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Produção industrial e resultados; balanços de Santander e Itaú em foco hoje

Divulgação de indicadores de atividade econômica no Brasil e dados de emprego nos EUA são destaques nesta quarta-feira, 05/02/2024

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IBOVESPA -0,65% | 125.147 Pontos

CÂMBIO -0,75% | 5,76/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda de 0,7% ontem, aos 125.147 pontos. Os investidores ficaram atentos à publicação da ata do Copom, que sinalizou um tom ainda duro e reconheceu os desafios do Banco Central para levar a inflação de volta para a meta. Além disso, o câmbio continuou a sua trajetória de queda, com o dólar terminando o pregão aos R$ 5,76 (-0,9%).

O principal destaque positivo do dia foi Braskem (BRKM5, +3,9%), após a agência de classificação de risco Fitch indicar em relatório que o anúncio da empresa de aumento de R$ 1,3 bilhão nas provisões referentes ao evento geológico em Alagoas possui um impacto limitado em seu perfil de crédito. Já empresas exportadoras como Suzano, JBS e Klabin (SUZB3, -4,0%; JBSS3, -3,8%; KLBN11, -3,7%) caíram, pressionadas pela queda do dólar.

Nesta quarta-feira, os mercados acompanham o relatório ADP e o ISM de serviços nos EUA, ambos referentes a janeiro. Pela temporada de resultados do 4T24, destaque para os balanços de Itaú e Santander. Por fim, pela temporada internacional de resultados, os destaques serão Disney, Ford, Novo Nordisk, TotalEnergies e Uber.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, o Banco Central publicou a ata da última reunião do Copom, que foi vista como mais restritiva que o esperado pelo mercado. Além disso, foi divulgado o Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional, no qual foi sinalizada a intenção de emitir menos títulos prefixados. O DI jan/26 encerrou em 14,92% (+1,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,88% (+0,1bp); DI jan/29 em 14,47% (-5,7bps); DI jan/31 em 14,41% (-7,1bps).

Nos EUA, enquanto a questão tarifária continua em destaque, o relatório de emprego Jolts apresentou a abertura de 7,6 milhões de postos de trabalho no país. O número veio em linha com o consenso e abriu espaço para um aumento na precificação de corte de juros na próxima reunião do Fed. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,21% (-5,0bps), enquanto os de dez anos em 4,52% (-2,0bps).

Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,6%; Nasdaq 100: -0,9%) após a Alphabet, empresa controladora do Google, decepcionar na receita do segmento de Cloud e divulgar guidance do capex para 2025 bem acima do esperado. Na frente macroeconômica, a taxa das Treasuries apresenta leve queda, enquanto os investidores aguardam os dados do payroll na sexta-feira.

Na Europa, as bolsas operam com baixa volatilidade (Stoxx 600: 0,0%) enquanto investidores monitoram as divulgações de resultados das empresas. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,6%; HSI: -0,9%), ainda com incertezas acerca da guerra comercial com os EUA.

IFIX

O índice de fundos imobiliários, o IFIX, apresentou queda de 0,05% na terça-feira.  Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,37%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de 0,35% no dia.  Os destaques positivos do dia foram GZIT11 (+7,0%), HCTR11 (+3,5%) e KNUQ11 (3,0%). Já os principais destaques negativos foram HSAF11 (-3,9%), MFII11 (-3,0%) e VGHF11 (-2,7%).

Economia

O Copom publicou, ontem pela manhã, a ata de sua reunião de política monetária realizada em janeiro. O documento apresentou um cenário desafiador para a inflação. As projeções de IPCA seguem acima da meta, e a ata reforçou que os riscos continuam inclinados para cima. No cenário doméstico, o comitê destacou que “o conjunto dos indicadores de atividade e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo”, e sugeriu cautela na leitura dos sinais incipientes de desaceleração econômica. Acreditamos que o Copom adotará uma postura firme no curto prazo, provavelmente estendendo o ciclo de alta da taxa Selic além da reunião de março (embora isso não tenha sido explicitamente mencionado). Prevemos que a taxa básica de juros atingirá 15,50% em junho, após altas de 1,00 – 0,75 – 0,50 p.p. nas próximas três reuniões de política monetária.       

Hoje, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica. No Brasil, as atenções estarão voltadas aos dados de produção industrial em dezembro. As estimativas apontam para terceira queda mensal consecutiva no índice geral da indústria. Nos EUA, a sondagem de serviços ISM e o relatório ADP de emprego no setor privado serão os protagonistas (ambos referentes a janeiro).   

Veja todos os detalhes

Economia

Ata do Copom reforça preocupação com o cenário de inflação; na China, sondagens empresariais ficam aquém das expectativas em janeiro   

  • Conforme divulgado no relatório JOLTS do Departamento de Trabalho dos EUA, o indicador de vagas de emprego abertas para cada pessoa desocupada recuou de 1,15 em novembro para 1,10 em dezembro. A medida de demanda por trabalho (vagas disponíveis) encolheu em 556 mil, atingindo 7,6 milhões. Este resultado significou o maior declínio desde outubro de 2023. A média das estimativas de mercado apontava para 8,0 milhões de posições não preenchidas. Em suma, o mercado de trabalho americano continua sólido, com sinais de desaceleração gradual. Essa dinâmica sugere que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não terá pressa para cortar novamente sua taxa de juros de referência. A esse respeito, o Vice-Presidente do Fed, Phillip Jefferson, disse ontem que o banco central deve ser cauteloso em relação ao ajuste nos juros em meio a um ambiente político incerto;
  • Ainda no cenário internacional, o PMI (Índice de Gerentes de Compras) de Serviços da China recuou de 52,2 em dezembro para 51,0 em janeiro, segundo dados divulgados ontem pela agência de mídia Caixin. Este resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, de 52,3. O menor ritmo de crescimento no componente de “novos negócios” respondeu por grande parte da queda observada no índice geral de serviços. Embora o recente feriado de Ano Novo Lunar possa ter estimulado a atividade econômica, haverá reflexos somente na leitura do PMI de fevereiro. De forma semelhante, o PMI Industrial da China continuou em tendência baixista, ao cair de 50,1 em dezembro para 49,1 em janeiro. Esses números reforçam a necessidade de mais suporte econômico do governo chinês, especialmente após o anúncio de tarifas de importação sob a administração de Donald Trump. A elevação de 10% sobre as importações de produtos da China entrou em vigor ontem;
  • O Copom publicou, ontem pela manhã, a ata de sua reunião de política monetária realizada em janeiro. O documento apresentou um cenário desafiador para a inflação. As projeções de IPCA seguem acima da meta, e a ata reforçou que os riscos continuam inclinados para cima. No cenário doméstico, o Comitê destacou que “o conjunto dos indicadores de atividade e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo”, e sugeriu cautela na leitura dos sinais incipientes de desaceleração econômica. A autoridade demonstrou preocupação com a dinâmica das expectativas de inflação, enfatizando que elas “elevaram-se de forma significativa em todos os prazos”. Ainda segundo a ata, a guerra comercial global representa um risco altista para a inflação, mas seus desdobramentos podem reduzir as projeções à medida que “o cenário-base ora incorporado em preços possa não se materializar”. De modo geral, o Comitê continua a enfatizar os riscos altistas para a inflação e não atribui grande peso aos possíveis vetores baixistas. Isso sugere, em nossa avaliação, que o Copom deve adotar uma postura firme no curto prazo, provavelmente estendendo o ciclo de alta da taxa Selic além da reunião de março (embora isso não tenha sido explicitamente mencionado). A nosso ver, a ata está alinhada com nosso cenário de taxa Selic terminal em 15,50%, após altas de 1,00 – 0,75 – 0,50 p.p. nas próximas três reuniões de política monetária. Porém, caso a taxa de câmbio se estabilize em patamares mais baixos e a desaceleração econômica se intensifique, o Copom poderá encerrar o ciclo de alta de juros em maio, em vez de junho, como projetado atualmente em nosso cenário-base;
  • Hoje, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica. No Brasil, as atenções estarão voltadas aos dados de produção industrial em dezembro. As estimativas apontam para terceira queda mensal consecutiva no índice geral da indústria (ao redor de -1%). Nos EUA, a sondagem de serviços ISM e o relatório ADP de emprego no setor privado serão os protagonistas (ambos referentes a janeiro). Conforme já divulgado nesta manhã, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em dezembro contra novembro, ligeiramente abaixo da mediana das projeções (0,5%). O índice ficou estável no acumulado em 12 meses.  


Empresas

Mineração e Siderurgia: Uma Perspectiva Atualizada sobre a Aura Minerals; Preços do Minério de Ferro Estáveis S/S

  • Os principais temas da semana foram nossa atualização sobre a Aura Minerals e a queda nos preços do vergalhão no Brasil. Observamos que:
    • Atualizamos nossas estimativas para a Aura Minerals, mantendo nossa recomendação de Compra e introduzindo um preço-alvo de R$33,00/BDR para o final de 2025, dado seu valuation atrativo com várias fontes de criação de valor;
    • Os preços do vergalhão caíram 7% S/S no Brasil, enquanto a paridade do aço longo está atualmente em -5% para o vergalhão turco (queda de 5 p.p. S/S), embora os preços do vergalhão do Egito sugiram paridade em níveis ligeiramente mais altos;
    • Por fim, vemos as ações da Vale precificando o minério de ferro a US$64/t, enquanto as ações da CBA estão a US$2.150/t, -38% e -17% em relação aos preços à vista do minério de ferro e do alumínio, respectivamente.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Os 5 principais temas do varejo alimentar global

  • Neste relatório temático, nos aprofundamos em cinco questões-chave para o varejo alimentar global: 1) O atacarejo é a melhor alternativa de baixo custo?; 2) As lojas de conveniência são operadas por varejistas de alimentos?; 3) O e-commerce é uma ameaça?; 4) Quais as razões para o sucesso do Walmart?; e 5) As farmácias se tornarão supermercados ou vice-versa?;
  • No geral, acreditamos que essas discussões trazem algumas conclusões importantes da nossa cobertura de varejistas alimentares brasileiros: 1) Acreditamos que podemos ver uma tendência para marcas próprias entre os atacarejos em meio à deterioração macroeconômica; 2) Marketplaces e agregadores parecem ser habilitadores importantes para apoiar a penetração online do varejo alimentar; e 3) As vendas de medicamentos nos EUA são, na sua maioria, realizadas através de farmácias ‘in-house’, sendo o principal fator o aumento da fidelidade dos consumidores;
  • Clique aqui e acesse o relatório completo.

BrasilAgro (AGRO3) | Prévia de Resultados do 2T25: Melhor, Mas Não Empolgante

  • A BrasilAgro deve reportar um trimestre melhor em comparação ao ano passado. Devido a volumes melhores e preços mais atrativos, esperamos uma Receita Líquida maior de R$ 155 milhões (+3% A/A). Além disso, a empresa deve apresentar um melhor desempenho operacional com EBITDA Ajustado de R$ 38 milhões (em comparação com R$ -17 milhões do 2T24).
  • No entanto, mesmo ao estimar resultados em melhoria, não acreditamos que os resultados do 2T25 sejam um catalisador para as ações, principalmente porque: (i) ainda prevemos um cenário pessimista para grãos; (ii) o mercado ainda está penalizando players mais ilíquidos em meio ao desafiador cenário macroeconômico; e (iii) vemos espaço limitado para novas vendas de terras após o aumento das taxas de juros.
  • Clique aqui e acesse o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.

  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Mercado móvel cresce 7 milhões de acessos em 2024; IoT puxa alta (Teletime);
    • JGP, de André Jakurski, volta a reduzir capital na Desktop (Teletime);
    • Alphabet, dona da Google, tem lucro de US$ 26,53 bi no 4º trimestre, alta de 28% (Valor);
    • 5G no Brasil ganha quase 20 milhões de acessos em 2024 (Teletime).
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Haddad diz que pacote fiscal aprovado pelo Congresso poupa R$ 30 bi no Orçamento (Estadão);
    • BC diz que alta dos alimentos vai se propagar pela economia e que descumprirá a meta de inflação (Estadão);
    • Banco Central indica nova alta de 1 ponto porcentual da Selic em março (Estadão);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • PepsiCo Seeks to Boost Sales Without Across-the-Board Price Cuts – BBG
      • Mexican beer, Kentucky bourbon: Alcohol caught in the crosshairs of Trump tariff threats – FoodDive
    • Alimentos
      • Egg Shortages Are Now Hitting Restaurants, With No Relief in Sight – BBG
      • JBS vai investir US$ 200 milhões nos EUA – GloboRural
      • Tyson Foods eleva previsão de vendas anuais impulsionada pela demanda por carne de frango e mercado suíno – Agrimídia
    • Agro
      • Wheat Hits Three-Month High as Market Awaits US-China Talks – BBG
      • ADM Weighing Asset Divestures in Push for Leaner Portfolio – BBG
    • Biocombustíveis
      • Etanol de cereais pode ser responsável por 40% da produção brasileira na próxima década – NovaCana
      • Projetos de combustível sustentável de aviação no Brasil somam R$ 40 bi – InfoMoney
    • Clique aqui para acessar o relatório completo
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Ministério da Saúde divulga 1º Informe Semanal sobre arboviroses e reforça controle das doenças (Ministério da Saúde);
    • Justiça garante atuação do farmacêutico na administração de injetáveis (Panorama Farmacêutico);
    • Genéricos: conheça os 10 mais vendidos no Brasil em 2024 (Guia da Farmácia);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Trump’s Gaza plan will be seen as flying in face of international law (BBC);
  • Gastos pressionam Orçamento em mais R$ 22,8 bi mesmo com pacote fiscal, dizem consultores da Câmara (Estadão);
  • JBS vai investir US$ 200 milhões nos EUA (GloboRural);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • RBR sofre a segunda grande saída de inquilinos em um intervalo de uma semana; dessa vez em escritórios (SiiLA);
    • Governo pretende ‘harmonizar’ interpretações sobre taxação de FIIs e Fiagros na reforma tributária, diz Haddad (Valor Econômico);
    • Deputado faz mobilização para derrubar vetos sobre os fundos FIIs e Fiagros (Correio Braziliense).
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Senadores querem revogar regra de emissões de metano para O&G estabelecida por Biden | Café com ESG, 05/02

  • O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,7% e 0,6%, respectivamente;

    No Brasil, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a companhia está olhando “seriamente” para biocombustíveis (principalmente biodiesel) e etanol, reforçando a estratégia de seu plano de investimento – a executiva ainda afirmou que “muito” vai acontecer na área de refino e transição energética na empresa em 2025;

    No internacional, (i) senadores republicanos dos EUA apresentaram ontem uma resolução para anular a taxa de emissão de metano para grandes produtores de petróleo e gás proposta pelo governo Biden – estabelecida no âmbito da Lei de Redução da Inflação, a taxa é destinada para instalações de petróleo e gás que emitem mais de 25.000 toneladas por ano de dióxido de carbono equivalente; e (ii) anorueguesa Equinor anunciou hoje uma redução em suas ambições de desenvolver a capacidade de energia renovável até 2030, representando a mais recente medida adotada por uma empresa de energia europeia em resposta ao deterioramento do mercado de renováveis – a Equinor segue os passos de BP e Shell, que também diminuíram seus planos de expansão, especialmente em eólica offshore, onde anteriormente esperavam se beneficiar de sua experiência na operação de produção de petróleo e gás no mar;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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