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A semana na Renda Fixa (29/11 a 03/12)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas futuras de juros descontaram prêmios na semana, repercutindo o otimismo com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado e a redução de apostas em um Copom mais agressivo, após dados da indústria abaixo do esperado.

Os títulos do Tesouro Direto encerraram a semana em alta, com exceção de alguns vencimentos do Tesouro IPCA+.

Para semana que vem, os destaques domésticos serão a reunião do Copom e a inflação do IPCA. No cenário internacional, o principal dado será a inflação ao consumidor nos EUA (CPI).

Cenário macroeconômico

No cenário internacional, a variante Ômicron foi o assunto principal e moveu os mercados nessa semana, devido aos riscos que ela gera para o cenário de atividade e inflação em todo o mundo.

No Brasil, os destaques da semana foram a divulgação do PIB do terceiro trimestre (abaixo do consenso), a aprovação da PEC dos Precatórios, dados de mercado de trabalho, produção industrial e resultados fiscais.

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas futuras de juros descontaram prêmios na semana, repercutindo o otimismo com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado e a redução de apostas em um Copom mais agressivo, após dados da indústria abaixo do esperado.

O mercado espera Selic de 9,31% ao fim de 2021 (ante 9,46% na última sexta-feira), 11,57% em 2022 (vs. 12,55%), 10,44% em 2023 (vs. 11,53%) e 10,73% (vs. 11,50%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 10,09% em 2021 (contra 10,26% na última semana), 5,43% em 2022 (vs. 5,46%), 5,97% em 2023 (vs. 6,37%) e 5,85% em 2024 (vs. 6,47%).

Fonte: Bloomberg, XP.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 30/11 – NTN-B

No leilão realizado na última terça-feira (30), o Tesouro Nacional (TN) ofertou 850 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs), abaixo do 1,45 milhão ofertado na semana passada. A instituição colocou a oferta no mercado em sua integralidade, com giro financeiro de R$ 2,78 bilhões, ante R$ 5,70 bilhões na semana anterior.

Destaca-se que as taxas dos papéis do leilão saíram mais fechadas do que as taxas negociadas no mercado secundário próximo ao horário.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 02/12 – LTN, NTN-F e LFT

No leilão da quinta-feira (02), o TN reduziu a oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) ante o leilão da última semana de 6,5 milhões para 6 milhões, aumentou a de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) de 650 mil para 1 milhão manteve estável a de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) em 1,25 milhão.

O Tesouro vendeu a totalidade dos lotes ofertados. O volume financeiro somou R$ 19,4 bilhões, ante R$ 18,8 bilhões na última semana.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Nas NTN-Bs, o destaque da semana permaneceu na parte curta da curva, com montagem e desmontagem de operações de inflação implícita. No papel com vencimento em 2026, houve maior fluxo de comprador final nos papéis.

No mercado de títulos prefixados, o movimento foi mais vendedor, principalmente na parte longa, com os prêmios abrindo.
Nas LFTs, a pressão foi mais vendedora na parte curta, com maior demanda de compra para os ativos com vencimento entre 2024 e 2027.

Na sexta-feira, o mercado apresentou fluxo reduzido e com poucos destaques, com mudanças no fluxo. O mercado de prefixados apresentou maior demanda na compra de LTNs e LFTs curtas e maior pressão vendedora nas LFTs longas.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Os títulos do Tesouro Direto encerraram a semana em alta, com exceção de alguns vencimentos do Tesouro IPCA+.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 884 milhões (ante R$ 898 milhões na semana anterior), R$ 495 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 380 milhões), R$ 130 milhões em CRAs (vs. R$ 138 milhões) e R$ 545 milhões em CRIs (vs. R$ 302 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures B3 e Raízen, CRI BR MallsCRA BRF.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

A partir desta edição do relatório, passaremos a apresentar a movimentação dos spreads de crédito consolidados de ativos com volume relevante de negociação no mercado, de forma a buscar refletir os níveis médios de spreads do mercado de crédito privado. As informações são apresentadas com base em dados da quinzena anterior, devido à data de disponibilização pela Cetip para a realização de nossa análise.

Vale notar que, dada a dinâmica do mercado secundário no Brasil, os movimentos de abertura ou fechamento de spreads não necessariamente refletem maior ou menor risco dos emissores, podendo apenas ser resultado de questões técnicas (como demanda reduzida ou elevada por papeis, por exemplo).

De maneira geral, é possível observar que os spreads médios das debêntures incentivadas com prazos mais curtos (que utilizam como referência a NTN-B 2022 a 2024) apresentaram fechamento. Já no caso das debêntures incentivadas mais longas, o movimento foi misto, com elevação dos prêmios em títulos de melhor qualidade de crédito e redução nos títulos de qualidade inferior. Pode-se atribuir o movimento de fechamento à abertura das NTN-Bs no período. Ressaltamos que estes papeis são atrelados ao IPCA.

Por fim, as debêntures tradicionais em CDI+ com prazo inferior a três anos também apresentaram movimento misto ao longo do período apresentado. Utilizamos este prazo para esses papeis por concentrar o maior volume de negociação, sendo, portanto, mais representativo do movimento geral no mercado.

Fonte: Cetip. Elaboração: XP.

O que esperar – Semana de 06/12 a 10/12

Agenda econômica

Para semana que vem, os destaques domésticos serão a reunião do Copom e a inflação do IPCA. No cenário internacional, o principal dado será a inflação ao consumidor nos EUA (CPI).

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 03/12 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Sem vencimentos agendados para a próxima semana.

Relatórios publicados na semana de 29/11 a 03/12

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