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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta, novamente repercutindo a percepção de risco fiscal elevada, principalmente em decorrência da PEC dos precatórios e discussões sobre o Auxílio Brasil. Além disso, a semana terminou com aumento de ruídos políticos, com a prisão de Roberto Jefferson. O viés pessimista para o cenário local também resultou na alta das taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real.
Nesta semana, os títulos do Tesouro Direto com vencimentos curtos e intermediário apresentaram valorização. Já os ativos mais longos foram mais afetados pela maior aversão a risco fiscal e tiveram desvalorização. Já as curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento de spreads na semana.
Para a semana que vem, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos EUA, o FOMC. No Brasil, atenções voltadas para o cenário fiscal, com destaque para a PEC dos Precatórios e a tramitação da reforma tributária, que enfrenta dificuldades para chegar à votação em plenário. No campo político, seguem as investigações da CPI da Pandemia. Por sua vez, o calendário de indicadores será menos agitado, e contará apenas com a divulgação de alguns índices de inflação da FGV (IGP-M, IPC e IGP-10).
Cenário macroeconômico
Elaborado pelo time de Economia da XP
Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.
Juros
As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta, novamente repercutindo a percepção de risco fiscal elevada, principalmente em decorrência da PEC dos precatórios e discussões sobre o Auxílio Brasil. Além disso, a semana terminou com aumento de ruídos políticos, com a prisão de Roberto Jefferson. O viés pessimista para o cenário local também resultou na alta das taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real.
Fonte: Bloomberg, XP.
Títulos públicos
Mercado primário (leilões)
Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.
Leilão do dia 10/08 – NTN-B
No leilão da última terça feira (10), o Tesouro Nacional ofertou 2,3 milhões de Notas do Tesouro – Série B (NTN-Bs), aumento relevante em relação à semana anterior.
A instituição vendeu a totalidade dos lotes de todos os vencimentos. O volume financeiro somou R$ 9,7 bilhões, ante R$ 456,4 milhões na semana anterior.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Leilão do dia 12/08 – LTN, NTN-F e LFT
O Tesouro ofertou os mesmos volumes no leilão da última quinta-feira (12) em relação à semana anterior, ofertando 450 mil Letras do Tesouro Nacional (LTN) (ante 450 mil na quinta-feira passada), 300 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) (versus 1,3 milhão) e 750 mil Letras Financeiras do Tesouro (LFT) (frente 1 milhão).
O Tesouro vendeu parcialmente os lotes de LTNs, NTN-Fs e LFTs. O giro financeiro somou R$ 16,8 bilhões, representando o dobro da última semana.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.
Mercado Secundário
O mercado continua embutindo muito risco na curva pré e de juros real. Durante a semana, houve fluxo maior de inflação implícita nos papeis mais curtos, o que pode ser explicado pelas revisões de IPCA para 2021 e 2022 no Focus. Além disso, o rebalanceamento do IMA-B, que acontecerá na próxima semana, já movimentou os fundos passivos nesta semana. Já no mercado de LTN, NTN-F e LFT tem acontecido captação relevante por parte de fundos de renda fixa.
O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.
Fonte: Economatica. Elaboração: XP.
Tesouro Direto
Nesta semana, os títulos do Tesouro Direto com vencimentos curtos e intermediário apresentaram valorização. Já os ativos mais longos foram mais afetados pela maior aversão a risco fiscal e tiveram desvalorização.
O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Crédito Privado
Fluxo
Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 524 milhões (ante R$ 683 milhões na semana anterior), R$ 406 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 388 milhões), R$ 213 milhões em CRAs (vs. R$ 332 milhões) e R$ 159 milhões em CRIs (vs. R$ 520 milhões).
Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.
Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures participativas da Vale e ISA CTEEP, CRI Rede D’Or e CRA Minerva (pela terceira semana consecutiva).
Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.
Spreads de crédito
As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechametno de spreads na semana.
Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.
As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Ações de rating
Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.
Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.
Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.
O que esperar – Semana de 09/08 a 13/08
Agenda econômica
Para a semana que vem, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos EUA, o FOMC. Na seara de dados internacionais, a atividade econômica fica em evidência, com indicadores de vendas no varejo e produção industrial na China e nos Estados Unidos. Também na China acontecerá a decisão das taxas de juros de 1 e 5 anos.
No Brasil, atenções voltadas para o cenário fiscal, com destaque para a PEC dos Precatórios e a tramitação da reforma tributária, que enfrenta dificuldades para chegar à votação em plenário. No campo político, seguem as investigações da CPI da Pandemia. Por sua vez, o calendário de indicadores será menos agitado, e contará apenas com a divulgação de alguns índices de inflação da FGV (IGP-M, IPC e IGP-10).
Acesse aqui o Boletim Focus do dia 16/08 (disponível a partir de segunda-feira)
Leilões do Tesouro Nacional
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Vencimentos de debêntures da próxima semana
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Relatórios publicados na semana de 09/08 a 13/08
Renda Fixa
Artigos
Tudo sobre Renda Fixa no mês (e o que esperar)
Evolução do mercado de crédito no Brasil – saldo, inadimplência e provisões (Agosto 2021)
Emissores
Outros
Minerva: Resultados do 2T21 – Mercado de carne bovina segue aquecido
São Martinho: Resultados do 1T22 – Avanço na rentabilidade sustenta redução no endividamento
Banco Pine: Curtas de Resultado – 2T21
Raízen: No 1T22, melhor dinâmica de preços ofusca efeitos da estiagem
Energisa: recuperação da economia resulta em forte desempenho financeiro no 2T21
BRF: No 2T21, avanço nos custos prevalece sobre o crescimento de preços
Outras editorias
Boletim FOCUS – Data de Referência: 06/08/21
Klabin (KLBN11): Mais um resultado forte no segundo trimestre. Mantemos Compra
JBS (JBSS3): no 2T21, estabelecendo novos recordes para EBITDA e Lucro Líquido; reiteramos Compra
Brasil Macro Mensal: Risco fiscal pode exigir mais do Banco Central
Rumo (RAIL3) 2T21: Um Trimestre Forte, com Incertezas Apontadas para 2S21; Neutro
Política na Semana: Agenda econômica recheada é o foco do governo nesta semana
Equatorial Energia (EQTL3): Bons volumes trazem bons resultados no 2T21
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