Alimentos & Bebidas
Assaí Atacadista (Sendas)
A dívida bruta encerrou em R$ 13,9 bilhões, sendo 19% no curto prazo, com caixa de R$ 4,4 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 9,4 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 1,96x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,0x.
BRF
A dívida bruta encerrou em R$ 22,3 bilhões, sendo 21% no curto prazo, com caixa de R$ 11,4 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 10,9 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,8x dívida líquida/EBITDA ajustada (a BRF não possuía cláusulas restritivas (covenants) em seus contratos de dívida).
Camil
A dívida bruta encerrou em R$ 5,1 bilhões, sendo 34,8% no curto prazo, com caixa de R$ 2,1 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 3,0 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 3,4x dívida líquida/EBITDA (vs. covenants de 3,5x).
Carrefour Brasil
A dívida bruta encerrou em R$ 16,2 bilhões, sendo 76% no curto prazo, com caixa de R$ 4,5 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 11,7 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,3x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23 e a companhia não tem covenant. Quanto à dívida de curto prazo (81% do total), entendemos que o Carrefour tenha flexibilidade na gestão de passivos financeiros, com amplo acesso ao mercado de capitais, além de linhas junto ao seu controlador francês (53% do total), o que reduz significativamente o risco de refinanciamento. O Grupo não está sujeito a cláusulas restritivas financeiras (covenants) em seus contratos de dívida.
Grupo Mateus
A dívida bruta encerrou em R$ 1,778 bilhão, sendo 13% no curto prazo, com caixa de R$ 1,1 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$ 661 milhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 0,4x dívida líquida/EBITDA ajustado no 3T23, comparado a um covenant de 2,5x.
GPA
A dívida bruta encerrou em R$ 6 bilhões, sendo 23,3% no curto prazo, com caixa de R$ 3 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 3 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,5x dívida líquida/EBITDA ajustado no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,25x.
JBS
A dívida bruta atingiu R$108,1 bilhões, sendo 9% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 27,7 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 4,87x, acima dos seus atuais covenants (4,75x).
M. Dias Branco
A dívida bruta encerrou em R$ 2,1 bilhões, sendo 30% no curto prazo, com caixa de R$ 1,8 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$ 318 milhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 0,3x dívida líquida/EBITDA ajustada no 2T23, o que se compara ao seu covenant de 3,0x
Marfrig
A dívida bruta encerrou em R$ 57 bilhões, sendo 30% no curto prazo, com caixa de R$ 23,5 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 33,5 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 3,9x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 4,75x
Minerva
A dívida bruta encerrou em R$ 19,4 bilhões, sendo 17% no curto prazo, com caixa de R$ 10,4 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 8,9 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,8x dívida líquida/EBITDA ajustada no 2T23, o que se compara ao seu covenant de 3,5x.
Açúcar & Etanol
Adecoagro
A dívida bruta encerrou em R$ 2,6 bilhões, sendo 13% no curto prazo, com caixa de R$ 37 milhões, levando a uma dívida líquida de R$ 2,6 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 1,3x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 4,0x.
Coruripe
A dívida bruta encerrou em R$ 3,8 bilhões, sendo 32% no curto prazo, com caixa de R$ 386 milhões, levando a uma dívida líquida de R$ 3,4 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,4x dívida líquida/EBITDA ajustada no 2T23/24, o que se compara ao seu covenant de 3,0x. O elevado nível de investimentos é suportado pela geração de caixa da Companhia, aliada à sua liquidez corrente adequada de 1,4x no 1T24. Entretanto, consideramos provável a necessidade de refinanciamentos no curto prazo, uma vez que, em nossas estimativas, sua geração de caixa operacional média dos últimos períodos analisados após investimentos é de aprox. R$ 250-300 milhões, valor não suficiente para reduzir a dívida atual. A sua principal dívida é um Bond de USD 300 milhões (aprox. 40% da dívida total) emitido em 2022, com vencimento em 2027.
FS Bio
A dívida bruta encerrou em R$ 10,5 bilhões, sendo 41% no curto prazo, com caixa de R$ 5,5 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 5,0 bilhões. No trimestre analisado, a FS apurou uma alavancagem de 3,1x, superior ao seu covenant (3,0x). Apesar deste valor superior à cláusula restritiva não resultar em default ou aceleração do vencimento dos empréstimos, a FS passa a ter restrições para determinadas novas captações de dívida e distribuição de dividendos. A Companhia possui uma parcela importante da dívida no curto prazo, R$ 4,3 bilhões, e pode precisar refinanciar tal montante nos próximos meses. Em nossa visão, a posição atual de liquidez da FS (caixa de R$ 5,5 bilhões), aliada a sua geração de caixa histórica média de R$ 262,6 milhões por trimestre, devem ser suficientes para passar por este momento de maior alavancagem. Além disso, acreditamos que a menor necessidade de Capex com a finalização da planta industrial Primavera do Leste, em conjunto com a melhor precificação do seu estoque de milho, devem permitir redução da alavancagem.
Jalles Machado
A dívida bruta encerrou em R$ 2,3 bilhões, sendo 5% no curto prazo, com caixa de R$ 934 milhões, levando a uma dívida líquida de R$ 1,3 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 0,9x dívida líquida/EBITDA ajustada no 2T23, o que se compara ao seu covenant de 3,25x.
Raízen
A dívida bruta encerrou em R$ 36,9 bilhões, sendo 25% no curto prazo, com caixa de R$ 6,9 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 30,0 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 1,9x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23.
São Martinho
A dívida bruta encerrou em R$ 6,0 bilhões, sendo 10% no curto prazo, com caixa de R$ 1,6 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 4,3 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 1,5x dívida líquida/EBITDA ajustada no 2T23, o que se compara ao seu covenant em 3,0x.
Zilor
A dívida bruta encerrou o 2T da safra 23/24 em R$ 3,2 bilhões, sendo 26% no curto prazo, com caixa de R$ 1,4 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$ 1,8 bilhão. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,4x dívida líquida/EBITDA ajustada no período. Entendemos que o setor sucroalcooleiro está em um momento favorável de preços, tanto para o açúcar, com a restrição de oferta pela Índia, maior produtor mundial, como para o etanol, após o retorno da tributação dos combustíveis no Brasil. Isto, aliado aos bons volumes de cana-de açúcar para a safra atual no Brasil, deve permitir a manutenção de sua boa condição de liquidez e geração de caixa. A Zilor vem cumprindo seus covenants de alavancagem e liquidez com relativa folga.
Energia Elétrica & Saneamento
Aegea
No 3T23, a dívida bruta da Aegea chegou a R$ 13,3 bilhões, aumento de R$ 3,3 bilhões em relação ao 3T22 devido à aquisição da Corsan e novas captações realizadas no período. As disponibilidades (caixa e equivalentes) somaram R$ 1,8 bilhão ao final do trimestre, levando a uma dívida líquida de R$ 11,3 bilhões. O aumento esteve também relacionado aos aportes realizados na Águas do Rio e aumento nos juros de empréstimos e financiamentos pagos, com impacto sobre o caixa.
AES Cajuína
A dívida bruta encerrou em R$ 12 bilhões (+48% A/A), sendo 18% no curto prazo, com caixa de R$ 2,5 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 9,5 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 6,2x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23. O maior endividamento da holding eflete a recente estratégia de expansão da sua capacidade instalada em energia eólica, com aquisições e construções de novos parques.
BRK Ambiental
A dívida bruta encerrou em R$ 11,9 bilhões (+22,3% A/A), sendo 16% no curto prazo, com caixa de quase R$ 1,5 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 10,5 bilhões. Devido aos volumosos investimentos realizados nos últimos anos em novas concessões e em expansão de operações existentes, o endividamento da BRK Ambiental cresceu de maneira significativa, afetando sua alavancagem. O índice de Dívida Líquida/EBITDA atingiu 7,6x no 3T23, o que incorpora concessões menos maduras (que, portanto, ainda tem baixa contribuição na geração de caixa), como por exemplo a Região Metropolitana de Maceió (RMM). Acreditamos que, à medida em que seus projetos mais recentes se tornem maduros, passarão a gerar fluxo de caixa de maneira a contribuir para a desalavancagem da Companhia.
Cemig
A dívida bruta encerrou em R$ 12,1 bilhões (+6,5% A/A), sendo 10% no curto prazo, com caixa de R$ 4,2 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 7,9 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 1,0x dívida líquida/EBITDA ajustada no 3T23. Apesar de caixa divulgado pela Companhia no 3T23 ser suficiente para honrar com as obrigações de curto prazo da Cemig, destacam-se os eurobonds que vencem em dezembro de 2024, que totalizam USD 1 bilhão.
Eletrobras
A dívida bruta atingiu R$ 70,5 bilhões, enquanto a posição de caixa foi de R$ 31,2 bilhões. A dívida bruta aumentou R$ 13,8 bilhões em relação ao 2T23, impactada principalmente pelas operações de captação de recursos e pela consolidação da Teles Pires. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 2,0x, bem abaixo dos seus atuais covenants. A Eletrobras reportou Capex de R$ 1,8 bilhão, principalmente relacionado a reforços e melhorias em linhas de transmissão.
Energisa
A dívida bruta atingiu R$ 30,8 bilhões enquanto sua posição de caixa foi de R$ 5,8 bilhões. A alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) no trimestre foi de 3,3x, acima do resultado do 3T22 (2,9x) e abaixo do covenant de 4,0x-4,25x. Na nossa visão, acreditamos que o amplo acesso da Companhia ao mercado de capitais, aliado à boa performance dos resultados, deve permitir os refinanciamentos necessários dentro do curso normal de suas atividades.
Equatorial
A dívida bruta atingiu R$ 45,6 bilhões enquanto sua posição de caixa foi de R$ 9,9 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 3,6x, bem abaixo dos seus atuais covenants (4,5x). A Equatorial reportou um Capex de R$3,0 bilhões, principalmente relacionado ao segmento de distribuição e projetos greenfield da Echoenergia.
Eneva
A dívida bruta totalizou R$ 23 bilhões, com 26% do endividamento concentrado no curto prazo e uma posição de caixa de R$ 7,6 bilhões. O endividamento teve aumento expressivo no 3T23 A/A, principalmente em função da conclusão do processo de aquisição Celse no 4T22, com a consolidação das dívidas da adquirida. Assim, o índice de dívida líquida/EBITDA atingiu 4,2x (covenant de 6,5x).
Iguá
A dívida bruta atingiu quase R$ 7 bilhões, com 2% do endividamento concentrado no curto prazo e uma posição de caixa de R$ 851 milhões. A alavancagem reduziu de 9,2x para 8,0x no comparativo trimestral (Companhia não possui covenants). O patamar ainda é elevado, entretanto já evidencia a colaboração da Iguá Rio no processo de desalavancagem gradual do consolidado. A Companhia possui bom acesso ao mercado de
capitais, com 90% da dívida representada por debêntures, indexadas ao CDI e ao IPCA.
Isa Cteep
A dívida bruta atingiu R$ 9 bilhões, com 14% do endividamento concentrado no curto prazo e uma posição de caixa de R$ 1,3 bilhão. A alavancagem reduziu de 3,1x para 2,5x no comparativo anual (vs. covenants de 3,5x). Em nossa visão, a Companhia possui métricas de créditos robustas para suportar tais volumes de investimentos. Em relação ao endividamento de curto prazo (2024), acreditamos que a CTEEP detém amplo acesso ao mercado de capitais, aliado à sua sólida geração de caixa operacional, para fazer frente a tais passivos
Neoenergia
A Companhia apresenta um perfil alongado de suas dívidas, com 21% no curto prazo e seu caixa seria suficiente para cobrir as amortizações programadas até o início de 2025. A alavancagem, (Dívida Líquida/EBITDA), permaneceu em patamares relativamente elevados, mas abaixo do covenant (limite contratual). No período, a Neoenergia atingiu 3,2x frente à cláusula de restrição de 4,0x
Origem
No 3T23, a Companhia apresentou um endividamento líquido de R$ 691 milhões, com 23% das suas dívidas concentradas no curto prazo. A sua posição de caixa ao final do 3T23 era suficiente para fazer frente às obrigações financeiras de curto prazo de suas debêntures (única fonte de funding atualmente), o que deve demandar refinanciamentos, em nossa visão. A alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) fechou o trimestre em 1,5x, em conformidade com seu covenant de 2,5x.
Sabesp
A dívida bruta atingiu R$ 19,0 bilhões, enquanto a posição de caixa foi de R$ 2,9 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 1,9x, bem abaixo dos seus atuais covenants (3,5x).
Santo Antônio Energia (Saesa)
No dia 13 de novembro, a Eletrobras anunciou, via fato relevante, a reestruturação das dívidas da Saesa. Após a reestruturação (pós-fechamento do 3T23), o endividamento bruto reduziu cerca de 68% e seu índice de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) atingiu ~2,8x, ante 9,2x no 3T23. Foi realizado aumento de capital de R$ 2 bilhões para prepagamento de dívidas bancárias. A Eletrobras assumiu R$ 11,5 bilhões das dívidas da controlada, passando a ser sua credora. Em nossa visão, a reestruturação deve aliviar a estrutura de capital e alavancagem.
Taesa
A dívida bruta atingiu R$12.4 bilhões, sendo 12% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 2.0bi. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 3,7x, em linha com o 2T23.
Imobiliário
ALLOS (Aliansce Sonae + brMalls)
A dívida bruta da ALLOS atingiu R$ 6,3 bilhões no 3T23, queda de cerca de R$ 800 milhões em relação ao 3T22. A alavancagem, medida por dívida líquida/EBITDA, fechou o trimestre em 2,2x (com folga em relação ao covenant de 3,5x), mesmo após a combinação de negócios. A posição de caixa de R$ 1,8 bilhão seria suficiente para fazer frente às amortizações de dívida até o final de 2025.
Cyrela
Apesar dos lançamentos terem aumentado significativamente, a CYRE foi capaz de registrar uma geração de caixa de R$7 milhões contra uma geração de caixa de R$22 milhões no 2T23. A dívida bruta, por sua vez, atingiu R$ 4,8bn, sendo 20,2% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 4,2bn. A relação dívida líquida/PL ficou em -12,8%, abaixo dos seus atuais covenants (70%).
Direcional
A dívida bruta atingiu R$ 1,3bn, sendo 24,8% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 1,3bn. A relação dívida líquida/PL ficou em -4,2%, abaixo dos seus atuais covenants (50%).
Even
A dívida bruta atingiu R$ 1,13 bilhão, sendo 12% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 954 milhões. A relação (dívida líquida + contas a pagar por aquisição de ativos)/(patrimônio líquido) ficou em 0,65, abaixo dos seus atuais covenants (1,2).
Mitre
Ao fim do trimestre, a Mitre registrou endividamento bruto total (incluindo os financiamentos pelo Sistema Financeiro Habitacional – SFH e contas a pagar por aquisições) de R$ 706 milhões. Deste saldo, R$ 343 milhões referem-se a SFH, que são pagas à medida em que são recebidos os fluxos
dos financiamentos dos clientes, tendo assim risco menor de crédito. As disponibilidades encerraram o trimestre em R$ 98 milhões e 41% das dívidas da Companhia se concentram no curto prazo. O indicador a Dívida Líquida SFH Ajustada / Patrimônio Líquido atingiu 0,33 (abaixo do covenants de 0,9).
MRV
A dívida bruta atingiu R$ 5,2 bilhões, sendo 17,1% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 2,5 bilhões. A relação dívida líquida/PL ficou em 43,4%, abaixo dos seus atuais covenants (65%).
Papel & Celulose e Embalagem de Papelão
Irani
A relação dívida líquida/EBITDA aumentou para 2,10x no terceiro trimestre (de 1,95x no segundo trimestre), dados os maiores desembolsos da plataforma Gaia. No entanto, vemos que a rentabilidade se mantém mais elevada por mais tempo do que prevíamos, traduzindo-se em maior geração de fluxo de caixa para a Irani.
Klabin
A dívida líquida aumentou para R$ 20,9 bilhões (ante R$ 19,5 bilhões no 2T23), com alavancagem de 3,2x dívida líquida/EBITDA (ante 2,6x no 2T23 – a empresa não possui covenants). A dívida bruta atingiu R$ 28,7 bilhões, sendo 30% do vencimento nos próximos 5 anos, enquanto a posição de caixa foi de R$ 7,8 bilhões.
Petróleo & Gás
3R
No 3T23, a 3R possuía dívida bruta de R$ 8,6 bilhões com caixa de R$ 3,6 bilhões e 7% das obrigações concentradas no curto prazo. Assim, a dívida líquida no trimestre foi R$ 5,0 bilhões. Em nossa visão, o elevado endividamento da Companhia está fortemente atrelado ao seu atual momento de crescimento operacional, bem como às suas necessidades de investimentos. Contudo, entendemos que a consolidação das últimas aquisições e do plano de revitalização da 3R tem o potencial de elevar o fluxo de caixa operacional da Companhia e reduzir a alavancagem atual de 2,6x (vs. covenant 3,5x). Por fim, destaca-se também o robusto caixa que cobre 2,3 anos de amortização
Enauta
Em set/23, a Enauta possuía dívida bruta de R$ 2,2 bilhões com caixa de R$ 2 bilhões, deixando de ser caixa líquido como observado no 2T23 e apresentando dívida liquida de R$ 191 milhões. A dívida é alongada e só terá seu 1º vencimento em 2026, que deverá ser coberto por geração de caixa. A Enauta deve observar o covenant de dívida líquida/EBITDAX ≤ 2,5x (0,3x observado no 3T23, mas deve crescer à medida em que realize capex). A cláusula se refere apenas à limitação para tomada de novas dívidas (ou seja, seu descumprimento não implica vencimento antecipado).
Petrobras
No total, a dívida bruta no final do trimestre era de US$ 61 bilhões (ou 1,2x EBITDA), com caixa em US$ 17,3 bilhões, resultando em dívida líquida de US$ 43,7 bilhões (um aumento em relação aos US$ 42,1 bilhões do 2T23, equivalente a 0,8x o EBITDA). Ressalta-se que mais dois FPSOs arrendados estão programados para entrar em operação antes de 2024 (FPSO Sepetiba e Duque de Caixas, ambos no Campo de Mero), embora a Petrobras tenha um WI menor para estas plataformas (38,6%).
PRIO (Petro Rio)
A dívida bruta encerrou em US$ 1,6 bilhão, sendo 24% no curto prazo, com caixa de US$ 0,4 bilhão, e prováveis earn-outs a pagar pela aquisição de Albacora Leste (US$ 0,2 bilhão) levando a uma dívida líquida de US$ 1,4 bilhão. Com isso, a alavancagem encerrou em 0,9x dívida líquida/EBITDA ajustado (sem arrendamentos e com uma estimativa do EBITDA ajustado de Albacora Leste antes do closing) no 3T23, o que se compara ao seu covenant em 2,5x.
Ultrapar
No 3T23, a alavancagem (Dívida Líquida / EBITDA Ajustado Recorrente) reduziu de 1,7x para 1,5x no comparativo anual. Cerca de 44% da dívida da Ultrapar estava em dólares, na maior parte com hedge. A Companhia manteve o perfil alongado de suas obrigações financeiras, com 19% classificados no curto prazo e prazo médio de 3,9 anos, a um custo médio de CDI + 0,8% ao ano, não estando sujeita a covenants financeiros.
Saúde & Educação
Ânima Educação
No 3T23, a dívida bruta da Ânima chegou a quase R$ 3,8 bilhões, com 19% dos passivos no curto prazo (vs. 26% no 3T22). As disponibilidades (caixa e equivalentes) somaram R$ 1,1 bilhão ao final do trimestre, levando a uma dívida líquida de R$ 2,6 bilhões. Após a aquisição da Laureate em 2021, seu endividamento e alavancagem cresceram de maneira relevante, mas a Companhia tem sido capaz de melhorar gradualmente sua operação e, consequentemente, a geração de caixa, contribuindo para a desalavancagem (embora em ritmo mais lento do que o esperado pela Fitch Ratings, o que levou à estabilização de seu rating em abril de 2023). O índice de Dívida Líquida / EBITDA fechou o 3T23 em 3,4x e a Companhia passará a ter covenants (limite ≤ 3,5x) medidos ao final do 4T23. Acreditamos que haja desafios em relação a refinanciamento, mas a tendência tem sido positiva.
Cogna
A empresa atribuiu uma redução de 6,5% A/A nas despesas financeiras líquidas a (i) taxas de juros mais baixas e (ii) a sua estratégia de gestão de passivos, iniciada em 2022. No entanto, ainda consideramos a alavancagem líquida (incluindo arrendamentos e financiamento de fornecedores) alta, em 4,0x EBITDA ajustado LTM (-0,3x A/A; -0,1x T/T).
Dasa
A dívida bruta encerrou em R$11,3 bilhões, sendo ~15% no curto prazo, com caixa de R$2,4 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$8,9 bilhões. Com isso a alavancagem encerrou em 3,8x dívida líquida/EBITDA ajustada (exclui efeitos de itens não recorrentes e sem efeito caixa) no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 4,0x.
Hapvida
Alavancagem sendo endereçada. O Lucro Líquido Ajustado (XP) foi de R$ 76M, ainda pressionado por uma alavancagem líquida (ajustada por arrendamentos e provisões técnicas) de 4,4x EBITDA ajustado (XP) 12m. Ainda assim, notamos que a empresa está reduzindo gradualmente o índice (-0,9x A/A; -0,5x T/T).
Rede D’Or
Resultado ainda pressionado pela alavancagem. Excluindo a reversão de provisão (líquida de impostos), o lucro líquido foi de R$ 542M (8,8% abaixo XPe), ainda pressionado por uma alavancagem líquida (incluindo arrendamentos e provisões técnicas) de 3,3x EBITDA ajustado (-0,3x A/A; estável T/T).
Siderurgia & Mineração
CSN Mineração
A dívida bruta encerrou em R$ 45,9 bilhão, sendo 4% no curto prazo, com caixa de R$ 15,4 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$ 29,9 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 2,63x dívida líquida/EBITDA ajustado no 3T23, comparado a um covenant de 3,0x.
Vale
A dívida bruta encerrou em USD 14 bilhões, sendo apenas 7% no curto prazo, com caixa de USD 4 bilhões, levando a uma dívida líquida de USD 10 bilhões e Dívida Líquida Expandida de USD 16,2 bilhões (inclui Provisões Brumadinho e Samarco). Com isso, a alavancagem medida por Dívida Bruta/EBITDA Ajustado, encerrou o 3T23 em 0,8x, com conforto em relação ao seu covenant de 4,5x.
Transportes
Arteris
A dívida bruta encerrou em R$12,3 bilhões, sendo ~12% no curto prazo, com caixa de R$1,8 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$10,4 bilhões. Com isso a alavancagem encerrou em 3,9x dívida líquida/EBITDA ajustado (inclui provisão para manutenção de rodovia) no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 4,5x.
Ecovias
A dívida bruta encerrou em R$2,3 bilhões, sendo ~61% no curto prazo, com caixa de R$168 milhões, levando a uma dívida líquida de R$2,1 bilhões. Com isso a alavancagem encerrou em 2,0x dívida líquida/EBITDA no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,5x.
JSL
A dívida bruta encerrou em R$5,7 bilhões, sendo ~14% no curto prazo, com caixa de R$1,2 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$4,5 bilhões. Com isso a alavancagem encerrou em 2,4x dívida líquida/EBITDA ajustada (sem arrendamentos) no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,5x.
Localiza
A dívida bruta atingiu R$ 36,7 bilhões, sendo ~17% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$ 8,5 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 2,7x, abaixo dos seus atuais covenants de 4x.
MetrôRio
A companhia encerrou o primeiro trimestre com dívida bruta de R$ 1,7 bilhão e caixa de R$ 687 milhões, chegando a uma dívida líquida de R$ 964 milhões. Cerca de 86% da dívida encontra-se classificada no longo prazo, reduzindo riscos de liquidez. A alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) terminou o 1T23 em 2,7x. A posição de caixa é suficiente para cobrir os vencimentos de dívida dos próximos quatro anos.
Movida
A dívida bruta encerrou em R$13,5 bilhões, sendo ~7% no curto prazo, com caixa de R$2,0 bilhões, levando a uma dívida líquida de R$11,5 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 3,0x dívida líquida/EBITDA ajustada (sem arrendamentos) no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,5x.
Rumo
A dívida bruta atingiu R$19,5 bilhões, sendo ~10% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$10 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 1,8x, abaixo dos seus atuais covenants de 3,0x.
Simpar
A dívida bruta atingiu R$39,7 bilhões, sendo ~10% no curto prazo, enquanto a posição de caixa foi de R$8,1 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 3,7x, abaixo dos seus atuais covenants de 4x.
Vamos
A dívida bruta encerrou em R$10,4 bilhões, sendo ~10% no curto prazo, com caixa de R$1,7 bilhão, levando a uma dívida líquida de R$8,7 bilhões. Com isso, a alavancagem encerrou em 3,3x dívida líquida/EBITDA ajustada (sem arredamentos) no 3T23, o que se compara ao seu covenant de 3,75x.
Outros
AgroGalaxy
Ao final do 3T23, a dívida bruta foi de R$2,6 bilhões. Com o caixa de R$ 876 milhões, a dívida liquida fechou o trimestre em R$ 1,7 bilhão e a lavancagem em 4,2x, sendo que a companhia possui covenant de alavancagem de no máximo 3,0x a ser medido ao final de 2023. No período findo em setembro, 77% da dívida da Companhia se concentrava no curto prazo. Contudo, esperamos ver um maior alongamento das suas dívidas após renegociações com alguns bancos - acesse aqui para mais detalhes.
Ambipar
A dívida bruta atingiu R$ 7.077 milhões (R$ 836 milhões no curto prazo), com posição de caixa de R$ 2.582 milhões. A relação dívida líquida/EBITDA pro forma foi de 2,99x, ou 2,52x considerando os recursos da oferta ocorrida no trimestre, abaixo dos seus covenants atuais (3,0x). A Ambipar reportou Capex de R$ 199 milhões. O Capex aumentou para 16,8% da receita líquida contra 13,3% no 2T23.
Braskem
No 3T23, houve pagamentos de ~R$ 1 bilhão referente a Alagoas. Isso levou a um aumento da dívida líquida reportada, de US$ 4,8 bilhões para R$ 5 bilhões, e Dív Líq/EBITDA reportada em 12,2x (vindo de 7,9x no 2T23). Mesmo assim, a empresa permanece com uma posição de caixa robusta (US$ 3,4 bilhões) e com uma dívida bruta de longo prazo de alto prazo de vencimento (12,3 anos) e de baixo custo (6,2% em dólar). A companhia não possui covenants.
Ciclus Ambiental
A dívida líquida da Ciclus somava R$ 854 milhões ao final do 3T23, com alavancagem Dívida Líquida / EBITDA de 7,2x. O caixa da Simpar (que presta garantia para a Companhia em suas dívidas), no nível da holding, era de R$ 1,9 bilhão no mesmo período, além de R$ 500 milhões em títulos emitidos por controladas, sendo mais do que suficiente para cobrir a dívida da Ciclus em caso de necessidade. A Companhia possui covenant de índice de cobertura do serviço da dívida (ICSD), que deve ser acima de 1,3. No 3T23, afirmou estar em concordância com índice.
Lavoro
A dívida líquida da Lavoro somava R$ 789 milhões ao final da safra 22/23, com alavancagem Dívida Líquida / EBITDA de 3,96x e 100% do endividamento no curto prazo. Até o encerramento da safra 22/23, a Companhia não estava sujeita a covenant de endividamento. Por outro lado, a Companhia possui uma política interna de manter um indicador máximo de dívida líquida/EBITDA de até 2,2x (que se compara a 1,3x no fechamento da safra). Em nossa visão, a Lavoro apresenta rentabilidade e estrutura de capital satisfatórias, além de uma posição consolidadora em seu setor de atuação. Entretanto, o alongamento de seus passivosfinanceiros, aliado ao forte ritmo de aquisições,são fatores de risco a serem acompanhados.
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