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Bolsas caem forte em abril e iniciam maio mistas de olho na Super Quarta

Semana de decisão de política monetária no Brasil e nos EUA e guerra na Ucrânia são alguns dos temas de maior destaque nesta segunda-feira, 02/05/2022

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IBOVESPA -1,9% | 107.876 Pontos

CÂMBIO +0,6% | 4,97/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Destaques da semana

O principal evento econômico da semana será a definição da taxa de juros americana pelo FOMC, Comitê de Política Monetária do banco central americano. O mercado espera uma elevação de 0,5 p.p., levando a taxa de juros para o intervalo de 0,75% a 1%. Outros destaques serão a inflação ao produtor e a taxa de desemprego na Europa para março, além de dados de emprego de abril nos EUA. Teremos ainda a divulgação dos índices de gerentes de compras de países desenvolvidos, importantes indicadores de atividade econômica.

No Brasil, o destaque será a definição da taxa básica de juros também. Esperamos alta de 1p.p., que deve levar a Selic para 12,75%, e que o banco central mantenha as portas abertas para um possível ajuste final em junho. Além disso, serão divulgados o IBC-Br (proxy do PIB) de fevereiro e a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente a março, estatísticas fiscais de fevereiro e o IGP-DI de abril.

Resumo da semana anterior

Em uma semana de quedas fortes nos mercado globais, o Ibovespa encerrou com uma baixa de -2,9% aos 108 mil pontos, encerrando o mês de abril em -10,1%, o primeiro mês negativo no ano. Em abril, os mercados lá foram também tiveram um período difícil, o Nasdaq teve o pior mês desde outubro de 2008, e o S&P 500 teve o pior mês desde março de 2020. Enquanto isso, O Dólar fechou a semana com alta de +3,1% em relação ao Real, em R$ 4,98/US$. 

No mercado de juros, os juros futuros apresentaram redução na semana para os vencimentos de médio e longo prazo. Os dados de inflação divulgados (IPCA-15 e IGPM), apesar de ainda pressionados, vieram abaixo do consenso e contribuíram para o alívio nas taxas de juros.

Mercados hoje

As Bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA +0,4% e Europa -1,0%) após o S&P 500 encerrar o mês de abril com a performance mais fraca (-8,8%) desde março de 2020. Ainda nos EUA, o foco do mercado ficará por conta da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que será divulgada nesta quarta-feira. A temporada de resultados americana segue em tom positivo, das 275 empresas do S&P 500, que já divulgaram seus balanços, 80% superaram as estimativas de lucro do consenso, segundo a Refinitiv. Na Europa, a prévia da inflação na zona do euro atingiu 7,5% no acumulado anual e, caso o dado se concretize na divulgação oficial, esta será uma nova máxima histórica. Na China, as bolsas permanecerão fechadas por conta do feriado do dia do trabalhador. Por fim, no campo das commodities, o petróleo (-2,5%) e o ouro (-1,7%) amanhecem em queda.

Inflação nos EUA

O deflator dos gastos com consumo de março, indicador de inflação favorito do Fed, saiu um pouco abaixo das expectativas na sexta-feira. A medida de núcleo, que exclui itens voláteis, subiu 5,2% ano a ano (5,3% esperado), desacelerando de 5,4% em fevereiro. No entanto, os dados de Renda e Despesas Pessoais continuaram a indicar que a economia está superaquecida. A renda cresceu 0,5% em relação ao mês anterior e o gasto real cresceu 0,2%. O Índice de Custo do Emprego do primeiro trimestre aumentou 1,4% em relação ao quarto tri do ano passado, bem acima das expectativas (1,1%). Ao todo, os números reforçam a visão de que o Fed intensificará o ritmo de aperto monetário nesta semana.

Guerra na Ucrânia

As consequências econômicas da guerra na Ucrânia também representam outro risco para as perspectivas econômicas globais. À medida que a guerra continua, as sanções econômicas dos países ocidentais à Rússia aumentam. As autoridades alemãs pediram no fim de semana um aumento progressivo das proibição de importações de petróleo russo para a União Europeia.

Raio XP

Publicamos o nosso Raio XP de maio, onde destacamos e relembramos os principais acontecimentos do mês para entender o que virá pela frente.

O mês de abril foi marcado pela performance fraca dos mercados globais, tendo sido o pior desempenhos mensal desde março de 2020. Inúmeras incertezas preocuparam investidores: inflação em níveis recorde e juros subindo, o conflito na Ucrânia e o choque de preços das commodities, a política de zero-Covid na China impactando a cadeia de suprimentos global, riscos crescentes de uma recessão econômica e redução do estímulo dos Bancos Centrais globais. Veja mais em Raio XP: Bolsa começa a acomodar depois de um forte início de ano

Iniciando cobertura em Ambipar (AMBP3)

Estamos iniciando a cobertura da Ambipar (AMBP3) com uma recomendação de compra e um preço alvo de R$ 49,0/ação (link). Vemos a Ambipar como uma companhia que combina ESG com crescimento orgânico e inorgânico. Sua estratégia de buscar aquisições de serviços complementares e oferecer soluções customizadas para os mais diversos desafios ESG parece ser bem vista por seus clientes e se reflete em relações de longo prazo, bem como em seu recente crescimento expressivo. Além disso, publicamos um relatório com a análise ESG de Ambipar (link). De forma geral, vemos a empresa bem posicionada para se beneficiar da crescente tendência em relação à economia circular, à medida em que as regulamentações ligadas à gestão sustentável de resíduos ganham força em todo o mundo, o que suporta nossa visão ESG positiva para o nome.

Veja todos os detalhes

Agenda de resultados

Marcopolo (POMO4):  Após o fechamento
Localiza (RENT3): Após o fechamento
Pague Menos (PGMN3): Após o fechamento
Copasa (CSMG3): Após o fechamento

Calendário do 1T22
Temporada de resultados do 1º trimestre 2022 – o que esperar?

Economia

Bons números de inflação nos EUA não reduzem as chances de intensificação do aperto monetário nesta semana

  • O deflator dos gastos com consumo de março, indicador de inflação favorito do Fed, saiu um pouco abaixo das expectativas na sexta-feira. A medida de núcleo, que exclui itens voláteis, subiu 5,2% ano a ano (5,3% esperado), desacelerando de 5,4% em fevereiro. No entanto, os dados de Renda e Despesas Pessoais continuaram a indicar que a economia está superaquecida. A renda cresceu 0,5% em relação ao mês anterior e o gasto real cresceu 0,2%. O Índice de Custo do Emprego do primeiro trimestre aumentou 1,4% em relação ao quarto tri do ano passado, bem acima das expectativas (1,1%). Ao todo, os números reforçam a visão de que o Fed intensificará o ritmo de aperto monetário nesta semana;
  • As consequências econômicas da guerra na Ucrânia também representam outro risco para as perspectivas econômicas globais. À medida que a guerra continua, as sanções econômicas dos países ocidentais à Rússia aumentam. As autoridades alemãs pediram no fim de semana uma aumento progressivo das proibição de importações de petróleo russo para a União Europeia;
  • Na China, a insistência do governo em manter suas políticas de zero Covid está acarretando um alto custo econômico. Lockdowns em diferentes cidades já está levando a indicadores econômicos mais fracos, como a pesquisa do PMI publicada na semana passada. Devido à menor demanda da China, os preços do petróleo estão em queda hoje, abaixo de 105 dólares por barril;
  • No Brasil, as atenções desta semana se voltam para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na quarta-feira. Esperamos que o Copom eleve a taxa Selic em 100 bps e mantenha as portas abertas para um possível ajuste final em junho;
  • Na frente de dados, o destaque hoje é o indicador de PIB mensal do banco central (IBC-Br) para fevereiro (esperamos um crescimento de 0,5% m/m).

Empresas

Ambipar (AMBP3): Um coringa em soluções ESG; Iniciando com recomendação de Compra

  • Criada para ajudar o planeta. O Grupo Ambipar tem como objetivo auxiliar as empresas na gestão de riscos ambientais, no cumprimento da regulação e no desenvolvimento de práticas ESG. Seus negócios estão estruturados em dois segmentos: Ambipar Environment e Ambipar Response;
  • Inúmeras oportunidades de cross-selling. Curiosamente, há uma baixa sobreposição de clientes entre as duas subsidiárias, o que a Ambipar considera como oportunidade de cross-selling a ser capturada – conforme mapeado pela companhia, 98% dos clientes da Ambipar Response não são clientes da Environment;
  • Uma máquina de M&A. A companhia apresentou um forte crescimento inorgânico em 2021 e é vocal sobre manter o ritmo na sua estratégia de aquisições. O segmento de Environment tem foco na expansão no Brasil e no exterior, como uma estratégia de inovação disruptiva. O segmento Response tem foco na expansão no Brasil e no exterior (América Latina, América do Norte e Europa), aumentando sua capilaridade e diminuindo o tempo de resposta;
  • ESG, crescimento e lucro. Vemos a Ambipar como uma companhia de negócios puramente ESG, com uma estratégia de crescimento convincente, seguida à risca pela administração que entregou + de 20 aquisições após o IPO e um crescimento relevante de 175% na receita líquida consolidada. Com base no preço de fechamento de ontem (29/04), vemos a Ambipar sendo negociada a uma TIR real de 9,8% e EV/EBITDA 22E implícito de 7.2x (versus 9.1x que consideramos atrativo);
  • Clique aqui para acessar relatório completo.

Data Expert: Demanda por crédito segue forte em fevereiro, mas inadimplência e juros sobem

  • De modo geral, os dados de crédito referentes ao mês de fevereiro corroboram com a nossa visão de crescimento gradual da inadimplência ao longo do ano e juros crescentes devido ao atual ciclo de aperto monetário no curto prazo;
  • Adicionalmente, o crescimento do saldo de crédito veio em linha com o direcionamento de crescimento dos bancos listados para o ano, indicando a demanda ainda aquecida por crédito;
  • A confirmação desses indicadores no início do ano, somada ao ambiente macroeconômico desafiador – não só no Brasil, mas também no mundo– nos leva a reforçar a nossa visão mais conservadora para o segmento bancário e a preferência por Banco do Brasil (BBAS3) entre os bancos cobertos, devido ao perfil mais defensivo de sua carteira e ao seu valuation descontado;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Jrs O&G: Prévia de resultados do 1T22

  • As empresas devem reportar mais um trimestre de resultados sequencialmente melhores, impulsionados por um aumento no preço médio do Brent (US$ 97,7/bbl, +23% T/T e +60% A/A), compensado apenas parcialmente por um real mais forte (média de R$ 5,29/USD , -4% tanto T/T quanto A/A);
  • Os resultados das empresas Jrs O&G sob nossa cobertura também devem receber outro impulso com o aumento da produção, à medida que mais aquisições são concluídas e planos de redesenvolvimento dos campos se desdobram;
  • Para 3R, estimamos um EBITDA Ajustado Reportado de R$ 216 milhões (+172% T/T e + 161% A/A).
  • No caso da PetroReconcavo, prevemos um EBITDA Ajustado Reportado (incluindo resultados negativos de hedge) de R$ 358 milhões (+161% T/T e + 172% A/A);
  • Os investidores devem ficar atentos às Teleconferências para avaliar o impacto da escalada da inflação global nos custos das empresas e novidades na frente de M&A;
  • Acesse o relatório aqui.

Educação: Vestibular XP – Prévia de resultados do 1T22

  • Esperamos resultados ligeiramente positivos das empresas do setor de educação no 1T22, proporcionados principalmente por uma forte temporada de captações de todas as empresas;
  • Vemos o 1T22 como o primeiro trimestre sem impactos negativos claros da pandemia do Covid-19, o que deve ter contribuído para uma temporada de captações com volumes positivos (mas com tickets não tão altos);
  • Deixando de lado o endividamento e as pressões temporárias causadas pelas aquisições, o trimestre pode dar uma maior clareza sobre o desempenho de médio prazo das empresas sob a nossa cobertura;
  • Acreditamos que, caso nossas expectativas se confirmem, esses resultados podem começar a reverter o movimento de queda das ações do setor;
  • Acesse o relatório aqui.

BR Malls (BRML3): As principais razões pelas quais gostamos da combinação entre brMalls e Aliansce Sonae

  • A brMalls divulgou fato relevante, destacando que a combinação de negócios com a ALSO foi aprovada pelo Conselho de Administração, implicando um prêmio de 17,2%, o que está em linha com nossas expectativas. Vemos a transação como positiva, com base na estratégia de impulsionar o crescimento inorgânico, melhorando as margens devido a potenciais sinergias (especialmente de G&A), aumentando a liquidez, o valor de mercado e mantendo uma combinação interessante de corporation com presença relevante de acionistas com forte histórico no setor;
  • A companhia combinada teria um portfólio de 69 shoppings e presença em 16 estados brasileiros. Em nossa visão, o portfólio combinado é complementar e deve ajudar a aumentar a presença geográfica da empresa sem canibalização. Além disso, vemos alguns ativos não estratégicos (Londrina, Uberlândia e Vila Velha) como um potencial impedimento à aprovação do CADE. No entanto, a nosso ver, esses ativos poderiam ser desinvestidos sem causar grandes impactos. Além disso, as vendas de lojistas da empresa combinada atingiriam R$ 31,9 bilhões em 2021, EBITDA de R$ 1,3 bilhão em 2021 e ABL atingiria 2,4 milhões de m² em 2021, o que deve ser um importante gatilho para a liquidez das ações e para o poder de barganha com os lojistas;
  • Desta forma, reiteramos nossa recomendação de compra para BRML3 e TP 2022 de R$12,0/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Itaú (ITUB4): Conclusão de compra de 11,4% da XP

  • Sexta-feira (29) passada o Itaú, através de um fato relevante, informou ao mercado que havia concluído a compra de 11,36% do capital social da XP Inc. em uma operação de aproximadamente R$ 8 bi;
  • Com essa operação, que havia sido divulgada em novembro do ano passado, o Itaú volta ser a acionista da XP após obter as aprovações necessárias;
  • Nossa visão, não esperamos impacto relevante nas ações do banco pois essa operação já era amplamente esperada pelo mercado. Adicionalmente, acreditamos que essa posição seja vendida nos próximos meses, assim como as participações vendidas recentemente; 
  • Reforçamos nossa recomendação Neutra para o papel com um preço-alvo de R$ 36/ação.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Reorganização societária; Incorporação do CNPJ da bandeira Compre Bem

  • O Grupo Pão de Açúcar divulgou na última sexta-feira (29) um fato relevante sobre a aprovação da incorporação da SCB Distribuição e Comercio Varejista Ltda;
  • A SCB é uma sociedade integralmente detida pelo Grupo, sob a qual operam hoje 28 das 603 unidades de lojas do GPA com a bandeira “Compre Bem”. A incorporação da SCB pelo GPA tem como objetivo o ganho de eficiência comercial, reduzindo custos com áreas administrativas e se aproveitando de sinergias societárias. Segundo a companhia, a incorporação deve acarretar em custos de aproximadamente R$ 4,5mn, ao mesmo tempo em que os devidos ativos e passivos da SCB passarão a ser reconhecidos no balanço do GPA;
  • Vemos a transação como neutra, uma vez que na prática nada muda para o grupo, ao mesmo tempo em que vemos o fato como mais uma sinalização em direção à simplificação da estrutura da companhia. Mantemos nossa recomendação Neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 32/ação.

Movida (MOVI3) 1T22: Performance Impressionante Continua; Positivo

  • A Movida apresentou bons resultados no 1T22, com resultado de R$ 258 milhões 19% acima da nossa estimativa (+136% A/A).
  • Os principais pontos positivos foram:
    • (i) a continuidade do forte desempenho de margem dos segmentos de aluguel, refletindo tarifas médias sequencialmente mais altas (reforçando nossa tese de forte demanda de aluguel no setor), com margens EBITDA de RaC e GTF de 62,8% e 71,8% (+3,2 p.p. e 1,5p.p. T/T, em base de comparação fortes) refletindo um desempenho tarifário médio positivo (+7% e +2% T/T, também em bases de comparação fortes), respectivamente; e
    • (ii) outro conjunto de números positivos de Seminovos, sustentando altas margens EBITDA em 21% apesar do forte desempenho de volume de receita de +22% T/T.
  • Reiteramos nossa visão positiva do setor e recomendação de compra para a Movida;
  • Clique aqui para acessar o relatório.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Itaú paga R$ 8 bi por fatia adicional de 11,36% na XP (Valor);
    • BC aprova aumento de capital de R$ 3,6 bilhões no C6 Bank (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • O namoro de Abilio Diniz com o Pão de Açúcar. (O Globo);
    • Inflação e juros em alta devem diminuir as vendas do Dia das Mães. (Estado);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Ucrânia faz primeiro grande embarque de milho desde invasão russa (Valor);
    • O mundo pode se alimentar sozinho? Crise histórica de fertilizantes ameaça a segurança alimentar (Bloomberg);
    • Como a decisão de um único país sobre o óleo de palma pode impactar a inflação em todo o mundo (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Reservatórios devem continuar a subir em maio, aponta ONS. (Canal Energia);
    • UE propõe a eliminação progressiva do petróleo russo até o fim do ano. (Valor Econômico);
    • Petróleo fecha sessão em queda, mas termina 5º mês seguido com ganho. (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Mercados

Raio-XP: Bolsa começa a acomodar depois de um forte início de ano

  • O mês de abril foi marcado pela performance fraca dos mercados globais, tendo sido o pior desempenhos mensal desde março de 2020. Inúmeras incertezas preocuparam investidores: inflação em níveis recorde e juros subindo, o conflito na Ucrânia e o choque de preços das commodities, a política de zero-Covid na China impactando a cadeia de suprimentos global, riscos crescentes de uma recessão econômica e redução do estímulo dos Bancos Centrais globais;
  • Com isso, o tema das commodities começou a ser questionado, impactando os fluxos para o Brasil. As incertezas em torno do crescimento econômico global, especialmente com os lockdowns na China levaram os preços das commodities a permanecerem voláteis no último mês. E com isso, o mercado começou a questionar as commodities, impactando o Brasil – abril marcou o primeiro mês de fluxo de capital estrangeiro negativo e, portanto, dando menos suporte para a Bolsa. Continuamos confortáveis com a tese de commodities, vemos essa esse efeito como conjuntural por enquanto;
  • IPOs desaceleram em 2022 no Brasil e nos EUA. Depois do recorde de 2021 para IPOs, 2022 foi um ano sem brilho. Até agora, nenhuma empresa abriu capital na Bolsa brasileira, enquanto o número de IPOs nos EUA também caiu mais de 80%. As empresas começaram o ano cautelosas em um ambiente macroeconômico mais desafiador, com inflação alta, taxas de juros mais altas e crescimento econômico estagnado. Além disso, as incertezas em torno das próximas eleições presidenciais também impediram as empresas de lançar uma oferta pública;
  • Elétricas: um dos melhores setores da Bolsa até agora. Isso pode parecer contra-intuitivo, já que as ações de Elétricas são conhecidas por serem proxies da renda fixa ou ações semelhantes a títulos. Em outras palavras, elas geralmente têm um desempenho negativo quando os juros sobem. No entanto, em 2022, observamos um comportamento diferente. Atribuímos esses retornos positivos a: 1) movimento de aversão ao risco, 2) resiliência do setor em meio à inflação crescente, e 3) fim da crise hídrica;
  • Mantemos nosso preço-alvo do Ibovespa em 130.000 para o final de 2022. Embora os lucros do consenso mostrem sinais claros de ganhos acima do esperado, notamos que as taxas de juros reais no Brasil continuaram a subir. Essa combinação de taxas mais altas e lucros mais altos estão se compensando neste momento. Para ver um potencial de alta no valor justo do Ibovespa, precisaríamos de: 1) estimativas de lucros de consenso subindo, e/ou 2) expansão de múltiplos, que pode vir de aumento de de fluxo de capital, bem como de juros reais mais baixos;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo

Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Exxon Mobil e Chevron reportam crescimento nos lucros, mas ações reagem em queda

  • Exxon Mobil reporta números mistos, mas fala em aumento do programa de recompra de ações;
  • Chevron registrou o maior lucro trimestral em quase uma década, mas ação cai;
  • McDonald’s surpreende em lucros;
  • Startups seguem com um valuation elevado, mesmo com queda de investimentos;
  • Acesse aqui o relatório internacional.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Cotas de fundos imobiliários: o que são e como funcionam? (Uol);
    • Fiagros, os fundos que podem virar as vedetes do agronegócio (Valor);
    • Dividendos, recomendações de FIIs e leilões; veja os destaques do setor imobiliário na semana (MoneyTime);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.

ESG

Radar ESG | Ambipar (AMBP3): Sobre fazer parte solução

  • Como prestadora de serviços ambientais no que tange gestão de resíduos e atendimento de emergência, vemos a Ambipar bem posicionada para se beneficiar da crescente tendência em relação à economia circular, à medida em que as regulamentações ligadas à gestão sustentável de resíduos ganham força em todo o mundo, o que suporta nossa visão ESG positiva para o nome;
  • Para este setor, vemos a frente Ambiental como a mais importante das três, seguida pelos pilares Governança e Social, respectivamente. Para o pilar E, o principal destaque é a geração de créditos de carbono pela Ambipar, aliada à compensação integral de suas emissões por meio dos mesmos, enquanto na frente S apreciamos as iniciativas atuais, enquanto esperamos mais por vir;
  • Por fim, no pilar G, vemos este com o maior espaço para melhorias adiante. Clique aqui para ler o conteúdo completo.

B3 lança hoje o programa “Ambição 2030” | Café com ESG, 02/05

  • O mercado fechou o pregão de sexta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -1,9% e -2,6%, respectivamente. Na semana, o ISE recuou -4,0%, enquanto o Ibov segurou parte das perdas, mas ainda fechou caindo -2,9%;
  • No Brasil, (i) a B3 lança hoje o programa “Ambição 2030”, espécie de convocatória para que companhias brasileiras, listadas em bolsa ou não, implementem ações ligadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável, conhecidos como ODS, da Organização das Nações Unidas (ONU); (ii) Virginijus Sinkevicius, comissário europeu de Meio Ambiente, Oceanos e Pesca, esteve no Brasil na semana passada, onde começou a viagem pela Amazônia, circulou por ministérios e conversou com parlamentares, entidades de classe e cientistas em Brasília, e disse que “espera liderança” do país nas negociações internacionais de proteção da biodiversidade;
  • No internacional, a maior seguradora da Europa, Allianz, planeja adotar uma linha mais dura no seguro da indústria de petróleo e gás como parte dos esforços para alinhar suas políticas de subscrição com a meta climática mundial – a medida é a mais recente de uma grande seguradora a reduzir o seguro para o setor de energia, um dos principais impulsionadores das emissões de gases de efeito estufa no mundo. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

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