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A semana na Renda Fixa (09/08 a 13/08)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta, novamente repercutindo a percepção de risco fiscal elevada, principalmente em decorrência da PEC dos precatórios e discussões sobre o Auxílio Brasil. Além disso, a semana terminou com aumento de ruídos políticos, com a prisão de Roberto Jefferson. O viés pessimista para o cenário local também resultou na alta das taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real.

Nesta semana, os títulos do Tesouro Direto com vencimentos curtos e intermediário apresentaram valorização. Já os ativos mais longos foram mais afetados pela maior aversão a risco fiscal e tiveram desvalorização. Já as curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento de spreads na semana.

Para a semana que vem, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos EUA, o FOMC. No Brasil, atenções voltadas para o cenário fiscal, com destaque para a PEC dos Precatórios e a tramitação da reforma tributária, que enfrenta dificuldades para chegar à votação em plenário. No campo político, seguem as investigações da CPI da Pandemia. Por sua vez, o calendário de indicadores será menos agitado, e contará apenas com a divulgação de alguns índices de inflação da FGV (IGP-M, IPC e IGP-10).

Cenário macroeconômico

Elaborado pelo time de Economia da XP

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta, novamente repercutindo a percepção de risco fiscal elevada, principalmente em decorrência da PEC dos precatórios e discussões sobre o Auxílio Brasil. Além disso, a semana terminou com aumento de ruídos políticos, com a prisão de Roberto Jefferson. O viés pessimista para o cenário local também resultou na alta das taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real.

Fonte: Bloomberg, XP.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 10/08 – NTN-B

No leilão da última terça feira (10), o Tesouro Nacional ofertou 2,3 milhões de Notas do Tesouro – Série B (NTN-Bs), aumento relevante em relação à semana anterior.

A instituição vendeu a totalidade dos lotes de todos os vencimentos. O volume financeiro somou R$ 9,7 bilhões, ante R$ 456,4 milhões na semana anterior.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 12/08 – LTN, NTN-F e LFT

O Tesouro ofertou os mesmos volumes no leilão da última quinta-feira (12) em relação à semana anterior, ofertando 450 mil Letras do Tesouro Nacional (LTN) (ante 450 mil na quinta-feira passada), 300 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) (versus 1,3 milhão) e 750 mil Letras Financeiras do Tesouro (LFT) (frente 1 milhão).

O Tesouro vendeu parcialmente os lotes de LTNs, NTN-Fs e LFTs. O giro financeiro somou R$ 16,8 bilhões, representando o dobro da última semana.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

O mercado continua embutindo muito risco na curva pré e de juros real. Durante a semana, houve fluxo maior de inflação implícita nos papeis mais curtos, o que pode ser explicado pelas revisões de IPCA para 2021 e 2022 no Focus. Além disso, o rebalanceamento do IMA-B, que acontecerá na próxima semana, já movimentou os fundos passivos nesta semana. Já no mercado de LTN, NTN-F e LFT tem acontecido captação relevante por parte de fundos de renda fixa.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Economatica. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

Nesta semana, os títulos do Tesouro Direto com vencimentos curtos e intermediário apresentaram valorização. Já os ativos mais longos foram mais afetados pela maior aversão a risco fiscal e tiveram desvalorização.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 524 milhões (ante R$ 683 milhões na semana anterior), R$ 406 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 388 milhões), R$ 213 milhões em CRAs (vs. R$ 332 milhões) e R$ 159 milhões em CRIs (vs. R$ 520 milhões).

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures participativas da Vale e ISA CTEEP, CRI Rede D’Or e CRA Minerva (pela terceira semana consecutiva).

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechametno de spreads na semana.

Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 09/08 a 13/08

Agenda econômica

Para a semana que vem, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos EUA, o FOMC. Na seara de dados internacionais, a atividade econômica fica em evidência, com indicadores de vendas no varejo e produção industrial na China e nos Estados Unidos. Também na China acontecerá a decisão das taxas de juros de 1 e 5 anos.

No Brasil, atenções voltadas para o cenário fiscal, com destaque para a PEC dos Precatórios e a tramitação da reforma tributária, que enfrenta dificuldades para chegar à votação em plenário. No campo político, seguem as investigações da CPI da Pandemia. Por sua vez, o calendário de indicadores será menos agitado, e contará apenas com a divulgação de alguns índices de inflação da FGV (IGP-M, IPC e IGP-10).

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 16/08 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 09/08 a 13/08

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