IBOVESPA -0,39% | 137.002 Pontos
CÂMBIO -0,15% | 5,64/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em queda de 0,4%, aos 137.002 pontos, pressionado principalmente por Petrobras (PETR3 -2,9%; PETR4 -2,8%).
O principal destaque negativo na Bolsa brasileira foi Minerva (BEEF3 -7,1%), que acumula queda de 8,6% nos dois últimos pregões após anunciar o valor captado em seu processo de aumento de capital (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta positiva, empresas de educação como Cogna e YDUQS (COGN3 +4,7%; YDUQ3 +4,4%) avançaram com o alívio nas pontas longas da curva de juros e seguem em movimento de alta, especialmente COGN3, após a queda causada pelo anúncio das mudanças regulatórias no ensino a distância (veja mais detalhes aqui).
Para o pregão desta quinta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a decisão de juros na Zona do Euro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve abertura nos vértices curtos, e fechamento na parte longa da curva. Nos Estados Unidos, a curva de juros fechou em queda nesta quarta-feira, após a divulgação de dados econômicos mais fracos que o esperado. O índice ISM de Serviços caiu para território contracionista, sinalizando retração na atividade do setor. Além disso, a pesquisa ADP mostrou uma criação de empregos bem abaixo das expectativas. Esses indicadores aumentaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros já em junho, com probabilidade subindo para perto de 30%. A forte queda nos preços do petróleo também contribuiu para o movimento de baixa nos rendimentos das Treasuries.
No Brasil, a leve "desinclinação" da curva foi influenciada principalmente pelo cenário externo, com o recuo das Treasuries ajudando a aliviar a ponta longa. No entanto, o movimento foi contido pelas incertezas fiscais, especialmente diante da expectativa por alternativas ao aumento do IOF. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,87% (-8,52bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,35% (-11,56bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,83% (+2,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,21% (+2,4bps); DI jan/29 em 13,65% (+5,2bps); DI jan/31 em 13,72% (- 6,2bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam próximos da estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), após o Dow Jones encerrar uma sequência de quatro altas consecutivas. O mercado segue atento aos sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.
Com os dados fracos de ontem ainda repercutindo, as taxas das Treasuries operam estáveis nesta manhã: o título de 10 anos sobe menos de 1 bp, enquanto o de 2 anos também avança menos de 1 bp, já o de 30 anos permanece em 4,89%.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), com os investidores aguardando o anúncio de política monetária do BCE ao longo do dia. Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,2%; HSI: +0,9%), acompanhando o otimismo na Coreia do Sul, onde o índice Kospi subiu 1,5% e renovou máximas de 10 meses, impulsionado pelas expectativas de estímulo fiscal sob o novo governo.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,18%, acumulando uma desvalorização de 0,40% neste início de mês. O destaque negativo da sessão foram os Fundos de Tijolo, que apresentaram desvalorização média de 0,34%, enquanto os FIIs de Papel registraram desempenho médio positivo de 0,02%. Entre os destaques individuais positivos estiveram OUJP11 (+1,9%), ITRI11 (+1,9%) e DEVA11 (+1,6%), enquanto VINO11 (-2,3%), GZIT11 (-2,2%) e PVBI11 (-1,8%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
Economia
Na agenda internacional desta quinta-feira, destaque para a decisão de política monetária na Zona do Euro. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir suas taxas de juros de referência em 0,25 p.p., em meio à desaceleração da atividade econômica e recuo da inflação.
Publicamos nesta manhã o relatório Brasil Macro Mensal referente a junho (link). Entre os destaques, elevamos nossas projeções para o crescimento do PIB em 2025 (de 2,3% para 2,5%) e 2026 (de 1,5% para 1,7%). O mercado de trabalho segue aquecido e as concessões de crédito mostram resiliência. Enquanto isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025, de 5,7% para 5,5%, refletindo surpresas baixistas recentes e moderação nos preços ao atacado. Para 2026, nossa projeção de inflação segue acima do intervalo da meta (4,7%).
Veja todos os detalhes
Economia
Sinais de enfraquecimento na atividade dos EUA; XP publica relatório de cenário macroeconômico, destacando maior crescimento do PIB e incertezas fiscais
- Piora nos indicadores de atividade nos EUA. O ISM de Serviços – sondagem empresarial sobre condições correntes e expectativas – recuou de 51,6 em abril para 49,9 em maio, o patamar mais baixo desde junho de 2024. A mediana das estimativas de mercado apontava para 52,0, na esteira do arrefecimento das tensões comerciais entre EUA e China. Leituras do PMI abaixo de 50,0 sugerem contração no setor de serviços. O componente de novas encomendas caiu de 52,3 para 46,4, o menor nível desde o final de 2022. Enquanto isso, o subíndice de entregas de fornecedores subiu de 51,3 em abril para 52,5 em maio, possivelmente devido a gargalos nas cadeias de suprimentos. Ademais, a medida de preços pagos por insumos de serviços aumentou de 65,1 para 68,7, o valor mais alto desde novembro de 2022. Esse resultado reflete o impacto da elevação de tarifas. Por sua vez, o componente de emprego no setor avançou de 49,0 para 50,7;
- Ainda em relação ao mercado de trabalho dos EUA, o Índice Nacional de Emprego ADP ficou bem abaixo das expectativas. O setor privado gerou apenas 37 mil ocupações em maio (consenso: 110 mil), o resultado mais fraco desde março de 2023. Houve criação líquida de 60 mil vagas em abril. O principal relatório sobre o mercado de trabalho americano (Nonfarm Payroll) será publicado amanhã; a mediana das projeções indica adição de 130 mil empregos em maio, após o registro de 177 mil em abril;
- Conforme divulgado ontem no Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), a atividade econômica recuou ligeiramente entre meados de abril e o início de junho. O Livro Bege é uma publicação sobre as atuais condições econômicas e de negócios nos 12 Distritos do Fed, com base em informações qualitativas. Segundo o documento, “todos os Distritos relataram níveis elevados de incerteza econômica e política, o que levou à hesitação e a uma abordagem cautelosa em relação às decisões de empresas e famílias” (tradução própria). Além disso, o ritmo das contratações “mudou pouco” na maioria das regiões, em meio ao crescimento disseminado do número de candidatos e à menor rotatividade da mão de obra. No que diz respeito à inflação, o Livro Bege caracterizou os preços como subindo “em ritmo moderado”. Todos os Distritos indicaram que as tarifas mais altas estão pressionando os custos e os preços;
- Na China, o setor de serviços cresceu em maio, apesar das preocupações com o impacto da “guerra tarifária”. O PMI de Serviços Caixin/S&P Global subiu de 50,7 em abril para 51,1 no mês seguinte, permanecendo acima da marca que separa expansão de contração (50,0). No entanto, o PMI Composto recuou de 51,1 para 49,6 no período, marcando a primeira queda desde dezembro de 2022. A demanda externa vem enfraquecendo devido ao recrudescimento das tensões comerciais entre China e EUA. Consequentemente, o componente de novas encomendas de exportação caiu pela primeira vez neste ano, pressionando a indústria de transformação;
- Na agenda internacional desta quinta-feira, destaque para a decisão de política monetária na Zona do Euro. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir suas taxas de juros de referência em 0,25 p.p., em meio à desaceleração da atividade econômica e queda da inflação. Por exemplo, a taxa de depósito provavelmente recuará para 2,00%. Além disso, nos EUA, atenções voltadas para outras divulgações sobre o mercado de trabalho: índices de produtividade e custo unitário do trabalho referentes ao 1º trimestre de 2025; e pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana passada;
- Publicamos nesta manhã o relatório Brasil Macro Mensal referente a junho (link). Entre os destaques, elevamos nossas projeções para o crescimento do PIB em 2025 (de 2,3% para 2,5%) e 2026 (de 1,5% para 1,7%). O mercado de trabalho permanece aquecido e as concessões de crédito mostram resiliência. Enquanto isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025, de 5,7% para 5,5%, refletindo surpresas baixistas recentes e moderação nos preços ao atacado. Para 2026, nossa projeção de inflação segue acima do intervalo da meta (4,7%), por conta da baixa ociosidade na economia e medidas expansionistas adicionais.
Empresas
Bens de Capital: Desempenho divergente entre as categorias automotivas até agora
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i) nossa discussão sobre o desempenho do mercado automotivo brasileiro neste ano até o M/Mento e as implicações da revisão do guidance da Fenabrave no segmento de implementos rodoviários;
- (ii) inadimplência de crédito rural em patamares recordes (3,1% em Abr’25 vs. média de 1,8% desde 2011), enquanto o saldo total de crédito rural aumenta consecutivamente;
- (iii) desempenho da indústria do Brasil estável em Abr’25, segundo o IBGE;
- (iv) especulação de grandes novos pedidos para a Airbus, incluindo 300 aeronaves de companhias aéreas chinesas e 200 jatos da Air India, enquanto
- (v) a Embraer expandiu seus investimentos na Índia, de olho em oportunidades tanto em Comercial quanto em Defesa. Finalmente, notícias recentes indicam que
- (vi) os EUA poderiam impor novas tarifas sobre aeronaves comerciais importadas, motores a jato e peças.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Mineração e Siderurgia: Sinais de desaceleração da demanda por aço na China após os impactos das tarifas dos EUA
Analisando dados globais de minério de ferro e aço
- As perspectivas de minério de ferro permaneceram relativamente estáveis em janeiro-abril’25, embora com uma leitura cautelosa para Mai’25.
- Destacamos:
- (i) uma desaceleração nos indicadores de minério de ferro, com a demanda aparente chinesa de aço devendo mostrar um declínio em Mai’25, apesar dos números resilientes em janeiro-abril’25;
- (ii) a produção de ferro-gusa da China deve permanecer elevada, enquanto os estoques de minério de ferro nos portos chineses caíram em Mai’25; e
- (iii) uma leitura negativa dos dados econômicos da China para Abr’25, impulsionada por uma desaceleração na atividade manufatureira e de infraestrutura.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields steady after sharp Wednesday declines on weak data (CNBC);
- Equipe econômica quer usar receita extra do petróleo para reduzir contingenciamento de ministérios (Valor Econômico);
- Newave Energia e Gerdau inauguram usina solar em MG com investimento de R$ 1,5 bi (Valor Econômico);
- Moody's Ratings affirms and stabilizes outlooks on three Brazilian regional and local governments and affirms the rating for Minas Gerais with a positive outlook following sovereign rating action (Moody´s Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Kinea Índices de Preços (KNIP11) | Baixo risco de crédito e proteção contra a inflação
- Reiteramos nossa recomendação de compra para o KNIP11. O fundo possui uma gestão experiente e qualificada, aliada a uma carteira de crédito de baixo risco, com garantias robustas, incluindo imóveis performados e bem localizados;
- Ademais, ele apresenta um carrego ainda interessante, com rentabilidade implícita líquida de taxas equivalente a IPCA + 9,64% a.a. e yield estimado de 12,3% em nosso cenário base para os próximos 12 meses, além de excelente liquidez no mercado secundário;
- Por fim, destacamos a menor volatilidade do fundo em relação aos seus pares, o que reforça sua atratividade para investidores que buscam maior estabilidade;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Bullets | Fundos Imobiliários (FIIs) [Daily]
- FIIs poderão recomprar as próprias cotas: o que muda para o investidor? (InfoMoney);
- A cada dez inquilinos em escritórios na América Latina, um é do setor de tecnologia, publicidade ou de mídia e informação, segundo dados da SiiLA (SiiLA);
- Retorno de até 16%: veja os 15 FIIs com melhor desempenho em maio (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
C&A (CEAB3) amplia meta de redução de emissões para o Brasil | Café com ESG, 05/06
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4% e 0,3%, respectivamente;
Do lado das empresas, (i) a Petrobras, o BNDES e a Finep lançaram ontem o edital de chamada pública para a seleção de gestor e estruturação de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital - o fundo será dedicado para investimentos em participações minoritárias em startups e pequenas e médias empresas de tecnologia que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono; e (ii) a C&A elevou sua meta de redução de emissões de CO2 para sua unidade brasileira de 30% para 42% até 2030, com base no inventário de emissões de 2023 - as metas, mais ambiciosas vs. a anterior, foram aprovadas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi);
Na política, segundo o diretor de planejamento do Operador Nacional do Sistema (ONS), Alexandre Zucarato, a depender do modelo de contratação de usinas no Leilão de Reserva de Capacidade no setor elétrico, o governo pode esvaziar a demanda por armazenamento de energia esperada na primeira contratação de sistema de baterias no Brasil - para ele, o governo precisa pegar a demanda requerida para o horizonte e dividir essa demanda para os diversos produtos; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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