Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo fala sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias.
Esperamos que aproveite a leitura!
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Brasil
Empresas
Banco BV faz captação ‘verde’ de R$ 500 milhões para financiar painéis solares
"A conta de luz mais cara e o medo de racionamento de energia fizeram o banco BV injetar mais R$ 500 milhões em sua linha de financiamento para compra e instalação de painéis de captação solar. Para levantar os recursos, o BV emitiu Letras Financeiras Verdes, e, com a demanda aquecida, pretende repassar tudo em até 12 meses. A emissão inaugurou a resolução 8, editada pela Comissão de Valores Mobiliários no fim do ano passado, que dispensa de registro o lançamento de Letras Financeiras (LF). Foram vendidas duas tranches, uma com prazo de três anos, ao custo do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 1,4% ao ano, e outra seis anos, corrigida pela inflação medida no IPCA, acrescida de 5,3% ao ano."
Fonte: Estadão, 22/06/2021
Vale doa 1 milhão de cestas básicas no país em cooperação com ONGs
"A Vale uniu forças ao Movimento Panela Cheia (formado por Cufa, Gerando Falcões e Frente Nacional Antirracista) - com o apoio da União SP e cooperação da Unesco no Brasil -, ao Movimento União Rio e à Ação da Cidadania para a doação de cerca de 1 milhão de cestas básicas para alimentar 219 mil famílias brasileiras. A iniciativa, que busca enfrentar o agravamento da fome em meio à pandemia no país, também tem apoio do Programa Mundial de Alimentos (WFP), da Organização das Nações Unidas (ONU). Por volta de 70% das famílias receberão as doações em cestas ou cartões-alimentação, mensalmente, por seis meses. A distribuição das cestas será dividida: o WFP, com apoio de governança da Deloitte, oferecerá apoio técnico e logístico a ONGs parceiras, que distribuirão os alimentos para municípios do Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul, por meio de cestas básicas ou cartões-alimentação, viabilizados pela Alelo."
Fonte: Valor Econômico, 21/06/2021
Custo de insumos afeta projetos de geração solar
"O acelerado aumento dos preços das matérias-primas reverteu um período de dez anos de queda do custo da energia solar, o que reduziu o interesse dos investidores no setor após o recorde de alta observado em 2020. As ações de empresas de energia solar caíram 18% neste ano, depois de terem mais do que triplicado de valor em 2020, de acordo com o Índice Mundial MAC de Energia Solar, numa época em que as empresas enfrentam aumento dos custos de frete, do aço e do polissilício, componente chave na produção de painéis fotovoltaicos para a indústria solar."
Fonte: Valor Econômico, 22/06/2021
Uso de imóvel rural para usina de energia renovável
"O Dia Mundial da Energia é celebrado em 29 de maio. Essas datas nos fazem refletir sobre temas importantes que talvez não recebam o tratamento que deveriam. No Brasil, a pauta energética é recorrente, normalmente pela repercussão de algum fato ligado a problemas na geração, a exemplo dos apagões de 2001, das quedas dos níveis dos reservatórios das hidroelétricas e, mais recentemente, da crise no Amapá que deixou parte da população sem luz por 22 dias. Há duas vertentes neste tema. A primeira de ordem de subsistência. O Brasil tem uma das maiores demandas energéticas do planeta e atualmente depende muito das chuvas para o sucesso da sua principal fonte de energia, as hidroelétricas. A segunda, de ordem política. Ao aderir a compromissos internacionais, como o Acordo de Paris (COP-21), o Brasil se obrigou a elevar em 23% a geração de energia
renovável, sem considerar as hidroelétricas."
Fonte: Valor Econômico, 22/06/2021
CEO próximo dos funcionários melhora clima organizacional
"Em organizações onde a principal liderança é mais conhecida pelos colaboradores, há um clima organizacional de melhor qualidade, e o desempenho também é mais positivo. É o que revela a mais recente pesquisa FIA Employee Experience (FEEx), realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) com mais de 150 mil funcionários de cerca de 300 empresas e dados coletados em 2020. Entre os funcionários dos “100 lugares incríveis”, selecionadas dentro da amostra de acordo com a metodologia da FIA, cerca de 70% dos entrevistados afirmam conhecer o principal executivo da empresa onde trabalham – e isso faz com que as metas da organização sejam incorporadas no dia a dia. Já entre as empresas não premiadas, esse índice cai para 58%. A nota média de clima organizacional é de 89,0 nos “100 lugares incríveis”, e de 76,5 nas empresas do grupo de não-premiadas."
Fonte: Valor Econômico, 21/06/2021
Política
Brasil pondera lei para rastrear fornecedores de gado para conter desmatamento
"O Brasil, lar do maior rebanho bovino comercial do mundo, vai propor uma nova lei para rastrear fornecedores de gado que vendem animais para produtores de carne como JBS e Marfrig, já que a pecuária é um dos principais motores do desmatamento. Em evento online na segunda-feira, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina Dias, disse a um grupo de jornalistas que o sistema atual é ineficaz para rastrear uma miríade de fornecedores do maior exportador de carne bovina do mundo. “Precisamos de um sistema que seja eficaz e traga a segurança de que o consumidor precisa”, disse Dias. A ministra se referia especificamente aos fornecedores indiretos de gado do Brasil, indústria de fazendeiros que repassam os animais para outras fazendas enquanto ainda estão crescendo e antes de serem encaminhados ao matadouro."
Fonte: Reuters, 21/06/2021
Desmatamento avança no cerrado e faz crescer risco de apagão elétrico no Brasil
"Com só 60 mil habitantes, o município goiano de Cristalina é um dos berços de um sistema que leva água e eletricidade aos lares de cerca de 60 milhões de brasileiros. Encravado no cerrado, o município abriga 256 rios e riachos que desembocam no Paranaíba, um dos principais formadores do rio Paraná –cuja bacia abarca boa parte dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. Hoje, porém, vários rios que integram a bacia vivem a menor vazão já registrada, gerando temores de um apagão no sistema elétrico brasileiro e levando pesquisadores a apontar para a relação entre o desmatamento no cerrado e a crise hídrica no centro-sul do Brasil."
Fonte: Folha de São Paulo, 21/06/2021
"A América Latina está presa em uma “armadilha do desenvolvimento”, com alta desigualdade de renda e baixo crescimento econômico - problema agora agravado pelos efeitos da pandemia da Covid-19. A conclusão é do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que divulga nesta terça-feira (22) o Relatório Regional de Desenvolvimento Humano para a América Latina e o Caribe. As soluções, de acordo com o documento, passam por aprimoramentos em políticas sociais, combate à violência e redução da concentração de poder econômico e político. A chegada da crise sanitária do coronavírus, diz o documento, pesou mais fortemente sobre aqueles que já eram deixados para trás, ampliando as desigualdades ao longo de 2020 e 2021. A perda de renda se deu em maior intensidade sobre os mais pobres, especialmente os informais."
Fonte: Folha de São Paulo, 21/06/2021
Opinião
"Mais do que um imperativo moral, a responsabilidade do setor privado nas áreas ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês) é hoje um imperativo econômico. Não se trata mais de benemerência, mas de competitividade. A pandemia – um alerta dos riscos derivados dos desequilíbrios entre o universo natural e o humano – e seu impacto socioeconômico devastador aceleraram a demanda pelo comprometimento corporativo com o desenvolvimento sustentável. A cultura da sustentabilidade está consolidada no ideário contemporâneo. O maior desafio agora é concretizá-la em ações. Por isso, foi mais do que oportuno o tema do Summit ESG do Estado: Da Teoria à Prática. As exigências começam nos investidores e atravessam toda a cadeia de produção até os consumidores. Segundo o jornal Financial Times, em 2018 o setor de investimentos em ESG foi estimado em cerca de US$ 31 trilhões. Pesquisa da consultoria McKinsey revelou que 85% dos brasileiros dizem que se sentem melhor comprando produtos sustentáveis, e uma pesquisa global mostrou que 97% dos entrevistados esperam que as marcas solucionem problemas sociais."
Fonte: Estadão, 22/06/2021
ESG é esperança de um capitalismo mais sustentável, mas falta ênfase no social
"O Estadão realizou na semana passada o Summit ESG, evento sobre empresas e seus atributos ambientais, sociais e de governança (ASG, em tradução). O ESG é esperança de um capitalismo mais sustentável, à medida que mais empresas passam a querer ostentar algum selo do tipo, sinal principalmente para investidores. Contudo, há grande ênfase ainda na primeira e na última letras, com o ESG estando muito associado a boas práticas ambientais e anticorrupção. E o S de social? Peguemos o caso de uma das maiores empresas privadas não financeiras do Brasil, a Ambev – base também de algumas fortunas brasileiras. A empresa abraçou o marketing ESG, e em publicação recente fala sobre “ressignificar”, “propósito”, “comunidades”. A XP a descreveu [a Ambev] como uma das empresas “melhores posicionadas em ESG”. Na humilde opinião do colunista, é um case que testa os limites da moda ESG."
Fonte: Estadão, 22/06/2021
Internacional
Empresas
Fundações Ikea e Rockefeller dão impulso de US$10 bilhões em energia limpa
"As fundações Ikea e Rockefeller estão fazendo seus maiores investimentos para iniciar um fundo que esperam poder financiar mais de US$ 10 bilhões em projetos de energia renovável em pequena escala para tentar tirar mais de 1 bilhão de pessoas da pobreza energética. Cada fundação fornecerá US$ 500 milhões de capital de risco e visa atrair US$ 10 bilhões de fundos adicionais este ano de agências de desenvolvimento internacionais, antes de abrir para investidores institucionais em uma tentativa de expandir o investimento em energias renováveis em países como Índia, Nigéria e Etiópia. “Isso pode ser comercialmente viável. Há US$ 1 bilhão assumindo o risco antecipadamente, e isso pode desbloquear dezenas de bilhões de dólares. Não estamos jogando aqui. Nós vimos isso funcionar na Índia. Sabemos o que é preciso para se tornar bem sucedido ”, disse Rajiv Shah, presidente da Fundação Rockefeller, ao Financial Times."
Fonte: Financial Times, 21/06/2021
Investidores de energia solar sofrem com aumento nos custos das matérias-primas
"O rápido aumento dos preços das matérias-primas reverteu uma queda de décadas no custo da energia solar, diminuindo o interesse dos investidores no setor após uma alta recorde em 2020. As ações de empresas de energia solar caíram 18% este ano, depois de mais do que triplicar em 2020, de acordo com o MAC Global Solar Energy Index, à medida que as companhias enfrentam custos mais altos com aço, polissilício e frete. As pressões da cadeia de abastecimento estão limitando o potencial para novas reduções nos custos das instalações solares, assim como os governos prometem se concentrar em uma “recuperação verde” da pandemia."
Fonte: Financial Times, 21/06/2021
Qual é o plano? Poluidores corporativos atrasam na definição de metas climáticas
"Cientistas dizem que o mundo precisa cortar as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 45% até 2030 para ter esperança de cumprir as metas do Acordo de Paris para meados do século e evitar um aquecimento catastrófico. Ainda assim, 41 dos 250 maiores emissores corporativos do mundo - ou 16% - estão apenas começando a avaliar suas emissões, sem metas de redução definidas para qualquer ano, revelou uma análise de dados da empresa de pesquisa Signal Climate Analytics. E embora muitas das 250 empresas tenham estabelecido metas para 2050, apenas 27 - ou 11% - estabeleceram planos de curto prazo para fazer grandes cortes até 2030, de acordo com os dados, compilados de relatórios corporativos e outras divulgações públicas."
Fonte: Reuters, 21/06/2021
Política
UE não conseguiu reduzir emissões de CO2 na agricultura, aponta Tribunal de Contas
"O financiamento agrícola da União Europeia (UE) destinado a combater as mudanças climáticas não conseguiu reduzir as emissões de gases do efeito estufa provocadas pela agricultura, aponta um relatório do Tribunal de Contas europeu divulgado nesta segunda-feira (21). Atualmente, as negociações da UE para encontrar uma nova Política Agrícola Comum (PAC) tropeçam nas regras que visam a tornar a agricultura europeia mais “verde”, de modo que a PAC 2014-2020 foi cuidadosamente examinada por auditores europeus. Eles apontam que, embora mais de um quarto de todos os gastos da UE com a agricultura nesse período – ou seja, mais de 100 bilhões de euros – tenham sido dedicados à luta contra as mudanças climáticas, as emissões de gases de efeito estufa de origem agrícola não baixaram desde 2010."
Fonte: Isto É, 21/06/2021
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
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