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IBOVESPA -0,1% | 110.069 Pontos
CÂMBIO +1,6% | 4,87/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Zona do euro cresceu mais no primeiro trimestre, enquanto OCDE vê uma desaceleração na atividade global. No Brasil, discussões sobre teto de ICMS continuam em foco.
Brasil
Na sessão desta terça-feira (07), o índice Ibovespa fechou próximo da estabilidade, um pouco descolado do que foi visto em Wall Street, onde as bolsas tiveram leve alta. Por aqui, se por um lado empresas de commodities avançaram, papéis de techs e varejistas tiveram um dia renovado de perdas. O Ibovespa caiu 0,11%, aos 110.069 pontos, após oscilar entre 109.393 e 110.185 pontos.
As taxas futuras de juros tiveram dia de forte alta, principalmente nos vencimentos mais longos, que chegaram ao pico do ano. O principal motor do movimento foi a proposta do governo de desonerar combustíveis, que levaria a aumento importante nos gastos federais, elevando o risco fiscal. A proposta tem como objetivo ajudar no controle da inflação no curto prazo, mas o mercado reagiu mal, elevando as taxas também dos títulos curtos, uma vez que a leitura é de que o alívio na inflação deverá ser reduzido já em 2023. DI jan/23 fechou em 13,48%; DI jan/24 encerrou em 13,18%; DI jan/25 foi para 12,655%; DI jan/27 fechou em 12,57%; e DI jan/29 encerrou em 12,68%.
Discussões sobre ICMS
No Brasil, continuam as discussões sobre o PLP 18/2022, que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público. Governadores disseram ontem que as medidas propostas pelo governo, incluindo a redução para zero das alíquotas de diesel e GLP, podem trazer prejuízo de R$ 115 bilhões anuais, segundo estimativas apresentadas pelos estados, e a compensação oferecida pelo governo federal não seria suficiente.
O Congresso aprovou um projeto de lei que permite utilizar o valor dos impostos arrecadados pelas distribuidoras para reduzir a conta de energia elétrica. De acordo com o texto, a Aneel terá que implementar a alocação dos créditos de PIS/Cofins que as empresas cobraram a mais de seus usuários na forma de reduções tarifárias. A proposta agora vai para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Segundo dados da Aneel, dos R$ 60,3 bilhões em créditos a serem devolvidos pela União às distribuidoras, R$ 47,6 bilhões ainda não foram restituídos aos consumidores. Nossa equipe econômica estima que usar todo o valor disponível poderia reduzir a inflação em 100 bps.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem levemente negativas (EUA -0,5% e Europa -0,6) à medida que o sentimento dos investidores permanece fragilizado em relação aos temores em torno da inflação e perspectivas de uma possível política monetária mais restritiva do Federal Reserve, podendo causar uma desaceleração econômica. Nesta terça-feira, o Banco Mundial reduziu sua projeção para o crescimento global de 4,1%, estimativa feita em janeiro, para 2,9%. A organização alertou sobre o risco de estagflação à medida que o aumento dos preços das commodities e os problemas nas cadeias de abastecimento continuam limitando o potencial de crescimento dos países e a inflação global segue com pressão altista. Na China, o índice de Hang Seng (+2,2%) encerra em alta, puxado pelas empresas de tecnologia, Alibaba (+10%) e Bilibili (+20%), após a aprovação governamental para o lançamento de 60 novos jogos, sugerindo que o congelamento de licenças e a pressão regulatória sobre a indústria parece estar arrefecendo.
Crescimento Global
A economia da zona do euro cresceu muito mais rápido no primeiro trimestre do ano do que nos três meses anteriores, apesar do impacto da guerra na Ucrânia, disse o escritório de estatísticas da União Europeia nesta quarta-feira, revisando suas estimativas anteriores para cima. O crescimento do emprego na zona do euro também foi revisado para mostrar uma nova aceleração no período janeiro-março em comparação com o trimestre anterior. Em sua leitura final, o Eurostat disse que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que compartilham o euro subiu 0,6% em relação ao trimestre anterior, e teve uma expansão de 5,4% em relação ao ano anterior. Os números foram significativamente revisados para cima em relação a uma estimativa anterior divulgada em meados de maio, quando o crescimento trimestral da zona do euro foi estimado pelo Eurostat em 0,3% e a expansão anual era esperada em 5,1%.
A economia do Japão encolheu um pouco menos do que o inicialmente relatado no primeiro trimestre, pois o consumo privado permaneceu resiliente diante do ressurgimento de infecções por COVID-19 e as empresas reconstruíram seus estoques, compensando uma queda nos gastos das empresas. Dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na quarta-feira mostraram que a economia do Japão encolheu 0,5% anualizado em janeiro-março. Essa foi uma queda menor do que a leitura preliminar de uma queda de 1,0% divulgada no mês passado. Na comparação trimestral, o PIB caiu 0,1%, superando as expectativas medianas do mercado de queda de 0,3%.
A guerra na Ucrânia tornou as perspectivas de crescimento muito mais sombrias, embora a economia global deva evitar um surto de estagflação ao estilo dos anos 1970, disse a OCDE nesta quarta-feira, reduzindo suas previsões de crescimento e elevando suas estimativas de inflação. A economia mundial deve crescer 3% este ano, muito menos do que os 4,5% esperados em dezembro. O crescimento desacelerará ainda mais no próximo ano, diminuindo para 2,8%, abaixo da previsão anterior de 3,2%. Enquanto isso, qualquer alívio rápido dos aumentos de preços é improvável, com a inflação prevista para atingir um pico de 8,5% este ano nos países da OCDE antes de cair para 6,0% em 2023. Anteriormente, a OCDE esperava que a inflação chegasse a 5% antes de recuar gradualmente para 3% em 2023. A OCDE disse que vê um forte argumento para a remoção do estímulo da política monetária em países de alta inflação como os Estados Unidos e a Europa Oriental.
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Economia
Zona do euro cresceu mais no primeiro trimestre, enquanto OCDE vê uma desaceleração na atividade global. No Brasil, discussões sobre teto de ICMS continuam em foco
- A economia da zona do euro cresceu muito mais rápido no primeiro trimestre do ano do que nos três meses anteriores, apesar do impacto da guerra na Ucrânia, disse o escritório de estatísticas da União Europeia nesta quarta-feira, revisando suas estimativas anteriores para cima. O crescimento do emprego na zona do euro também foi revisado para mostrar uma nova aceleração no período janeiro-março em comparação com o trimestre anterior. Em sua leitura final, o Eurostat disse que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que compartilham o euro subiu 0,6% em relação ao trimestre anterior, e teve uma expansão de 5,4% em relação ao ano anterior. Os números foram significativamente revisados para cima em relação a uma estimativa anterior divulgada em meados de maio, quando o crescimento trimestral da zona do euro foi estimado pelo Eurostat em 0,3% e a expansão anual era esperada em 5,1%;
- A economia do Japão encolheu um pouco menos do que o inicialmente relatado no primeiro trimestre, pois o consumo privado permaneceu resiliente diante do ressurgimento de infecções por COVID-19 e as empresas reconstruíram seus estoques, compensando uma queda nos gastos das empresas. Dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na quarta-feira mostraram que a economia do Japão encolheu 0,5% anualizado em janeiro-março. Essa foi uma queda menor do que a leitura preliminar de uma queda de 1,0% divulgada no mês passado. Na comparação trimestral, o PIB caiu 0,1%, superando as expectativas medianas do mercado de queda de 0,3%;
- A guerra na Ucrânia tornou as perspectivas de crescimento muito mais sombrias, embora a economia global deva evitar um surto de estagflação ao estilo dos anos 1970, disse a OCDE nesta quarta-feira, reduzindo suas previsões de crescimento e elevando suas estimativas de inflação. A economia mundial deve crescer 3% este ano, muito menos do que os 4,5% esperados em dezembro. O crescimento desacelerará ainda mais no próximo ano, diminuindo para 2,8%, abaixo da previsão anterior de 3,2%. Enquanto isso, qualquer alívio rápido dos aumentos de preços é improvável, com a inflação prevista para atingir um pico de 8,5% este ano nos países da OCDE antes de cair para 6,0% em 2023. Anteriormente, a OCDE esperava que a inflação chegasse a 5% antes de recuar gradualmente para 3% em 2023. A OCDE disse que vê um forte argumento para a remoção do estímulo da política monetária em países de alta inflação como os Estados Unidos e a Europa Oriental;
- No Brasil, continuam as discussões sobre o PLP 18/2022, que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público. Governadores disseram ontem que as medidas propostas pelo governo, incluindo a redução para zero das alíquotas de diesel e GLP, podem trazer prejuízo de R$ 115 bilhões anuais, segundo estimativas apresentadas pelos estados, e a compensação oferecida pelo governo federal não seria suficiente;
- O Congresso aprovou um projeto de lei que permite utilizar o valor dos impostos arrecadados pelas distribuidoras para reduzir a conta de energia elétrica. De acordo com o texto, a Aneel terá que implementar a alocação dos créditos de PIS/Cofins que as empresas cobraram a mais de seus usuários na forma de reduções tarifárias. A proposta agora vai para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Segundo dados da Aneel, dos R$ 60,3 bilhões em créditos a serem devolvidos pela União às distribuidoras, R$ 47,6 bilhões ainda não foram restituídos aos consumidores. Nossa equipe econômica estima que usar todo o valor disponível poderia reduzir a inflação em 100 bps;
- Publicamos nosso relatório Brasil Macro Mensal (acesse aqui). O destaque é a redução das projeções de desemprego, à luz do bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos meses. Estimamos ainda o impacto das medidas de redução de impostos discutidas no Congresso sobre a inflação e fiscal. Deve haver um alívio no IPCA de curto prazo, mas as preocupações com a sustentabilidade das contas públicas adiante.
Empresas
Amazon se mexendo no Brasil? Saiba as novidades da operação no país
- De acordo com notícias, a Amazon Brasil anunciou a expansão de três programas logísticos além do lançamento de um programa que busca atrair mais vendedores para sua plataforma de marketplace;
- Na nossa visão, a notícia é negativa para as empresas de ecommerce brasileiras, uma vez que indica um aumento da competição de um player altamente capitalizado e consolidado no setor globalmente;
- Dessa forma, mantemos nossa visão cautelosa para o setor. Clique aqui para o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Bloco de XP agora à noite: Itaú vende (Brazil Journal);
- Fundos de investimentos têm resgate de R$ 64 bilhões em maio, nota Anbima (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Bolsonaro diz que terá resposta para produtos da cesta básica ‘em breve’. (Estado);
- Integração de Carrefour e Big pode durar um ano e meio. (Varejo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- PL do ICMS pode reduzir competitividade do etanol nas bombas (Valor);
- Acumulação de Fertilizantes nos Portos do Brasil sinalizam mais queda de preço (Bloomberg);
- Preços dos CBios batem recorde e fecham maio com média acima de R$ 119 na B3 (Notícias Agrícolas);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Prazo de reserva para oferta de ações da Eletrobras termina nesta quarta-feira (8) (Valor Econômico);
- PetroRio (PRIO3) formaliza aquisição de sonda por R$ 19 milhões; veja os destaques do Radar (Forbes);
- Petróleo sobe a novas máximas de 3 meses, com receios sobre oferta e demanda (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | TSMC espera aumento de 30% nas vendas e margem bruta superior a 50%
- TSMC espera aumento de 30% nas vendas e reafirma margem bruta superior a 50%;
- Ford adiciona empregos nos EUA à medida que aumenta a produção de veículos elétricos;
- Proprietária do TikTok pode vender participação na revendedora de tênis chinesa Poizon;
- Sinais de que pico de inflação já ficou para trás começam a aparecer;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- O Impacto do E-commerce nos Fundos Imobiliários (Suno);
- Investir em FIIs por meio de fundo previdência? Veja como isso é possível (Suno);
- Veja os fundos imobiliários mais recomendados para junho entre 16 corretoras (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
União Europeia lança primeira cota para mulheres em conselhos corporativos | Café com ESG, 08/06
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,1% e -1,1%, respectivamente;
- No Brasil, o presidente do Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon) disse que uma padronização no conjunto de normas relacionados a aferição e divulgação de dados ambientais, sociais e de governança deve acontecer daqui dois a três anos – o Ibracon tem trabalhado para entender o que e como divulgar informações ESG de acordo com critérios de relevância e materialidade dos números não financeiros;
- No internacional, (i) a União Europeia divulgou ontem a primeira cota do bloco para mulheres em conselhos corporativos, em uma tentativa de aumentar a representatividade e melhorar a igualdade de gênero no bloco – a lei obriga as empresas listadas em todos os 27 países membros da UE a ter mulheres ocupando pelo menos 40% dos assentos não executivos do conselho, ou 33% dos cargos executivos e não executivos combinados até meados de 2026; e (ii) a Lululemon Athletica Inc e o H&M Group vão participar do financiamento de um fundo de US$ 250 milhões com o objetivo de acelerar os esforços para reduzir as emissões de carbono na cadeia de suprimentos da indústria da moda. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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