IBOVESPA -0,40% | 122.483 Pontos
CÂMBIO -0,32% | 5,93/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O principal destaque positivo do pregão na Bolsa brasileira foi a Marfrig (MRFG3, +4,1%), continuando movimento de recuperação após queda provocada por notícias sobre a gripe aviária nos EUA. Já o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3, -5,6%) registrou desvalorização, após um banco de investimentos rebaixar a recomendação da companhia de neutra para venda.
Nesta sexta-feira, teremos a divulgação do IPCA-15 de janeiro e, pela temporada de resultados internacional do 4T24, serão publicados os balanços de American Express, NextEra, e Verizon.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte abertura ao longo da curva. No Brasil, a aversão ao risco do mercado se intensificou após notícias que apontaram a utilização de subsídios pelo governo visando a redução dos preços de alimentos. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 15,07% (+14,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,36% (+21,5bps); DI jan/29 em 15,21% (+21,8bps); DI jan/31 em 15,17% (+22,7bps).
Nos EUA, os investidores reagiram positivamente ao pronunciamento do presidente Trump, que sinalizou para a manutenção de boas relações comerciais com a China. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia estáveis em 4,29%, enquanto os de dez anos subiram para 4,65% (+5,0bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%), em meio à temporada de resultados.
Na Europa, as bolsas operam em leve alta (Stoxx 600: 0,3%), impulsionadas por luxo após resultado positivo da Burberry. Na China, as bolsas fecharam positivas (CSI 300: 0,8%; HSI: 1,9%) ante otimismo em relação à política comercial de Trump e expectativa de menores tarifas. O Japão elevou em 25 bps sua taxa de juros, como amplamente esperado.
IFIX
O índice de fundos imobiliários, o IFIX, apresentou leve queda de 0,44% na quinta-feira. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,30%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de -0,49% no dia. Os destaques positivos do dia foram DEVA11 (+3,7%), HCTR11 (+3,3%) e BLMG11 (+1,7%). Já os principais destaque negativos foram RCRB11 (-3,0%), HGFF11 (-2,1%) e XPSF11 (-2,1%).
Economia
O presidente dos EUA, Donald Trump, participou ontem (por vídeo) do Fórum Econômico Mundial de Davos. Ele disse que pedirá à Arábia Saudita e à Opep para reduzirem o preço do petróleo. Além disso, Trump afirmou que exigirá corte nas taxas de juros dos EUA, e acrescentou que elas deveriam estar caindo no mundo inteiro. Apesar de reforçar comentários sobre o aumento de tarifas de importação, o presidente não forneceu sinais específicos sobre o momento e a magnitude das mudanças.
O Banco do Japão (BoJ) elevou sua taxa básica de juros de 0,25% para 0,50%, o maior patamar em 17 anos. O presidente da instituição, Kazuo Ueda, sinalizou alta adicional adiante, refletindo otimismo em relação ao aumento dos salários e da inflação na economia asiática. No entanto, a autoridade trouxe poucas pistas sobre o momento e o ritmo de futuros ajustes nos juros. Os mercados esperam mais uma elevação de 0,25 p.p. até o final deste ano.
No Brasil, a alta da inflação de alimentos ficou no centro das atenções ontem. O governo negou notícias de que estaria formulando medidas como a criação de uma rede popular de alimentos para controlar preços. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não tem no horizonte usar espaço fiscal ou subsídios para esse objetivo. Prevemos inflação de alimentos (IPCA) ao redor de 10% em 2025, com destaque à pressão nos preços de carnes.
Hoje, destaque para a divulgação do IPCA-15 de janeiro (prévia da inflação mensal). Esperamos ligeira queda de 0,03% na comparação com dezembro, refletindo descontos na tarifa de energia elétrica devido ao pagamento do bônus da usina de Itaipu, embora métricas relevantes para a política monetária devam permanecer em níveis preocupantes. Além disso, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a dezembro.
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Economia
Trump pede redução nos preços do petróleo e cortes nas taxas de juros; no Brasil, preocupações crescentes com a inflação de alimentos
- O presidente dos EUA, Donald Trump, participou ontem (por vídeo) do Fórum Econômico Mundial de Davos. “Vou exigir que as taxas de juros caiam imediatamente. E, da mesma forma, elas deveriam estar caindo no mundo todo”, disse Trump. Além disso, a autoridade afirmou que pedirá à Arábia Saudita e à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que reduzam o preço da commodity. O político disse ainda que os líderes empresariais enfrentarão tarifas se fabricarem seus produtos fora dos EUA. Apesar de reforçar comentários sobre o aumento de tarifas de importação, ele não deu sinais específicos sobre o momento e a magnitude das mudanças. Os preços do petróleo recuaram após a fala de Trump, enquanto o dólar oscilou entre ganhos e perdas e o índice acionário S&P se aproximou da máxima histórica. A taxa de câmbio brasileira encerrou a sessão em R$/US$ 5,93, o menor patamar desde o final de novembro;
- O Banco do Japão (BoJ) elevou sua taxa básica de juros de 0,25% para 0,50%, o maior patamar em 17 anos. O presidente do banco central, Kazuo Ueda, sinalizou alta adicional adiante, refletindo otimismo em relação ao aumento dos salários e da inflação na economia asiática. No entanto, a autoridade forneceu poucas pistas sobre o momento e o ritmo de futuros ajustes nos juros, afirmando que as decisões serão baseadas em quão rápido a inflação mostrar convergência sustentável em direção à meta de 2%. A decisão, amplamente esperada pelo mercado, marca outro passo de afastamento do quadro de deflação e crescimento econômico estagnado que vem preocupando o país por décadas. O Iene subiu 0,8% para 154,8 por dólar após a decisão de política monetária, mas reduziu os ganhos após a coletiva de imprensa conduzida por Ueda. Enquanto isso, a taxa de juros de 2 anos do título público japonês (JGB) atingiu 0,725%, um nível visto pela última vez em outubro de 2008. Os mercados esperam mais uma alta de 0,25 p.p. nos juros de referência até o final deste ano;
- No Brasil, a alta da inflação de alimentos ficou no centro das atenções ontem. O governo negou notícias de que estaria formulando medidas como a criação de uma rede popular de alimentos para controlar preços. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não tem no horizonte usar espaço fiscal ou subsídios para esse objetivo. Segundo a autoridade, “não há espaço fiscal para isso” e “o que vai resolver esse problema não é esse tipo de medida, e sim melhorarmos a concorrência, o ambiente de negócios, as contas externas”. Prevemos inflação de alimentos (IPCA) ao redor de 10% em 2025, com destaque à pressão nos preços de carnes;
- Hoje, destaque para a divulgação do IPCA-15 de janeiro (prévia da inflação mensal). Esperamos ligeira queda de 0,03% na comparação com dezembro, refletindo descontos na tarifa de energia elétrica devido ao pagamento do bônus da usina de Itaipu, embora métricas relevantes para a política monetária devam permanecer em níveis preocupantes. Além disso, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a dezembro. Estimamos déficit em conta corrente de US$ 12,4 bilhões no mês e de US$ 59,2 bilhões em 2024 (-2,6% do PIB). Por sua vez, o Investimento Direto no País (IDP) deve mostrar ingresso líquido de US$ 66,3 bilhões no ano passado (3,0% do PIB), a despeito da saída de US$ 2,0 bilhões em dezembro. No exterior, os agentes de mercado irão monitorar indicadores de atividade dos EUA: PMIs (Índices de Gerentes de Compras) da Indústria e de Serviços referentes a janeiro; sondagem do consumidor da Universidade de Michigan de janeiro; e vendas de casas usadas em dezembro.
Commodities
Papel e Celulose: Suzano anunciou outra rodada de aumentos de preços da celulose; futuros de BHKP em ~US$580/t para Fev’25
- Nesta semana, destacamos:
- A Suzano anunciou uma segunda rodada de aumentos de preços para fibra curta de US$20/t na Ásia e US$60/t na Europa e América do Norte para Fev’25;
- Os volumes de importação de cavacos de madeira aumentaram na China em Dez’24, com uma contribuição maior do Vietnã, implicando em uma redução no preço médio dos cavacos importados;
- Lançamos nosso Preview de Resultados do 4T24E para ações de Papel e Celulose, com a Suzano como destaque;
- Por fim, a Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 5,6x para 2025, com um desconto de 17% em relação à sua média histórica de 6,8x, enquanto Klabin e Irani estão sendo negociadas a um EV/EBITDA de 7,2x e 4,8x, respectivamente.
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Empresas
Intelbras (INTB3): Prosperando em ciclos desafiadores | Modelo de negócios robusto e poder de precificação
- Uma preocupação comum dos investidores em relação à Intelbras é a trajetória operacional futura da empresa em meio a um cenário macroeconômico em deterioração. Este relatório analisa como a Intelbras navegou no último cenário macroeconômico desafiador no Brasil (pré-Covid);
- Durante 2014-18, um período de alta inflação, taxas de juros e depreciação da moeda, a Intelbras alcançou um CAGR de dois dígitos na receita, mantendo margens EBITDA estáveis, demonstrando sua robustez e poder de precificação;
- Essa análise corrobora nossa perspectiva positiva sobre a empresa, pois ela não apenas resistiu ao ambiente desafiador, mas também saiu fortalecida. Desde então, a companhia fortaleceu sua estrutura de capital pós-IPO e expandiu a diversificação entre os segmentos;
- Acreditamos que suas vantagens competitivas e capacidade de execução prevalecerão apesar de um ambiente macroeconômico adverso. Portanto, mantemos nossa recomendação de compra.
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Boa Safra (SOJA3) | Valor e crescimento, mas sem catalisadores no curto prazo
- Estamos publicando nossa prévia para o 4T24 e atualizando nossas estimativas, reduzindo nosso preço-alvo à medida que incorporamos um custo de capital mais alto e expectativas de crescimento marginalmente menores no futuro;
- O ano de 2024 foi frustrante, que atribuímos a uma estratégia comercial errática que pode ter sido excessivamente conservadora devido a restrições de oferta decorrentes de quebras de safra em certas regiões;
- No entanto, a perspectiva para 2025 é mais favorável, e esperamos que a empresa retorne ao seu status quo: avançando em seus esforços de comercialização à frente dos concorrentes, aproveitando suas vantagens de escala e recuperando participação de mercado (que esperamos que decline em 2024);
- Continuamos a ver valor e um forte potencial de crescimento na tese de investimento, pois estimamos que as ações sejam negociadas a 7,0x P/E para 2025, com um CAGR de Lucro por Ação de 25% entre 2024 e 2026;
- No entanto, dada a baixa visibilidade dos resultados da empresa e as frustrações recentes com os resultados, juntamente com um ambiente mais desafiador para small caps, não enxergamos catalisadores de curto prazo;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Nubank ultrapassa Itaú em número de clientes e se torna terceiro maior do Brasil (Valor);
- BNDES anuncia mais R$ 4,8 bi para crédito pelo Plano Safra (Folha);
- Nubank estuda nova sede em São Paulo – e não é na Faria Lima (Brazil Journal);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Brisanet soma 337 mil clientes de telefonia móvel em ano de estreia (Teletime);
- Brisanet registra alta de 12,2% na base de clientes de internet banda larga em dezembro (Valor);
- Anatel não aceita prorrogar consulta do edital de 700 MHz (Teletime);
- Apple e Google são investigados no Reino Unido por suposto domínio em serviços móveis (Valor).
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Abras rebate Abrafarma sobre venda de remédios: ‘preocupada em manter a reserva de mercado’ (Valor Econômico);
- Com inflação em alta, governo estuda subsídio de alimentos para a baixa renda (Bloomberg Línea);
- Fusão entre Petz e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade (Times Brasil);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Unimed Ferj: Cooperativa de anestesistas pode interromper atendimento por falta de pagamento (O Globo);
- Faturamento da EMS pode chegar a US$ 4 bi com genérico do Ozempic (Panorama Farmacêutico);
- Dengue: ‘2025 vai ser difícil e dependerá de medidas tradicionais’, diz diretor do Butantan (Veja);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- President Donald Trump says he’ll ‘demand that interest rates drop immediately’ (CNBC);
- Haddad descarta subsídio e aposta em dólar em queda e safra recorde para baixar preço dos alimentos (Estadão);
- Controlada da CCR avalia investir quase R$500 mi em expansão ferroviária em SP (InfoMoney);
- Ratings ‘BB/B’ e ‘brAAA/brA-1+’ do Banco Pan retirados a pedido do emissor (S&P Global);
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Estratégia
MSCI Brazil: prévia do rebalanceamento de fevereiro de 2025
- No dia 11 de fevereiro, a MSCI divulgará as mudanças nas composições de seus índices globais, que serão implementadas em 03 de março.
- De acordo com as nossas estimativas, as ações da CSN (CSNA3) devem ser removidas dos índices na próxima revisão. Além disso, Hypera (HYPE3) e a empresa brasileira listada na NASDAQ Inter & Co. (INTR/INBR32) também correm o risco de deixar a carteira do MSCI.
- Também analisamos as mudanças do MSCI Brazil nos últimos cinco anos para entender melhor como o rebalanceamento impacta o preço e o volume. Calculamos os retornos médios e o volume financeiro total das ações incluídas e excluídas dos índices em cada revisão trimestral.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII propõe compra de imóveis em conflito de interesse, e cotistas têm até fevereiro para decidir (Valor Econômico);
- Anbima e CNF defendem derrubada de vetos de Lula sobre fundos na reforma tributária (Valor Econômico);
- Fundos imobiliários de imóveis educacionais: o que aconteceu com o setor? (Fiis).
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ESG
Lula sanciona, com vetos, Programa de Aceleração da Transição Energética | Café com ESG, 24/01
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4%, e 0,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a São Martinho garantiu um financiamento de US$165 milhões junto à International Finance Corporation (IFC) destinado à construção da primeira planta de biometano da companhia, localizada na Unidade Santa Cruz, no estado de SP – a fábrica utilizará a vinhaça da cana-de-açúcar para produzir o gás renovável, com capacidade inicial de 15 milhões de metros cúbicos por safra e contribuindo para a redução de até 32 mil toneladas de emissões de gases de efeito estufa por ano; e (ii) o presidente Lula sancionou ontem, com vetos, a lei que instituiu o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) – de forma geral, o programa é um “fundo verde” que financiará ações para mudança das atuais fontes de energia para outras mais limpas;
- No Fórum Econômico Mundial, a vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Teresa Ribera, afirmou que a União Europeia (UE) quer ajudar a indústria automobilística da Europa a competir com a China, possivelmente utilizando subsídios europeus para estimular a demanda por veículos elétricos – Ribera disse que as autoridades ainda estão estudando as opções para definir um programa de incentivos;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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