IBOVESPA +1.25% | 118.898 Pontos
CÂMBIO -1,34% | 4,86/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques da semana
No Brasil, agenda leve de indicadores nessa segunda-feira, com Boletim Focus no radar. Já na semana, protagonismo será do IPCA e pelos dados de varejo e serviços divulgados pelo IBGE. Na agenda internacional, os dados de inflação ao consumidor e ao produtor surpreenderam para baixo na China. Na quarta-feira, todas as atenções se voltarão à divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos.
Mercado no Brasil na semana anterior
Apesar de semana negativa lá fora, o Ibovespa não se contaminou e conseguiu fechar em alta de +0,7% aos 118.898 pontos, movimentado pelo avanço de pautas econômicas em Brasília, com destaque para a aprovação da reforma tributária na Câmara, que trouxe uma percepção de melhora estrutural de política fiscal daqui pra frente. Enquanto isso, o dólar fechou a semana com alta de 1,8%, cotado a R$ 4,87.
Os juros futuros reverteram a tendência observada nas semanas anteriores e fecharam em leve alta nos vértices médios e longos, se aproximando dos 11%, enquanto a parte mais curta da curva manteve-se pressionada. Pesou contra o cenário doméstico a disparada dos juros globais, após a divulgação da ata do Federal Reserve na semana, que manteve o tom mais duro das comunicações. No fechamento do último pregão, DI jan/24 foi de 12,835% para 12,785%; DI jan/25 passou de 10,82% para 10,685%; DI jan/26 caiu de 10,23% para 10,06%; e DI jan/27 recuou de 10,29% para 10,105%.
Reforma tributária
O destaque no Brasil foi a aprovação da reforma tributária. Após 30 anos de discussões, a Câmara aprovou o texto-base da reforma tributária dos impostos sobre o consumo, que transforma cinco tributos diferentes em um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A reforma tende a ser positiva no âmbito macro, pois visa criar um sistema mais transparente, equilibrado e simples. Isso reduziria as taxas de litígio, custos de conformidade e má alocação de capital, ajudando a estimular a produtividade no longo prazo. Entre as empresas, o impacto de curto prazo é ambíguo, pois a carga tributária pode aumentar ou diminuir dependendo do setor. Agora, o texto segue para o Senado.
Mercados globais
Nos EUA, futuros negociam com leve queda nessa manhã (S&P 500 -0,2%, Nasdaq -0,4%). A queda nessa manhã continua a tendência de sexta-feira, quando os principais índices caíram por conta de dados de emprego acima do esperado, que revelam que a inflação ainda é uma preocupação. Na China (Hang Seng +0,6%, CSI 300 +0,5%), os mercados fecharam em alta com expectativa de anúncio de mais estímulos pelo governo. Dados de inflação vieram abaixo do esperado no país, reforçando reabertura mais fraca. No âmbito da geopolítica, a visita de Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, à China, teve tom conciliador, reforçando o benefício da cooperação econômica. Enquanto isso, na Europa (Stoxx 600 +0,1%), os mercados operam mistos, refletindo dados de inflação chinesa e mercado de trabalho americano.
Veja todos os detalhes
Economia
Agenda brasileira traz indicadores relevantes nessa semana, com protagonismo para o IPCA na terça-feira; CPI E PPI surpreendem para baixo na China.
- No Brasil, teremos agenda relativamente vazia de indicadores nessa segunda-feira. Vale monitorar a divulgação do Boletim Focus às 8:25 e a balança comercial semanal às 15:00. Na semana, destaque para o IPCA de junho, a ser divulgado na terça-feira, para o qual a XP espera deflação de -0,13% m/m, condizente com expansão interanual de 3,11%. A desaceleração ante maio se dará sobretudo pela queda em itens alimentícios, pelos descontos nos preços de automóveis novos e pela baixa nos preços da gasolina após reajustes da Petrobras. Em relação à atividade econômica, destaque para a divulgação das vendas no varejo e receitas do setor de serviços em maio. Segundo as nossas estimativas, o comércio varejista ficou praticamente estável no mês, porém com sinais mistos entre as categorias. O aperto das condições de crédito e o elevado endividamento das famílias contrabalançam a expansão da renda disponível e o recuo da inflação no curto prazo. Já o setor de serviços deve ter crescido em maio, ainda que moderadamente. Os serviços de informação, comunicação e transportes continuam em trajetória de alta, apesar da perda de velocidade no 2º trimestre;
- Na China, a inflação ao consumidor (CPI) ficou estável em junho, abaixo das estimativas de mercado, que previam alta de 0,2%. Trata-se de mais um indicativo da fraqueza da economia chinesa. A inflação ao produtor (PPI) do mês passado caiu 5,4% a/a, também abaixo das expectativas (5,0%). Na seara internacional, o destaque da semana é a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) relativo a junho, na quarta-feira. Na quinta-feira, a inflação ao produtor (PPI, sigla em inglês) também do mês passado será divulgada;
- Na sexta-feira, o Nonfarm Payroll, principal indicador do mercado de trabalho americano, registrou um aumento líquido de 209 mil empregos no mês passado, um pouco abaixo das expectavas do mercado de 230 mil, embora represente um número ainda elevado. O salário médio cresceu em 0,4% m/m em junho, acima das expectativas e das variações mensais consideradas ideias, isto é, abaixo de 0,2%. Ademais, a taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,6%, continuando em níveis historicamente muito baixos.
Empresas
AmBev (ABEV3): Prévia do 2T23 – visão mista em uma base de comparação difícil
- Esperamos um 2T23 misto para a AmBev, em uma base de comparação difícil levando a uma visão neutra. As iniciativas de gestão de receita devem continuar a sustentar nossa percepção positiva, levando a uma sólida tendência de ROL/hl no Brasil, e uma redução no COGs é uma mudança de cenário bem-vinda;
- No entanto, o volume deve decepcionar (Cerveja Brasil -2% A/A) e vemos um posicionamento errático da marca que pode prejudicar as melhorias de margem. As perspectivas internacionais são mistas, com uma melhora sazonal no Canadá e CAC voltando aos trilhos, mas LAS não deixa de decepcionar, com condições melhores no Chile, Bolívia e Paraguai, mas ainda com perspectivas difíceis na Argentina;
- Apesar da ainda tímida recuperação de margem no 2T23, esperamos que a tendência seja de aceleração nos próximos trimestres;
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Jalles (JALL3): um player único no setor de A&A
- Saímos da primeira edição do Jalles Day com a nossa convicção de que a empresa é um player diferenciado no setor de A&A reforçada. Não apenas pelo seu posicionamento geográfico diferenciado e exposição ao açúcar orgânico, mas principalmente pelo foco da gestão em estabelecer usinas de alta produtividade e qualidade;
- A maioria dos pushbacks dos investidores permanece na baixa liquidez da ação, enquanto concordamos com alguns que a posição de hedge acima da média da empresa olhando para o futuro tornou a recente alta nos preços do açúcar menos atraente para a JALL. No geral, continuamos gostando da tese de investimento da Jalles, embora não vejamos catalisadores claros no curto prazo;
- No médio prazo, esperamos que as ações reajam positivamente em função do ramp-up da operação da SVVA;
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Agro, Alimentos e Bebidas: atualização sobre reforma tributária
- Realizamos uma videoconferência com consultores políticos a respeito da aprovação da reforma fiscal na câmara dos deputados ontem. Os principais destaques da aprovação da reforma ontem foram:
- a Zona Franca se mantém no mesmo modelo, com IPI funcionando até 2032 e após esse período se estabelece um imposto seletivo genérico para a manutenção da competitividade. Entretanto, não descartamos a possibilidade dessa parte da reforma sofrer alguma alteração no Senado;
- existe uma diferença grande entre a isenção de um produto e a definição de alíquota zero, dado que a alíquota zero implica em uma renúncia fiscal mais relevante. Por isso, não se espera uma definição exata dos produtos que compõem a cesta no curto prazo. A ideia das discussões era primeiro definir o modelo e posteriormente a discussão dos itens que compõem a cesta; e
- Os consultores políticos acham difícil que a alíquota padrão siga em 25% dada as mudanças no texto na aprovação de ontem.
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Varejo: Atualizações após a aprovação da Reforma Tributária
- Neste relatório, trazemos um resumo dos destaques da versão aprovada no congresso da Reforma Tributária e suas implicações para as varejistas;
- De forma geral, os destaques são: i) a alíquota final deve ser superior a 25% dado o aumento de isenções/reduções fiscais; ii) o governo custeará a manutenção dos benefícios de ICMS até a implantação do novo modelo, sendo que o Estado fica responsável por apontar o valor financeiro necessário para tal compensação; iii) quatro regimes serão “favorecidos”: 60% de redução de impostos; 100% de redução de impostos; isenção tributária e crédito presumido; iv) o período de transição não mudou, com a cobrança do IVA sendo feito a partir de 2026 e totalmente implementado até 2033;
- Não vemos alterações materiais para as varejistas quando comparamos o texto aprovado com as versões anteriores e mantemos a nossa visão de que a longa transição dos regimes deve permitir que as empresas se ajustem de forma adequada;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- ‘Segundo semestre pode surpreender positivamente’, diz Fabri, do Bradesco (Valor);
- CNSeg elogia reforma tributária e ‘olhar cuidadoso’ para setor de seguros (Valor);
- B3 (B3SA3) tem parecer parcialmente favorável em caso de ágio bilionário (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Telefónica vende controle de rede de fibra no Peru para o fundo KKR (TELETIME);
- TIM leva conectividade 5G para três cidades de São Paulo (mobiletime);
- Empresas de telecom procuram por startups de realidade estendida (mobiletime);
- Valid: Renato Tyszler renuncia ao cargo de diretor financeiro e de relações com investidores (Valor);
- Clique Aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Ao ‘vender de tudo’, Shein entra em competição direta com gigantes do comércio eletrônico. (Valor);
- Shein inaugura segunda pop-up store do ano em Belo Horizonte. (Mercado e Consumo);
- Reforma tributária: alíquota padrão é incógnita após enxurrada de exceções na Câmara (Estado);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- FAO: entre as carnes bovina, suína e de frango, só a primeira enfrentou recuo de preço em junho – Avisite;
- Suinocultura no MT enfrenta prejuízos mesmo com queda no preço do milho (S.I);
- Agro
- Fundos vendem soja e milho com relatório surpreendente do USDA (Reuters);
- Cerradinho investe R$ 289 milhões em fábrica que vai produzir açúcar (Globo Rural);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Alimentos e Bebidas
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Presidente da Petrobras receberá, no Brasil, o secretário-geral da Opep nos próximos dias (Estado de S. Paulo);
- Starboard compra 38% do GTB, a parte boliviana do Gasbol (Brazil Journal);
- Petrobras conclui venda da plataforma P-32 para Gerdau e Ecovix (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Nível de aperto dos juros faz mercado ver chance de corte agressivo da Selic (Valor Econômico);
- IPCA de junho, dados de serviços, varejo e CPI nos EUA: o que acompanhar na semana (Infomoney);
- Reforma tributária pode afetar ações na bolsa e a renda fixa; entenda (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Maior FII multiestratégia engrossa volta das emissões e quer captar R$ 250 mi; veja as 10 maiores do ano (InfoMoney);
- Fundos imobiliários ficam cada vez mais perto de marca inédita em quase 4 anos (Money Times);
- XPML11 se prepara para sua 9ª emissão de cotas; meta de captação do fundo está em R$ 450 milhões (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brunch com ESG: Energia renovável em pauta, com destaque para eólica, hidrogênio verde e mercado de carbono
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP, que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana no Brasil e no exterior;
- Na última semana, destacamos: (i) WEG faz parceria na geração de energia eólica para suas operações no Brasil e no exterior; (ii) Vibra e Comerc planejam lançar mesa de negociação de carbono em meio à demanda crescente; e (iii) Empresa focada em hidrogênio verde estreia na bolsa de valores alemã;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Comitê aprova arcabouço para emissões de títulos públicos verdes | Café com ESG, 10/07
- Na última semana, o Ibovespa encerrou em alta de +0,7%, com o ISE caindo -0,08%. Já o pregão de sexta-feira terminou em território positivo, com o Ibov e ISE subindo +1,25%, +1,68% respectivamente;
- No Brasil, o Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas, formado por nove ministérios além da Fazenda, aprovou na última quinta-feira o arcabouço para emissões de títulos públicos verdes – o documento apresentará aos investidores os compromissos do Brasil na agenda ambiental, social, de governança e de finanças, além de trazer as diretrizes e os critérios que a União adotará para lançar os papéis no mercado;
- No internacional, (i) o acordo fechado na sexta-feira passada em Londres sobre transporte marítimo internacional tem potencial de alterar a rota do comércio mundial, além de definir investimentos em combustíveis alternativos, e deve afetar a estrutura dos portos e a logística do setor – segundo especialistas, o acordo pode ser o maior pacto climático de 2023; e (ii) a Toyota deve emitir US$ 1,5 bilhão em títulos de sustentabilidade essa semana, usando o dinheiro para apoiar projetos ambientais e sociais, como o desenvolvimento de veículos elétricos (EVs) e novas tecnologias de segurança – esta é a primeira oferta em dólares da Toyota desses títulos em dois anos;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Super Clássicos
Fique por dentro de tudo que aconteceu no Super Clássicos da Bolsa 2023
- Itaú x BB (Clique aqui);
- Petrobras x Vale (Clique aqui);
- WEG x Embraer: (Clique aqui);
- Equatorial x Copel (Clique aqui);
- Hapvida x Rede D’Or (Clique aqui);
- Arezzo x Vivara (Clique aqui).


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