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Resumo: As taxas de juros futuros apresentaram volatilidade na semana, direcionada pela divulgação de indicadores locais acima das estimativas do mercado e aumento da percepção de risco em razão de ruídos políticos. A curva de juros futuros encerrou a sessão de sexta em relativa estabilidade em relação à semana anterior, com leve fechamento nos vencimentos curtos e abertura nos longos.
As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também recuaram nos vencimentos mais curtos, o que pode ser atribuído ao aumento da perspectiva de inflação na semana, que reduziu o prêmio desses ativos.
Enquanto os títulos do Tesouro Direto encerraram a semana em alta, com exceção dos ativos mais longos prefixados e indexados à inflação, as curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" reverteram o movimento das últimas semanas e apresentaram abertura de spreads nas durations mais longas.
Para a próxima semana, destaque no campo internacional para a divulgação da Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do FED (FOMC) nos EUA. Teremos também PMIs de serviços referentes a junho nos EUA. No Brasil, o cenário político ganha força com alegações de envolvimento da administração Bolsonaro na compra ilegal de vacinas, e os potenciais impactos da CPI da pandemia na agenda do Executivo no Congresso. Na seara de indicadores, destaque para a divulgação de vendas no varejo (PMC) de maio e da inflação medida pelo IPCA de junho.
Cenário macroeconômico
Elaborado pelo time de Economia da XP
Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.
Juros
As taxas de juros futuros apresentaram volatilidade na semana, direcionada pela divulgação de indicadores locais acima das estimativas do mercado e aumento da percepção de risco em razão de ruídos políticos. A curva de juros futuros encerrou a sessão de sexta em relativa estabilidade em relação à semana anterior, com leve fechamento nos vencimentos curtos e abertura nos longos.
As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também recuaram nos vencimentos mais curtos, o que pode ser atribuído ao aumento da perspectiva de inflação na semana, que reduziu o prêmio desses ativos.
O mercado espera Selic ao fim do período de 7,38% em 2021, 7,63% em 2022, 9,17% em 2023 e 8,84% em 2024. Para a inflação, a expectativa é de 6,79% em 2021, 4,53% em 2022, 4,66% em 2023 e 4,76% em 2024.
Fonte: Bloomberg, XP.
Leilões do Tesouro Nacional
Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.
Leilão do dia 29/06 - NTN-B
No leilão da última terça-feira, o Tesouro ofertou 700 mil Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), valor superior à oferta de 150 mil da semana anterior, mas ainda inferior aos 2,3 milhões de títulos da semana retrasada, redução atribuída ao stress do mercado. Aponta-se que o leilão ocorreu na esteira da revisão de projeção da inflação de curto prazo por analistas, após o reajuste de 52% na taxa adicional da bandeira tarifária de energia elétrica vermelha 2.
O mercado absorveu integralmente a oferta, que movimentou R$ 2,9 bilhões, ante R$ 618 milhões na semana anterior.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Leilão do dia 02/07 - LTN, NTN-F e LFT
No leilão de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) realizado na última quinta-feira (01), o TN reduziu a oferta de LTNs ante o leilão da quinta-feira passada de 11,5 milhões para 10 milhões, NTN-Fs, de 1,15 milhão para 1 milhão, e LFTs, de 1,25 milhão para 500 mil.
Ressalta-se que na semana houve vencimento de LTNs jul/21 e pagamento de cupom de NTN-Fs e NTN-Cs 2031.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.
Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto encerraram a semana em alta, com exceção dos ativos mais longos prefixados e indexados à inflação.
O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Crédito Privado
Fluxo
Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 876 milhões (vs. R$ 534 milhões na semana anterior), R$ 374 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 374 milhões), R$ 119 milhões em CRAs (vs. R$ 108 milhões na semana anterior) e R$ 345 milhões em CRIs (vs. R$ 169 milhões).
Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures participativas da Vale, debêntures MetrôRio, CRI Realiza e CRA JBS (oitava semana consecutiva).
Vale lembrar que, como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados da sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado.
Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.
Spreads de crédito
As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" reverteram o movimento das últimas semanas e apresentaram abertura de spreads nas durations mais longas.
Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.
As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Ações de rating
Fonte: Fitch Ratings e Moody's. Elaboração: XP.
Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.
O que esperar - Semana de 05/07 a 09/07
Agenda econômica
No cenário internacional, o destaque da semana será a divulgação da Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do FED (FOMC) nos EUA. Teremos também PMIs de serviços referentes a junho nos EUA, além de indicadores de atividade econômica de maio na Zona do Euro, índices de inflação na China e decisão de política monetária no Japão. A decisão da OPEP sobre produção de petróleo (estendida para o final de semana) também fica no radar.
No Brasil, o cenário político ganha força com alegações de envolvimento da administração Bolsonaro na compra ilegal de vacinas, e os potenciais impactos da CPI da pandemia na agenda do Executivo no Congresso. Na seara de indicadores, destaque para a divulgação de vendas no varejo (PMC) de maio e da inflação medida pelo IPCA de junho.
Acesse aqui o Boletim Focus do dia 02/07 (disponível a partir de segunda-feira)
Leilões do Tesouro Nacional
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Vencimentos de debêntures da próxima semana
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Relatórios publicados na semana de 28/06 a 02/07
Renda Fixa
Emissores
-
Outros
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