Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!

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Brasil
Empresas
Banco do Brasil vai lançar 19 licitações para energia renovável até fim do ano
"O Banco do Brasil (BB) vai lançar ainda este ano 19 licitações para projetos de geração distribuída de energia renovável a partir das fontes solar, eólica, biomassa e biogás. A contratação tem investimentos estimados em R$ 687 milhões e é parte da estratégia do banco para abater 100% de suas emissões de gases de efeito estufa oriundas do consumo de energia até 2024, a partir da geração renovável ou da compra de certificados. Desde o ano passado, o BB já compensa todas as emissões geradas pela sua demanda de energia elétrica, mas a maior parte do volume foi neutralizado por meio da compra de certificados de energia renovável internacionais rastreáveis, conhecidos como I-Recs."
Fonte: Valor Econômico, 18/06/2021
SLC Agrícola obtém 'empréstimo verde’ de R$ 200 milhões
"A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e fibras do Brasil, acaba de fechar um “green deal”, financiamento ligado a metas de sustentabilidade, de R$ 200 milhões com o Rabobank Brasil. Diferentemente de outras operações ESG (sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança), o “sustainability linked loan”, utilizado para esse financiamento, não vincula o montante ao cumprimento das metas sustentáveis. Porém, para conseguir o desconto no empréstimo, a companhia assume o compromisso de executá-las, mesmo que a fonte de recursos seja outra. No acordo entre SLC e Rabobank, a empresa agrícola comprometeu-se a reduzir em 7% suas emissões de CO2 até 2023, ano em que vence a operação."
Fonte: Valor Econômico, 18/06/2021
Política
EUA destacam ‘metas promissoras’ de Bolsonaro para proteção ambiental
"O secretário de Estado Antony Blinken e o chanceler Carlos França revisaram por telefone os objetivos ambientais do governo brasileiro e a importância de não atrasar as ações para alcançá-los, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price. “Eles discutiram as metas promissoras do presidente Bolsonaro para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, dobrar o financiamento para combater o desmatamento ilegal e eliminar o mesmo até 2030, e a necessidade de apoiar esses objetivos com medidas concretas de implementação a curto prazo”, segundo um comunicado. O governo do presidente Joe Biden considera o vínculo com o Brasil “crucial” para enfrentar com eficácia os desafios globais impostos pelo aquecimento global, disse Blinken após uma visita virtual às Nações Unidas em março."
Fonte: Isto É, 17/06/2021
Ministro da Cidadania afirma que governo em breve fortalecerá programas sociais
"'Em curto espaço de tempo, vamos apresentar o fortalecimento dos programas sociais', disse nesta quinta-feira o ministro da Cidadania, João Roma, durante o 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ele não adiantou detalhes, mas informou que será fortalecido, por exemplo, o programa de distribuição de alimentos. Segundo o ministro, são necessárias alterações na legislação (citou a do direito do consumidor) em itens que atualmente favorecem o desperdício de alimentos."
Fonte: Valor Investe, 17/06/2021
Opinião
Corrida para atender demanda de carros elétricos por energia tem alto impacto ambiental
"Há alguns anos, a maior parte da energia elétrica dos países industrializados ainda era produzida pela queima de combustíveis fósseis. E, nessas condições, pouco valia substituir a emissão de CO2 pelo escapamento dos veículos pelas emissões via chaminés das termoelétricas. Mas a matriz da energia elétrica está mudando. A energia limpa vai tomando o lugar da que era antes produzida pela combustão de carvão ou derivados de petróleo. O problema não é mais por aí. O coração do carro elétrico é a bateria. E a bateria apresenta dois problemas ainda sem solução: o da obtenção sustentável de minerais estratégicos para sua produção, como lítio, níquel, manganês, cobalto e cobre; e o da reciclagem da bateria descartada. A expectativa da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é a de que, até 2030, 145 milhões de veículos elétricos, ou 7% da frota mundial de veículos, estarão em circulação. [...] Apostar na reciclagem pode ajudar a reduzir a mineração desenfreada e evitar que as baterias não acabem descartadas em aterros sanitários, de onde contaminariam o meio ambiente. A indústria de reciclagem não tem evoluído com a mesma rapidez dos investimentos na produção das baterias."
Fonte: Estadão, 17/06/2021
Como a natureza humana pode combater a mudança no clima
"Tanto a pandemia da Covid-19 quanto o aquecimento global são questões de sobrevivência e, em seu cerne, são crises de saúde. Mas a tipologia não é a única coisa que têm em comum. Também podemos superá-los da mesma maneira –ao trabalharmos com, e não contra, nossa natureza humana. O alfa e o ômega da política do clima é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. A União Europeia planeja cortá-las em 55% até 2030 e chegar a um total líquido zero de emissões até 2050. Nossa primeira reação a essas metas ambiciosas é, frequentemente, a de que precisamos comer menos carne, viajar menos de avião, reutilizar o que quer que usemos e questionar nossa suposição de que o PIB (Produto Interno Bruto) precisa crescer constantemente. Dessa perspectiva, cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa aparentemente torna necessária uma redução de nosso padrão de vida atual."
Fonte: Folha de São Paulo, 17/06/2021
Terceiro Setor
Campanhas de arrecadação de agasalhos e cobertores iniciam com inverno; Veja como doar
"Movimentos e organizações lançam neste mês campanhas para arrecadar cobertores e agasalhos para pessoas em situação de rua ou em estado de vulnerabilidade. Com a chegada do inverno em 21 de junho e a escalada da fome na pandemia, entidades se desdobram para levar refeições à mesa e ainda oferecer aquecimento contra o frio. [...] O Fundo Social de São Paulo, vinculado ao governo estadual, promove a campanha Inverno Solidário. Doações de cobertores novos podem ser feitas em diversas estações da CPTM, Metrô e EMTU."
Fonte: Folha de São Paulo, 17/06/2021
'O governo não compreende o que é a fome', diz diretor da ONG fundada por Betinho
"Para Rodrigo Afonso, diretor-executivo da ONG Ação da Cidadania, organização de combate à fome fundada por Betinho em 1993, é inaceitável a frase proferida por Paulo Guedes na manhã desta quinta-feira (17). A sugestão de destinar sobras de alimentos de famílias e restaurantes a pessoas vulneráveis evidenciaria que o ministro “nunca sentou com uma família para saber o que é fome.” [...] Para Afonso, a situação de insegurança alimentar no país, que atinge mais de 120 milhões de pessoas, é resultado da destruição das políticas de combate à fome por parte do governo federal. “O preço dos alimentos aumentou pela falta de planejamento, o governo é a causa da fome no Brasil.”"
Fonte: Folha de São Paulo, 17/06/2021
Internacional
Empresas
A BMW quer que você armazene energia solar… em casa
"Bem mais discreto que Elon Musk, outro bilionário do setor automobilístico vem há anos fazendo sua aposta na energia solar. Maior acionista da BMW, Stefan Quandt (que detém 44% da companhia com sua irmã, Susanne Klatten) fez um investimento silencioso na fabricante de painéis solares alemã Solarwatt, voltada para o mercado residencial, há mais de uma década. [...] Agora, os dois mundos se encontraram num negócio crucial para ambos: o desenvolvimento de baterias. A BMW e a Solarwatt acabam de anunciar uma parceria para a fabricação de sistemas de armazenamento de energia solar para residências."
Fonte: Capital Reset, 17/06/2021
"As mulheres representam menos de 10% dos gestores na maioria das empresas japonesas, e a grande maioria das empresas afirma que será impossível aumentar esse número para uma meta de 30% nesta década, revelou uma pesquisa da Reuters. O maior lobby empresarial do Japão, Keidanren, está pressionando por um aumento no número de gestores do sexo feminino, em uma campanha denominada "womenomics", com o objetivo de empoderar mais mulheres e enfrentar o desafio de emprego de uma sociedade em envelhecimento. No entanto, os entrevistados da Pesquisa Corporativa Reuters disseram que a promoção de mais mulheres exigiria mudanças na cultura corporativa masculina do Japão e mais apoio em áreas como creches."
Fonte: Reuters, 18/06/2021
Política
ONU alerta que seca pode ser "a próxima pandemia"
"A escassez de água e a seca devem causar estragos em uma escala que rivalizará com a pandemia de Covid-19, e os riscos aumentam rapidamente à medida que as temperaturas globais se elevam, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). "A seca está prestes a se tornar a próxima pandemia, e não existe vacina para curá-la", disse Mami Mizutori, representante especial da ONU para redução de risco de desastres, em uma entrevista coletiva virtual antes da publicação do relatório. As secas já desencadearam perdas econômicas de pelo menos 124 bilhões de dólares e atingiram mais de 1,5 bilhão de pessoas entre 1998 e 2017, segundo um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira."
Fonte: Época Negócios, 17/06/2021
Conversas da ONU sobre o clima atingem um muro devido às tensões financeiras
"As tensões sobre o financiamento do clima ameaçam prejudicar a cúpula da COP26 deste ano, depois que semanas de deliberações preliminares da ONU renderam pouco acordo sobre como proceder com os princípios básicos do acordo climático de Paris. A conclusão pessimista alimenta mais desapontamento sobre o progresso na redução do aquecimento global, depois que a cúpula dos líderes do G7 na Cornualha não conseguiu produzir planos específicos para novos fundos climáticos. Um dos principais motivos da discórdia é que os países ricos parecem ter perdido a meta de US$ 100 bilhões em ajuda climática anual até 2020, criando desconfiança entre os 191 países que assinaram o acordo de Paris."
Fonte: Financial Times, 18/06/2021
Agenda climática de Biden atola em meio a um Congresso dividido
"O presidente Joe Biden chega de volta aos Estados Unidos esta semana após uma viagem ao exterior com um tema recorrente: o combate às mudanças climáticas. Mas ele retorna a Washington, onde seu próprio partido sente uma ansiedade crescente de que a agenda climática de seu governo ficará aquém. As negociações bipartidárias sobre as propostas de infraestrutura de Biden - que gastariam bilhões em estradas, pontes e túneis em ruínas, bem como somas recordes em energia limpa - estão diminuindo. Enquanto republicanos e democratas moderados tentam reduzir o pacote, os progressistas alertam que suspenderão o apoio se as cláusulas climáticas forem retiradas."
Fonte: Financial Times, 17/06/2021
ONU adota novas medidas para reduzir as emissões dos navios, os críticos pedem mais
"A agência de navegação da ONU aprovou novas medidas na quinta-feira para aumentar a eficiência energética dos navios comerciais, embora os críticos tenham dito que a medida ficou aquém do que era necessário para reduzir a pegada de carbono da indústria. A Organização Marítima Internacional (IMO) adotou formalmente as regras para reduzir a intensidade de carbono dos navios existentes depois que os Estados membros chegaram a um acordo sobre os planos em uma reunião virtual esta semana. As medidas se somam aos regulamentos de eficiência energética já adotados para novos navios e visam reduzir a intensidade de carbono do transporte marítimo internacional em 40% até 2030 em comparação com os níveis de 2008."
Fonte: Reuters, 17/06/2021

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.

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