do 3T20 de R$ 489,7 milhões veio em linha (+1,6%) com nossa estimativa de R$ 1.350,0 milhões. Temos recomendação Neutra nas ações EGIE3 e preço-alvo é de R$41,00.

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil reportou resultados sólidos e em linha com nossas expectativas no terceiro trimestre de 2020, com EBITDA ajustado de 1,3 bilhão, aumento de 19% A/A e com margem de 7,7% (-0,5p.p. A/A). No Atacadão, chamamos atenção para o ganho de participação de mercado de 1,3p.p. A/A, e forte crescimento do EBITDA (+51% A/A) com uma margem de 8% (+ 1,1p.p. A/A). No varejo, o destaque foi a performance de vendas de marcas próprias, com um aumento de 22% A/A. Mantemos a nossa recomendação Neutra para as ações do Carrefour Brasil (CRFB3) e preço-alvo de R$ 22,00 ao final de 2020.

B3 (B3SA3)

A B3 apresentou ontem resultados em linha com as expectativas no terceiro trimestre de 2020, com lucro de R$ 1,1 bi (+34% A/A e 13% T/T) e EBITDA de R$ 1,7 bi (+50% A/A e 17% T/T). Sem grandes surpresas, a empresa continua a se beneficiar de: i) maior volatilidade advinda da pandemia COVID-19; ii) sofisticação dos investimentos; iii) alavancagem operacional, uma vez que a margem EBITDA aumentou 670 bps A/A e 487 bps T/T para 79,2%; e iv) reversão de provisões relacionadas ao encerramento da disputa judicial com a Massa Falida da Spread Commodities Mercantil e Corretora de Mercadorias Ltda. Temos recomendação Neutra nas ações B3SA3 com preço-alvo de R$65/ação.

Equatorial Energia (EQTL3)

Equatorial Energia divulgou os resultados do 3T20. O Lucro Líquido foi de R$ 727,9 milhões, acima de nossa estimativa de R$ 271,7 milhões, mas principalmente influenciado por resultados sem efeito caixa no segmento de transmissão. O EBITDA ajustado (cálculos da empresa, refletindo principalmente a remoção de efeitos contábeis não-caixa do segmento de transmissão e ajustes por efeitos não-recorrentes) foi de 848,9 milhões. Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações EQTL3, com um preço-alvo de 12 meses de R$ 22/ação.

Sanepar (SAPR11)

Sanepar divulgou os resultados do 3T20, com um EBITDA ajustado de R$519,9 milhões em linha com nossa estimativa de R$507,3 milhões (+2,5%), refletindo uma combinação dos seguintes fatores: (i) volumes de água e esgoto de 127,6 mi m3 e 96,2 mi m3, -1,5% e -2,4% abaixo de nossas projeções, respectivamente, parcialmente compensados por (ii) custos gerenciáveis abaixo (-9,7%) das nossas estimativas, o que é visto como positivo. Mantemos nossa recomendação de compra nas ações da Sanepar (SAPR11) com preço alvo de R$ 30/ação.

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