IBOVESPA -0,6% | 132.236 Pontos
CÂMBIO -0,9% | 5,58/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em queda de 0,6%, aos 136.236 pontos, estendendo o movimento de correção iniciado nos últimos dias. Desde a máxima local registrada em 27 de maio, o índice já acumula perda de 2,4%.
No Brasil, os investidores seguem atentos ao cenário político, aguardando maiores detalhes das alterações do IOF e o novo pacote fiscal que deve ser apresentado pelo governo na próxima semana (veja aqui a análise do nosso time de economia). Nesse cenário, a curva de juros apresentou abertura e perda de inclinação, o que pressionou especialmente os ativos sensíveis aos juros. Já no cenário global, Donald Trump afirmou que conversou com o presidente da China, Xi Jinping, indicando que a conversa resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países. O dólar se desvalorizou, finalizando o dia em R$ 5,59 (-0,9%).
O destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi Suzano (SUZB3, +6,3%), após anunciar uma joint venture de US$ 3,4 bilhões com a Kimberly-Clark, controladora da marca Kleenex. Hapvida (HAPV3, -5,9%) ficou na ponta oposta, repercutindo os dados da Agência Nacional de Saúde, que indicaram que a companhia perdeu 28 mil beneficiários em abril (veja aqui mais detalhes).
Para o pregão desta sexta-feira, todos os olhos estarão voltados para a divulgação do relatório de empregos (Non-farm Payroll) referente a maio nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com uma forte abertura da curva. No Brasil, as taxas refletiram a percepção crescente de que o Copom pode não ter finalizado o ciclo de aumento da Selic. A expectativa de um aumento da taxa básica em 25 pontos-base para reunião do Copom em junho passou de 30% para 60%.
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,92% (+5,36bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,39% (+3,19bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,91% (+8,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,37% (+15,4bps); DI jan/29 em 13,79% (+16,3bps); DI jan/31 em 13,93% (+16,1bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,5%; Nasdaq 100: +0,5%), enquanto investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego. Na véspera, os índices fecharam em queda, pressionados por perdas nas ações da Tesla após novo embate entre Elon Musk e o presidente Donald Trump. O S&P 500 recuou 0,5%, o Nasdaq caiu 0,8% e o Dow Jones, que não inclui a Tesla, cedeu 0,3% (108 pontos). Apesar do pregão negativo, os principais índices acumulam ganhos na semana.
As taxas das Treasuries sobem nesta manhã, com a de 10 anos avançando mais de 3 bps, e a de 2 anos subindo mais de 5 bps.
Na Europa, as bolsas operam mistas (Stoxx 600: estável), com o FTSE 100 em alta de 0,15%, apoiado por petroleiras, enquanto o DAX recua 0,2% e o CAC 40 perde 0,1%. O setor automotivo cai 0,5% após a forte queda da Tesla, com BMW (-1,0%), Volkswagen (-0,9%) e Stellantis (-0,8%) entre os destaques negativos.
Na China, os mercados fecharam em queda após ligação entre Trump e Xi Jinping (CSI 300: -0,1%; HSI: -0,5%), apesar de segundo Trump, a conversa ter sido “muito boa” e resultado em um desfecho “positivo para ambos os países”, o que animou parte do mercado.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a quinta-feira praticamente estável, com leve alta de 0,01%. O destaque negativo ficou por conta dos Fundos de Papel, que recuaram em média 0,31%, enquanto os FIIs de Tijolo registraram alta média de 0,17%, mesmo com a forte abertura da curva de juros. Entre as maiores altas do dia estiveram BLMG11 (+2,8%), VINO11 (+2,0%) e HGRU11 (+1,7%). Já ITRI11 (-2,3%), KORE11 (-2,2%) e GTWR11 (-1,7%) figuraram entre as principais quedas.
Economia
Nos Estados Unidos, foram realizadas 247 mil solicitações de seguro-desemprego na semana passada, enquanto o mercado projetava 235 mil, mais um dado fraco de mercado de trabalho. Hoje o destaque fica pela divulgação do Payroll, para o qual o mercado projeta geração líquida de 126 mil empregos. Ontem, o Banco Central Europeu reduziu as taxas básicas de juros em 0,25 p.p., em linha com o esperado. A decisão visa a apoiar o crescimento econômico num contexto de arrefecimento da inflação e de persistentes incertezas no comércio mundial.
No Brasil, não há divulgação de indicadores relevantes nessa sexta-feira.
Veja todos os detalhes
Economia
Payroll como principal destaque dessa sexta-feira
- Nos Estados Unidos, foram realizadas 247 mil solicitações de seguro-desemprego na semana passada, enquanto o mercado projetava 235 mil, mais um dado fraco de mercado de trabalho.
- Hoje, o destaque fica pela divulgação do Payroll, para o qual o mercado projeta geração líquida de 126 mil empregos em maio. Além disso, economistas projetam que a taxa de desemprego se mantenha em 4,2% e que os rendimentos do trabalho avancem 0,3% m/m acima da inflação.
- Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu reduziu a taxa de depósito em 0,25 p.p. para 2,0%, conforme amplamente esperado pelo mercado. A decisão visa a apoiar o crescimento econômico num contexto de arrefecimento da inflação e de persistentes incertezas no comércio mundial.
- No Brasil, como na quinta-feira, não há divulgação de indicadores relevantes hoje. O mercado fica à espera de alguma decisão para o imbróglio do IOF entre o Executivo e Legislativo, que ocorrerá nesse final de semana.
Empresas
Saúde: Hapvida continua perdendo vidas; SULA e Amil mantêm forte ritmo de crescimento
- Este é o nosso ANS Tracker Saúde & Dental, no qual acompanhamos e analisamos os dados de planos de saúde e odontológicos fornecidos pela ANS. Os principais destaques são:
- O mercado de planos de saúde teve um desempenho sólido, adicionando 152 mil vidas no mês, impulsionado principalmente pelos planos Corporativos;
- Seguradoras e Medicina de Grupo foram novamente os destaques;
- SP e RJ foram os principais impulsionadores do crescimento entre os locais analisados, enquanto MG continuou sendo um destaque negativo;
- A Hapvida perdeu 28 mil beneficiários em abril;
- A SULA e a Amil mantiveram seu ritmo de crescimento recente, adicionando 78 mil e 75 mil beneficiários, respectivamente; e
- O mercado odontológico adicionou 250 mil beneficiários no período, enquanto a ODPV praticamente não teve adições líquidas.
- Continuamos a ver os números negativos da Hapvida como um sinal de alerta, mas observamos que o fim do processo de integração pode ser um ponto de inflexão no curto prazo. O lado positivo é que a SULA e a Amil continuaram a capturar um número relevante de vidas;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Long-awaited Trump-Xi call isn’t enough to resolve looming critical mineral shortage this summer (CNBC);
- Aposta em nova elevação da Selic volta a aumentar no mercado (Valor Econômico);
- Iguá fecha acordo com Estado do Rio e regulador por reequilíbrio de contrato de concessão (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil atribuirating AA+.br ao Banco Cooperativo Sicoob S.A.; perspectiva estável (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
O Mês na Renda Fixa – Junho/2025
- A curva de juros nominal encerrou maio com leve abertura na parte curta, e fechamento nos vértices intermediários e longos;
- Na curva de juros real, a taxa da NTN-B 2030 caiu até 7,5%, vs. 7,6% no encerramento de abril, devido à diminuição das tensões no cenário internacional, e postura mais dura do Banco Central brasileiro;
- No Brasil, a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas trouxe uma contenção fiscal de R$ 31,3 bilhões, valor significativamente superior ao esperado (de R$ 15 bilhões);
- Nos EUA, o Federal Reserve decidiu manter a banda da taxa de juros americana entre 4,25-4,50% inalterada, ressaltando que o controle da inflação ainda não foi alcançado;
- Mantemos uma visão positiva para a renda fixa, especialmente para títulos atrelados à inflação (IPCA+) com vencimentos intermediários (cerca de seis anos de duration);
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs e Fiagros terão que cancelar cotas que forem alvo de programa de recompra, diz CVM (Valor Econômico);
- Exclusivo: Mercado Livre fecha maior locação de 2025 até agora; 105 mil metros quadrados em Guarulhos (SiiLA);
- Galpões logísticos valorizam 34% no m² em 3 anos e atingem menor taxa de vacância (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Carteira de Alocação Global: junho/2025
- Atualizamos nossa Carteira de Alocação Global com percentuais por classe de ativo para a parcela de recursos destinados a um portfólio de ativos globais;
- Apesar da persistência das tensões comerciais, os mercados globais registraram forte desempenho positivo em maio, impulsionados pela suspensão parcial das tarifas comerciais entre EUA e China;
- Diante desse cenário, não alteramos os percentuais por classe de ativo e mantemos a alocação da carteira alinhada ao benchmark;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Relatório Mensal de Alocação: Jun/2025
- No cenário global, as preocupações com a guerra comercial cederam espaço, ao longo do mês de maio, à apreensão com a sustentabilidade fiscal dos EUA, com a tramitação da “One Big Beautiful Bill”, que propõe forte expansão da política fiscal;
- A volatilidade dos mercados globais se reduziu no mês, com o maior ceticismo com as ameaças de Trump, a celebração de acordos bilaterais e indicadores econômicos que não sugerem forte desaceleração dos EUA;
- No Brasil, os índices tiveram mais um mês positivo com sua posição no cenário global, mas o anúncio de uma elevação das alíquotas de IOF retomou o protagonismo das dificuldades domésticas com as finanças públicas;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
ESG
Dia Mundial do Meio Ambiente: Empresas bem-posicionadas para exposição ao tema
- Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e com o objetivo de auxiliar os investidores na integração do risco climático em suas estratégias de investimento, este relatório apresenta uma seleção de empresas brasileiras com um bom posicionamento na agenda climática;
- Utilizando o MSCI ESG Rating como ponto de partida (147 nomes), aplicamos um processo de triagem em três etapas: (i) peso do pilar Ambiental superior a 30% (71 empresas); (ii) pontuação do pilar Ambiental acima de 7,0 (23 empresas); e (iii) nota geral A, AA ou AAA (15 empresas);
- Dentre esses 15 nomes, 9 fazem parte da cobertura do Research da XP, representando oportunidades atrativas para investidores que buscam maior exposição a companhias com gestão eficaz de riscos climáticos e que contribuem para a transição rumo a uma economia de baixo carbono;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Setor de energia dos EUA pedem manutenção dos incentivos para hidrogênio verde | Café com ESG, 06/06
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,6% e 0,9%, respectivamente;
No Brasil, a Vale, em parceria com a Cummins e a Komatsu, iniciou o comissionamento de uma célula de testes de etanol para desenvolver um caminhão do tipo off-road movido a etanol e diesel - o projeto visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e faz parte do programa ‘Dual Fuel’ para adaptar os motores a diesel já instalados nos caminhões da Komatsu;
No internacional, (i) a indústria petrolífera americana uniu-se ao lobby da energia verde para pressionar os senadores republicanos a não eliminar os créditos fiscais de Joe Biden para o hidrogênio limpo, alertando que a revogação desses incentivos permitiria à China dominar esse setor - o American Petroleum Institute, o Business Council for Sustainable Energy e a gigante química DuPont estão entre as dezenas de organizações que assinaram a carta destinada aos senadores; e (ii) segundo um relatório das Nações Unidas publicado ontem, as emissões indiretas de carbono das operações de quatro das principais empresas de tecnologia focadas em inteligência artificial aumentaram cerca de 150% entre 2020 e 2023, devido ao aumento da demanda dos centros de dados por energia - as empresas contempladas no estudo foram Amazon, Microsoft, Alphabet e Meta; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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