IBOVESPA +0,5% | 137.800 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,54/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 0,5%, aos 137.780 pontos. No cenário doméstico, a política fiscal seguiu no centro das atenções após a publicação da medida provisória que eleva tributos como forma de compensar parcialmente o decreto que alterou as regras do IOF (veja aqui mais detalhes). Além disso, o desempenho do índice foi novamente impulsionado por Petrobras (PETR3 +2,8%; PETR4 +2,3%). No cenário internacional, o destaque foi a escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio, culminando em um ataque de Israel ao Irã, que ocorreu após o fechamento do mercado.
O principal destaque positivo do dia foi Embraer (EMBR3, +4,3%), após um banco de investimentos reforçar a recomendação de Compra para os papéis da companhia e enquanto os investidores aguardam o Paris Air Show, uma feira para a indústria aeroespacial e de defesa, onde a empresa deve divulgar seus novos pedidos (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, BRF (BRFS3, -3,1%) recuou em movimento técnico, devolvendo parte dos ganhos de 4,1% acumulados na semana.
Nesta sexta-feira, teremos a pesquisa mensal de serviços no Brasil referente a abril. Nos EUA, o destaque será os dados de sentimento e expectativas de inflação dos consumidores da Universidade de Michigan. O mercado também permanecerá atento às consequências do ataque de Israel ao Irã.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento longo da curva. Nos Estados Unidos, os dados de PPI e CPI divulgados nesta semana continuaram a indicar um cenário mais propício ao afrouxamento monetário para o Federal Reserve, com os agentes ajustando suas expectativas para possíveis cortes nas taxas de juros nos próximos meses. Esse movimento foi intensificado pelo leilão de títulos de 30 anos do Tesouro americano, que também contribuiu para a queda das taxas. No Brasil, as incertezas no cenário fiscal ainda influenciaram as taxas essa semana, o leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro Nacional ofertando 22 milhões de papeis, surpreendeu o mercado e influenciou no fechamento da curva, que teve certo alívio também pelo cenário externo.
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,90% (-4,73bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,36% (-6,28bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 3,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (- 2,7bps); DI jan/29 em 13,54% (- 1,1bps); DI jan/31 em 13,67% (- 2bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos recuam fortemente (S&P 500: -1,2%; Nasdaq 100: -1,4%) após um ataque aéreo de Israel contra o Irã elevar o risco geopolítico global. O futuro do Dow Jones cai mais de 500 pontos, pressionado pela escalada no Oriente Médio.
As Treasuries recuam, com a taxa do título de 10 anos caindo -2bps para 4,33%, refletindo a busca por ativos seguros em meio ao aumento das tensões. O movimento vem após uma semana de dados inflacionários mais amenos nos EUA, com o PPI de maio subindo apenas 0,1%, abaixo das expectativas.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,8%) e quase todos os setores estão no negativo, com destaque para companhias aéreas, penalizadas pela suspensão de voos na região. A Wizz Air recua 4,8%, enquanto IAG e Finnair perdem mais de 3%. O petróleo sobe mais de 6%, sustentado por temores sobre o fornecimento.
Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,72%; HSI: -0,59%) diante da deterioração do cenário geopolítico. O impacto se espalhou pela Ásia, com quedas no Nikkei (-0,89%), Kospi (-0,87%) e Kosdaq (-2,61%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a quinta-feira em queda de 0,49%, refletindo a reação negativa do mercado à publicação da Medida Provisória (MP) pelo governo na noite de quarta-feira. Com isso, o IFIX acumula recuo de 2,04% no mês. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo apresentaram desempenhos médios negativos na sessão, com quedas de 0,44% e 0,46%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram ICRI11 (1,3%), XPCI11 (1,1%) e KFOF11 (1,1%). Já HSAF11 (-2,3%), BRCR11 (-2,2%) e WHGR11 (-2,0%) registraram as maiores quedas.
Economia
Mercados hoje serão movidos pela repercussão sobre o conflito militar entre Israel e Irã. Nos Estados Unidos, o núcleo da inflação ao produtor subiu 0,1% em maio, abaixo das expectativas de 0,3%, e acumulou alta de 3,0% em 12 meses, o menor patamar desde agosto de 2024. Os indicadores de inflação têm surpreendido para baixo, aumentando as apostas de que o Fed reduzirá as taxas de juros duas vezes em 2025. Além disso, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 248 mil, acima do esperado, mas sem impacto nos preços dos ativos. Hoje, a atenção está na sondagem do consumidor da Universidade de Michigan, que projeta recuperação da confiança e leve queda nas expectativas de inflação.
No Brasil, a medida provisória que substitui o aumento do IOF foi publicada, com impacto estimado em R$ 18,9 bilhões para o próximo ano, mas a arrecadação pode não compensar totalmente a redução do IOF, indicando possível necessidade de novas medidas. As vendas no varejo ampliado recuaram 1,9% em abril, abaixo das expectativas, refletindo enfraquecimento das atividades sensíveis ao crédito. Na agenda de indicadores, destaca-se a Pesquisa Mensal de Serviços de abril, com expectativa de avanço de 0,1% em relação a março e desaceleração do crescimento anual de 1,9% para 1,5%.
Veja todos os detalhes
Economia
Conflito militar entre Israel e Irã definirá dinâmica dos ativos nessa sexta-feira
- Mercados hoje serão movidos pela repercussão sobre o conflito militar entre Israel e Irã. O preço do petróleo chegou a subir 9% e os futuros das bolsas cedem consideravelmente.
- Nos Estados Unidos, o núcleo da inflação ao produtor (PPI), que exclui alimentos e energia, subiu 0,1% em maio em relação a abril, abaixo das estimativas do mercado, que previam um aumento de 0,3%. Em relação ao ano anterior, os preços ao produtor subjacentes subiram 3,0% em maio, o menor patamar desde agosto de 2024, desacelerando em relação aos 3,2% registrados em abril.
- No geral, os indicadores de inflação nos Estados Unidos têm surpreendido para baixo, revelando composição benigna. Com isso, sobem as apostas para que o Fed reduza as taxas de juros por duas vezes em 2025.
- Além disso, foram realizados 248k pedidos semanais de seguro-desemprego na semana passada, enquanto o mercado antevia 242k, sem impacto sobre preços de ativos.
- Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação da sondagem do consumidor realizada pela Universidade de Michigan. O mercado espera que a confiança do consumidor tenha se recuperado de 52,2 pontos em maio para 53,6 pontos em junho. Projeta-se que as expectativas de inflação de 1 ano dos consumidores cedam de 6,6% para 6,4% e, de 5 a 10 anos, caia de 4,2% para 4,1%.
- A medida provisória que substitui o aumento do IOF foi publicada. A discussão concentrou-se principalmente em medidas de aumento de receita, mas alterações nas despesas também foram incluídas. Nossas estimativas preliminares indicam um impacto potencial de R$ 18,9 bilhões no próximo ano. Em nossa visão, a arrecadação não será suficiente para compensar integralmente a redução do IOF (assumindo que um terço de seus efeitos será mantido), e novas medidas podem ser necessárias. Além disso, as alterações no lado das despesas são positivas, mas estão longe de garantir a sustentabilidade do limite de gastos no próximo ano. Para detalhes, ler nossa análise completa sobre o tema.
- As vendas no varejo ampliado recuaram 1,9% M/M em abril, abaixo das expectativas (XP: -1,2%; Mercado: -1,3%). Apesar disso, o indicador avançou 1,6% no trimestre móvel até abril (0,6% A/A) – vale lembrar o salto de 1,7% M/M registrado em março. A contração mais acentuada do que o previsto nas vendas de veículos explica, em grande medida, a diferença entre nossa estimativa e o resultado efetivo das vendas totais no varejo. Por sua vez, o varejo restrito caiu 0,4% M/M, encerrando uma sequência de três altas consecutivas (XP e Mercado: -0,5%). A medida de varejo restrito – que exclui Veículos, Materiais de Construção e Atacado de Alimentos e Bebidas – avançou 1,2% no trimestre móvel (1,8% A/A). Em linhas gerais, as vendas de abril sinalizam enfraquecimento das atividades sensíveis ao crédito, embora os resultados devam ser analisados com cautela, dada a base de comparação elevada. Em nossa avaliação, o cenário ainda é de desaceleração gradual do consumo das famílias.
- Na agenda de indicadores, o destaque será a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços referente a abril. Esperamos que o indicador avance 0,1% na comparação com março, o que seria condizente com desaceleração do crescimento em 12 meses de 1,9% para 1,5%.
Commodities
Papel e Celulose: Preços do eucalipto no MS aumentaram em Mai’25 vs. Fev’25; Futuros da BHKP a US$ 509/t para Jul'25
- Esta semana, observamos:
- (i) as exportações de celulose do Uruguai caíram -20% M/M em Mai’25 (apesar de +23% A/A), totalizando 317kt, de acordo com o Uruguay Aduana.
- (ii) Os preços do eucalipto no Mato Grosso do Sul aumentaram para R$ 159,13/m³ (+5% em relação aos últimos dados de Fev’25), segundo a FAMASUL.
- (iii) Os futuros chineses de BHKP estão atualmente em US$ 509/t para Jul'25 (-1% S/S) e em linha com os preços spot de BHKP de US$ 510/t na China.
- (iv) A Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 5,2x em 2025, com desconto de -23% em relação à média histórica de 6,7x (e com um desconto de -12% em relação aos pares de celulose de mercado), enquanto Klabin e Irani são negociadas a um EV/EBITDA de 6,7x e 5,1x em 2025, respectivamente.
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Empresas
Santander (SANB11): enxuto, focado, rentável
- Hoje (12), participamos de uma reunião com o CEO do Santander Brasil, Mario Leão. A principal mensagem é que o banco pretende atingir um ROE sustentável acima de 20% nos próximos anos, apoiado por:
- Originação e realocação de capital disciplinadas, com foco em ROEs ex-ante, eficiência de custos e otimização de portfólio;
- Uma abordagem seletiva de risco no segmento massivo, priorizando a principalidade, a qualidade das garantias e a visibilidade dos fluxos de pagamento;
- Maior agilidade na execução da política de crédito; e
- Iniciativas contínuas de eficiência, como redução da presença física, simplificação de produtos e controle mais rigoroso das despesas.
- No geral, vemos esses esforços como um apoio à expansão do ROE do banco no longo prazo. Mantemos nossa recomendação de compra;
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Allos (ALOS3): Momento operacional positivo e alocação disciplinada de capital
- Realizamos uma NDR com a CFO da Allos, Daniella Guanabara, que transmitiu uma perspectiva positiva para a companhia, destacando o forte desempenho operacional de curto prazo e uma perspectiva melhor para o segundo semestre de 2025.
- As principais conclusões foram: (i) o desempenho das vendas no 2T25 parece forte, com um forte desempenho em abril e maio;
- (ii) a dinâmica dos lucros deve permanecer positiva no 2S25, apesar do aumento das taxas de juros, beneficiada pelo carrego do IGP-M e pelo reperfilamento da dívida em 2024;
- (iii) o cenário para desinvestimentos continua desafiador devido ao ambiente de financiamento restrito para FIIs;
- (iv) as oportunidades de aumento da produtividade do portfólio parecem ainda relevantes e a gestão ativa do mix deve continuar;
- e (v) a estrutura de capital parece saudável, permitindo a manutenção de um ritmo positivo de dividendos e recompras enquanto a empresa reduz a dívida bruta no ano.
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B3 (B3SA3): Números positivos impulsionados por influxos estrangeiros
- Em 12 de junho, a B3 divulgou seus números operacionais para maio de 2025:
- No geral, consideramos os números positivos, principalmente devido ao segundo mês consecutivo de crescimento A/A em renda variável, impulsionado por um influxo de R$ 10,7 bilhões de investidores estrangeiros no mercado à vista;
- A resiliência demonstrada pela renda fixa também foi notável;
- Maio apresentou alguma melhora, apesar do aumento da volatilidade nas frentes internacional e doméstica, que ainda é afetada pelo ciclo de aperto monetário que pressiona o mercado;
- Os volumes de renda variável atingiram R$ 26,2 bilhões de ADTV para o mercado à vista (-5,4% M/M e +9,5% A/A) e R$ 27,1 bilhões de ADTV para renda variável total (-5,8% M/M e +9,7% A/A);
- Quanto aos derivativos, pelo segundo mês consecutivo, a queda A/A foi compensada pela maior receita média por contrato.
- No geral, embora tenhamos visto um segundo mês consecutivo de tendências de melhora, ainda parece muito cedo para concluir que o mercado de capitais entrou em uma recuperação sustentável. Portanto, mantemos nossa visão conservadora sobre a ação e reiteramos nossa recomendação Neutra, com preço-alvo (TP) de R$ 14 por ação;
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Estratégia
Investidores estrangeiros registram a maior entrada mensal de fluxos desde dezembro de 2023 – Fluxo em foco
- Os investidores estrangeiros foram fortes compradores líquidos em maio, registrando entradas de R$ 10,7 bi no mercado à vista e R$ 0,4 bi em futuros — a maior entrada mensal de capital estrangeiro desde dezembro de 2023. No acumulado do ano, os investidores estrangeiros registram entradas líquidas de R$ 22,8 bi no mercado à vista e R$ 2,8 bi em futuros — o melhor início de ano desde 2022;
- Essa forte onda de fluxos estrangeiros tem sido, até agora, impulsionada principalmente pelo trade global de rotação para fora de ativos dos EUA que começou em 2025, beneficiando especialmente a América Latina. No entanto, olhando à frente, à medida que as tensões comerciais diminuem e as ações americanas continuam reportando fortes resultados, esse trade global pode perder força, potencialmente pressionando os fluxos estrangeiros;
- Os investidores institucionais continuam atuando como principal contraparte dos fluxos estrangeiros, registrando saídas líquidas de R$ 8,3 bi no mercado à vista e R$ 1,9 bi em futuros em maio. Os investidores pessoa física apresentaram fluxos levemente positivos, com R$ 0,8 bi no mercado à vista e R$ 1,2 bi em futuros;
- Por fim, a indústria de fundos continuou enfrentando resgates em maio, liderados por fundos multimercado (R$ -16,2 bi) e fundos de ações (R$ -3,4 bi);
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Pesquisa com assessores XP: Alocação em renda variável aumenta
- Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, observamos um aumento no nível de alocação em renda variável e no apetite por risco, que alcançou o maior nível desde abril de 2024. Os principais pontos da pesquisa foram:
- O apetite por investimento em Renda Variável melhorou marginalmente, com 30% (+3 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto apenas 3% planejam diminuí-la (-2 p.p. M/M);
- O sentimento dos assessores piorou ligeiramente para 6,7 em relação a 7,0 em maio (numa escala de 0 a 10);
- Renda Fixa permanece como a classe de ativo preferida entre os clientes, mas o interesse por ações e criptoativos aumentou;
- Preocupações com riscos fiscais aumentaram novamente, permanecendo na liderança, seguido de instabilidade política e riscos geopolíticos;
- Uma parta considerável dos assessores (47%) indicou que seus clientes reduziram o interesse em investimentos internacionais ou previdência privada após o anúncio das mudanças do IOF.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Ifix tem maior queda diária em 5 meses com possível tributação de FIIs no radar;
- ABRAINC e mais 46 entidades lançam manifesto contra a tributação da LCI;
- FIIs da Kinea lideram pagamentos de dividendos desta quinta-feira (12); veja valores ;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Trump dissolve regra que proibia venda de veículos movidos a gasolina na California | Café com ESG, 13/06
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,5% e 0,3%, respectivamente;
No Brasil, o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) divulgaram ontem a seleção de 56 propostas de negócios voltadas à transformação de minerais estratégicos ligados à transição energética - segundo o banco, os projetos, escolhidos por meio de chamada pública, somam R$45,8 bilhões em investimentos;
No internacional, (i) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem uma resolução que dissolve a regra estabelecida pelo Estado da Califórnia que proibia a venda de carros novos movidos a gasolina a partir de 2035 - além de validar a medida, Trump assinou outras decretando a revogação de políticas estaduais que estabeleciam um teto tanto para emissões de determinados veículos quanto para a poluição por óxidos de nitrogênio por caminhões; e (ii) segundo a Comissão Europeia, os planos dos países do bloco europeu para expandir a energia nuclear exigirão 241 bilhões de euros em investimentos e novos instrumentos de financiamento para tornar esses elevados custos menos arriscados para os investidores privados - em contexto, os países da UE estabeleceram metas para ampliar sua capacidade de energia nuclear para 109 gigawatts até 2050, ante os atuais 98 GW; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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