Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Principais tópicos do dia
• Após dias consecutivos de queda, o mercado encerrou o pregão de ontem em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +3,7% e +2,6%, respectivamente.
• No Brasil, a mais recente edição do ranking da FAIRR Initiative, uma associação global de investidores que analisa as políticas ESG de companhias de capital aberto do setor de proteínas animais, destacou que os frigoríficos brasileiros estão avançando nas medidas anunciadas a respeito do tema, enquanto o mapeamento completo da cadeia continua sendo um desafio.
• No internacional, (i) o Ministério da Indústria da China divulgou hoje um plano de cinco anos que visa o desenvolvimento verde de seus setores industriais, prometendo reduzir as emissões de carbono e poluentes e promover as indústrias emergentes; e (ii) investidores europeus que no passado ameaçaram se desfazer da posição no Brasil por conta do desmatamento não o fizeram, mesmo com novos números mais alarmantes, e a falta de ação gerou preocupações sobre o compromisso dos gestores de ativos de tomar medidas eficazes caso as metas ambientais não sejam cumpridas.
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Brasil
Empresas
“Os frigoríficos brasileiros estão avançando nas medidas anunciadas de respeito aos critérios ESG – mas ainda há muito a fazer. É o que aponta a mais recente edição do ranking da FAIRR Initiative, uma associação global de investidores que analisa as políticas ambientais, sociais e de governança de companhias de capital aberto do setor de proteínas animais. O maior destaque entre as quatro brasileiras que fazem parte do ranking foi a Marfrig, que passou para o grupo das companhias de “baixo risco”. A empresa ocupa a quinta colocação geral e é a segunda entre os frigoríficos, atrás apenas da canadense Maple Leaf Foods. Em seguida vêm BRF (9ª colocação), JBS (11ª) e Minerva (25ª), que passou de “alto risco” para “risco médio”, mesma classificação de BRF e JBS. Ganhar posições no ranking é uma boa notícia, mas é preciso considerar que 87% das 60 analisadas receberam nota melhor este ano em comparação com 2020, um sinal inequívoco de que o tema é uma das grandes prioridades do setor. Somente quatro empresas retrocederam.”
Fonte: Capital Reset, 02/12/2021
“O ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, na sigla em inglês) talvez nunca esteve tão em alta quanto nos últimos dois anos – a pandemia do coronavírus fez as pessoas e companhias, se não mudarem seus comportamentos, ao menos refletirem na forma como consomem e produzem. E o esperado é que isso continue avançando. Os investimentos com “pegada” mais responsável saíram de US$ 22,9 trilhões em 2016 para US$ 35,3 trilhões em 2020. Além do crescimento nominal, o avanço foi também percentual, com os fundos institucionais que definiram estratégias sustentáveis tendo 35,9% de todos os ativos sob gestão no mundo, ante 27,9% quatro anos antes. “O investimento responsável tem ganhado força gradativamente em todo o mundo nos últimos anos e, mais recentemente, no Brasil, onde esperamos que essa tendência persista e acelere ainda mais”, afirma a analista da XP Investimentos Marcella Ungaretti.”
Fonte: InfoMoney, 02/12/2021
“A Environmental ESG (EESG3), subsidiária da Ambipar (AMBP3), lançou a plataforma Ambify, que possibilita à pessoa física reduzir emissões de carbono e o impacto no meio ambiente de forma simples e acessível. O aplicativo utiliza a tecnologia blockchain para conferir segurança e transparência às transações dos usuários. A ferramenta desenvolvida pela Ambipar oferece o crédito de carbono fragmentado por quilo, democratizando esse mercado. Segundo a companhia, com a Ambify, é possível, por exemplo, pagar centavos para compensar uma refeição. A proposta da plataforma é conectar as pessoas ao processo de transformação em direção a uma economia mais verde e de baixo carbono. No cálculo da pegada de carbono, é possível descobrir o quanto cada pessoa deve compensar de acordo com seus hábitos.”
Fonte: Money Times, 02/12/2021
Economia colaborativa e sustentabilidade: Geração Y quebra paradigmas em prol do planeta
“O planeta está pedindo socorro. Atualmente, a humanidade usa 74% a mais de recursos naturais do que os ecossistemas conseguem se regenerar, segundo levantamento da Earth Overshoot Day, organizado e calculado pela Global Footprint Network, uma organização internacional de pesquisas referências para ajudar a economia humana a operar dentro dos limites ecológicos da Terra. Ou seja, se nada for feito, pode não haver matéria-prima para suprir as necessidades das próximas gerações. Mas essa realidade pode mudar seguindo o comportamento de novas gerações como os eco-boomers (ou Geração Y Sustentável), aqueles nascidos entre 1985 e 1999, cujos valores sociais e ambientais compartilham de informações relacionadas à sustentabilidade. Está ainda mais intrínseco nas gerações Z (2000 – Atual) que, além de acreditar que a mudança de clima mundial é causada por atividades humanas, também é mais engajada em relação ao consumo. Segundo a ONG americana DoSomething, estas gerações preferem comprar produtos de marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caros.”
Fonte: Época Negócios, 02/12/2021
Produtos
Fundo ESG da MAG Investimentos chega na plataforma da XP
“Investimentos no exterior estão cada vez mais no radar dos brasileiros, que buscam uma alternativa à instabilidade e opções para diversificar a carteira. Em linha com esse movimento, a MAG Investimentos – do Grupo Mongeral Aegon – disponibiliza na plataforma da XP o fundo MAG Global Sustainable FIC FIM IE, dedicado a ações globais de empresas com aspectos ESG, ou seja, que se comprometem com governança ambiental, social e corporativa. O portfólio do veículo é dedicado à aquisição de cotas do Aegon Global Sustainable Equity Fund, premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos seis melhores fundos sustentáveis do mundo entre os 780 avaliados. O reconhecimento foi anunciado durante o 7º Fórum Mundial de Investimentos da UNCTAD, que aconteceu em outubro.”
Fonte: InfoMoney, 02/12/2021
Internacional
Empresas
Gestores de ativos deixam de cumprir promessas de desinvestimento do Brasil devido ao desmatamento
“Vários grupos de investimento europeus que no ano passado ameaçaram se desfazer do Brasil por causa do desmatamento não o fizeram, mesmo com novos números mostrando que o ritmo de destruição da floresta amazônica está no seu pior desde 2006. Varejistas de alimentos europeus, incluindo Tesco e M&S da Grã-Bretanha, também evitaram ameaças de boicote à produção brasileira, dizendo agora que são a favor de uma abordagem unificada da indústria e do governo para impedir o corte da maior floresta tropical do mundo. A falta de ação gerou preocupações sobre o compromisso dos gestores de ativos e varejistas de tomar medidas eficazes caso as metas ambientais não sejam cumpridas. Isso também gerou preocupações de que o governo do presidente Jair Bolsonaro – que há muito defende a abertura da floresta tropical ao desenvolvimento comercial – possa se sentir encorajado se acreditar que boicotes não acontecerão.”
Fonte: Financial Times, 02/12/2021
Shell retira-se do projeto petrolífero Cambo, no Mar do Norte do Reino Unido
“A Royal Dutch Shell se retirou de um projeto de petróleo contencioso no Mar do Norte da Grã-Bretanha que se tornou um campo de batalha para grupos ambientais interessados em impedir o Reino Unido de desenvolver novas reservas de petróleo e gás. A principal petrolífera anglo-holandesa, que recentemente anunciou planos de mudar sua sede da Holanda para o Reino Unido, disse que concluiu uma “avaliação detalhada” do projeto, que é liderada pela Siccar Point Energy, apoiada por private equity, antes de decidir tirar. “Após uma avaliação abrangente do desenvolvimento proposto de Cambo, concluímos que o caso econômico para o investimento neste projeto não é forte o suficiente neste momento, além de ter potencial para atrasos”, disse a Shell em um comunicado na quinta-feira. A Shell e a Siccar Point solicitaram em junho a aprovação regulatória para levar adiante o esquema, mas o governo do primeiro-ministro Boris Johnson, que sediou a cúpula do clima COP26 em novembro, enfrentou pressão de ativistas para não avançar com o projeto.”
Fonte: Financial Times, 02/12/2021
China lança plano de desenvolvimento verde de cinco anos para setores industriais
“O Ministério da Indústria da China divulgou na sexta-feira um plano de cinco anos que visa o desenvolvimento verde de seus setores industriais, prometendo reduzir as emissões de carbono e poluentes e promover as indústrias emergentes de modo a cumprir um compromisso de redução das emissões até 2030. O maior emissor mundial de gases de efeito estufa pretende reduzir suas emissões de carbono até 2030 e se tornar “neutro em carbono” até 2060. O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) reiterou as metas de redução das emissões de dióxido de carbono em 18% e intensidade energética em 13,5%, até 2025, de acordo com o plano que cobre o período entre 2021 e 2025. Disse também que controlará estritamente as capacidades de aço, cimento, alumínio e outros setores.”
Fonte: Reuters, 03/12/2021
Clique aqui para acessar o nosso último relatório | “COP26: Implicações do documento final”
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
- ESG: O que moldará os investimentos sustentáveis em 2022? (link)
- Carteira ESG XP: Sem alterações em nosso portfólio para dezembro (link)
- Radar ESG | Burger King Brasil (BKBR): Espaço para avanço na agenda, mas os planos ambiciosos adiante animam (link)
- COP26: Implicações do documento final (link)
- Expo Dubai: Buscando soluções diante de recursos finitos (link)
- Expo Dubai: Todos os olhos voltados para o futuro da mobilidade (link)
- Expo Dubai: Tecnologia e sustentabilidade centralizam os destaques do evento nesta terça-feira (link)
- Expo Dubai: Três principais destaques do evento nesta segunda-feira, dia do Brasil na feira (link)
- COP26: Um encontro decisivo para conter o aquecimento global (link)
- Seleção BDRs ESG: 15 nomes para exposição internacional ao tema (link)
- Radar ESG | Kora Saúde (KRSA3): Ainda há um caminho a ser percorrido (link)
- Radar ESG | Empresas de Autopeças: Preparando a estrada ESG; Governança e segurança em primeiro lugar (link)
- Radar ESG | Unifique (FIQE3) e Brisanet (BRIT3): O que as empresas de telecomunicações brasileiras têm feito? (link)
- Radar ESG | Natura&Co. (NTCO3): Não é apenas maquiagem; ESG é uma realidade! (link)
- Vale (VALE3): Feedback do Webinar ESG; Todos os olhos voltados para a redução de riscos (link)
- Radar ESG | Totvs (TOTS3): A melhor posicionada no setor de tecnologia sob a cobertura da XP (link)
- Assembleia Geral da ONU: Cenário climático alarmante centraliza as discussões (link)
- Amazônia: Entendendo a importância da maior floresta tropical do mundo (link)
- ESG no centro das discussões; Três principais aprendizados da Expert XP 2021 (link)
- Radar ESG | Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3): Uma líder em alumínio verde, com forte posicionamento ESG (link)
- Relatório do IPCC: Um chamado para todos, inclusive para o mercado, frente a um cenário alarmante do clima (link)
- Radar ESG | WEG (WEGE3): Um player ESG bem equipado para se beneficiar das tendências adiante (link)
- Radar ESG | Boa Safra (SOJA3): Agenda ESG em produção, semente por semente (link)
- Água: Onde há escassez, há oportunidade (link)
- Radar ESG | Positivo (POSI3): Um trabalho em andamento (link)
- B3 anuncia nova metodologia para o ISE; Positivo (link)
- Radar ESG | G2D (G2DI33): Abraçando os pilares S e E através do portfólio de investimentos de impacto (link)
- Ambev (ABEV3): Feedback do evento ESG; Reforçamos nossa visão positiva (link)
- Radar ESG | Setor de infraestrutura (CCRO3, ECOR3, RAIL3, HBSA3, STBP3): Preparando o asfalto (link)
- Crédito de carbono: Capturando parte da solução; 5 nomes para exposição ao tema (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de Imóveis Residenciais Populares: Construindo os andares ESG (link)
- Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG (link)
- Trilogia ESG (Pt. I): Um mergulho no pilar E; Três nomes que são parte da solução (link)
- Radar ESG | Blau (BLAU3) e Hypera (HYPE3): Em busca da fórmula ESG (link)
- Bitcoin e ESG: Entenda os dois lados da moeda (link)
- Radar ESG | Bemobi (BMOB3): Diversidade é o nome do jogo (link)
- Radar ESG | Setor de Logística (SIMH3, JSLG3 e VAMO3): Preparando-se para a estrada ESG (link)
- Radar ESG | Laboratórios: ESG ainda na triagem; Fleury se destacando em relação aos pares (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Tecnologia, economia e agenda verde centralizam as discussões no segundo dia do evento (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Cooperação global é uma das três principais mensagens do evento (link)
- Radar ESG | Locadoras de automóveis: Rumo à agenda ESG; Localiza liderando a corrida (link)
- Radar ESG | São Martinho (SMTO3): Quanto mais se semeia, maior é a colheita (link)
- Radar ESG | Orizon (ORVR3): Quando ESG está escrito no DNA (link)
- Sondagem XP/ESG com investidores institucionais (link)
- O melhor dos dois mundos: Seleção de 10 BDRs para exposição internacional ao tema ESG (link)
- Radar ESG | Enjoei (ENJU3): O usado é o novo “novo”? (link)
- Radar ESG | CSN Mineração (CMIN3): Explorando os campos ESG (link)
- Radar ESG | Jalles (JALL3): Plantando as sementes ESG (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de alta renda: ESG ainda em construção (link)
- Radar ESG | Setor de saúde: O ESG ainda está na sala de espera? (link)
- Radar ESG | Quão sustentáveis são as empresas de e-commerce? Uma análise ESG dessas gigantes (link)
- Radar ESG | IMC (MEAL3): Por que a empresa ainda tem muito espaço para melhorar? (link)
- Radar ESG | Aeris (AERI3): Uma das empresas melhor posicionada para surfar o vento ESG (link)
- Radar ESG | 3R Petroleum: Construindo um caminho que incorpora metas ESG (link)
- Radar ESG | Setor de supermercados: Vale a pena encher o carrinho? (link)
- Radar ESG | JHSF (JHSF3): Espaço para melhorias (link)
- Radar ESG | Quem é o melhor aluno da classe? Avaliando os líderes em ESG dentre as empresas de educação no Brasil (link)
- Panorama do marco regulatório de investimentos ESG no Brasil (link)
- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
- ESG: Tendências e preferências para 2021 (link)
- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
- Eleições americanas: Quais os efeitos para a agenda ESG nos EUA e no Brasil? (link)
- Radar ESG | Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG (link)
- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
- ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema (link)
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