IBOVESPA +0,31% | 125.534 Pontos
CÂMBIO +0,38% | 5,79/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,3% ontem, aos 125.534 pontos, impulsionado pelo setor bancário (BBDC4, +2,3%; ITUB4, +1,5%; BBDC3, +1,5%; IFNC, +1,0%) após resultado do Santander (SANB11, +6,2%), considerado positivo pelo mercado (leia nossa análise aqui).
O principal destaque positivo do pregão foi Embraer (EMBR3, +15,5%), após divulgação de um fechamento de negócio de compra pela FlexJet avaliado em US$ 7 bilhões, representando a maior encomenda de jatos executivos da história da empresa (leia nossa análise aqui). Já o principal destaque negativo foi Azul (AZUL4, -8,9%), após anúncio de um aumento de capital de até R$ 6,1 bilhões, com a emissão de novas ações preferenciais.
Para o pregão de quinta-feira, teremos a decisão de juros no Reino Unido. Pela temporada de resultados do 4T24, Brasil Agro, CCR, Inter e Multiplan divulgam seus balanços.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com forte abertura ao longo da curva. O DI jan/26 encerrou em 14,97% (+4,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,02% (+14,1bps); DI jan/29 em 14,65% (+19,1bps); DI jan/31 em 14,59% (+19,8bps).
Nos EUA, os investidores interpretaram as tarifas impostas pela China ao país como mais brandas do que o esperado. Além disso, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, ressaltou a importância de determinar o impacto das tarifas na inflação americana. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,17% (-4,0bps), enquanto os de dez anos em 4,43% (-9,0bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em leve alta (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,2%), em semana carregada de resultados de empresas e divulgação de dados de emprego. Hoje, empresas como Amazon, Lilly, Linde e Kenvue divulgam seus balanços do 4T24. No âmbito político, o mercado segue na expectativa por notícias relacionadas a tarifas e negociações sobre votações de temas fiscais no Congresso norte-americano.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,8%), com ganhos disseminados entre setores após resultados positivos de empresas como a britânica Astrazeneca. Na China, as bolsas fecharam positivas (CSI 300: 1,3%; HSI: 1,4%) com rali em tecnologia, ainda impulsionado pelo otimismo com IA.
IFIX
O índice de fundos imobiliários, o IFIX, apresentou queda de 0,05% na terça-feira. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,37%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de 0,35% no dia. Os destaques positivos do dia foram GZIT11 (+7,0%), HCTR11 (+3,5%) e KNUQ11 (3,0%). Já os principais destaque negativos foram HSAF11 (-3,9%), MFII11 (-3,0%) e VGHF11 (-2,7%).
Economia
Os dados da economia norte-americana mostraram alguma desaceleração no setor de serviços, mas seguem sólidos. Amanhã, saem os dados mais esperados da semana, os relatórios do mercado de trabalho de janeiro (criação de empregos, rendimentos do trabalho, taxa de desemprego).
No Brasil, a produção industrial recuou pelo terceiro mês consecutivo em dezembro. E publicamos nosso relatório Brasil Macro Mensal, sem revisões substanciais em nossas projeções. Ainda vemos o PIB crescendo 2,0% este ano, com a inflação IPCA em 6,1% e a taxa Selic chegando a 15,50%.
Veja todos os detalhes
Economia
Economia do EUA continua firme, no Reino Unido, banco central deve cortar juros hoje
- De acordo com sondagem do Institute for Supply Management (ISM), a atividade do sector dos serviços dos EUA desacelerou em Janeiro. De qualquer forma, o indicador ficou em em 52,8 (54,0 antes), ainda acima do limite dos 50 pontos, indicando que a atividade continua a se expandir em ritmo sólido. Os subcomponentes de Emprego e Novas Encomendas também ficaram acima de 50 pontos. No mercado de trabalho, a consultoria ADP informou que o setor privado criou 183 mil empregos em Janeiro, contra 176 em Dezembro. Em geral, os indicadores sugerem que a economia dos EUA permanece sólida, embora não esteja acelerando ainda mais. Amanhã saem os dados mais esperados da semana, os relatórios do mercado de trabalho de janeiro (criação de empregos, rendimentos do trabalho, taxa de desemprego);
- O Banco de Inglaterra (BoE) realiza hoje a sua reunião de política monetária. É amplamente esperado que o BoE corte as taxas de juro e indique mais reduções à medida que a economia do Reino Unido segue quase estagnada. Os economistas prevêem que o BoE reduzirá a sua taxa de referência em 0,25pp, para 4,50% –seu nível mais baixo desde 2023. O BoE também atualizará as suas projeções de crescimento econômico e de inflação. Ao contrário do Fed dos EUA, os bancos centrais europeus (BoE, BCE) ainda têm margem para reduzir as taxas, uma vez que a economia está mais fraca e a inflação está igual ou abaixo das metas;
- No Brasil, a produção industrial caiu 0,3% em dezembro em relação a novembro, resultado melhor que o esperado (XP: -0,9%; mercado: -1,1%). Mesmo assim, esta foi a terceira queda consecutiva, com 3 das 4 principais categorias econômicas e 15 das 25 atividades manufatureiras recuando na comparação mensal. Assim, a produção industrial caiu 0,1% QoQ no quartro trimestre do ano passado (3,1% na comparação anual). Em nossa visão, as perspectivas para 2025 são mais desafiadoras. Condições financeiras mais restritivas, um crescimento mais lento do rendimento das famílias e uma maior percepção de risco deverão levar a maior parte das atividades industriais a arrefecer. Ainda assim, não prevemos uma queda brusca na produção manufatureira;
- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista à Globonews ontem à noite. Entre outros temas, ele destacou a importância de revisar regularmente os gastos do governo e mencionou que o projeto de desonerar o imposto de renda quem ganha menos de 5 mil reais por mês está quase pronto. A entrevista, entretanto, não trouxe nada de novo sobre esses (ou outros) assuntos.
- Publicamos esta manhã nosso Macro Mensal Brasil (veja aqui). Não fizemos alterações substanciais nas nossas projeções macro. Ainda vemos o PIB crescendo 2,0% este ano, com a inflação IPCA em 6,1% e a taxa Selic chegando a 15,50%.
Empresas
Santander (SANB11): Bem posicionado para enfrentar os desafios macroeconômicos
- O Santander apresentou resultados sólidos novamente, em sua maior parte em linha com nossos números, mas com EPS acima. A Margem Financeira Bruta (NII) com clientes cresceu 5% sequencialmente, superando o crescimento da carteira de crédito de 2,9% T/T;
- Na direção oposta, a NII com o mercado sofreu uma queda acentuada de 39% T/T, impactada pelo aumento da Selic e por menores ganhos de tesouraria. O banco conseguiu manter sua provisão praticamente estável T/T (-1% vs. XPe);
- Além disso, a receita de tarifas apresentou um forte crescimento de 10% A/A, com contribuições de vários segmentos. Como resultado, o banco registrou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões, 3% acima da XPe, resultando em um ROE de 17,6%;
- Apesar da deterioração do cenário macroeconômico e da elevação das taxas de juros, o banco manteve resultados consistentes com boa qualidade de ativos. O NPL acima de 90 dias permaneceu em um nível confortável de 3,2%, estável pelo terceiro trimestre consecutivo.
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AmBev (ABEV3) | Crescimento anual tímido da indústria; Mantemos cautela para 2025
- Os dados de produção de bebidas de dezembro superaram ligeiramente nossas expectativas: a produção de bebidas alcoólicas foi +2,4% em relação ao XPe, enquanto a produção de bebidas não alcoólicas foi 1,4% acima de nossas projeções. No entanto, esse desempenho superior não alimenta otimismo para o 4T, já que nossa análise de regressão ainda indica riscos de queda para nossa estimativa de volume de Cerveja Brasil de 25.918 k hl (uma queda de 1,5% A/A).
- Além disso, a produção de bebidas alcoólicas aumentou apenas cerca de 1% em 2024, reforçando a percepção do mercado de uma indústria em amadurecimento. Além das perspectivas de crescimento mais baixas decorrentes do amadurecimento da indústria, mantemos uma perspectiva cautelosa para os volumes de 2025, à medida que a inflação crescente e a redução da acessibilidade do consumidor provavelmente pressionarão o consumo de cerveja. Com ventos contrários significativos para os volumes, o poder de precificação da AmBev será fundamental para determinar o resultado ao longo de 2025.
- Isso é particularmente relevante, dado que o Grupo Petrópolis precisa aumentar os volumes para melhorar a eficiência industrial, enquanto a Heineken está prestes a inaugurar uma nova cervejaria de 5 milhões de hl em 2025. Reforçamos nossa recomendação neutra, pois não gostamos da assimetria entre resultado/valuation, já que nossa estimativa de LPA (lucro por ação) para 2025 está 9% abaixo do consenso, enquanto projetamos a ação negociando a 11,8x P/L.
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Bens de Capital: Elencando nossas preferências
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i) nossas ações preferidas no universo de cobertura de Bens de Capital, com fatores como valuation, ROIC, alavancagem e dividend yield como base de nossa estrutura de stock-picking (WEG/Marcopolo como nossas top-picks; elevando nossa recomendação para Iochpe-Maxion para Compra);
- (ii) as vendas de veículos pesados nos EUA caíram -10% em relação ao ano anterior em dezembro de 2024, de acordo com dados do FRED;
- (iii) o expressivo acordo da Embraer com a FlexJet para um pedido firme de 182 jatos executivos, em um negócio avaliado em até US$ 7 bilhões; vemos o anúncio como positivo, não apenas por reforçar o sólido momento operacional na Aviação Executiva, mas também por corroborar com as perspectivas de entrega de longo prazo após a atual expansão da capacidade da Embraer;
- (iv) aquisição pela WEG da participação remanescente na V2COM, sua empresa focada em serviços de IoT, telemedição e automação para sistemas elétricos de potência; e
- (v) aumento do short interest da Frasle (+1,3p.p. S/S).
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Itaú Unibanco (ITUB4) | Resultados sólidos novamente: recebemos com bons olhos o guidance conservador para um ano desafiador
- O Itaú Unibanco (ITUB4) apresentou resultados sólidos no quarto trimestre, com um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões (+16% A/A) e um ROE de 22,1%;
- O crescimento da carteira acelerou 6,3% T/T. O NII com clientes cresceu 3,7% T/T, enquanto o NII com o mercado caiu 14,5% devido ao impacto negativo das taxas de juros. A qualidade do crédito permanece forte, com o NPL acima de 90 dias diminuindo 20 bps para 2,4%;
- O banco forneceu guidance para 2025, projetando um crescimento da carteira entre 4,5% e 8,5%, abaixo dos 10% em 2024. Esse nível de conservadorismo é bem-vindo, dado o ambiente macroeconômico incerto, e destaca as capacidades de gestão de risco do banco;
- O Itaú encerrou o ano com um balanço confortável e anunciou um programa de dividendos + recompra de ações no valor de R$ 18 bilhões (totalizando R$ 28 bilhões no ano), em linha com nossas expectativas.
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Saúde: Data Expert | ANS Tracker Saúde & Dental de Dezembro de 2024
- Este é o nosso ANS Tracker Saúde & Dental, no qual acompanhamos e analisamos os dados de planos de saúde e odontológicos fornecidos pela ANS. Os principais destaques são:
- O mercado de planos de saúde cresceu 221 mil vidas no 4T24, impulsionado pelos planos corporativos e majoritariamente provenientes de Medicina de Grupo e Seguradoras;
- SP foi o destaque positivo, seguido por NE, S, N e MG;
- A Hapvida perdeu 34 mil beneficiários no 4T24, pois o desempenho positivo em Dez/24 não foi suficiente para compensar as perdas líquidas dos outros meses;
- A SULA apresentou fortes números de adições líquidas, enquanto a Amil conseguiu entregar números também positivos no trimestre; e
- O mercado odontológico encerrou o trimestre com 447 mil adições líquidas, das quais 29% foram provenientes da Odontoprev (+129 mil).
- Temos uma visão positiva em relação aos números de crescimento do mercado e às fortes entregas da SULA, embora observemos que o arcabouço regulatório dos planos coletivos ainda deverá ser definido nos próximos períodos e tem o potencial de frear o crescimento do mercado, dependendo das medidas finais sobre o assunto;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Itaú tem lucro recorrente de R$ 10,884 bilhões no 4º tri e supera previsões (Valor);
- Analistas destacam resultados positivos do Santander, apesar de deterioração do cenário macro (Valor);
- Consignado privado pode ser para o crédito o que o Pix foi para os pagamentos, diz CEO do Santander (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Unifique ativa rede 5G em oito novas cidades de SC e RS em janeiro (Teletime);
- Ações da Alphabet caem com desaceleração do crescimento dos negócios de nuvem (Valor);
- Lucro da Qualcomm avança 14,92% no 1º tri fiscal (Valor);
- Abrintel apresenta estudos ao STF em defesa do compartilhamento de torres (Teletime).
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Haddad prevê inflação em junho acima do teto da meta: ‘Política monetária tem um delay’ (Estadão);
- Lula diz que vai se reunir com setores para debater inflação dos alimentos (O Globo);
- Novo Nordisk estima que receita crescerá até 24% com novo boom de vendas do Ozempic (Bloomberg Línea);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Alimentos
- Agro
- Biocombustíveis
- Bunge Q4 profit falls on weak crush margins, forecasts 2025 earnings drop – Reuters
- ADM enfrenta tensões comerciais e incerteza sobre políticas de biocombustíveis dos EUA – NovaCana
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- China’s retaliatory tariffs on crude likely to push US exports lower in 2025 (Reuters);
- Governo adota cautela com projeto do IR e calcula ‘timing certo’ para evitar novo ruído (Estadão);
- Neoenergia assina venda de hidrelétrica no Paraná para a EDF (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o clipping.
O Mês na Renda Fixa – Fevereiro/2025
- A curva de juros nominal encerrou janeiro com fechamento em todos os vértices. Na curva de juros real, a taxa do vencimento em 2030 caiu para 7,70% (ante 7,73% no mês anterior);
- Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve a taxa de juros na banda de 4,25% a 4,50%, alegando que o mercado de trabalho continua aquecido e a inflação permanece acima da meta;
- O IDEX-DI encerrou janeiro em 2,06% (vs. 2,33% no dia 31/12). Em relação às debêntures isentas, os spreads fecharam em 35,25 bps, ante 38,17 bps no mês anterior;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários com ativos residenciais: vale a pena investir? (Valor Investe);
- Fundos imobiliários fecham mais um mês no vermelho, mas um setor se destaca (Valor Investe);
- RCRB11 zera vacância no Continental Square Faria Lima (Clube Fiis).
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ESG
Marco legal para IA e data centers estão entre as novas prioridades do plano ecológico do Ministério da Fazenda | Café com ESG, 06/02
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,3%, enquanto o ISE recuou 0,2%;
- No Brasil, (i) a Gerdau e a Randoncorp anunciaram uma parceria para otimizar a reciclagem de 10 mil toneladas de sucata metálica anualmente, o que equivale a um terço do volume gerado nas unidades da Randoncorp no país – o acordo prevê que os resíduos gerados nas operações da empresa sejam encaminhados diretamente à unidade de aços especiais da Gerdau no Rio Grande do Sul, em vez de serem vendidos em leilões periódicos; e (ii) o ministro Fernando Haddad entregou ontem ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, um documento com as novas prioridades do Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda para 2025 e 2026 – entre elas, destacam-se a aprovação do marco legal para inteligência artificial, uma política para atração de data centers, financiamento climático e digitalização;
- No internacional, a Volkswagen apresentou ontem um plano estratégico de cinco anos que inclui o lançamento de um novo carro elétrico de baixo custo, com um preço estimado de cerca de 20 mil euros – segundo a empresa, sua principal fábrica na Alemanha se tornará um centro-chave para a produção de uma nova plataforma de carros elétricos compactos, com veículos elétricos de entrada e baixo custo, formando a base do futuro da marca;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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