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C&A (CEAB3) amplia meta de redução de emissões para o Brasil | Café com ESG, 05/06

C&A altera meta de redução de emissões; Fundo de investimento de baixo carbono da Petrobras e do BNDES

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4% e 0,3%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) a Petrobras, o BNDES e a Finep lançaram ontem o edital de chamada pública para a seleção de gestor e estruturação de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital - o fundo será dedicado para investimentos em participações minoritárias em startups e pequenas e médias empresas de tecnologia que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono; e (ii) a C&A elevou sua meta de redução de emissões de CO2 para sua unidade brasileira de 30% para 42% até 2030, com base no inventário de emissões de 2023 - as metas, mais ambiciosas vs. a anterior, foram aprovadas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi).

• Na política, segundo o diretor de planejamento do Operador Nacional do Sistema (ONS), Alexandre Zucarato, a depender do modelo de contratação de usinas no Leilão de Reserva de Capacidade no setor elétrico, o governo pode esvaziar a demanda por armazenamento de energia esperada na primeira contratação de sistema de baterias no Brasil - para ele, o governo precisa pegar a demanda requerida para o horizonte e dividir essa demanda para os diversos produtos.

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Brasil

Empresas

Empresa dos EUA deve investir R$ 2,3 bi na fábrica de SAF em Maringá (PR)

"A Satarem America Inc., empresa norte-americana de engenharia industrial especializada em soluções para os setores de cimento e energia, anunciou, na terça-feira (3/6), a intenção de construir uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) na cidade de Maringá (PR), em um investimento próximo a US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões). Inicialmente, o local vai usar como matéria-prima o etanol, informou em comunicado o vice-governador do Paraná, Darci Piana, que recebeu representantes da companhia. De acordo com o CEO da Satarem America Inc., Jerome Friler, já foram realizadas partes dos estudos técnicos e o objetivo agora é finalizar a compra do terreno, que fica na divisão entre Maringá e Sarandi. O processo de financiamento e envio da documentação necessária deverá seguir até meados de 2026. A partir daí, a construção da fábrica será imediata. Pela programação da empresa, o primeiro litro de SAF deve ser produzido em dezembro de 2028. Boa parte do que para produção nesse primeiro momento será destinado à exportação, mas a intenção da Satarem é que uma parcela seja utilizada pela aviação local. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de materiais-primas da região, como o biogás oriundo da atividade peculiar, por exemplo. Um dos representantes da Satarem Brasil na reunião, Júlio Gabardo destacou a importância da legislação para trazer a empresa, que negociava com outros estados. “Alguns fatores trouxeram a empresa para cá."

Fonte: Eixos; 04/06/2025

Petrobras e BNDES selecionam gestor de fundo de investimento dedicado a startups de baixo carbono

"Petrobras, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram, nesta quarta-feira (04/06), o edital de chamada pública para a seleção de gestor e estruturação de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital (CVC). O fundo será dedicado investimentos em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de base tecnológica que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono no Brasil. Geração de energia renovável, armazenamento e eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura, utilização e estocagem de carbono (CCUS) e descarbonização de operações estão entre as áreas de interesse. As startups alvo devem possuir ao menos soluções validadas e início de receitas recorrentes (de Seed a Series B). A Petrobras planeja investir até R$ 250 milhões, limitado a 49% do fundo, o BNDES até R$ 125 milhões, limitado a 25% do fundo, e a Finep, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 60 milhões. Além dos cotistas-âncora, o fundo tem potencial para receber aportes de outros investidores, podendo alcançar investimento total de até R$ 500 milhões, afirmam as organizações. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aponta que o fundo está alinhado com a missão da política federal Nova Indústria Brasil, que busca impulsionar bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas."

Fonte: Eixos; 04/06/2025

Ibama adia vistoria em sonda da Petrobras da Foz do Amazonas para quinta-feira

"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) adiou para quinta-feira (5) a vistoria na sonda da Petrobras designada para a perfuração da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. Inicialmente, o trabalho seria feito nesta quarta (4). Procurados, instituto diz que o adiamento foi por questões técnicas. A Petrobras não comenta. A sonda NS-42 está no Rio passando por procedimento de limpeza, que deve ser finalizado em 7 de junho, de acordo com uma carta da Petrobras ao órgão ambiental na quinta-feira (29). A proposta da petroleira ao Ibama foi para que a vistoria fosse realizada ainda na Baía de Guanabara, antes do deslocamento para o norte do país, para simplificar a logística de embarque das equipes. O Ibama ainda não respondeu sobre datas para realizar a avaliação pré-operacional (APO), a última etapa do processo de licenciamento. A proposta da Petrobras é de realizar esse trabalho, uma espécie de simulado de vazamento de óleo em que a companhia comprova capacidade de resposta, em 14 de julho. A petroleira também propôs, na última carta ao órgão ambiental, uma reunião em 6 de junho para definir a estratégia da APO. Com relação à vistoria da base de atendimento à fauna, construída pela Petrobras no Oiapoque (AP) a pedido do Ibama, a companhia sugere que seja realizada entre 23 e 27 de junho, em conjunto com embarcações dedicadas a monitoramento e resgate de animais no município."

Fonte: Valor Econômico; 04/06/2025

O plano da C&A para que sua roupa emita menos carbono

"Uma das maiores varejistas de moda do mundo, a C&A acaba de anunciar novas metas de redução de suas emissões de CO2 até 2030. O objetivo inicial, aprovado em 2020, era reduzi-las em 30% para a operação global, agora o número passou a 42% especificamente para a unidade brasileira, com base no inventário de emissões de 2023. As metas foram aprovadas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi), entidade que dá o selo de maior prestígio para os planos de descarbonização das empresas. “A empresa cresceu muito após a pandemia e precisávamos atualizar as metas”, explica Cyntia Kasai, gerente sênior de ESG e comunicação da C&A Brasil. Foram 55 novas lojas abertas de 2022 para cá – hoje são 330 unidades, em 164 cidades – e um novo modelo de negócios nas vendas digitais. No fim do ano passado, o aplicativo Minha C&A atingiu cerca de 4,5 milhões de usuários ativos mensais, um crescimento de mais de 90% em relação a 2023. As emissões de escopo 3, que incluem os gases de efeito estufa da cadeia desde a produção da matéria-prima até a vida dos produtos após a venda, são o grande desafio. A maior parte está na categoria de compras de bens e serviços, responsável por cerca de 65% de todas as emissões de escopo 3 da empresa em 2024. “Os insumos são o principal problema e rastreá-los é um grande desafio”, diz Kasai. Por isso, uma das três frentes estabelecidas pela companhia para atingir a nova meta é garantir, até 2030, 80% de matérias-primas sustentáveis em suas coleções."

Fonte: Capital Reset; 05/06/2025

Política

Diário Oficial da União traz decretos assinados por Lula em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

"O Diário Oficial da União desta quarta-feira (4) traz vários decretos assinados ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho. O decreto nº12.484 trata sobre o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), instituído no âmbito do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para ampliar os objetivos do programa. Agora, também terá que propor mecanismos que garantam a sustentação financeira das unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável em longo prazo; promover a conservação da biodiversidade na região e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável de forma descentralizada e participativa; apoiar o fortalecimento das comunidades beneficiárias das Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Programa; e apoiar as atividades econômicas provenientes das cadeias da sociobiodiversidade nas Unidades de Conservação. Já o decreto nº 12.485 dispõe sobre a Estratégia e o Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade, que são instrumentos de planejamento, no âmbito do Poder Executivo federal, com a finalidade de cumprir com os compromissos assumidos pelo País junto à Convenção sobre Diversidade Biológica, promulgada pelo Decreto nº 2.519, de 16 de março de 1998."

Fonte: Valor Econômico; 04/06/2025

Governo cria Reserva de Desenvolvimento Sustentável no PR

"O governo criou a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Faxinal Bom Retiro, no município de Pinhão (PR), e a Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Doce, localizada nos municípios de Aracruz e Linhares (ES). As medidas constam de decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicados nesta quarta-feira (04) no Diário Oficial da União (DOU). Com uma área aproximada de mil trezentos e setenta hectares e um centiare, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Faxinal Bom Retiro tem objetivo de assegurar as condições e os meios necessários à conservação da natureza e do modo de vida tradicional da população faxinalense local, com vistas à valorização da cultura e dos conhecimentos das técnicas de manejo do ambiente por eles desenvolvido; e conservar os remanescentes de floresta ombrófila mista, subtipo da Mata Atlântica, e proteger os recursos hídricos e as nascentes de córregos. Além disso, visa garantir a conservação das áreas de extrativismo e o acesso ao território tradicional pelas comunidades locais; e incentivar a realização de estudos e pesquisas destinados à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais da Reserva. Já a criação da Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Doce, com área aproximada de quarenta e cinco mil quatrocentos e dezessete hectares, tem como objetivo proteger os recursos naturais da região da Foz do Rio Doce."

Fonte: Valor Econômico; 04/06/2025

Governo finaliza adaptação no Plano Clima

"Melhorar o controle e o monitoramento da expansão de doenças sensíveis à mudança do clima no Brasil todo, até 2027. Promover, até 2031, a segurança hídrica em 200 comunidades com alto grau de dificuldade no acesso à água potável. Aumentar a adaptação climática em ao menos 350 municípios prioritários e reduzir, até 2032, o risco de extinção de espécies em, no mínimo, 30%. Recuperar 30 mil hectares de vegetação de restinga, divulgar a lista dos municípios costeiros mais sujeitos à inundação, erosão e elevação do nível do mar até 2026 e instituir a política de combate ao racismo ambiental até 2027. Tais exemplos estão no amplo cardápio de ações e metas de adaptação à urgência climática do Plano Nacional de Adaptação que vem sendo construído pelo governo desde 2023 e deve ser aprovado até setembro. O outro braço do Plano Clima, o Plano Nacional de Mitigação, também - mas este é bem mais controverso. A discussão atual na Esplanada, no campo da mitigação, é de como dividir o orçamento de carbono entre sete setores - agricultura e pecuária; uso da terra e florestas; cidades; energia e mineração; indústria; resíduos e transportes. Dito de outra forma: repartir entre os setores o corte de emissão de gases-estufa entre 59% e 67% (entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2) nos próximos dez anos, conforme o compromisso climático brasileiro, a NDC, até 2035, em relação aos níveis de 2025. É fácil entender por que o Plano Nacional de Adaptação está muito mais avançado: ações de adaptação aos eventos climáticos extremos, todos querem."

Fonte: Valor Econômico; 05/06/2025

Leilão de baterias pode ser esvaziado, alerta diretor do ONS

"A depender do modelo de contratação de usinas no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCap) no setor elétrico, o governo pode esvaziar a demanda por armazenamento de energia esperada na primeira contratação de sistema de baterias no Brasil. A avaliação é do diretor de planejamento do Operador Nacional do Sistema (ONS), Alexandre Zucarato, que trabalha na elaboração de cenários de riscos para o suprimento de energia elétrica no país. “O poder concedente [o governo] vai precisar, ao organizar o calendário desses leilões, pegar a demanda requerida para o horizonte e dividir essa demanda para os diversos produtos”, disse Zucarato em entrevista a jornalistas, durante evento do portal especializado “MegaWhat”. Os “produtos” são os tipos diferentes de energia ofertada (térmica ou hidráulica), com prazos para início da entrega dos montantes negociados no certame. “A demanda tem que ser fatiada para todos esses produtos”, explicou. “Se você contratou tudo que precisa no leilão de térmico-hidráulico, por definição, a demanda para o leilão de bateria é zero”, completou. O Ministério de Minas e Energia (MME) chegou a definir, no início do ano, as diretrizes do LRCap, com data da disputa para o dia 27 deste mês. Porém, uma guerra de liminares deflagrada no fim de março, puxada por grupos ligados à geração térmica a gás natural e biodiesel, levou o governo a cancelar a licitação. O LRCap é uma das principais resposta do governo à crescente demanda por potência, aspecto da operação do sistema capaz de fazer frente às fortes oscilações na oferta de energia por fontes renováveis (eólica e solar)."

Fonte: Valor Econômico; 05/06/2025

Internacional

Empresas

Terras raras: onde estão as maiores reservas e quem são os maiores produtores em 2025

"As reservas de terras raras do Brasil, com 21 milhões de toneladas, emergem como uma peça-chave na geopolítica global, onde a dominância da China levanta preocupações sobre o futuro da tecnologia limpa e da soberania mineral no Ocidente. As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos: lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, lutécio, escândio e ítrio (Y), de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Eles são utilizados para a fabricação de diversos objetos, como televisores de tela plana, celulares, lâmpadas fluorescentes compactas, ímãs permanentes, catalisadores de gases de escapamento, lentes de alta refração e mísseis teleguiados, segundo a Secretaria Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SNGM). A SNGM também afirma que as terras raras são importantes no contexto de uso de fontes de energia limpa, pois são aplicadas na indústria de alta tecnologia para produção de turbinas eólicas e carros híbridos e elétricos. Esses elementos também fazem parte de uma categoria chamada minerais críticos — "recursos minerais cuja oferta está sujeita a riscos de escassez ou dependência de poucos fornecedores", ressalta a SNGM. No mais recente resumo de commodities minerais divulgado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), com dados de 2024, a China é o país que possui a maior reserva de terras raras do mundo, com 44 milhões de toneladas. Em seguida, aparece o Brasil, com 21 milhões de toneladas, e a Índia, com 6,9 milhões de toneladas."

Fonte: Valor Econômico; 04/06/2025

Seguradoras debatem como ampliar acesso a cobertura contra desastres climáticos

"A possibilidade de ampliar o número de pessoas com acesso a seguros no país por meio de um produto popular que ofereça cobertura em casos de desastres climáticos é uma das principais ambições do setor segurador — especialmente após as enchentes no Rio Grande do Sul, ocorridas há um ano. Na França, um grupo de seguradoras brasileiras encontrou nesta semana uma experiência que passou a ser vista como exemplo em iniciativas desse tipo. No país europeu, é possível contratar, por cerca de três euros mensais, um seguro que protege imóveis contra eventos como terremotos e inundações. Com base na ideia do mutualismo, todos pagam a mesma taxa, independentemente se a pessoa for mais ou menos exposta ao risco, explica Pedro Farme, presidente da Guy Carpenter, corretora de seguros e resseguros. “É claro que é uma realidade diferente da brasileira, mas é um exemplo de como podemos aumentar a população assegurada. É um modelo que não é subsidiado, não tem a presença do Estado, mas tem o incentivo do mutualismo, que o torna mais acessível”, disse. “O desenho é parecido com o seguro catástrofe que defendemos no Brasil e mostra como o seguro pode ser barato se espalhado pela população”, afirmou Esteves Colnago, diretor de relações institucionais da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). A proposta de criação de um seguro social contra catástrofes começou a ser discutida com autoridades no ano passado e está entre as prioridades do setor em 2025."

Fonte: Valor Econômico; 04/06/2025

Gastos com combustíveis fósseis devem cair pela primeira vez desde a pandemia

"O investimento em combustíveis fósseis deve cair este ano pela primeira vez desde a pandemia da Covid-19, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), devido a uma contração no setor petrolífero, onde a queda acentuada nos preços está forçando as empresas a reavaliarem seus planos. Em seu relatório anual sobre o fluxo de investimentos no setor de energia, a AIE prevê uma redução de 6% nos gastos com produção de petróleo em 2025. Excluindo os anos da pandemia, essa será a maior queda desde 2016, quando os preços do petróleo caíram para menos de US$ 30 por barril. “Esta é a primeira vez que vemos tal declínio, exceto pela Covid, devido aos preços mais baixos e à menor demanda por petróleo”, afirmou Fatih Birol, diretor executivo da AIE, sediada em Paris. Desde que atingiram US$ 82 por barril em meados de janeiro, os preços do petróleo caíram para cerca de US$ 65 por barril, após a Opep, o cartel do petróleo, aumentar significativamente sua produção. A AIE destacou que os produtores de petróleo de xisto dos EUA, responsáveis por 15% dos gastos globais com produção de petróleo, foram os mais sensíveis à queda dos preços e devem reduzir seus investimentos em 10% neste ano. A agência também espera que as grandes petrolíferas internacionais diminuam ligeiramente seus gastos, priorizando o retorno aos acionistas. Essa retração implica que as gigantes petrolíferas estatais do Oriente Médio e da Ásia serão responsáveis por 40% de todos os investimentos em petróleo e gás em 2025, contra um quarto há dez anos."

Fonte: Financial Times; 05/06/2025

UE seleciona 13 novos projetos de materiais críticos, incluindo na Gronelândia

"A União Europeia anunciou na quarta-feira 13 novos projetos de matérias-primas fora do bloco, com o objetivo de aumentar seu abastecimento de metais e minerais essenciais para manter a competitividade na transição energética, bem como nos setores de defesa e aeroespacial. O anúncio ocorre após a decisão da China, em abril, de impor restrições à exportação de ímãs de terras raras até que novas licenças sejam obtidas, o que tem levado diplomatas, montadoras de automóveis e outras empresas da Europa e de outras regiões a buscarem reuniões com autoridades de Pequim para evitar o fechamento de fábricas. “Devemos reduzir nossa dependência de todos os países, especialmente de alguns como a China (…) As proibições de exportação aumentam nossa determinação em diversificar”, afirmou o comissário europeu para a indústria, Stephane Sejourne, a repórteres. A China controla mais de 90% da capacidade global de processamento de ímãs, usados em tudo, desde veículos e caças a jato até eletrodomésticos. Além disso, é o principal fornecedor de muitos insumos essenciais para a energia renovável, especialmente minerais de terras raras, baterias e painéis solares — uma situação que Bruxelas está ansiosa para mudar. A lista de projetos da UE faz parte da implementação da Lei de Matérias-Primas Críticas, acordada em 2023, que estabelece a meta de extrair 10%, processar 40% e reciclar 25% das necessidades do bloco até 2030. Dez dos novos projetos serão focados em materiais essenciais para baterias de veículos elétricos e armazenamento de energia, incluindo lítio, cobalto, manganês e grafite."

Fonte: Reuters; 04/06/2025

Agricultores da UE alertam sobre acordos comerciais com o Mercosul e a Ucrânia

"Agricultores franceses e espanhóis alertaram na quarta-feira que uma enxurrada de importações decorrentes dos acordos comerciais planejados pela União Europeia com o bloco sul-americano Mercosul e a Ucrânia pode prejudicar gravemente a agricultura europeia. As preocupações surgem antes da visita oficial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à França e do término, na quinta-feira, de um acordo de livre comércio com a Ucrânia, que deve passar a ter cotas de importação neste verão. Lula afirmou na terça-feira que discutirá o acordo UE-Mercosul com o presidente francês Emmanuel Macron, um crítico ferrenho do acordo em sua forma atual, que foi finalizado em dezembro, mas ainda precisa da aprovação dos Estados-membros. Em uma reunião com membros do parlamento, grupos de agricultores franceses instaram Macron a reunir parceiros suficientes para formar uma minoria de bloqueio contra o acordo com o Mercosul, que, segundo eles, seria devastador para as indústrias de carne bovina, aves e açúcar, além de comprometer as ambições da UE em termos de soberania alimentar. “Seria uma verdadeira tragédia para nossa indústria”, afirmou Alain Carre, chefe do grupo francês da indústria açucareira AIBS. “Estamos soando o alarme.” Os agricultores franceses realizaram protestos em todo o país no ano passado contra os baixos rendimentos, o aumento dos custos e a concorrência das importações baratas, especialmente da Ucrânia e dos países do Mercosul, exigindo condições comerciais mais justas e regulamentação mais rigorosa."

Fonte: Reuters; 04/06/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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