Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território neutro, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,5%.
• No Brasil, (i) levantamento da consultoria especializada em recrutamento Michael Page apontou um crescimento de 50% na busca de profissionais ESG no setor do agronegócio neste ano – segundo pesquisa da PwC, 47% dos líderes brasileiros do agronegócio acreditam que suas empresas precisam fazer mais para divulgar seu impacto ambiental, vs. 39% do resultado global; e (ii) em assembleia global realizada em Báli, na Indonésia, o Conselho de Manejo Florestal (FSC, na sigla em inglês) aprovou ontem, após 11 anos de negociações, a certificação de florestas “novas”, sob estritas condições, o que certamente terá impacto sobre o setor de florestas plantadas do Brasil.
• No internacional, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, vem sendo criticada por ambos os lados do debate sobre mudanças climáticas – se por um lado os governos estaduais norte-americanos liderados por republicanos acham as políticas ESG da BlackRock “cansativas”, por outro a gestora é criticada por autoridades de estados azuis por investir em empresas de petróleo, gás e carvão, enquanto divulga publicamente seus esforços relacionados às mudanças climáticas.
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Brasil
Empresas
Reporte climático caminha para se tornar mainstream, diz TCFD
“As companhias vêm fazendo cada vez mais divulgações sobre o impacto das mudanças climáticas nos negócios, segundo um levantamento divulgado hoje pela Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD). A entidade analisa as informações publicadas pelas empresas e sugere padrões para que os dados sejam unificados e comparáveis e sirvam como mais um elemento para as decisões de investidores. A revisão dos dados relativos ao ano fiscal de 2021 é a quinta do tipo. Um sistema automatizado verificou as divulgações de 1 400 companhias, de oito setores e cinco regiões do mundo. O relatório nota um progresso gradual de reportes climáticos e também uma tendência clara de que esse tipo de informação está se tornando mainstream entre executivos e gestores de recursos.”
Fonte: Capital Reset, 13/10/2022
CPFL se dedica a ações ESG: “Só lucro não é mais o suficiente”
“Empresa com mais de 100 anos de história e conhecida por muitos brasileiros, a CPFL, do setor de energia, vem investindo cada vez mais em práticas ESG (Governança ambiental, social e corporativa). Desde 2017, o grupo vem sendo controlado pela State Grid, estatal chinesa que é a maior empresa de energia elétrica do mundo — com operações na Austrália, Portugal, Filipinas e Hong Kong — e, nesse período, alavancou as ações ligadas à sustentabilidade. Durante participação no ForbesCast, podcast da Forbes Brasil, Gustavo Gachineiro, vice-presidente jurídico e de relações institucionais da CPFL, falou sobre a importância da agenda para o mercado e para a empresa. “Hoje em dia, o que se espera das empresas é muito mais do que se esperava no passado — só lucros, questões obviamente na direção dos acionistas…”, diz o executivo”
Fonte: Forbes, 13/10/2022
O desafio dos advogados para implantação da cultura ESG pelas empresas
“Ultimamente, questões relacionadas à cultura ESG vêm ganhando cada vez mais destaque na medida em que aumenta a relevância do ESG como critério importante para empresas que buscam investimentos públicos e privados, tanto no cenário internacional quanto no Brasil. ESG é uma sigla em inglês para environmental, social and governance, e corresponde às práticas de governança, ambientais e sociais de uma organização. Por mais que se trate de um amadurecimento da governança social aliada à sustentabilidade empresarial, o termo ESG foi popularizado a partir do seu uso, em 2004, em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada ‘Who Cares Wins’. O Pacto Global é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo e consiste em uma iniciativa da ONU para que empresas alinhem suas condutas e planejamentos aos Dez Princípios Universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção, de forma a desenvolverem ações operacionais que efetivamente enfrentem desafios da sociedade.”
Fonte: Suno, 13/10/2022
Explorar petróleo na foz do Amazonas é agenda anti-ESG
“A concessão de blocos na Foz do Amazonas, em 2013, representou um marco na história da indústria petrolífera no Brasil. A maioria dos blocos foram arrematados pela empresa britânica British Petroleum (BP), pela francesa Total e pela Petrobras. Corre à boca pequena que a Foz do Amazonas, pela quantidade e qualidade do óleo estimado, seria o novo pré-sal. Passados quase 10 anos, a euforia passou e o cenário mudou drasticamente pressionado pela emergência climática. As duas petroleiras estrangeiras saíram do negócio, e a brasileira tenta seguir com o intuito de explorar petróleo em uma região com alta sensibilidade ambiental, próxima ao grande sistema recifal amazônico e que é influenciado pelo maior desemboque de água doce no mar do mundo. Porém, desde a concessão desses blocos, poucos passos foram dados.”
Fonte: Valor Econômico, 14/10/2022
Agronegócio: estudos apontam valorização da sustentabilidade
“Levantamento da consultoria especializada em recrutamento Michael Page apontou o crescimento de 50% na busca de profissionais ESG no setor do agronegócio neste ano. Avaliações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), projetam que o setor deve representar 25,5% do PIB nacional em 2022. Informações preliminares de uma pesquisa realizada pela PwC indicam que Agtechs precisarão investir em governança se quiserem crescer. O estudo realizado com 169 startups brasileiras analisou dados de 33 startups do setor e sinalizou a necessidade de transparência e governança para refletir o amadurecimento das empresas. A tendência foi adiantada no estudo “Pesquisa Anual Global de CEOs 2021”, também da PwC, que, entre alguns insights, revelou que 47% dos líderes brasileiros do agronegócio acreditam que suas empresas precisam fazer mais para divulgar seu impacto ambiental, ante 39% do resultado global. Tais preceitos fazem parte das estratégias de ESG.”
Fonte: Valor Econômico, 14/10/2022
Opinião
Cabotagem ajuda pauta de descarbonização
“Em tempos em que a sustentabilidade (econômica e ambiental) entra cada vez mais fundo na pauta corporativa, os veleiros estão de volta ao transporte de cargas. O que para muitos parece um retrocesso, para outros é a forma de garantir um futuro em uma economia mais limpa. Na América do Norte e Europa, alguns torrefadores de café, empresas de azeite e vinícolas voltam às práticas de transporte com barcos a vela. É o caso, por exemplo, do Café William que está se valendo de um navio de madeira de 1909 para transportar as cargas de cafés especiais da Colômbia para Nova Jersey (EUA). Segundo reportagem da revista “Insider”, depois de uma reforma, o navio voltou a fazer entregas e faz parte da estratégia da empresa de ser a primeira torrefadora a vender café.”
Fonte: Valor Econômico, 14/10/2022
‘Se todo mundo é ESG, quem faz mal para o planeta?’, diz executivo
“A agenda ESG (do inglês Ambiental, Social e Governança) está cada vez mais presente no discurso das empresas brasileiras. Em estudo divulgado pelo Instituto FSB no início do ano, 79% das empresas pesquisadas afirmaram que questões socioambientais já fazem parte da estratégia de negócios da companhia. Fabio Alperowitch, cofundador da FAMA Investimentos, alerta para o fato de que só porque uma companhia aparenta estar investindo ou estar de acordo com as boas práticas ESG não significa que ela esteja de fato. O gestor cita a Tesla, empresa mundialmente famoso por se especializar na produção de carros elétricos, uma empresa especializada em carros elétricos. “Se a Tesla, por exemplo, desconsidera questões de governança, viola direitos humanos, não tem compromissos ambientais – e ela faz todas essas coisas – isso invalida a empresa do ponto de vista ESG”, explica.”
Fonte: Yahoo, 13/10/2022
Regulação
Aprovada a certificação de produtos de floresta ‘nova’
“Após 11 anos de negociações, o Conselho de Manejo Florestal (FSC, na sigla em inglês) aprovou nesta quinta-feira a certificação de florestas “novas”, sob estritas condições. A decisão foi tomada em assembleia global realizada em Báli, na Indonésia, e certamente terá impacto sobre o setor de florestas plantadas do Brasil. O FSC foi criado em 1994, agregando várias iniciativas de “selo verde’’ que se espalhavam pelo mundo e criando um sistema de certificação florestal internacional, não governamental, independente e baseado em critérios ambientais, sociais e de viabilidade económica. Até agora, uma “regra de ouro” do sistema FSC impedia certificação para florestas plantadas em áreas desmatadas após 1994. O que a assembleia em Báli fez agora foi alterar a trava e abrir caminho para a certificação de áreas que foram convertidas entre 1994 e o fim de 2020, desde que satisfeitos critérios severos de compensação.”
Fonte: Valor Econômico, 14/10/2022
Internacional
Empresas
BlackRock: A corda bamba do ESG é difícil de navegar
“Dependendo de quem você pergunta, a BlackRock é muito verde ou não é verde o suficiente. A maior gestora de ativos do mundo foi criticada por ambos os lados do debate sobre mudanças climáticas. Em sua teleconferência de resultados na quinta-feira, o grupo enfatizou a escolha que oferece a seus clientes em questões ambientais, sociais e de governança. Alguns clientes estão insatisfeitos, no entanto. Os governos estaduais norte-americanos liderados por republicanos acham as políticas ESG da BlackRock cansativas. Louisiana, Utah e Carolina do Sul estão entre aqueles que estão tirando dinheiro do gestor do fundo. Texas, entre outros, ameaçaram fazer o mesmo. Ao mesmo tempo, a BlackRock é criticada por autoridades de estados azuis, incluindo a controladoria da cidade de Nova York, por investir bilhões em empresas de petróleo, gás e carvão enquanto divulga publicamente seus esforços de mudança climática.”
Fonte: Financial Times, 13/10/2022
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
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- Sondagem XP/ESG com investidores institucionais (link)
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- Radar ESG | CSN Mineração (CMIN3): Explorando os campos ESG (link)
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- Radar ESG | Quem é o melhor aluno da classe? Avaliando os líderes em ESG dentre as empresas de educação no Brasil (link)
- Panorama do marco regulatório de investimentos ESG no Brasil (link)
- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
- ESG: Tendências e preferências para 2021 (link)
- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
- Eleições americanas: Quais os efeitos para a agenda ESG nos EUA e no Brasil? (link)
- Radar ESG | Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG (link)
- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
- ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema (link)
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