Escolher entre renda fixa ou renda variável para investir seu dinheiro pode ser um desafio. Cada um desses investimentos possui seus rendimentos, características, riscos e possibilidades bem diferentes.
Por exemplo, investir em ativos da Bolsa de Valores pode trazer retornos mais elevados. Porém, são investimentos de alto risco. Ou seja, não são todas as pessoas que têm perfil para investir na Bolsa. Por isso, é importante conhecer o seu perfil.
Em contrapartida, a renda fixa traz retornos mais estáveis, porém mais seguros. Então, para o investidor que busca segurança, pode ser a melhor opção.
É importante ter em mente que é possível investir em renda fixa e renda variável e não ter que escolher apenas um tipo de investimento. Investindo nos dois ao mesmo tempo, você ainda otimiza os resultados, montando carteira diversificada.
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Veja a diferença entre renda fixa e renda variável
Conheça agora as principais diferenças entre renda fixa e renda variável:
1- Rentabilidade e risco
Na renda fixa, o investidor sabe previamente qual será a rentabilidade do ativo. Ou seja, ele tem previsibilidade sobre quanto o dinheiro irá render no momento da compra.
Já na renda variável não há previsibilidade: o preço dos ativos pode sofrer variações o tempo todo. E são vários os fatores que influenciam os ativos de renda variável, como a economia do país, a taxa de juros e o cenário político.
Portanto, a principal diferença entre os dois tipos de investimento é o risco, que na renda variável é muito maior. Mas atenção: o risco não é zero em investimentos de renda fixa. Por exemplo, existe o risco de o emissor não cumprir com a obrigação assumida.
2 – Segurança
Um ponto que garante mais segurança aos ativos de renda fixa é a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Para valores de até R$ 250 mil, ele garante o pagamento caso o emissor quebre. Por exemplo, se você investir R$ 40 mil em CDB de um banco e ele falir, o FGC garantirá o pagamento desse investimento caso o rendimento não ultrapasse o teto de R$ 250 mil.
Em contrapartida, os ativos de renda variável trazem a possibilidade de maior rendimento, principalmente quando levamos em consideração o tempo. Geralmente, no mundo dos investimentos, quanto maior o risco, maior a possibilidade de ganhos.
Então, se você é um investidor arrojado e abre mão da segurança pela possibilidade de rentabilidade, a renda variável pode ser para você. Agora, se você está começando a investir ou prefere uma rentabilidade mais estável e segura, opte pela renda fixa.
3 – Indicador de rendimento
Os investimentos de renda fixa se baseiam na movimentação de alguns indicadores, como Selic, CDI, IPCA e IGPM.
As taxas e preços dos títulos variam diariamente até a data de vencimento e isso pode acontecer por diferentes motivos. Porém, essas variações (ganhos ou perdas) causadas por um mecanismo chamado “marcação a mercado” só são colocadas em prática caso o investidor decida resgatar (vender) o ativo antes do prazo final. Caso contrário, receberá a remuneração que foi acordada no momento da aplicação e, por isso, não importará a oscilação ao longo do período.
Já o investimento em renda variável é impactado por flutuações menos específicas e esperadas, pois não é necessário que algo atinja diretamente a ação, como um problema na empresa provedora. Uma alteração na economia pode ser o suficiente para que a ação suba ou desvalorize.
Como já falamos brevemente, seja ainda mais estratégico: invista em renda fixa e renda variável ao mesmo tempo, adeque a quantidade conforme o seu perfil.
Para entender melhor o que é renda fixa e variável e quais os investimentos de cada um deles, é só continuar a leitura!
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Quais os tipos de investimentos em renda fixa?
Antes de conhecer os investimentos em renda fixa, entenda, em rápidas palavras, o que é a renda fixa.
Renda fixa é o investimento realizado diretamente em títulos públicos e privados de renda fixa. Quando você compra um título de renda fixa, você está emprestando dinheiro ao emissor do papel, que pode ser um banco, uma empresa ou até mesmo o governo.
Em troca, você recebe uma remuneração por um determinado prazo, na forma de juros e/ou correção monetária, podendo receber, ainda, parcelas chamadas amortizações.
Os títulos de renda fixa podem ser classificados em relação à forma de rentabilidade. Os principais deles são:
● Caderneta de poupança (mais famosa, porém, não tão rentável, fique de olho!)
● Fundos DI e renda fixa
● Títulos públicos
● CDB
Entenda um pouco melhor:
1 – Títulos Prefixados
Os títulos prefixados têm o rendimento fixo, ou seja, ele não se altera ao longo do tempo. Por exemplo, se ele for de 7% ao ano, será essa a rentabilidade até o vencimento do investimento.
Esses títulos são indicados para quem busca previsibilidade, pois é possível calcular o quanto o dinheiro irá render até o fim do investimento.
Exemplos de títulos prefixados são:
- CDB ou Certificado de Depósito Bancário
- LC ou Letra de Câmbio
- Tesouro Direto Prefixado
2 – Títulos Pós-Fixados
Já os títulos pós-fixados têm a rentabilidade atrelada a um indexador, no qual representará o percentual de rentabilidade, por exemplo, a taxa Selic ou o CDI. Ou seja, se os indexadores sobem, a rentabilidade aumenta. Mas se eles descem, a rentabilidade diminui.
Por isso, para investir nesses ativos é importante analisar os movimentos da economia.
Exemplos de ativos de renda fixa pós-fixados são:
- Tesouro Direto
- LC (Letra de Câmbio)
- LCI ou Letra de Crédito Imobiliário
- LCA ou Letra de Crédito do Agronegócio
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
3 – Títulos Híbridos
Os títulos de rentabilidade híbrida têm uma parte fixa e uma variável. Por exemplo, ele pode render 8% + IPCA, indicador que mede a inflação oficial do país.
Assim como os títulos pós-fixados, eles também variam com o tempo. Porém, como tem parte da rentabilidade fixa, tem uma parte mais “garantida”. Um dos pontos positivos desse investimento é o ganho real, já que a taxa fixa é a remuneração acima da inflação.
Exemplos de títulos com rentabilidade híbrida são:
- Debêntures
- Tesouro Direto IPCA+
- LC (Letra de Câmbio)
- LCI ou Letra de Crédito Imobiliário
- LCA ou Letra de Crédito do Agronegócio
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- CRI ou Certificado de Recebíveis Imobiliários
- CRA ou Certificado de Recebíveis do Agronegócio
Para saber tudo sobre renda fixa, leia esse conteúdo de menos de 5 minutos.
Quais os tipos de renda variável?
Existem diversos Uma breve descrição sobre o que é a renda variável. Esse é um tipo de investimento que não fornece previsibilidade do ganho, já que possui diferentes fatores que podem impactar no resultado final, como política, economia e até uma simples brincadeira envolvendo um nome importante. No entanto, é o investimento que oferece maiores ganhos.
Existem diversos ativos de renda variável. Separamos alguns para você conhecer melhor.
1 – Ações
As ações são os investimentos de renda variável mais conhecidos, dividindo-se em ordinárias (com direito a voto em assembleia) e preferenciais (com prioridade na distribuição dos dividendos).
Investir em ações nada mais é do que comprar uma pequena fração de uma empresa, já que uma ação é uma parte do capital social dela. E o grande diferencial é que ele algumas se valorizam com o passar do tempo, assim como pode oferecer uma maior rendimento em CDI.
Portanto, ao investir em ações é necessário escolher bem a empresa. Pesquise seu histórico, projeções, o mercado onde está inserida, quem são seus gestores e outras informações importantes. Invista em empresas nas quais você realmente acredita.
Para saber o que mais analisar nesse momento, leia:
● O que é balanço patrimonial? Conheça o raio-x financeiro das empresas
● 10 indicadores financeiros e sua importância na bolsa de valores
● O que é Análise Técnica?
Além disso, lembre-se que é importante diversificar sua carteira. Principalmente com ativos de renda variável, não aposte tudo em apenas um ativo.
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2- Opções
Opções é um tipo de investimento que garante ao investidor o direito de comprar (call) ou vender (put) um ativo em uma data futura. É como um seguro de carro: você tem o direito garantido de vender o carro por um determinado preço mesmo que ele passe por um acidente.
Os contratos desse tipo de investimento têm a especificação de uma data de vencimento e o prêmio de risco da operação. Ou seja, você não negocia o ativo em si, mas o prêmio da operação.
É importante saber que o risco de investir em opções é considerado muito alto. Portanto, é indicado apenas para investidores arrojados e não é recomendado alocar grande parte da carteira em opções, mas sim, compensar possíveis quedas em renda fixa, por exemplo..
3 – Fundos Imobiliários (FIIs)
Se você quer investir no mercado imobiliário, os FIIs podem ser uma boa opção. Eles são frações de empreendimentos, como shoppings, galpões logísticos ou lajes corporativas.
A rentabilidade dos Fundos Imobiliários vem da valorização das cotas do fundo, que tem sua precificação diariamente pelos investidores. Além disso, há também o pagamento de aluguéis mensais, assim como em imóveis físicos.
Ou seja, você ganha com a valorização das cotas (se ela valorizar) e com o pagamento de aluguéis (se eles forem feitos em dia).
Gostou de conhecer alguns investimentos de renda variável? Então saiba mais sobre esse tipo de investimento:
● Renda Variável: o que é, como funciona e como investir
Você conheceu investimentos de renda fixa e variável, então agora é hora de entender como utilizar ambos para diversificar sua carteira e investir com segurança e rentabilidade!
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Diversifique: renda fixa e renda variável na carteira
Como falamos, você não precisa escolher investir apenas em renda fixa ou apenas em renda variável. Em investimentos, é muito importante diversificar sua carteira, ou seja, não depender apenas de um tipo de ativo.
Diversificar a carteira é distribuir o risco em diferentes investimentos. Assim, você tem a possibilidade de ter uma rentabilidade maior e um risco menor.
A diversificação faz com que um ativo compense o outro. Por exemplo, se você investir em ações, mas elas não terem a rentabilidade esperada, os investimentos em CDB podem compensar com uma rentabilidade mais garantida.
Contudo, antes de investir e diversificar é necessário identificar seu perfil de investidor. Ele é quem deve guiar a diversificação e o quanto você vai investir em cada ativo. Além disso, o quanto você tem disponível para investir também irá influenciar na composição da sua carteira.
Outra boa opção são os fundos de investimento. Na consideração, há, automaticamente, o balanceamento entre renda fixa e renda variável, considerando perfil, aplicação mínima e cotização. Confira a lista de fundos de investimentos da XP:
Quanto investir em renda fixa e renda variável?
Num geral, o quanto você deve investir em renda fixa e renda variável irá depender de alguns fatores, como:
- Nível de conhecimento;
- Perfil de investidor;
- Valor disponível;
- Objetivo.
Lembre-se: não faça nada por emoção, verifique os seus pontos e as características de cada um dos investimentos.
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Você pode entender mais sobre diversificação de carteira no nosso podcast e no blog. 😉
Saiba como montar uma carteira de investimentos diversificada
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Explicamos tudo certinho pra você nesse conteúdo: Como abrir conta na XP investimentos: veja o passo a passo
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