Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
Gostaria de receber esse conteúdo por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
O que é (e o que não é) ESG – e o que trará retorno para o acionista daqui pra frente
“O termo ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) tornou-se um acrônimo com vida própria, descolando-se às vezes do seu conceito e chegando a ser usado como sinônimo de sustentabilidade empresarial e gerando inúmeras polêmicas, como sobre a repartição de benefícios entre shareholders e stakeholders. O conceito ESG resultou das transformações da sociedade que tornaram a sustentabilidade uma nova dimensão dos negócios, gerando pressões sobre as empresas que precisam ser respondidas dentro de uma visão sistêmica, que considere os aspectos ambientais, sociais e de governança como sinérgicos, buscando a geração de valor a longo prazo, tanto para os acionistas quanto para os demais stakeholders. Os críticos do conceito ESG afirmam que esta abordagem só beneficia os intermediários e que o certo seria continuar com o “business as usual”, visando beneficiar apenas os shareholders, que são investidores, e não beneméritos.”
Fonte: Capital Reset, 24/06/2021
Política
São Paulo é a primeira cidade a entrar em rede global de economia circular
“Na busca por um futuro mais verde, a Prefeitura formalizou em abril deste ano uma parceria estratégica com a Fundação Ellen MacArthur e se tornou a primeira cidade do mundo admitida pela rede mundial de economia circular – um grupo que já incluía empresas globais e organizações filantrópicas em ações assentadas na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. A expectativa é que, ao trabalhar ações localmente, São Paulo se consolide como um local de referência sobre economia circular no Brasil e na América Latina, inspirando outras cidades. “É uma honra e uma grande responsabilidade para São Paulo ser a primeira cidade no mundo reconhecida como parceira estratégica da Fundação Ellen MacArthur, seguida por Nova York e Londres”, diz a ex-prefeita e atual secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy. “Essa parceria ampliará a implantação da economia circular junto à administração pública, envolvendo o setor privado e a população.””
Fonte: Estadão, 24/06/2021
Novo ministro é visto com cautela por ambientalistas
“Em abril de 2020, dias antes da famosa reunião ministerial em que o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles cunhou a expressão “passar a boiada” na regulamentação ambiental enquanto a imprensa estava distraída com os mortos da pandemia, ocorreu um encontro da Comissão Executiva para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa, conhecida por Conaveg. Só participaram representantes do governo federal. Ali, o maior e mais famoso plano de combate ao desmatamento do país, o PPCDAm foi descontinuado. O novo ministro do Meio Ambiente Joaquim Álvaro Pereira Leite, então secretário de Florestas e Desenvolvimento Sustentável, presidiu a reunião.”
Fonte: Valor Econômico, 24/06/2021
Terceiro Setor
ONGs alertam para piora da situação no 2º semestre
““Poderemos ter um segundo semestre do fim do mundo para a área ambiental”, resume Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede com 68 organizações não governamentais com temática voltada à crise climática. Ele referese à alta do desmatamento, aos meses de queimadas na Amazônia e ao que está em pauta no Congresso. Astrini anda com uma lista à mão. O primeiro item é a ofensiva contra direitos indígenas, na votação do PL 490 que altera as regras de demarcação e passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto principal do projeto de lei é considerado “a maior ameaça a direitos indígenas em décadas”, segundo nota do Instituto SocioAmbiental (ISA). Há também a revisão de terras já demarcadas e outro projeto que abre os territórios indígenas para garimpo e mineração.”
Fonte: Valor Econômico, 25/06/2021
ONG sugere pacto social como base para reconstrução
“É vestido com uma camisa 10 nas cores do Brasil, confeccionada especialmente para a ocasião, que Eduardo Lyra, fundador e CEO da ONG Gerando Falcões, vai começar a jornada de hoje. O primeiro compromisso no dia em que a organização não governamental completa uma década de fundação é uma live com todos os colaboradores para confraternização e agradecimentos. Mas ele tem outras razões para sextar feliz e comemorar, e uma delas é que a mais nova cria gestada pela GF, o projeto Favela 3D, chegou esta semana a R$ 42 milhões em captações e investimentos sociais patrocinados por parceiros públicos e privados. Lyra é desses realizadores que, em vez de olhar no retrovisor, preferem mirar no horizonte, mas pelo prisma colaborativo, não sob a ótica de um projeto pessoal. Para o jovem de 33 anos, o que o futuro do país exige – seja dele, dos demais
agentes sociais, empresários ou lideranças públicas – é um plano de reconstrução consistente e inquebrantável, que sobreviva a todo e qualquer governo.”
Fonte: Valor Econômico, 25/06/2021
Internacional
Empresas
Principais traders de commodities se apoiam na transição energética
“Tendo negociado commodities desde a década de 1990, Bill Reed estava começando a se preocupar por ter visto de tudo e que as coisas começariam a ficar “um pouco chatas”. Mas isso foi antes de governos, consumidores e bancos começarem a se apoiar na transição energética. “Não tenho estado tão otimista em relação ao nosso setor… em muito tempo”, disse o executivo-chefe da Castleton Commodities International ao Financial Times. “Uma coisa é certa é que os próximos 15 a 30 anos não serão nada parecidos com os últimos 15 a 30”. Os combustíveis fósseis, particularmente o petróleo, proporcionaram grandes recompensas para os traders de commodities que navegaram na extrema volatilidade do mercado da pandemia. Mas o setor agora vê a mudança dos hidrocarbonetos não como uma ameaça, mas como uma oportunidade de lucro, já que parece ajudar a gerenciar a mudança do mundo para formas de energia mais limpas.”
Fonte: Financial Times, 24/06/2021
“Os governos em todo o mundo têm demorado a tomar decisões desconfortáveis para persuadir os consumidores a reduzir o consumo de energia para ajudar a atingir as metas climáticas, geralmente porque os consumidores não estão dispostos a pagar ou comprometer seu estilo de vida. Pesquisadores, legisladores e executivos de energia disseram em uma conferência Reuters Energy Transition nesta semana que, embora as empresas de energia estivessem sob pressão para acelerar medidas para reduzir as emissões, os governos mal abordaram a redução da demanda por combustíveis fósseis que aquecem o planeta. Uma população crescente na Ásia e o consumismo crescente nas nações industrializadas tornam a maioria das metas climáticas muito difíceis, senão impossíveis de alcançar.”
Fonte: Reuters, 25/06/2021
Homem mais rico da Ásia vai investir US$ 10 bilhões em energia verde
“O bilionário indiano Mukesh Ambani revelou um esforço ambicioso em energia limpa envolvendo 750 bilhões de rúpias (US$ 10,1 bilhões) de investimento ao longo de três anos, anunciando outra transformação crucial de seu império de petróleo em petroquímica. A Reliance Industries, que opera o maior complexo de refino de petróleo bruto do mundo, planeja gastar 600 bilhões (US$ 8 bilhões) de rúpias em quatro fábricas gigantes para produzir células solares, módulos, hidrogênio, células de combustível e construir uma rede de baterias para armazenar eletricidade. Outros 150 bilhões de rúpias (US$ 2 bilhões) serão investidos na cadeia de valor e outras parcerias, disse o homem mais rico da Ásia aos acionistas nesta quinta-feira.”
Fonte: Valor Econômico, 24/06/2021
Política
União Europeia retoma discussões sobre subsídios mais ‘verdes’
“A União Europeia voltou a discutir hoje sobre a distribuição de subsídios agrícolas para os membros do bloco. No mês passado, as negociações para reforma da Política Agrícola Comum (PAC) emperraram diante da falta de consenso sobre o uso do recurso para práticas mais “verdes”, segundo a agência Reuters. A UE tenta alterar a próxima rodada da PAC, prevista para começar em 2023, há quase três anos, com os negociadores ainda em dúvida sobre como gastar um orçamento de 387 bilhões de euros para apoiar os agricultores. Os debates vão até amanhã e não há previsão de acordo neste momento.”
Fonte: Valor Investe, 24/06/2021
Parlamento Europeu aprova legislação sobre clima
“O plenário do Parlamento Europeu aprovou definitivamente nesta quinta-feira (24), em Bruxelas, a lei europeia do clima, que estabelece a meta da União Europeia (UE) para alcançar a neutralidade climática até 2050. A lei foi aprovada com 442 votos a favor, 203 contra e 51 abstenções e prevê uma redução das emissões de gases de efeito estufa até 2030 em 55% em relação aos níveis de 1990. Para entrar em vigor, a legislação, considerada uma parte essencial do Acordo Verde, precisa ainda receber a aprovação final no Conselho da UE, que deve ocorrer na próxima semana.”
Fonte: Época Negócios, 24/06/2021
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
- Crédito de carbono: Capturando parte da solução; 5 nomes para exposição ao tema (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de Imóveis Residenciais Populares: Construindo os andares ESG (link)
- Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG (link)
- Trilogia ESG (Pt. I): Um mergulho no pilar E; Três nomes que são parte da solução (link)
- Radar ESG | Blau (BLAU3) e Hypera (HYPE3): Em busca da fórmula ESG (link)
- Bitcoin e ESG: Entenda os dois lados da moeda (link)
- Radar ESG | Bemobi (BMOB3): Diversidade é o nome do jogo (link)
- Radar ESG | Setor de Logística (SIMH3, JSLG3 e VAMO3): Preparando-se para a estrada ESG (link)
- Radar ESG | Laboratórios: ESG ainda na triagem; Fleury se destacando em relação aos pares (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Tecnologia, economia e agenda verde centralizam as discussões no segundo dia do evento (link)
- Cúpula de Líderes sobre o Clima: Cooperação global é uma das três principais mensagens do evento (link)
- Radar ESG | Locadoras de automóveis: Rumo à agenda ESG; Localiza liderando a corrida (link)
- Radar ESG | São Martinho (SMTO3): Quanto mais se semeia, maior é a colheita (link)
- Radar ESG | Orizon (ORVR3): Quando ESG está escrito no DNA (link)
- Sondagem XP/ESG com investidores institucionais (link)
- O melhor dos dois mundos: Seleção de 10 BDRs para exposição internacional ao tema ESG (link)
- Radar ESG | Enjoei (ENJU3): O usado é o novo “novo”? (link)
- Radar ESG | CSN Mineração (CMIN3): Explorando os campos ESG (link)
- Radar ESG | Jalles (JALL3): Plantando as sementes ESG (link)
- Radar ESG | Incorporadoras de alta renda: ESG ainda em construção (link)
- Radar ESG | Setor de saúde: O ESG ainda está na sala de espera? (link)
- Radar ESG | Quão sustentáveis são as empresas de e-commerce? Uma análise ESG dessas gigantes (link)
- Radar ESG | IMC (MEAL3): Por que a empresa ainda tem muito espaço para melhorar? (link)
- Radar ESG | Aeris (AERI3): Uma das empresas melhor posicionada para surfar o vento ESG (link)
- Radar ESG | 3R Petroleum: Construindo um caminho que incorpora metas ESG (link)
- Radar ESG | Setor de supermercados: Vale a pena encher o carrinho? (link)
- Radar ESG | JHSF (JHSF3): Espaço para melhorias (link)
- Radar ESG | Quem é o melhor aluno da classe? Avaliando os líderes em ESG dentre as empresas de educação no Brasil (link)
- Panorama do marco regulatório de investimentos ESG no Brasil (link)
- CVM e B3 estudam intensificar critérios ESG para as companhias listadas (link)
- Radar ESG | Setor de vestuário e joias: ESG ainda na confecção (link)
- ESG: Tendências e preferências para 2021 (link)
- Radar ESG | LOG Commercial Properties (LOGG3): Oportunidades em empreendimentos verdes (link)
- Eleições americanas: Quais os efeitos para a agenda ESG nos EUA e no Brasil? (link)
- Radar ESG | Farmácias: Raia Drogasil como a ação prescrita no setor para exposição a ESG (link)
- Radar ESG | Shoppings: Entenda o que importa para eles quando o tema é ESG (link)
- Radar ESG | Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo (link)
- Feedback do roadshow ESG: O que as gestoras no Brasil estão fazendo em relação ao tema? (link)
- ESG de A a Z: Tudo o que você precisa saber sobre o tema (link)
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!