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Economia em Destaque: seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

PIB e inflação mais forte, discussão da reforma tributária avança

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Resumo

No cenário internacional, o destaque foi a divulgação do índice de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, o CPI, que veio muito acima do esperado (0,9% vs. 0,5%). Além disso, tivemos a divulgação de diversos indicadores de atividade econômica chinesa, entre eles o PIB do segundo trimestre que apresentou alta de 7,9% na comparação interanual.

No cenário político-econômico brasileiro tivemos a aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 e o relatório da reforma tributária. Entre indicadores, destaque para o IBC-Br, a proxy mensal do PIB divulgada pelo Banco Central, e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Na proxima semana, destaque para indicadores de atividade nos EUA e na Zona do Euro, além de dados da arrecadação federal e o IPCA-15 no Brasil. Também no cenário doméstico, esperamos ver desdobramentos das discussões sobre a reforma tributária e acompanhamento do quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro.

Atualizações Covid-19

A variante delta do coronavírus segue como fator relevante de risco,  após ter sido  detectada em diversos estados brasileiros. Em países com vacinação mais avançada, a curva de novos casos volta a apontar para cima com a  disseminação da variante.

N Brasil, o ritmo da vacinação tem se mantido acima de 1 milhão de doses por dia, enquanto estoques permanecem em alta e há expectativa de aceleração na chegada de mais doses durante o segundo semestre, além do recebimento do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) pelas fabricantes nacionais (Fiocruz e Butantan).

O nível de ocupação de leitos de UTI continua a declinar, atingindo nesta semana o menor nível desde fevereiro. Os números de fatalidades e novas infecções também vêm caindo, e na média móvel semanal totalizam 1.264 óbitos e 43 mil novos casos.

Cenário internacional

Nesta semana, destaque para a reunião entre o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden e a chanceler alemã Angela Merkel, em que foi discutida a postura dos países em relação à China. Em entrevista, a secretária doTesouro americano, Janet Yellen, se recusou a responder pergunta a respeito da recondução de Jerome Powell, chairman do Fed, a um segundo mandato, afirmando que o assunto ainda seria discutido com o presidente Biden.

Entre indicadores, destaque para os CPIs (índices de preços ao consumidor) nos EUA e na Europa, além de índices de atividade na China.

Estados Unidos

A divulgação do CPI dos EUA (índice de inflação ao consumidor) concentrou as atenções dos mercados no início da semana,  e mostrou elevação mensal muito acima do consenso ( 0,9% vs. 0,5% na comparação entre maio e  junho). O resultado reflete a retomada econômica e as consequências da crise sanitária, como o descompasso existente entre oferta e demanda devido às restrições de insumos em cadeias industriais, algo observado desde o ano passado, além de fatores como preços de aluguéis em alta. O núcleo do índice (que desconta itens  de alimentação e combustíveis, cujos preços são historicamente mais voláteis) segue em trajetória de elevação, mas há expectativa de descompressão até o final do ano.

Dados de vendas ao varejo e emprego reforçaram a narrativa da retomada econômica, que converge para os objetivos do Federal Reserve (Fed, banco central americano) a médio prazo.

Europa

Nesta semana, destaque para a divulgação de dados de inflação na Zona do Euro, que vieram em linha com as expectativas (elevação de 0,3% entre maio e junho, e de 1,9% em 12 meses), e no Reino Unido (alta mensal de 0,5% em junho, contra a expectativa de mercado de 0,2%). Além disso, o resultado da balança comercial da União Europeia de maio apresentou significativa contração em comparação ao mês anterior (7,5 bi contra 15,2 bi)

Ásia

No segundo trimestre, o PIB chinês avançou 7,9% na comparação interanual (contra uma expectativa de 8,0%),  e 1,3% em relação ao trimestre anterior. Também na China, foram divulgados indicadores de vendas no varejo (10,8%) e produção industrial (8,3%), os quais superaram as expectativas do mercado.

A economia chinesa vem em saudável desaceleração, depois do ritmo muito forte de crescimento desde meados do ano passado.

No Japão, o Comitê de Política Monetária do banco central não realizou alterações relevantes em suas diretrizes monetárias na reunião desta semana.

Enquanto isso, no Brasil…

Cenário político econômico

Nesta semana, observamos importantes votações e discussões no Congresso, com destaque para a aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022 e da Lei dos super salários. Foi apresentado ainda o parecer do relator da segunda fase da Reforma Tributária (focada em tributação sobre renda).

A CPI da Pandemia continuou a movimentar o noticiário com novos depoimentos, e agora, com o recesso legislativo,  haverá análise das provas coletadas.

A internação do Presidente Jair Bolsonaro também foi destaque nesta semana. Ele ainda segue hospitalizado em São Paulo para acompanhamento clínico.

Aprovação do PLDO de 2022

O Projeto de  Lei de Diretrizes Orçamentárias foi aprovado no Congresso nesta semana, triplicando a destinação de recursos para o fundo eleitoral de 2022 (total de R$ 5,7bilhões). O orçamento para emendas do relator – que se soma às tradicionais emendas de bancada e individuais –  também foi mantido (em R$ 16 bilhões).

A proposta de aumento do programa Bolsa Família ainda está em debate, uma vez que há a interpretação de que é um novo gasto permanente, e portanto seria necessário apontar uma fonte de compensação permanete. Por ora, a aposta principal do governo é que essa fonte seja gerada com a aprovação da reforma tributária (que institui o imposto sobre distribuição de dividendos).

Indicadores

A semana contou com importantes indicadores de atividade referentes  a maio, que continuam a refletir a recuperação da economia doméstica.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) apontou expansão do faturamento real do setor de serviços de 23,0% entre maio de 2021 e maio de 2020, resultado superior à nossa expectativa (22,2%) e ao consenso de mercado (21,9%). O crescimento foi puxado pelo aumento da mobilidade, por conta do processo de reabertura da economia, e pela elevação da renda disponível no curto prazo, devido ao retorno dos pagamentos do auxílio emergencial.

Esperamos que o setor terciário mostre retomada consistente nos próximos meses, puxado principalmente pelos serviços prestados às famílias, que são mais sensíveis à flexibilização das restrições de distanciamento social e seguem muito abaixo dos níveis de atividade registrados no pré-pandemia.  

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,4% entre abril e maio, surpreendendo com resultado muito abaixo da nossa expectativa (1,3%) e da mediana das projeções do mercado (1,1%).  Na comparação interanual, a elevação registrada pelo indicador foi de 14,2% (XP: 16,2%; Consenso de mercado: 16,0%). Ainda,  vale mencionar que a taxa de crescimento (sem ajuste sazonal) do IBC-Br de abril foi revisada para cima, de 15,9% para 16,4%.

A nosso ver, os resultados do IBC-Br de maio precisam ser avaliados com bastante cautela, uma vez que um conjunto amplo de indicadores de atividade havia indicado que a economia doméstica teria ganho tração em maio. Para junho, nossa projeção indica crescimento de 0,9% em relação a maio para o IBC-Br. Se nossa estimativa estiver correta, o índice deverá mostrar ligeira expansão de 0,1% no 2º trimestre de 2021 em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Publicações

Publicamos nesta semana nosso Brasil Macro Mensal de julho, destacando a recuperação da economia doméstica. Revisamos a projeção de crescimento do PIB para 5,5% este ano e para 2,3% em 2022 (antes em 5,2% e 2,0%, respectivamente). Mantivemos a projeção da taxa de câmbio em 4,9 reais por dólar no final do ano, mesmo com o aumento recente da volatilidade nos mercados. Além disso,  elevamos a projeção de inflação (IPCA) para 6,6% (antes em 6,4%) em 2021, enquanto para 2022 deixamos inalterada a projeção de 3,6%.

O que esperar?

Do lado internacional, o destaque da semana serão os dados de atividade econômica nos EUA e na Zona do Euro, com destaque para a divulgação de PMIs (Índices de Gerentes de Compras) referentes a julho.   

No cenário doméstico, esperamos ver desdobramentos adicionais das discussões sobre a reforma tributária, além do acompanhamento do quadro de saúde do Presidente Bolsonaro. Na seara de indicadores, haverá divulgação de dados de inflação, com o IPCA-15 e a prévia do IGP-M referentes a  julho, além dos dados de arrecadação tributária federal em junho.

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