Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
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Brasil
Empresas
WEG aposta em ‘garagem solar’ para carro elétrico
“Enxergando na mobilidade elétrica um nicho promissor, a WEG vem firmando uma série de parcerias para tentar se posicionar como a principal provedora de infraestrutura para recarga de veículos elétricos, mercado em que atuam gigantes como ABB e Siemens. A fabricante brasileira já tem acordos para fornecimento de carregadores com algumas montadoras, como Renault e Stellantis, e vê oportunidade para expandir os negócios com as “garagens solares”, estações de recarga elétrica abastecidas através da geração solar. Foco em mobilidade elétrica está no Brasil, mas fabricante vê oportunidades também na América Latina. “É difícil de fazer prognósticos sobre o crescimento desse mercado, mas uma coisa é fato: as empresas estão cada vez mais preocupadas com a questão ambiental. A mobilidade elétrica é uma tendência sem volta em todo o mundo”, afirma Manfred Peter Johann, diretor superintendente da WEG Automação.”
Fonte: Valor Econômico, 11/08/2021
Clique aqui para ler o nosso relatório com a análise ESG completa de WEG | “Um player ESG bem equipado para se beneficiar das tendências adiante“
Mudanças climáticas no foco do agro
“Nos últimos seis anos, eventos climáticos extremos causaram frustrações nas lavouras dos produtores brasileiros de grãos em ao menos três safras e reduziram o volume colhido em relação à temporada anterior. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é o caso do ciclo atual, que registra fortes perdas nas plantações de milho, além dos problemas nas de café e cana-de-açúcar. Ciente do desafio, evidenciado pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC), o setor produtivo defende investimentos em pesquisa, tecnologia e assistência técnica para fazer a adaptação dos sistemas produtivos e dar escala a modelos mais sustentáveis de produção, como os do Programa ABC. Os dados compilados pelos cientistas na ONU reforçam a urgência do fim do desmatamento ilegal no país, que suja a imagem do agronegócio, afeta oferta de chuvas no Centro-Oeste (principal região produtora de grãos) e eleva as emissões de gases de efeito estufa (GEE), creditadas na conta dos agropecuaristas.”
Fonte: Valor Econômico, 11/08/2021
Redução de emissões passa por engajar pequenas e médias empresas: ‘É algo que precisa ser olhado’
“Há 12 anos presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), a economista Marina Grossi afirma que as grandes companhias estão fazendo bastante pelo combate às mudanças climáticas. O País tem hoje 180 empresas comprometidas com a campanha “Race To Zero”, para zerar a emissão de gases de efeito estufa. O desafio, ela explica em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real do Grupo Estado, é engajar mais as pequenas e médias empresas. “Para o Brasil atingir o compromisso de zerar emissões líquidas de carbono até 2050, as grandes empresas terão que envolver as empresas de pequeno e médio portes da cadeia de fornecimento, o chamado escopo 3. Existem iniciativas nesse sentido, mas é algo que precisa, sim, ser olhado”, disse a economista. Sobre o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU, a respeito do aquecimento global e eventos climáticos extremos, Grossi acredita que o documento é mais contundente do que os alertas anteriores. “Não é uma promessa para daqui a pouco, já há efeitos importantes”, disse Grossi. Para ela, o aumento do desmatamento no Brasil tem prejudicado a imagem das empresas.”
Fonte: Estadão, 11/08/2021
Seis medidas para conter o avanço do aquecimento global, das mais simples às mais inovadoras
“O alerta dado pelo novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) é claro: é preciso imediatamente reduzir as emissões de gases do efeito estufa a ponto de zerarmos o balanço entre o que é lançado e o que é retirado da atmosfera em meados deste século. Este é o único caminho para contermos o aquecimento global, suas consequências extremas e tentar reverter o avanço da temperatura até 2100. Zerar as emissões líquidas (a diferença entre o carbono emitido e o retirado da atmosfera) exige de governos nacionais, subnacionais, setor privado e da população esforços até aqui pouco aparentes. Ferramentas para isso, no entanto, existem e, se entendermos o recado da ciência, tendem a se tornar mais e mais presentes no cotidiano. O Estadão ouviu especialistas em mudanças climáticas e preservação do ambiente e lista aqui seis delas, das mais simples e efetivas às mais inovadoras formas de sequestro de carbono da atmosfera.”
Fonte: Estadão, 11/08/2021
Política
BNDES dará crédito a empresas comprometidas com melhora de indicadores ESG
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concederá, através do programa BNDES Crédito ASG, financiamentos com destinação livre — ou seja, para usos diversos, e, portanto, sem relação necessária com um projeto de investimento — a empresas que se comprometerem a melhorar seus indicadores de sustentabilidade. Aquelas que cumprirem as contrapartidas mínimas e atingirem as metas estipuladas pelo programa terão redução na taxa de juros. A princípio, o BNDES Crédito ASG será destinado a empresas de segmentos específicos: cadeia da madeira voltada para reflorestamento, fabricantes de equipamentos para a cadeia de energia renovável e de eficiência energética, mineração, siderurgia. Esses quatro setores têm grande potencial de melhorias em termos ambientais. Já o quinto setor, que possui maior potencial de impacto social do que ambiental, é o de provedores de internet de pequeno porte. O aumento da oferta de conectividade é uma das metas do Plano Trienal do BNDES 2020 -2022.”
Fonte: Valor Econômico, 10/08/2021
Terceiro Setor
Internacional
Empresas
Momentos de inflação verde trazem novos desafios para os gestores de portfólio
“De navios de contêineres a papelão, regulamentações ambientais mais rígidas estão causando escassez e picos de preços à medida que a “inflação verde” toma conta, acrescentando uma nova reviravolta nas avaliações corporativas. Apesar de todas as mensagens de inflação é transitória dos bancos centrais, aumentos de custos de dois ou três dígitos tornaram-se comuns nos balanços das empresas, embora a variedade verde ainda não tenha aparecido nos mercados de títulos, o sistema que usualmente reflete de forma antecedente tais movimentos. Embora os custos mais altos sejam parcialmente devidos a falhas de fornecimento relacionadas à pandemia, os administradores de fundos dizem que um ímpeto poderoso está emanando de novas regras estritas para orientar a transição do mundo para um futuro mais verde. E isso pode durar mais que a narrativa da inflação COVID-19. Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a União Europeia aumentará o custo da emissão de carbono para transporte e fábricas, abandonará as vendas de carros movidos a gasolina e reduzirá as taxas de carbono aos parceiros comerciais.”
Fonte: Reuters, 11/08/2021
EUA avaliam meta de 2050 na tentativa de eliminar os benefícios dos combustíveis fósseis para as companhias aéreas
“A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está discutindo em silêncio uma data-alvo de 2050 para eliminar os benefícios de aeronaves dos combustíveis fósseis como parte do esforço mais amplo da Casa Branca para combater a mudança climática. Nos últimos dias, a Casa Branca intensificou os esforços voltados para a transformação da economia dos EUA, incluindo a promoção de gastos com infraestrutura direcionados ao clima e trazendo as empresas automotivas a bordo em seu impulso para o uso de veículos elétricos. O governo Biden está contemplando incentivos para apoiar a produção do setor privado de combustível de aviação sustentável (SAF) enquanto busca maneiras de eliminar as emissões de gases de efeito estufa na indústria de aviação difícil de eletrificar. O governo está olhando para uma meta de 2050 para as companhias aéreas operarem com 100% de combustível para aviação de fontes renováveis, disseram duas fontes, que falaram anonimamente para serem francas sobre as discussões.”
Fonte: Reuters, 10/08/2021
Opinião
Gás natural testa a velha cura para preços mais altos
“[…] Os preços do gás natural dispararam para os mais altos já registrados, tanto na Europa continental quanto no Reino Unido (pelo menos nesta época do ano) e com isso tudo, desde o preço do aquecimento doméstico à eletricidade, está subindo drasticamente. […] Há razões para acreditar que os altos preços do gás natural podem não estimular a resposta usual. A razão para isso é que o gás natural é muito […] mais limpo que o carvão, produzindo cerca de metade do CO2 quando usado para gerar eletricidade, mas ainda é desprezado pelos ambientalistas como um combustível fóssil que contribui para as emissões e mudanças climáticas. Mas, no curto prazo, uma luta intensificada contra as mudanças climáticas está aumentando a demanda por gás natural. Os preços do carbono – uma das principais ferramentas da UE e do Reino Unido para combater as mudanças climáticas – dispararam em resposta a metas políticas cada vez mais ambiciosas de redução de emissões. O resultado é que o carvão se torna menos econômico para queimar eletricidade, o que é bom para o clima. Mas também significa que ele será substituído por gás natural em muitos casos em que as energias renováveis ainda não podem compensar.”
Fonte: Financial Times, 10/08/2021
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
- Radar ESG | WEG (WEGE3): Um player ESG bem equipado para se beneficiar das tendências adiante (link)
- Radar ESG | Boa Safra (SOJA3): Agenda ESG em produção, semente por semente (link)
- Água: Onde há escassez, há oportunidade (link)
- Radar ESG | Positivo (POSI3): Um trabalho em andamento (link)
- B3 anuncia nova metodologia para o ISE; Positivo (link)
- Radar ESG | G2D (G2DI33): Abraçando os pilares S e E através do portfólio de investimentos de impacto (link)
- Ambev (ABEV3): Feedback do evento ESG; Reforçamos nossa visão positiva (link)
- Radar ESG | Setor de infraestrutura (CCRO3, ECOR3, RAIL3, HBSA3, STBP3): Preparando o asfalto (link)
- Crédito de carbono: Capturando parte da solução; 5 nomes para exposição ao tema (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de Imóveis Residenciais Populares: Construindo os andares ESG (link)
- Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG (link)
- Trilogia ESG (Pt. I): Um mergulho no pilar E; Três nomes que são parte da solução (link)
- Radar ESG | Blau (BLAU3) e Hypera (HYPE3): Em busca da fórmula ESG (link)
- Bitcoin e ESG: Entenda os dois lados da moeda (link)
- Radar ESG | Bemobi (BMOB3): Diversidade é o nome do jogo (link)
- Radar ESG | Setor de Logística (SIMH3, JSLG3 e VAMO3): Preparando-se para a estrada ESG (link)
- Radar ESG | Laboratórios: ESG ainda na triagem; Fleury se destacando em relação aos pares (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Tecnologia, economia e agenda verde centralizam as discussões no segundo dia do evento (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Cooperação global é uma das três principais mensagens do evento (link)
- Radar ESG | Locadoras de automóveis: Rumo à agenda ESG; Localiza liderando a corrida (link)
- Radar ESG | São Martinho (SMTO3): Quanto mais se semeia, maior é a colheita (link)
- Radar ESG | Orizon (ORVR3): Quando ESG está escrito no DNA (link)
- Sondagem XP/ESG com investidores institucionais (link)
- O melhor dos dois mundos: Seleção de 10 BDRs para exposição internacional ao tema ESG (link)
- Radar ESG | Enjoei (ENJU3): O usado é o novo “novo”? (link)
- Radar ESG | CSN Mineração (CMIN3): Explorando os campos ESG (link)
- Radar ESG | Jalles (JALL3): Plantando as sementes ESG (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de alta renda: ESG ainda em construção (link)
- Radar ESG | Setor de saúde: O ESG ainda está na sala de espera? (link)
- Radar ESG | Quão sustentáveis são as empresas de e-commerce? Uma análise ESG dessas gigantes (link)
- Radar ESG | IMC (MEAL3): Por que a empresa ainda tem muito espaço para melhorar? (link)
- Radar ESG | Aeris (AERI3): Uma das empresas melhor posicionada para surfar o vento ESG (link)
- Radar ESG | 3R Petroleum: Construindo um caminho que incorpora metas ESG (link)
- Radar ESG | Setor de supermercados: Vale a pena encher o carrinho? (link)
- Radar ESG | JHSF (JHSF3): Espaço para melhorias (link)
- Radar ESG | Quem é o melhor aluno da classe? Avaliando os líderes em ESG dentre as empresas de educação no Brasil (link)
- Panorama do marco regulatório de investimentos ESG no Brasil (link)
- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
- ESG: Tendências e preferências para 2021 (link)
- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
- Eleições americanas: Quais os efeitos para a agenda ESG nos EUA e no Brasil? (link)
- Radar ESG | Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG (link)
- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
- ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema (link)
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