Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,7% e 0,6%, respectivamente.
• No Brasil, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a companhia está olhando “seriamente” para biocombustíveis (principalmente biodiesel) e etanol, reforçando a estratégia de seu plano de investimento - a executiva ainda afirmou que “muito” vai acontecer na área de refino e transição energética na empresa em 2025.
• No internacional, (i) senadores republicanos dos EUA apresentaram ontem uma resolução para anular a taxa de emissão de metano para grandes produtores de petróleo e gás proposta pelo governo Biden - estabelecida no âmbito da Lei de Redução da Inflação, a taxa é destinada para instalações de petróleo e gás que emitem mais de 25.000 toneladas por ano de dióxido de carbono equivalente; e (ii) a norueguesa Equinor anunciou hoje uma redução em suas ambições de desenvolver a capacidade de energia renovável até 2030, representando a mais recente medida adotada por uma empresa de energia europeia em resposta ao deterioramento do mercado de renováveis - a Equinor segue os passos de BP e Shell, que também diminuíram seus planos de expansão, especialmente em eólica offshore, onde anteriormente esperavam se beneficiar de sua experiência na operação de produção de petróleo e gás no mar.
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Brasil
Empresas
Petrobras está olhando seriamente para etanol e biocombustíveis, diz CEO
"A Petrobras (PETR4) está olhando muito seriamente para biocombustíveis e etanol, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro, reforçando indicação do plano de investimento da companhia. “Etanol será uma realidade, biodiesel será uma realidade,” disse Chambriard. A Petrobras planeja investimentos de cerca de 2,2 bilhões de dólares em um conjunto de destilarias de etanol, marcando sua reentrada no segmento do biocombustível, segundo apresentação feita no final do ano passado. Ela disse ainda que “muito” vai acontecer na área de refino e transição energética na empresa em 2025."
Fonte: InfoMoney; 04/02/2025
Petrobras reforça que respondeu a todas as demandas do Ibama sobre a Foz do Amazonas
"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, voltou a dizer, nesta terça-feira (4), que a companhia respondeu, em novembro, a todas as demandas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) sobre a licença na Foz do Amazonas. “Entregamos toda a demanda do Ibama nos últimos dias de novembro. Estamos construindo o centro de reabilitação da fauna, como foi demandado, no Oiapoque, que deve ficar pronto em março”, afirmou a executiva. “Agora, aguardamos a avaliação do Ibama sobre o material que entregamos.” Questionada sobre notícias recentes de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria pedido ao novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para “destravar” logo a questão, Magda não respondeu. Conforme publicado pelo Valor, na quinta-feira (30), o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que o centro de recuperação de fauna em Oiapoque (AP) é uma das condições para a aprovação da licença na Foz do Amazonas, parte da Margem Equatorial. Dado que a expectativa da Petrobras é finalizar a construção da unidade em março, Agostinho disse que a licença só deve avançar depois disso."
Fonte: Valor Econômico; 04/02/2025
Aneel nega pedido da Serena para suspender cortes na geração de energia renovável
"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou o pedido de medida cautelar protocolado pela empresa Serena Energia com o objetivo de suspender o corte de geração de energia renovável imposto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), prática conhecida como “curtailment”. Segundo a empresa, entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 a penalidade acumulada nos empreendimentos da Serena é da ordem estimada de R$ 35,6 milhões em razão da restrição da geração. A empresa também alega insuficiência e inadequação das informações e da classificação dos cortes de geração realizados pelo ONS. Os cortes ocorrem por três motivos: a falta de infraestrutura de transmissão, como linhas danificadas ou atrasadas, em que o gerador pode ser ressarcido por não ser responsável pelo problema; quando as linhas de transmissão atingem o limite de capacidade e a energia não pode ser escoada; e em caso de excesso de oferta em relação à demanda. Nos dois últimos casos, não há direito a compensação. Os diretores Fernando Mosna e Ricardo Chile votaram para determinar que o ONS classificasse como indisponibilidade externa as restrições de geração à Serena. No entanto, eles foram voto vencido pelos diretores Ludmila Lima, Agnes da Costa e Sandoval Feitosa. Em seu voto, o relator do processo, Fernando Mosna, destaca que a restrição de operação vem se tornando especialmente gravosa nos últimos meses. Diversas empresas têm registrado cortes significativos na geração de energia, com reduções que, em alguns casos, ultrapassam 50% da produção."
Fonte: Valor Econômico; 04/02/2025
Siderurgia verde no Brasil é viável com carvão vegetal, diz CEO da Aço Verde
"A presidente da Aço Verde Brasil, Silvia Nascimento, avalia que a siderurgia brasileira possui viabilidade econômica com uma base florestal sustentável, utilizando a rota do carvão vegetal proveniente de reflorestamento. Segundo Nascimento, as siderúrgicas brasileiras estão mais engajadas em encontrar soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e tornar suas operações intensivas em energia e carbono mais sustentáveis. Hoje, a maior cultura de Minas Gerais é o eucalipto, com 2,5 milhões de hectares, segundo a Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), porém a grande dificuldade está ainda em elevar o volume de madeira para produzir este aço verde. “O Brasil possui o setor de celulose mais desenvolvido do mundo, com uma produção estimada entre 25 e 30 milhões de toneladas neste ano. Toda essa produção é baseada no cultivo de eucalipto proveniente de reflorestamento. Curiosamente, a quantidade de madeira necessária para fabricar uma tonelada de celulose é maior do que a utilizada para produzir uma tonelada de aço verde”, disse durante o Forest Leaders Forum, evento que discute a siderurgia verde no Brasil. Ela acrescenta que o país dispõe de vastas áreas de terras degradadas que poderiam ser utilizadas para expandir a base florestal sem necessidade de desmatamento ou uso de matas nativas. O grande desafio, portanto, é desmistificar paradigmas e promover um entendimento mais preciso sobre o setor e suas práticas sustentáveis. A maior parte dos projetos anunciados no mundo utilizam a redução direta do carvão mineral com gás natural e hidrogênio, ou a reciclagem de sucata."
Fonte: Valor Econômico; 04/02/2025
Política
ANP apreende 100 mil litros de combustíveis em operação contra garimpo ilegal no Pará
"A Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU) resultou na apreensão de mais de 96 mil litros de combustíveis, incluindo óleo diesel, que abasteciam garimpos ilegais no Pará. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou e autuou fornecedores irregulares, incluindo postos de combustíveis, transportadores fluviais e pontos de abastecimento clandestinos. A interrupção desse fluxo foi considerada essencial para desarticular a logística do garimpo na região. Coordenada pela Casa Civil, a Operação Munduruku reuniu forças de segurança e órgãos federais, como os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e dos Povos Indígenas, além da Polícia Federal, Exército e Ibama. Em quase três meses de atuação, as ações causaram um prejuízo de R$ 112,3 milhões às atividades ilícitas e resultaram na destruição de 90 acampamentos, 15 embarcações, 27 máquinas pesadas e 224 motores usados na mineração ilegal. A operação, fundamentada na ADPF 709 do Supremo Tribunal Federal (STF), busca proteger territórios indígenas contra invasões e impactos ambientais. Além da repressão ao garimpo, a Polícia Federal intensificou investigações sobre a comercialização ilegal de ouro, desarticulando redes criminosas envolvidas na atividade. Com a conclusão da primeira fase, novas etapas serão executadas para garantir a retirada completa dos invasores e impedir a retomada das atividades ilegais. O governo mantém o monitoramento da área e promete reforçar o combate à exploração mineral clandestina na Amazônia."
Fonte: Eixos; 04/02/2025
Internacional
Empresas
Crise climática pode gerar perdas de mais de R$ 8 trilhões no mercado imobiliário americano
"Tempestades, enchentes, incêndios florestais: a nova realidade imposta pelo clima assola os EUA e além das perdas humanas, há as econômicas — e nenhum setor está imune. Um novo estudo da empresa de modelagem financeira de risco First Street relevou que as mudanças climáticas podem levar a um prejuízo de US$ 1,47 trilhão (R$ 8,38 trilhões) no mercado imobiliário americano, avaliado em US$ 50 trilhões (R$ 294,77 trilhões). Como principais agravantes da desvalorização de imóveis, está o aumento nos custos de seguro e a mudança na demanda dos consumidores para áreas menos vulneráveis a eventos climáticos extremos. Enquanto áreas costeiras estão cada vez mais ameaçadas pela elevação do nível do mar, regiões do interior enfrentam ondas de calor, secas e inundações cada vez mais intensas. Segundo a análise, os custos de seguro têm subido rapidamente e pressionam proprietários a migrarem de de áreas de alto risco climático, especialmente no Sun Belt, região sul e oeste do país. As cinco áreas metropolitanas mais impactadas pela alta nos seguros são Miami, Jacksonville, Tampa, Nova Orleans e Sacramento. Recentemente, o banco JP Morgan estimou que os incêndios devastadoras na Califórnia podem custar às seguradoras mais de US$ 20 bilhões (R$ 117,908 bilhões). Já as perdas econômicas de US$ 52 bilhões a 57 bilhões, segundo projeções da AccuWeather. O estudo se baseia em modelos revisados por pares para prever os impactos da crise climática sobre preços de seguros, fluxos migratórios e padrões econômicos. Além disso, a First Street estima que os seguros podem subir 29,4% até 2055, sendo 18,4% uma correção de "subprecificação atual" - e 11% um ajuste devido ao risco climático."
Fonte: Exame; 04/02/2025
Equinor corta meta de energia renovável devido aos ventos contrários do setor
"A norueguesa Equinor anunciou na quarta-feira uma redução em suas ambições de desenvolver a capacidade de energia renovável até 2030, representando a mais recente medida adotada por uma empresa de energia europeia em resposta ao deterioramento do mercado de energias renováveis. A Equinor segue os passos de seus pares BP e Shell, que também diminuíram seus planos de expansão em energia renovável, especialmente na energia eólica offshore, onde anteriormente esperavam se beneficiar de sua experiência na operação de produção de petróleo e gás no mar. O setor de energia eólica offshore tem enfrentado desafios significativos, incluindo aumentos nas taxas de juros, inflação de custos, gargalos na cadeia de suprimentos, mudanças nos regimes regulatórios e margens pouco atrativas, o que tem testado a paciência dos investidores. “Para as energias renováveis, a ambição de capacidade instalada foi reduzida para 10-12 gigawatts até 2030”, afirmou a Equinor em uma atualização de estratégia na quarta-feira. Esse novo número é inferior à meta anterior de 12-16 gigawatts (GW) até 2030, estabelecida pela Equinor em 2021. A empresa justificou essa revisão como uma adaptação às condições de mercado e como uma forma de fortalecer a criação de valor para os acionistas. A nova meta inclui a participação de 10% da Equinor na desenvolvedora offshore dinamarquesa Ørsted, a maior do mundo, bem como sua participação de 16,2% na empresa de energia solar Scatec. Além disso, a Equinor está descartando uma meta anterior de alocar 50% de suas despesas brutas de capital para soluções renováveis e de baixo carbono."
Fonte: Reuters; 05/02/2025
O Earth Fund de US$ 10 bilhões de Jeff Bezos corta relações com um grupo climático
"O fundo filantrópico de US$ 10 bilhões de Jeff Bezos decidiu interromper seu apoio à Science Based Targets Initiative (SBTi), o principal órgão voluntário de definição de padrões climáticos do mundo. Essa medida ocorre em meio a um aumento do escrutínio sobre a influência do fundo no órgão e é vista como parte dos esforços do bilionário para conquistar a favorabilidade do presidente dos EUA, Donald Trump. De acordo com três fontes familiarizadas com a decisão, o Bezos Earth Fund encerrou seu apoio à SBTi, que é reconhecida mundialmente por regular a forma como empresas como Apple e H&M podem obter um rótulo confiável de “net zero”. A decisão foi tomada após membros da equipe da SBTi expressarem preocupações sobre a influência do fundo de Bezos no ano passado, além de relatos do Financial Times que indicavam que tanto o fundo quanto assessores do ex-enviado climático dos EUA, John Kerry, haviam exercido pressão para que a organização permitisse o uso generalizado de créditos de carbono controversos pelas empresas. O fundo de Bezos afirmou anteriormente ao Financial Times que não “tomava decisões” em conjunto com a SBTi e que não tinha envolvimento em sua posição sobre compensações. Duas fontes familiarizadas com a relação de financiamento indicaram que a decisão de interromper o apoio ao SBTi após dezembro de 2024 foi parcialmente motivada pelo desejo de Bezos de evitar descontentamento com Trump, que já havia rotulado a mudança climática como uma farsa."
Fonte: Financial Times; 05/02/2025
Política
Confirmadas as escolhas do gabinete de Trump para as funções de energia e meio ambiente
"Com a confirmação do executivo do setor de fracking, Chris Wright, como secretário de energia, as escolhas de Trump para os principais cargos relacionados ao meio ambiente e à energia foram finalizadas. O ex-deputado Lee Zeldin, de Nova York, agora lidera a Agência de Proteção Ambiental, e o ex-governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, está à frente do Departamento do Interior e de um recém-formado Conselho Nacional de Energia. Durante as audiências de confirmação, os indicados para o gabinete enfrentaram perguntas dos senadores sobre suas crenças em relação à mudança climática e seus planos para as regulamentações ambientais e de energia. Como executivo-chefe da Liberty Energy, Chris Wright, o novo Secretário de Energia, foi um doador de campanha que afirmou não haver “crise climática” ou necessidade de transição energética. No entanto, durante sua audiência de confirmação, ele disse aos senadores que acredita na mudança climática e que apoia todas as formas de “energia acessível e confiável”. O Senado confirmou Wright na segunda-feira. “A energia é a força vital que torna tudo na vida possível. A energia é importante”, escreveu Wright em uma publicação no X em novembro. Como chefe do Departamento de Energia, Wright supervisionará o Loan Programs Office (Escritório de Programas de Empréstimos), que abriga um programa de empréstimos de US$ 400 bilhões, destinado a financiar fabricantes de baterias, fabricantes de painéis solares e outros projetos de energia limpa. Trump já emitiu uma ordem executiva interrompendo o desembolso de fundos de acordo com as leis climáticas da era Biden."
Fonte: The Wall Street Journal; 04/02/2025
Japão planeja subir meta de conteúdo local para parques eólicos offshore de 60% para 70%
"O Japão pretende aumentar sua meta de aquisição doméstica para parques eólicos offshore para aproximadamente 70% em 2040, dos atuais 60%, apurou o “Nikkei Asia”, em uma tentativa de construir a cadeia de suprimentos local com investimento estrangeiro. A nova meta será finalizada no verão. Um painel de especialistas irá começar as reuniões no fim deste mês para discutir a meta de aquisição e as medidas de suporte necessárias. A meta de aquisição se refere à parcela por valor que os componentes feitos no Japão -- juntamente com a participação de empresas nacionais -- compõem no total de investimentos para energia eólica offshore. O Japão não tem fabricantes de turbinas eólicas e depende de importações para componentes essenciais. Empresas ocidentais como GE Vernova, Vestas e Siemens Gamesa Renewable Energy dominam o setor. Nenhum desses fabricantes tem unidades no Japão que produzam pás de turbinas, nacelas e outros componentes importantes. As empresas japonesas estão amplamente confinadas a outras áreas, como instalação e operação. Um parque eólico que começou a operar na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, em janeiro de 2024 foi o primeiro projeto a atingir o limite de aquisição local de 60%. O parque eólico foi desenvolvido pela Green Power Investment, sediada em Tóquio. Alcançar a meta de aquisição mais alta exigirá que fornecedores ocidentais construam fábricas no Japão e que empresas japonesas tenham capacidade para fornecer peças e materiais. Uma única nacela, o grande módulo que abriga os componentes de geração da turbina, precisa de mais de 10 mil peças."
Fonte: Valor Econômico; 04/02/2025
Mundo teve o mês de janeiro mais quente já registrado, aponta estudo
"O mês passado foi o janeiro mais quente já registrado, com as temperaturas médias globais subindo 1,75 °C acima dos níveis pré-industriais. A temperatura foi, em média, de 13,2°C (55,8°F), segundo dados preliminares do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts, instituto de pesquisa sediado no Reino Unido apoiado por 35 Estados. Os dados do ECMWF foram publicados pelo Climate Change Institute da University of Maine. Em publicação detalhando os novos dados, o cientista climático Zeke Hausfather disse que ficou surpreso ao ver outra alta histórica, dadas as expectativas de que La Niña tornaria 2025 mais frio do que o recorde de calor de 2024. "Isso significa que janeiro de 2025 se destaca como anômalo, mesmo para os padrões dos últimos dois anos", escreveu ele. Após anos recordes consecutivos em 2023 e 2024, o mundo vem segurando o calor mesmo quando o ano novo começou. Dezembro foi o segundo mais quente já registrado, tanto em terra quanto no oceano, disseram os Centros Nacionais de Informação Ambiental dos EUA. Apesar de um fraco La Niña resfriando o Pacífico equatorial daquele mês, recordes estão sendo estabelecidos no Mar do Caribe, assim como no Oceano Índico e outras partes do Pacífico. Temperaturas recordes cobriram 6,6% da superfície mundial em dezembro, disse a agência. Se o registro for confirmado, ele reforçará a pesquisa que mostra que o aquecimento em todo o planeta não está apenas aumentando, mas acelerando."
Fonte: Valor Econômico; 04/02/2025
Senadores apresentam resolução para anular a regra de Biden sobre a taxa de metano
"Os republicanos do Senado dos EUA apresentaram na terça-feira uma resolução para anular a taxa proposta pelo governo Biden sobre as emissões de metano, uma das últimas medidas da Agência de Proteção Ambiental (EPA) para forçar os grandes produtores de petróleo e gás a reduzir as emissões desse poderoso gás de efeito estufa. A resolução, apresentada pelos senadores republicanos John Kennedy, da Louisiana, e John Hoeven, da Dakota do Norte, foi feita de acordo com a Lei de Revisão do Congresso (CRA), que permite ao Congresso reverter novas regras federais com uma maioria simples. Essa resolução anularia a taxa crescente estabelecida pela agência, que eles chamaram de imposto. “Os americanos querem que nosso país ‘perfure, baby, perfure’ para reduzir seus custos de energia. Para restaurar o domínio energético americano, precisamos derrotar as políticas antienergia e os impostos que o governo Biden nos impôs”, disse Kennedy. A taxa sobre o metano foi determinada pela Lei de Redução da Inflação de 2022, que instruiu a EPA a estabelecer uma taxa sobre as emissões de metano para instalações que emitem mais de 25.000 toneladas por ano de dióxido de carbono equivalente. O metano é o gás de efeito estufa mais prevalente, depois do dióxido de carbono, e tende a vazar para a atmosfera sem ser detectado em locais de perfuração, gasodutos e outras operações de petróleo e gás. A taxa começou em US$ 900 por tonelada métrica de metano emitida em 2024, aumentando para US$ 1.200 em 2025 e US$ 1.500 em 2026 e anos seguintes."
Fonte: Reuters; 04/02/2025
"A maioria dos corpos d’água de superfície da União Europeia está poluída por produtos químicos, afirmou a Comissão Europeia na terça-feira, em um relatório que revela o estado danificado dos recursos hídricos da Europa. A União Europeia está elaborando planos este ano para enfrentar a escassez de água e as secas, que estão sendo agravadas pela mudança climática, além de lidar com a intensa pressão sobre os suprimentos de água proveniente da agricultura, da poluição e da urbanização em expansão. De acordo com a avaliação da UE, apenas 39,5% dos corpos d’água superficiais da UE, como lagos, rios e águas costeiras, estavam em boas condições ecológicas em 2021. Apenas 26,8% apresentavam um bom status químico, em comparação com 33,5% em 2015. O relatório observou melhorias parciais — por exemplo, em plantas aquáticas em lagos — mas essas melhorias não foram suficientes para salvar a saúde geral dos corpos d’água. A situação é melhor nos corpos d’água subterrâneos da Europa, 86% dos quais tinham um bom estado químico, embora os nitratos provenientes da agricultura estejam poluindo os suprimentos de água subterrânea na maioria dos países da UE, segundo os dados. “A situação da água na UE está ruim”, disse a Comissária do Meio Ambiente da UE, Jessika Roswall, à Reuters em uma entrevista no mês passado. “Há muito tempo consideramos a água como algo garantido. E acho que agora é hora de mudarmos nossa mentalidade.” Abordar essa questão será um desafio político, principalmente porque isso envolverá enfrentar o impacto substancial que a agricultura tem sobre o abastecimento de água, por meio da irrigação e da poluição, como os nitratos dos fertilizantes que vazam dos campos."
Fonte: Reuters; 04/02/2025
"Um grupo de especialistas em finanças sustentáveis, encarregado de aconselhar a União Europeia, propôs alterações nas regras do bloco para classificar as atividades favoráveis ao clima. Segundo os especialistas, essas mudanças reduzirão em um terço a carga de relatórios exigida das empresas. A proposta de simplificação do conjunto de regras de investimento verde do bloco antecede uma revisão abrangente das normas de sustentabilidade da União Europeia e ocorre enquanto Bruxelas elabora planos para diminuir a burocracia relacionada ao financiamento verde. A UE enfrenta pressão de países membros, como a França, para tornar as regras de negócios mais simples, especialmente em um contexto em que a busca por desregulamentação promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, gera preocupações sobre a competitividade do bloco. Para estimular o investimento verde em toda a região e aliviar a carga sobre as empresas, os consultores da UE sugeriram, em um documento apresentado na quarta-feira, a solicitação de menos informações de algumas empresas e a introdução de flexibilidade no uso de proxies e estimativas, além de outras medidas que visam simplificar a regulamentação da taxonomia da UE. A taxonomia da UE é um sistema complexo que classifica quais setores da economia podem ser considerados sustentáveis. As empresas abrangidas por essa taxonomia devem divulgar quais investimentos, atividades de empréstimo ou partes de suas operações comerciais estão em conformidade com os critérios estabelecidos."
Fonte: Reuters; 05/02/2025
A maioria dos grandes poluidores não cumprirá o prazo da ONU para as metas climáticas de 2035
"A União Europeia, a Austrália, a África do Sul e a Índia estão entre os grandes poluidores que devem perder o prazo estabelecido pela ONU para a apresentação de novas metas climáticas, enfrentando restrições econômicas e pressão política após a eleição de Donald Trump. De acordo com o processo iniciado pelo Acordo de Paris, assinado há quase uma década, quase 200 países devem submeter novos planos climáticos à ONU até o início da próxima semana. Esses planos devem incluir metas específicas para a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2035. Muitos países estão distantes de atingir as metas estabelecidas para 2030, com as emissões ainda em ascensão, apesar dos alertas dos cientistas de que, para limitar o aquecimento global, elas devem ser reduzidas em quase 50% até o final da década em comparação com os níveis de 2019. Embora algumas nações, como o Reino Unido, tenham conseguido apresentar metas atualizadas, espera-se que muitas das maiores economias do mundo não cumpram o prazo, conforme informado por fontes com conhecimento dos planos ao Financial Times. A decisão do presidente Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a bem menos de 2°C e, preferencialmente, a 1,5°C, prejudicou os esforços de ação climática. Nick Mabey, cofundador do grupo de reflexão sobre o clima E3G, afirmou que apenas cerca de um quarto a um terço das economias do G20 devem apresentar suas metas dentro do prazo. “Devido ao impacto da presidência dos EUA e a todas as outras questões, há pouca atenção dos líderes para essa questão”, disse ele."
Fonte: Financial Times; 05/02/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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