Ficar acomodado ou desejar enriquecer rapidamente são alguns dos erros comuns dos investidores brasileiros que ainda sabem pouco sobre o mundo dos investimentos.
A falta de experiência pode deixar qualquer pessoa mais próxima de cometer um erro comum – seja no trabalho ou nas finanças pessoais.
A seguir, listamos alguns dos principais erros cometidos pelos brasileiros que iniciam a missão de poupar dinheiro, mas ainda não têm conhecimento suficiente sobre aplicações financeiras para fazer esses recursos renderem o máximo possível com o mínimo de risco.
Confira, abaixo, alguns erros comuns no mundo dos investimentos:
Confira os 12 erros mais comuns de investidores
É normal que, principalmente, no início dos investimentos você encontre alguns desafios ou então acabe tomando decisões precipitadas por falta de orientação.
Para que você não sofra com isso separamos 12 dicas que tornará essa experiência muito melhor e mais fácil. É só continuar acompanhando:
1) Investir na poupança
Embora seja uma das aplicações favoritas dos brasileiros, a poupança há tempos não pode ser considerada mais como uma alternativa de investimento.
Isso porque o rendimento da poupança está muito aquém do esperado, principalmente com a queda da taxa de juros no país nos últimos meses.
Quando a Taxa Selic está abaixo de 8,5%, a poupança tem a rentabilidade fixa de 70% do índice. Isso significa que ela atualmente oferece uma remuneração abaixo de 2,63% ao ano.
Ou seja: se você aplicar na poupança, pode estar perdendo dinheiro, ao invés de ganhar.
O cenário de juros baixos deve permanecer por mais tempo, por isso, se você quer ver o dinheiro render mais, terá de diversificar sua carteira de investimentos e sair da poupança.
2) Não seguir o perfil do investidor
A gente não cansa de pegar neste ponto aqui em vários textos porque ele é muito importante e pode fazer a diferença real nos seus investimentos.
Conhecer o seu perfil de investidor e segui-lo ao fazer suas aplicações é fundamental para o sucesso dos seus investimentos.
Essa definição leva em conta a sua tolerância ao risco, seus objetivos financeiros, prazo de investimento e necessidade de liquidez (se você pode precisar do dinheiro antes do vencimento ou não).
Ao analisar os itens citados acima, você pode ser conservador, moderado ou agressivo.
Mas por que essa definição é tão importante? Ao passar por cima dos seus objetivos e investir em ativos que não estão adequados ao seu perfil, você tanto pode se frustrar, quanto perder dinheiro.
Se você não tolera riscos, evite investir em aplicações que podem oscilar muito ao longo do tempo. Caso seja mais aberto a possíveis variações no seu investimento, pode investir em ativos como fundos multimercados, ações e demais opções de renda variável.
3) Investir em negócios duvidosos
Quem nunca ouviu falar sobre algum investimento que promete ganhos rápidos e milagrosos que atire a primeira pedra.
Estamos constantemente sendo impactados por anúncios e notícias sobre investimentos que prometem ganhos altos e em pouco tempo.
Mas será que isso existe mesmo? A dica aqui é desconfiar sempre. Ninguém fica milionário de uma vez. Ganhos de 2% ao dia? Isso não existe.
Se você não entende muito bem sobre negócios, vendas e gestão e decidir apostar em uma dessas aplicações, pode não ter o resultado esperado.
Por isso, invista seu tempo e dinheiro somente no que você realmente entende e tem experiência. Se não é este o caso, fuja das possíveis armadilhas.
4) Colocar tudo na Bolsa
A bolsa de valores brasileira terminou 2019 com uma alta expressiva de 31,58% – é o quarto ano seguido de ganhos.
Neste contexto de mercado de ações em alta e juros em queda, milhares de investidores migraram para a bolsa de valores em busca de melhores rendimentos.
E isso não é errado – longe disso. O investidor de fato precisa diversificar para poder fazer o dinheiro render mais.
O que muita gente não entendeu, no entanto, é que investir somente em bolsa é um grande erro.
Embora tenha sido um investimento de destaque no ano que passou, isso não significa que você precisa colocar todo o seu dinheiro nele. Nem em ações e nem em nenhum outro tipo de ativo.
Investir na bolsa é assumir que o seu dinheiro pode e vai oscilar. Afinal, trata-se de renda variável. Se você não tem estômago para ver a aplicação eventualmente cair, a bolsa está longe de ser o melhor lugar para você.
Procure investir até o máximo de 30% ou 40% de seu patrimônio em empresas de capital aberto, já que o mercado acionário é muito sujeito à volatilidade.
Então, invista na bolsa apenas o dinheiro que você não vai precisar usar no curto prazo, de forma que haja tempo de recuperar eventuais perdas.
E mesmo que você tenha sim um limite de perdas e esteja disposto a correr alguns riscos, jamais coloque todo o seu dinheiro em ações. Ao mesmo tempo que você pode ganhar dinheiro, também pode perder tudo.
5) Não diversificar os investimentos
Como falamos no item acima, um dos maiores erros dos investidores é colocar tudo em uma aplicação só. E isso vale para bolsa, fundos ou renda fixa.
É preciso sempre diversificar os investimentos para evitar o risco de grandes perdas de patrimônio.
Quando você investe seu dinheiro em diferentes tipos de aplicações, acaba minimizando os riscos de perda e aumentando as chances de obter uma boa rentabilidade no médio e longo prazo.
A diversificação é muito importante na construção de patrimônio e deve ser elaborada de olho nos objetivos do investidor.
Quando se investe em um único tipo de aplicação, há a exposição ao mesmo tipo de risco de um segmento, mercado ou indexador. Se algo acontecer, o investidor pode ter, então, grandes perdas.
As estratégias de diversificação de investimentos servem para criar um equilíbrio entre os diferentes ativos. Eles podem estar atrelados à inflação, ao CDI, Ibovespa, dólar ou outro indicativo.
6) Ter um otimismo exagerado
É claro que o investidor se anima quando vê o país recuperando o crescimento e alguns investimentos, como a bolsa, ganhando destaque. Isso é normal.
O que não deve acontecer é encarar esse otimismo como verdade absoluta.
A grande expectativa de retornos que o mercado financeiro pode proporcionar acaba sendo um comportamento nocivo muito comum.
Muitas pessoas caem no erro de achar que, porque a bolsa está em alta, os ganhos serão rápidos, constantes e garantidos. E que é possível ganhar muito dinheiro da noite para o dia.
O excesso de confiança também pode atrapalhar aqueles que acreditam ser mais inteligentes e capacitados do que outros. E isso faz com que o investidor acabe comprando e vendendo os ativos com mais rapidez e pouca análise.
Muitos fatores podem influenciar as rentabilidades, como o cenário político, a macroeconomia, notícias globais e afins, sendo que muitos deles são difíceis de prever.
Um tweet do presidente norte-americano pode balançar as bolsas ao redor do mundo, por isso fique atento e evite ser otimista demais, buscando sempre proteger sua carteira com uma parcela de ativos mais conservadores.
7) Querer se tornar milionário da noite para o dia
Decisões tomadas em momentos em que as pessoas estão imediatistas, ansiosas e que querem enriquecer rapidamente podem ser extremamente prejudiciais.
O problema do investidor com esse comportamento é que elas começarão a tomar muito risco ou perder a capacidade de desconfiar frente a uma promessa de rentabilidade extraordinária.
Ou seja, são personalidades que acabam caindo em golpes como pirâmides financeiras, fraudes ou estelionato porque acreditaram estar diante de uma oportunidade única de ganhar juros de 10% ao mês, a exemplo do erro nº 3 apontado acima.
Se a oferta parece muito boa para ser verdade, desconfie e pesquise bastante antes de investir.
8) Ignorar a Renda Fixa
Em época de juros baixos, o mercado de renda fixa teve grande parte da rentabilidade de seus títulos afetada.
Os cortes na Selic, a nossa taxa básica de juros, estão diretamente ligados com alguns investimentos, o que deixa um pouco menos atrativo esse tipo de ativo em termos de ganhos reais (descontando a inflação).
No entanto, é um equívoco leviano ignorar a renda fixa e tirar completamente todos os investimentos desse mercado.
A Renda Fixa tem um papel muito importante na diversificação de qualquer carteira, seja do investidor iniciante ou daquele cara muito experiente. Mesmo que você tenha um perfil mais agressivo e quer maiores retornos, você pode rebalancear, porém sempre deixando uma parte dos seus investimentos em lugares mais seguros na Renda Fixa.
9) Comprar produtos caros de Renda Fixa
A maior parte dos produtos de renda fixa vendidos nos bancos é extremamente cara. Fundos DI com taxa de administração de 5% ao ano, consórcios com taxas de administração de 20%, planos de previdência com taxa de administração de 3% ao ano mais taxa de carregamento e corretagem fixa de mais de R$ 50 por ordem são alguns exemplos de produtos distribuídos para milhões de pessoas nas agências bancárias.
Os brasileiros que consomem esses produtos estão deixando muito dinheiro na mesa. E muitas vezes nem percebem isso por puro desconhecimento.
Sempre compare produtos antes de escolher. As pessoas comparam e pechincham quando vão comprar um carro, mas dificilmente fazem isso na hora de investir. E isso é um grave erro.
No longo prazo, a diferença será de dezenas ou até centenas de milhares de reais. Por isso, sempre pesquise antes de fazer qualquer investimento.
10) Não ter na manga uma reserva de liquidez
A liquidez, termo usado para dizer o quão fácil e rápido é o resgate de um investimento, é crucial para equilibrar a sua carteira. Afinal, nunca se sabe quando você vai precisar do dinheiro para alguma emergência.
Então, quem olha só para rentabilidade e não vê a liquidez que está embutida nas características do ativo, pode se dar mal nesses casos.
Deixe parte dos recursos com resgate rápido em d+0 (resgate imediato) ou d+1 (resgate em 1 dia útil) para se livrar de problemas financeiros em casos de emergência. Para isso, verifique na descrição do ativo qual é a liquidez, ou seja, quando você recebe o dinheiro em caso de resgate ou venda.
11) Tomar o passado como verdade
Nunca se esqueça: retorno passado NÃO é garantia de retorno futuro. Ou seja, não é porque um mercado ou tipo de investimento já rendeu bem no passado que ele vai continuar rendendo bem no futuro.
Portanto, não adianta olhar para o retrospecto de um fundo de investimento ou de uma ação na Bolsa e achar que os bons retornos se repetirão.
Claro que olhar a rentabilidade passada faz parte do checklist de qualquer bom investidor, mas isso não pode ser tomado como verdade e nortear uma decisão de investimento.
Ao se deparar com uma aplicação, olhe sempre a rentabilidade passada como uma das características na avaliação e não como a principal razão para investir. Para ter uma boa ideia do passado de um ativo, olhe em períodos longos (de pelo menos 5 anos, se possível) e verifique o desempenho dessa aplicação em tempos de crise.
Isso ajudará a melhorar a avaliação do passado como um dos fatores de decisão.
12) Fazer tudo por si só
Em vez de tentar descobrir sozinho as melhores alternativas do mercado – muitas vezes cometendo erros graves até aprender – peça ajuda a quem está por dentro do mundo dos investimentos.
A experiência de um especialista vai lhe ajudar a evitar as armadilhas do mercado financeiro.
Se você acha que o custo de um curso ou de uma consultoria é caro, saiba que pode pagar muito mais caro por algum erro cometido por falta de informação.
Portanto, confie seus investimentos a uma boa corretora, como a XP Investimentos. Por aqui, você encontra as melhores informações para diversificar sua carteira de acordo com seus objetivos.
Gostou de saber mais sobre os possíveis erros de investidores iniciantes ou experientes?
Aproveite e conheça mais sobre os perfis e estratégias ideais para cada um deles.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!