Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Principais tópicos do dia
• Na quinta-feira, o mercado fechou em território neutro, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,5% e -0,3%, respectivamente. Na semana, tanto o Ibov quanto o ISE encerraram em queda de -1,8% e -1,4%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou na semana passada que a redução da dívida da companhia abre espaço para que a empresa faça investimentos maiores, inclusive em projetos socioambientais e na solução de problemas sociais e ambientais, como a transição energética e o combate às emissões de carbono; e (ii) a Braskem fechou um contrato de compra de energia eólica com a EDF Renewables do Brasil, com o objetivo de contribuir para a construção de um novo complexo eólico no sudoeste da Bahia, a fim de promover a instalação de novas fontes de energia renovável no Brasil, além de garantir o fornecimento de energia para a companhia por um prazo de 20 anos, a partir de 2024.
• No internacional, o Japão começará a desenvolver uma rede de suprimentos de biocombustível para a aviação com o objetivo de disponibilizá-lo em todo o país no próximo ano, como parte da meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
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Brasil
Empresas
Braskem fecha contrato de energia eólica com EDF Renewables do Brasil
"A Braskem fechou um contrato de compra de energia eólica com a EDF Renewables do Brasil, de acordo com comunicado ao mercado. O valor do contrato não foi divulgado. “O contrato contribui para viabilizar a construção de um novo complexo eólico no sudoeste da Bahia, contribuindo para a instalação de novas fontes de energia renovável no Brasil, e garantirá o fornecimento de energia para a companhia por um prazo de 20 anos, a partir de 2024”, diz a Braskem. A empresa destaca que este é o quinto contrato de energia renovável de origem eólica ou solar de longo prazo que firma em quatro anos e o segundo com a EDF Renewables, alcançando mais de 150 megawatts médios de energia oriunda destas fontes, que representam cerca de 30% do portfólio da energia elétrica comprada no Brasil."
Fonte: Valor Econômico, 14/04/2022
Petrobras: Dívida menor abre espaço para maiores investimentos, diz novo presidente
"O novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou nesta quinta-feira (14) que a redução da dívida da companhia abre espaço para que a empresa faça investimentos maiores. Em discurso de posse hoje, na sede da empresa, Coelho ressaltou que, em 2014, a dívida bruta da empresa estava na casa de US$ 160 bilhões e, hoje, esse endividamento é de menos de US$ 60 bilhões. [...] O objetivo da estatal, destacou Coelho, será trabalhar em aderência ao plano estratégico, com foco em ativos em águas profundas e ultraprofundas e a continuação dos desinvestimentos de ativos maduros em terra e no mar. [...] Coelho fez questão de frisar que a estatal não se esquecerá da responsabilidade social e disse que haverá investimentos em projetos socioambientais e na solução de problemas sociais e ambientais e acenou para a transição energética e o combate às emissões de carbono."
Fonte: Valor Econômico, 14/04/2022
Mercado de Carbono: conheça empresas que pretendem compensar suas emissões
"A venda de créditos de carbono é um mecanismo que permite aos países e às empresas atingirem suas metas de emissões de gases que agravam o efeito estufa, os chamados GEE, que por sua vez impactam nas mudanças climáticas. Convencionou-se que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. As emissões de outros gases também seguem essa conversão. O mercado de carbono funciona para balancear – e limitar – as emissões. Quem emite abaixo do limite proposto vende esses créditos de carbono para quem emite a mais. [...] No Brasil não existem leis que obriguem as empresas a compensar carbono ou estabelecer metas em relação às emissões de GEE. Atualmente esse compromisso é feito de maneira voluntária e sem incentivos fiscais do governo."
Fonte: CNN, 17/04/2022
Café Apuí recebe R$ 11 milhões para crescer com a floresta
"Localizado num dos epicentros do desmatamento no Amazonas, o Café Apuí conseguiu achar o xis de uma equação complexa: mostrar que é possível garantir mais renda aos pequenos proprietários de terra com o cultivo associado à floresta do que derrubá-la para dar lugar aos bois. Agora, acaba de levantar R$ 11 milhões numa rodada que permitirá levar a empresa de um projeto piloto para uma escala comercial, aumentando a produção das atuais 231 sacas para mais de 12 mil até 2026 e o número de produtores envolvidos de 50 para mais de 300 no mesmo período. "
Fonte: Capital Reset, 18/04/2022
Opinião
Quem tem medo da regulação do carbono?
"Recentemente o Ministério da Economia manifestou apoio ao Projeto de Lei N. 528/2021 (agora incorporado junto ao PL N. 2.148/2015), de autoria do Deputado Marcelo Ramos, reacendendo as expectativas com relação à criação de um mercado regulado de carbono no Brasil. O PL já estava pautado para votação em regime de urgência na Câmara dos Deputados, e foi também incluído na lista de prioridades que o Executivo enviou à Câmara. Após vários substitutivos, fica difícil saber qual será a versão final da minuta que será levada à votação, e assim antecipar quais serão os impactos concretos dessa regulação para os negócios no Brasil. As propostas mais recentes envolvem, de um lado, a criação de infraestrutura, critérios e processos para o registro de créditos do mercado “voluntário” de carbono no país; e de outro, o estabelecimento de prazos, processos e condições para regular determinados setores, os quais poderão sofrer certas limitações e cumprir com certas obrigações para que possam emitir gases de efeito estufa (GEE), o que implica assim em criar um mercado de carbono “compulsório”."
Fonte: Valor Investe, 14/04/2022
Internacional
Empresas
Japão planeja criar cadeia logística de biocombustível para aviação
"O Japão começará a desenvolver uma rede de suprimentos de biocombustível para a aviação. O objetivo é disponibilizá-lo em todo o país no próximo ano, como parte da meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, segundo apurou o Nikkei. A infraestrutura para o manuseio do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) será construída no Aeroporto Internacional de Chubu, na província de Aichi, que fica na região central do Japão. O Bio Jet Fuel é feito de materiais renováveis, como biomassa e outros resíduos. A mistura do SAF com o combustível tradicional reduz as emissões de dióxido de carbono entre 70% e 90%. O governo do Japão assumirá a liderança na importação do produto ecológico e na construção de instalações de armazenamento."
Fonte: Valor Econômico, 14/04/2022
Empresas usaram créditos de carbono criados em projetos de extração de petróleo
"Daimler Trucks, eBay e uma empresa de energia dos EUA estavam entre os compradores recentes de compensações de carbono criadas por projetos que envolviam a injeção de dióxido de carbono no subsolo para extrair mais petróleo. Três projetos de extração baseados nos EUA foram elegíveis para gerar créditos porque seus processos envolviam a captura de CO2. Mas isso foi usado como uma maneira de extrair óleo fresco que de outra forma seria inacessível, um procedimento conhecido como “recuperação aprimorada de petróleo” (EOR). As regras de compensação sob as quais os créditos foram criados ignoravam as emissões associadas ao óleo extraído. Quase 3 milhões de créditos dos três projetos, que não podem gerar novas compensações após uma mudança de regra, foram usados pelos compradores para compensar as emissões de carbono. Cada compensação deve representar uma tonelada de carbono que foi permanentemente evitada ou removida da atmosfera."
Fonte: Financial Times, 17/04/2022
Tokens de criptografia ligados a carbono alarmam especialistas em clima
"Os entusiastas de criptomoedas estão correndo para trazer a revolução verde para o blockchain, mas especialistas ambientais temem que o novo boom na digitalização de compensações de carbono possa prejudicar os esforços para combater as mudanças climáticas. Desde outubro, quase 20 milhões de compensações de carbono – unidades que as empresas usam para compensar as emissões de gases de efeito estufa – foram convertidas em tokens digitais. Os tokens podem ser usados para compensar emissões ou convertidos em uma nova criptomoeda, Klima. O frenesi da atividade ocorreu em meio a um forte aumento no preço das compensações subjacentes, cada uma das quais deveria representar uma tonelada de carbono que foi evitada ou removida da atmosfera. As chamadas compensações “baseadas na natureza”, como as geradas a partir de esquemas de plantio de árvores, subiram de US$ 4,65 por tonelada para mais de US$ 14 entre junho de 2021 e abril deste ano, segundo a S&P Global Platts."
Fonte: Financial Times, 16/04/2022
Política
Ativistas das mudanças climáticas bloqueiam praça central de Paris
"Ativistas das mudanças climáticas forçaram o fechamento de uma praça principal no centro de Paris neste sábado para protestar contra os programas ambientais apresentados pelos restantes candidatos presidenciais da França. A Extinction Rebellion (XR) havia dito em seu site que planejava bloquear um importante local parisiense para interromper o ciclo eleitoral e sua atitude de "negócios como sempre". Embora o custo de vida seja o principal tema das eleições, as políticas de energia estão intimamente ligadas a isso, e Emmanuel Macron e sua adversária de extrema-direita Marine Le Pen apresentaram políticas muito diferentes no setor de energias renováveis em particular."
Fonte: Reuters, 16/04/2022
Terceiro Setor
Global Citizen busca até US$ 1 bilhão para seis fundos de 'Impacto' sustentáveis
"A Global Citizen, uma organização internacional sem fins lucrativos com o objetivo de ajudar a acabar com a pobreza, disse na segunda-feira que planeja lançar seis fundos de até US$ 1 bilhão cada, focados em gerar impacto ambiental e social no mundo em desenvolvimento. Os Global Citizen Impact Funds visam ajudar a preencher uma grande lacuna no financiamento para países mais pobres que lutam para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas, que incluem o acesso à água potável e o combate às mudanças climáticas. Os países mais pobres do mundo precisam de cerca de US$ 400 bilhões anualmente em financiamento externo para atingir essas metas, mas atualmente recebem apenas uma fração disso, disse à Reuters o diretor de políticas da Global Citizen, Mick Sheldrick."
Fonte: Reuters, 18/04/2022
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
- Radar ESG | Cruzeiro do Sul (CSED3): No caminho certo (link)
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- Água: Onde há escassez, há oportunidade (link)
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- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
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- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
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- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
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