Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de sexta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +0,4% e +0,5%, respectivamente. Na semana, o Ibov e o ISE fecharam recuando -0,3% e -1,0%, respectivamente.
• No Brasil, dois sócios da McKinsey & Company disseram que o país tem condições altamente privilegiadas para desenvolver um mercado vibrante de créditos voluntários de carbono, tanto por sua demanda potencial quanto pelo seu potencial de gerar créditos - 15% de todo o potencial global de captura de carbono por meios naturais está em território nacional.
• No internacional, (i) o Banco Central Europeu planeja renovar gradualmente sua carteira de dívida corporativa de 344 bilhões de euros para favorecer empresas mais verdes, dando mais um passo no alinhamento da política monetária com as metas de mudança climática; e (ii) de acordo com uma pesquisa da Accenture com 560 chefes de operações de informática e tecnologia, 92% têm o compromisso de atingir metas net-zero até 2030, e colocam a tecnologia como uma aliada importante, ou muito importante para alcançarem suas metas de sustentabilidade, mas apenas 7% do universo pesquisado contam com essa integração e 40% citam a falta de soluções e padrões para integrarem tecnologia, sustentabilidade e estratégias de negócio.
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Brasil
Empresas
O potencial do mercado voluntário de carbono no Brasil
"Empresas que já estão engajadas em compensar suas emissões de carbono enfrentam cada vez mais dificuldade para garantir a mesma quantidade de créditos de anos anteriores. A demanda por créditos de carbono voluntários vem crescendo junto com a relevância da agenda ESG, mas a oferta de créditos ainda é baixa e o preço dos créditos tem aumentado brutalmente. [...] O Brasil tem condições altamente privilegiadas para desenvolver um mercado vibrante de créditos voluntários de carbono, tanto por sua demanda potencial quanto pelo seu potencial de gerar créditos: 15% de todo o potencial global de captura de carbono por meios naturais está em território nacional. Também o custo brasileiro para desenvolver e implementar projetos para obter créditos de alta qualidade e integridade é menor e mais competitivo do que a média global."
Fonte: Estadão, 04/07/2022
Clique aqui para ler o relatório | "Crédito de carbono: Capturando parte da solução; 5 nomes para exposição ao tema"
Emissão de carbono por termelétricas cresceu 78% no Brasil em 2021
"A geração de energia a partir de usinas termelétricas que utilizam combustíveis fósseis deu um salto de 77% em 2021, por conta da recuperação parcial das atividades econômicas após o período mais crítico da pandemia de covid-19 e, principalmente, a crise hídrica de 2021, que fez com que a geração via hidrelétricas fosse prejudicada de maneira relevante. Os dados são do Inventário de Emissões Atmosféricas em Usinas Termelétricas, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) com informações de eletricidade gerada em cada usina por meio do Histórico de Operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As estimativas preliminares do Iema indicam que a geração em termelétricas fósseis de serviço público do Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 77% em relação a 2020, alcançando cerca de 96 terawatt-hora (TWh). Essa geração foi responsável pela emissão de 58 milhões de toneladas de CO2 equivalente, 78% a mais que em 2020."
Fonte: Valor Econômico, 01/07/2022
Debate sobre agricultura regenerativa ganha mais peso
"Com a preocupação do setor agropecuário em aumentar a produtividade e emitir menos carbono para a atmosfera – o que também impacta, no caso do Brasil, menos necessidade de desmatar os ecossistemas naturais – a chamada agricultura regenerativa ganha cada vez mais peso. O que significa, por exemplo, que o mercado de produtos biológicos vai ter cada vez mais mercado. Hoje, existe um aumento no uso de bactérias fixadoras de nitrogênio nos solos por parte dos produtores, por exemplo. O que significa menor necessidade de aplicação de fertilizantes nitrogenados. Estimativas dão conta que mais de 30 milhões de hectares, no Brasil, são explorados com o uso de produtos biológicos."
Fonte: Estadão, 03/07/2022
Na Cocal, resíduo de usina vira gás para refrigerante
"Muitas usinas sucroenergéticas buscam aproveitar subprodutos de seus processos para obter novas receitas, usando vinhaça para produzir fertilizantes e biogás, por exemplo, ou a biomassa para produzir etanol e energia. Mas nenhuma havia explorado o mercado de gás carbônico industrial como faz agora a Cocal. A empresa começou a operar a planta de gás carbônico “food-grade” em seu parque de Narandiba (SP) em março, e recentemente alcançou ritmo que permite garantir entregas ao mercado. A companhia investiu R$ 25 milhões na unidade, erguida em 18 meses. A aposta no gás carbônico “food-grade”, muito usado em indústrias de refrigerantes e cervejarias, só foi possível porque a Cocal já tem uma planta de biometano."
Fonte: Valor Econômico, 02/07/2022
A FS quer tornar seu etanol de milho ‘made in Brazil’ carbono negativo
"Na cabeça da maioria dos brasileiros, etanol é sinônimo de cana-de-açúcar. Mas cerca de 10% desse biocombustível vendido no país já vem de milharais – e a primeira usina a produzi-lo não tem nem sequer cinco anos de operação. Quando a FS inaugurou a planta pioneira, em Lucas do Rio Verde (MT), a ideia de produzir etanol de milho no Brasil era quase uma ousadia. Hoje, a empresa está erguendo sua terceira unidade, um investimento de R$ 3,2 bilhões. “Tem muito milho no Mato Grosso e ainda temos muito espaço para crescer”, diz Daniel Lopes, vice-presidente executivo de sustentabilidade e novos negócios da FS."
Fonte: Capital Reset, 01/07/2022
Internacional
Empresas
Empresas apontam falta de soluções integradas de tecnologia para avançar na agenda ESG
"Grandes corporações ao redor do mundo têm lançado mão da Inteligência Artificial (AI) no controle e mensuração da pegada de carbono, especialmente nas áreas de produção e operações, de acordo com a pesquisa Uniting Technology and Sustainability: How to Get Full Value From Your Sustainable Technology Strategy, realizada pela Accenture com 560 chefes de operações de informática e tecnologia, CIOs e CTOs, respectivamente, nas siglas em inglês. Também foram entrevistados diretores e vice-presidentes de empresas com receita superior a US$ 1 bilhão, em 12 países, de 11 diferentes setores econômicos. No universo pesquisado, 92% têm o compromisso de atingir metas net-zero até 2030, e colocam a tecnologia como uma aliada importante, ou muito importante para alcançarem suas metas de sustentabilidade."
Fonte: Valor Econômico, 04/06/2022
Política
As grandes ambições climáticas de Joe Biden caem por terra
"A promessa de Joe Biden de ser o presidente mais verde da história dos EUA já estava em dúvida quando a Suprema Corte deu outro golpe e restringiu o poder do principal regulador ambiental. Esta semana, a maioria conservadora do tribunal derrubou um plano obsoleto da era Obama que buscava mudar a geração de energia de usinas a carvão para fontes renováveis em toda a rede de energia americana. Invocando um princípio legal conhecido como a doutrina das “grandes questões”, os juízes disseram que esperavam que o Congresso legislasse claramente sobre “quanta geração baseada em carvão” deveria haver em toda a rede elétrica dos EUA. A decisão deixa o governo Biden mais dependente de um Congresso não cooperativo para aprovar uma legislação climática crucial e coloca em questão o poder regulatório da Agência de Proteção Ambiental."
Fonte: Financial Times, 02/07/2022
Regulação
BCE renova títulos de dívida corporativa para favorecer empresas mais verdes
"O Banco Central Europeu planeja renovar gradualmente sua carteira de dívida corporativa de 344 bilhões de euros (US$ 358 bilhões) para favorecer empresas mais verdes, disse nesta segunda-feira, dando mais um passo no alinhamento da política monetária com as metas de mudança climática. O BCE disse há muito tempo que a luta contra as mudanças climáticas é crucial para manter a estabilidade financeira e seu braço de supervisão bancária vem pressionando os maiores credores do bloco a melhorar a gestão e a divulgação de riscos. Em um de seus maiores movimentos até agora, o BCE disse que, a partir de outubro, inclinará os reinvestimentos de caixa com vencimento de dívida corporativa para empresas com menores emissões de gases de efeito estufa, metas de redução de carbono mais ambiciosas e melhores divulgações relacionadas ao clima."
Fonte: Reuters, 04/07/2022
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
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