Para muitos investidores que estão começando a investir, saber onde investir é uma das principais dúvidas. E para ajudar quem ainda não sabe como escolher, listamos neste post 7 tipos de investimentos comuns no Brasil.
Isso porque existe uma lista muito grande de tipos de investimentos, seja de renda fixa ou de renda variável.
É normal então que as pessoas fiquem perdidas em meio a tantas opções. Por isso, esta lista de vantagens e desvantagens vai ajudar quem ainda não sabe o que fazer com o dinheiro.
Antes de entrar em detalhes, é importante frisar que não existem investimentos bons ou ruins. Isso porque algo bom para você pode não ser a melhor opção para o seu vizinho, por exemplo.
Para ter sucesso nos investimentos, é preciso que o investidor saiba as vantagens e desvantagens dos tipos de investimentos existentes.
Além disso, é fundamental conhecer o perfil de investidor para poder fazer aplicações que estejam de acordo com os objetivos, prazos, capacidade de guardar dinheiro e tolerância ao risco.
Aproveite também para ler o texto sobre como montar uma carteira de investimentos de acordo com o seu perfil.
A seguir, apresentaremos sete dos principais tipos de investimentos no Brasil, listando ainda as suas vantagens e desvantagens. Continue a leitura para saber mais sobre:
- CDB
- Tesouro Direto
- Fundos imobiliários
- Fundos multimercados
- LCI/LCA
- Ações
- Previdência Privada
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CDB
Uma das aplicações mais conhecidas do mercado, o CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. É um tipo de investimento tão seguro quanto a poupança, mas com opções de rendimentos melhores.
É como se o investidor fizesse um empréstimo para a instituição financeira. Em troca, o banco em questão devolve o montante aportado mais o juro estabelecido entre as duas partes.
Como vivemos um momento de queda de juros, a poupança tem ficado cada vez menos rentável, por isso o CDB acaba sendo uma alternativa de renda fixa para quem procura segurança e rentabilidade.
O CDB é uma opção que se encaixa perfeitamente na carteira de investidores donos de um perfil mais conservador.
Existem três tipos de CDB: pré-fixado, pós-fixado e híbrido. A principal diferença entre eles é como a rentabilidade do título é determinada.
Vantagens de investir em um CDB
Uma das vantagens de investir em CDB é que esses títulos possuem uma rentabilidade maior que a poupança.
Podem ser boas alternativas de diversificação de carteira também a investidores de perfis moderado e agressivo, dependendo de prazo e indexador.
As aplicações em CDBs são asseguradas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Outra característica do CDB é a flexibilidade. Há opções que oferecem liquidez diária, voltadas para metas de curto prazo, como uma viagem de férias. Ao mesmo tempo, há alternativas disponíveis para objetivos de prazo mais longo, como a compra de um imóvel.
Desvantagens do CDB
A principal desvantagem é que o CDB não é a melhor alternativa para o curto prazo por conta da realização.
E mesmo com toda a segurança oferecida pelo FGC, é importante avaliar o perfil do emissor do CDB. Para captar a atenção dos investidores, os bancos de menor porte tendem a oferecer rentabilidades bem mais atrativas. Em contrapartida, são instituições mais frágeis e com mais riscos.
Neste caso, para se proteger além da garantia do FGC, o investidor precisa pesquisar sobre o rating da empresa emissora, atestando se ela é confiável ou não.
Outra desvantagem são as taxas que podem ser cobradas.
A taxa de custódia é um valor cobrado mensalmente pelas corretoras para armazenar os títulos de um determinado investidor. Na plataforma da XP, no entanto, não há a cobrança de taxa de custódia.
Por sua vez, a cobrança de Imposto de Renda dos CDBs incide apenas sobre os rendimentos da aplicação e de forma regressiva (a alíquota varia de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo do investimento.
Já o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) só é obrigatório quando a aplicação e resgate foram realizados em até 30 dias.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional e da B3 (antes era conhecida como BM&F Bovespa) que foi criado em 2002 pelo Tesouro Nacional (secretaria do Governo Federal, responsável por administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos), para compartilhar com qualquer brasileiro a negociação de títulos públicos federais de forma simples, rápida e online.
O funcionamento é bem simples. Você empresta seu dinheiro ao Governo Federal, que precisa captar recursos para financiar projetos de educação, saúde e outros. Assim, você se torna credor do governo e recebe o valor emprestado com as devidas correções de juros.
O Tesouro Direto disponibiliza títulos com diferentes datas para vencimento e cada um possui uma rentabilidade diferente. Basicamente, existem duas modalidades diferentes:
- Prefixados: aqui, você sabe exatamente quanto irá receber no vencimento.
- Pós-fixados: a rentabilidade da aplicação é composta por uma taxa predefinida mais a variação de um indexador. Pode ser a taxa básica de juros, a Selic, ou a inflação, que é medida pelo IPCA.
Vantagens de investir em um Tesouro direto
Existem alternativas de títulos para diversos objetivos e prazos. Para o curto prazo, o Tesouro Selic é uma boa opção. Para o longo prazo, escolha títulos com vencimentos maiores, como por exemplo o IPCA+2045.
Além disso, é possível começar com pouco: com R$ 30 é possível comprar títulos do Tesouro.
Outra vantagem é que os títulos do Tesouro são garantidos pelo Governo Federal, possuindo, portanto, o menor risco do mercado.
E é bem fácil solicitar o resgate: em até 1 dia útil o dinheiro estará na sua conta.
Desvantagens do Tesouro direto
Com a exceção do Tesouro Selic (que possuem liquidez e retorno constante), os demais podem sofrer perda de rentabilidade com resgates antecipados.
Além disso, são cobradas algumas taxas e impostos:
- Taxa de custódia: a B3 cobra uma taxa fixa de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos.
- Taxa de corretagem: Cada corretora determina seu valor. Geralmente, corretoras não ligadas a bancos ou são isentas ou cobram entre 0,1% e 0,5% por movimentação. Mas aqui na XP não há cobrança. Isso mesmo, TAXA ZERO no Tesouro Direto.
- IOF: o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros é cobrado em investimentos com prazo menor que 30 dias. Essa taxa segue uma tabela regressiva, então isso significa que o valor cai conforme a data se aproxima.
- Imposto de Renda: o IR é obrigatório e a alíquota varia de acordo com o prazo de investimento. São 22,5% para aplicações mais curtas a 15% para aplicações mais longas
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários são semelhantes a outros tipos de fundos de investimentos. Consistem na união de recursos de diversos investidores que têm o objetivo de aplicar no mercado imobiliário.
Ao investir, você adquire pequenos pedaços do fundo, que são as cotas. Com esse patrimônio, o gestor do fundo imobiliário pode adquirir títulos imobiliários e imóveis como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, hospitais e outros negócios do ramo imobiliário.
Indiretamente, um cotista é como um pequeno sócio desses empreendimentos, recebendo parte do lucro dos aluguéis e sendo beneficiado pela valorização da rede de imóveis do fundo.
Vantagens de investir em FIIs
Por ser muito fácil, a aquisição de cotas de um fundo imobiliário pode ser feita através de uma corretora ou home broker. A aquisição dos imóveis pelo fundo imobiliário é delegada ao gestor do fundo, que se encarrega de todo o processo.
Além disso, há a possibilidade de exposição diversificada em diversos empreendimentos, onde muitos deles não acessíveis ao investidor individual, e a diversificação de locatários, que comumente são empresas de médio e grande porte ou multinacionais. Isso se traduz numa menor concentração de risco de vacância e inadimplência.
O FII é um tipo de investimento com alta liquidez para compra e venda de cotas, além de ser possível investir com corretagem zero (ao contrário do que acontece no caso de imóveis físicos).
Como a gestão é feita por gestores profissionais, não é preciso se preocupar com o controle de inquilinos e burocracias.
Desvantagens dos Fundos Imobiliários
Por não ser um investimento com gestão própria, há a dependência da eficiência do gestor. Como não é o investidor que escolhe os ativos, é preciso escolher bem quem será o responsável pelo gerenciamento do seu dinheiro, já que há risco de perda de rentabilidade.
É preciso ficar atento também aos valores de corretagem e de taxas de administração, que podem ser altas e diminuir os ganhos dos investidores.
Por ser um investimento em um setor único, o de imóveis, há ainda o risco de se sofrer com problemas como inadimplência e vacância.
Fundos multimercados
Renda fixa, câmbio, ações de empresas, derivativos e outros ativos podem compor um dos tipos de investimentos chamado fundo multimercado.
Indicado para quem gosta de distribuir seu capital nas diferentes alternativas oferecidas pelo mercado financeiro, os fundos multimercados podem agradar a quem gosta de ter uma carteira variada e não tem problemas em colocar um pouco mais de risco na hora de investir.
Vantagens de investir em fundos multimercados
A principal vantagem do fundo multimercado é a diversidade de investimentos e a liberdade para mesclá-los, além das variações de estratégias.
Isso sem contar a gestão de um profissional capacitado, que cuidará dos investimentos com liberdade para buscar sempre a melhor opção.
É possível ainda se beneficiar de manobras de alavancagem, alternativas de liquidez e rentabilidade geralmente superior ao CDI.
Desvantagens dos fundos multimercados
Assim como os demais fundos de investimentos, o multimercado também não tem nenhuma garantia, principalmente do FGC. Neste caso, é preciso ter bastante atenção quanto à credibilidade da gestora do fundo.
Por ser um investimento diversificado, pode conter ativos de maior risco, sendo mais recomendado a investidores que tenham tolerância às oscilações do mercado
Além disso, o fundo multimercado pode ter alguns descontos de taxas e impostos, como a taxa de performance (em caso de resultados acima do esperado), a taxa de saída (caso o investidor não cumpra um tempo mínimo), o IOF (somente nos 30 primeiros dias), o IR regressivo (que varia de 22,5% a 15%) e também o come-cotas antecipado a cada 6 meses.
LCI e LCA
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um instrumento de captação que pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central, com objetivo de financiamento do setor imobiliário.
Já a Letra de crédito do Agronegócio (LCA) é um título emitido pelas mesmas instituições, mas vinculado aos direitos creditórios do Agronegócio.
Assim, ao investir em letras de crédito, você está financiando o setor imobiliário (no caso da LCI) ou o setor de agronegócio (no caso da LCA).
Vantagens em investir em LCI ou LCA
A principal vantagem de se aplicar em LCI ou LCA é a isenção de imposto de renda e de IOF, fato que beneficia o investidor com foco no longo prazo.
Além disso, ambos os investimentos possuem a garantia do FGC, nos mesmos critérios dos demais investimentos citados acima.
Desvantagens do LCI e LCA
Por terem diversas modalidades e prazos, as LCIs e LCAs não são indicadas para quem quer investir no curtíssimo prazo. Isso porque o resgate antes do prazo estipulado pode gerar perda de rentabilidade.
Além disso, é preciso estar atento ao rating das instituições financeiras. Isso porque, quanto menor for a nota, maior o risco que o investidor terá.
Ações
As ações representam uma fração do capital social de uma empresa. Dessa maneira, ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio do negócio, inclusive participando dos lucros e prejuízos, como qualquer empresário.
Existem dois tipos básicos de ações:
– Ações preferenciais (PN): São as que dão preferência aos acionistas no pagamento de dividendos e em caso de liquidação da empresa. Isso significa que, em caso de falência, os donos delas têm mais chance de recuperar seu investimento do que aqueles que possuem as ações ordinárias. Na bolsa, são identificadas com o final 4.
– Ações ordinárias (ON): São as que dão direito ao voto em assembleia para quem é acionista. Quanto maior a quantidade, maior o peso do voto. É possível identificar uma ação como ordinária quando seu nome termina com 3.
Vantagens de investir em ações
Por estarmos em um momento de taxa Selic baixa, o investimento em renda variável é o que possibilidade um ganho maior do que a renda fixa.
Além disso, para comprar e vender ações é simples e exige apenas uma conta em corretora de valores com um home broker para efetuar as negociações.
Desvantagens das ações
Por ser um investimento sem previsibilidade, ao mesmo tempo em que pode render muito, também pode sofrer grandes quedas motivadas por incertezas políticas e econômicas, principalmente.
Isso significa que é preciso ter um perfil de moderado a agressivo para poder tolerar as oscilações que o preço pode sofrer.
Previdência Privada
A previdência privada funciona como uma renda extra para a aposentadoria que não está ligada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e não sofre alterações por conta da Reforma da Previdência.
Ou seja, independentemente de o investidor recolher o benefício da Previdência Social, a aplicação privada é uma forma segura de garantir uma renda a mais sem fazer um esforço extra.
A previdência privada também tem sido usada como uma alternativa para quem tem planos de longo prazo, como os pais que investem para bancar os custos dos estudos dos filhos no futuro, por exemplo.
Vantagens da Previdência Privada
Os planos de previdência privada têm uma vantagem tributária que é a isenção do chamado “come-cotas”, que é a antecipação do imposto de renda sobre os ganhos acumulados pelos fundos de investimento.
Outro ponto relevante é a flexibilidade que o produto traz. É possível fazer a portabilidade de planos, de fundos e de seguradora sem ter que resgatar o valor ou pagar o Imposto de Renda na previdência privada para reaplicar o valor através das portabilidades.
A previdência privada também garante uma liquidez totalmente facilitada, sendo possível contratar uma renda ou programar saques esporádicos.
Desvantagens da Previdência Privada
Dependendo de quem é o emissor, uma série de taxas de administração podem ser aplicadas.
A tributação pode ser mais alta se o investidor optar pela tabela regressiva e retirar o dinheiro no curto prazo. Para conseguir uma alíquota mais atrativa, portanto, é necessário deixar a aplicação parada por um tempo maior ou utilizar a tabela progressiva.
Além disso, a previdência privada não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que, se a instituição emissora da previdência sofrer algum tipo de problema e for à falência, por exemplo, o seu investimento poderá ser comprometido.
Conclusão
Como você pode ter visto, existem diversos tipos de investimentos para todos os objetivos e prazos. Por isso, conhecer as vantagens, desvantagens e possibilidades de rendimento é fundamental para o investidor que ainda não sabe onde deve investir.
Desta forma, fica mais fácil escolher o melhor investimento para você e o seu momento de vida. E depois de saber mais sobre os tipos de investimento que existem no Brasil, que tal continuar a leitura?
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