IBOVESPA -0,2% | 110.547 Pontos
CÂMBIO -0,5% | 5,16/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
No calendário internacional desta quinta-feira, as atenções estarão voltadas para a publicação de vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos, como os pedidos iniciais de seguro desemprego referentes à semana passada, as vendas varejistas e produção industrial em agosto, além de sondagens manufatureiras de setembro. Na agenda doméstica de hoje, destaque para a publicação do IBC-Br – proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central – referente a julho.
Brasil
O principal índice da bolsa brasileira descolou de seus pares globais e encerrou o pregão da quarta-feira (14) com uma variação negativa de 0,2%, aos 110.547 pontos. O movimento foi puxado em especial pela queda das ações ligadas ao setor de siderurgia e mineração. Enquanto o dólar ficou próximo à estabilidade, com uma variação (negativa de) – 0,5% frente ao real, encerrando o pregão aos R$ 5,16. As taxas futuras de juros seguiram o movimento de alta do dia anterior, refletindo a maior aversão a risco do mercado após a divulgação dos dados da inflação de agosto dos Estados Unidos terem superado as expectativas, o que pode ocasionar em uma elevação mais intensa da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed). Localmente, é possível que um cenário externo menos favorável reforce o tom conservador do Banco Central (Bacen) em relação ao ciclo de aperto monetário no Brasil. DI jan/23 fechou em 13,755%; DI jan/24 foi para 13,14%; DI jan/25 encerrou em 11,94%; DI jan/27 fechou em 11,68%; e DI jan/29 foi para 11,78%.
Mundo
Mercados globais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA +0,1% e Europa +0,1%) enquanto investidores calibram suas expectativas relacionadas ao futuro da política monetária americana. Nesta quarta-feira, dados da inflação ao produtor (PPI) nos EUA recuou 0,1% mês contra mês, em linha com as expectativas e sugerindo que a inflação pode ter alcançado um pico no país. Na Europa, a reunião de política monetária do Reino Unido foi postergada para a próxima semana, dia 22, após o falecimento da Rainha Elizabeth II. Na China, o índice de Hang Seng (+0,4%) encerra em alta com flexibilizações nas restrições contra a Covid-19 e novas atualizações do setor imobiliário. Nesta quarta-feira, a cidade de Chengdu permitiu a retomada das atividades e o fim dos lockdowns em alguns de seus distritos, encerrando parcialmente as restrições que já duravam 2 semanas. Por fim, as cidades de Guanzhou e Suzhou reduziram restrições sobre o setor imobiliário, permitindo que as incorporadoras aumentem os preços de novas propriedades e removendo restrições de compra para não moradores da cidade.
Economia
A inflação ao produtor dos Estados Unidos recuou ligeiramente em agosto, em linha com as previsões, mas as preocupações com a persistente alta de preços no país, segue no centro das atenções. Após as surpresas negativas com a divulgação dos dados de inflação ao consumidor na última terça-feira, há expectativa de uma política monetária mais agressiva do Federal Reserve. De acordo com a precificação do mercado, a taxa de juros de referência do banco central americano será elevada em 0,75pp na próxima reunião, e o atual ciclo de aperto monetário terminará com os juros básicos no intervalo entre 4,25% e 4,50%.
No Brasil, as vendas do comércio varejista apresentaram em julho a terceira queda mensal consecutiva, surpreendendo negativamente o mercado. Praticamente todas as atividades varejistas recuaram em comparação ao mês anterior. Com isso, o volume de vendas reais situa-se 3,8% abaixo dos níveis pré-pandemia. A demanda pelos bens mais sensíveis ao crédito deve permanecer em tendência de queda nos próximos meses, em linha com o aperto das condições monetárias e o elevado grau de endividamento das famílias. No entanto, a recuperação do mercado de trabalho em conjunto com estímulos fiscais adicionais de curto prazo, provavelmente suavizarão o esfriamento do varejo neste semestre, fornecendo sustentação à demanda pelos bens mais sensíveis à renda.
Agenda do dia
No calendário internacional desta quinta-feira, as atenções estarão voltadas para a publicação de vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos, como os pedidos iniciais de seguro desemprego referentes à semana passada, as vendas varejistas e produção industrial em agosto, além de sondagens manufatureiras de setembro. Na agenda doméstica de hoje, destaque para a publicação do IBC-Br – proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central – referente a julho. O time econômico da XP estima elevação de 0,5% em relação a junho (e expansão de 2,9% versus julho de 2021), enquanto o consenso de mercado indica ganho mensal de 0,4% e expansão interanual de 2,8%.
Mercado em Gráfico

Os maiores fatores que têm movimentado os mercados em 2022 foram a inflação e temores de recessão. Há uma semana atrás, a principal aposta do mercado era de uma alta de 0,75 p.p. nessa próxima reunião do Federal Reserve (Fed) em setembro, mas também tinham apostas para um aumento de 0,50 p.p. Essa alta entre 0,50 a 0,75 p.p. era majoritariamente pautada na expectativa do arrefecimento nos dados do CPI, o índice de preços ao consumidor que saiu na terça-feira (13). Porém, os dados vieram pior do que o esperado, com a inflação subindo 0,1% ante julho (o consenso era de uma deflação de 0,1%) e a inflação anualizada em 8,3%, quando se esperava 8,1%. Esses dados corroboraram para o mercado não acreditar numa desaceleração do ritmo de alta nos juros do país, e alterar sua expectativa, passando a precificar a alta da próxima reunião do Fed entre 0,75 a 1,00 p.p. A reação dos mercados foi uma forte correção nos índices globais, à medida que a subida de juros leva a um maior custo de capital para as empresas, além de maiores chances de causar uma desaceleração mais forte da atividade econômica.
Veja todos os detalhes
Economia
Preocupações com a inflação nos EUA continuam no centro das atenções; no Brasil, vendas varejistas recuam pelo terceiro mês consecutivo
- O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos recuou 0,1% entre julho e agosto, segundo dados divulgados ontem (14). Por sua vez, a medida de núcleo da inflação ao produtor (Core PPI, na sigla em inglês), que exclui os itens de alimentos e energia, subiu 0,2% na comparação mensal. Esses resultados vieram em linha com as expectativas do mercado. No acumulado em 12 meses, a inflação ao produtor atingiu 8,7%, uma queda relevante ante a variação de 9,8% registrada em julho (mas ainda em patamar historicamente alto). O núcleo da inflação chegou a 5,6% no mesmo período. Em resumo, as preocupações com a pressão inflacionária permanecem no centro das atenções. Após a divulgação, na última terça-feira, da inflação ao consumidor dos Estados Unidos acima das expectativas, os agentes de mercado precificam uma política monetária mais agressiva do Federal Reserve. A taxa de juros de referência deverá ser elevada em 0,75pp na próxima reunião do banco central americano, a ser realizada nos dias 20-21 de setembro, com a taxa terminal do atual ciclo de aperto monetário precificada no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Enquanto isso, a equipe de estratégia macro global da XP também prevê aumento de 0,75pp na próxima decisão de juros, mas taxa terminal entre 3,75% e 4,00%;
- No calendário econômico de hoje (18), as atenções estarão voltadas para a publicação de vários indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos: pedidos iniciais de seguro desemprego na semana passada; Índice Empire Manufacturing de setembro; Sondagem Industrial do Fed de Filadélfia de setembro; vendas no varejo em agosto; produção industrial em agosto; e preços de importação e exportação em agosto;
- Conforme divulgado ontem, as vendas do comércio varejista brasileiro contraíram 0,7% entre junho e julho, uma surpresa negativa para o consenso de mercado, que apontava para ligeiro declínio de 0,1%. Este resultado significou a terceira queda consecutiva na comparação mensal. Em relação a julho de 2021, o varejo ampliado despencou 6,8% (mediana de projeções do mercado: -5,3%). Com isso, o volume de vendas reais do comércio situa-se 3,8% abaixo dos níveis pré-pandemia. Ademais, praticamente todas as atividades varejistas exibiram números negativos em julho – nove entre as dez categorias pesquisadas pelo IBGE decresceram ante o mês anterior. Como exceção, a categoria de Combustíveis e Lubrificantes subiu fortemente no período, como reflexo das medidas de corte de tributos aprovadas no Congresso Nacional. De acordo com o time econômico da XP, a demanda pelos bens mais sensíveis ao crédito deve permanecer em tendência de queda nos próximos meses, em linha com o aperto das condições monetárias e o elevado grau de endividamento das famílias. No entanto, a recuperação do mercado de trabalho em conjunto com estímulos fiscais adicionais de curto prazo provavelmente suavizarão o esfriamento do comércio neste semestre, fornecendo sustentação à demanda pelos bens mais sensíveis à renda. Assim, o varejo total deve apresentar cerca estagnação próximos meses, com sinais heterogêneos entre as categorias;
- Na agenda doméstica desta quinta-feira, destaque para a publicação do IBC-Br – proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central – referente a julho. O time econômico da XP estima elevação de 0,5% em relação a junho (e expansão de 2,9% versus julho de 2021), enquanto o consenso de mercado indica ganho mensal de 0,4% e expansão interanual de 2,8%. Por fim, o Tracker XP – estimativa de alta frequência – para o PIB do 3º trimestre aponta para crescimento de 0,5% ante o 2º trimestre (e aumento de 3,5% ante o 3º trimestre de 2021), explicado principalmente pela recuperação sólida do setor de serviços.
Empresas
Natura&Co. (NTCO3): Muito barata para ser ignorada; Preços atuais já refletem um cenário conservador
- Considerando a reunião do Conselho de Administração da companhia, trazemos o que enxergamos como possíveis anúncios que poderiam ser feitos frente ao processo de reestruturação da Natura&Co;
- Uma vez que vemos eventuais mudanças como gatilhos para os preços, também analisamos o valuation de NTCO através de uma metodologia de soma das partes para compreender o que está sendo precificado atualmente;
- Nossa conclusão é que o preço atual incorpora um cenário conservador, com Natura&Co. LatAm negociando com um desconto de ~33% (10x EV/EBITDA 2023e) para seus pares globais, excluindo todas as outras unidades de negócio;
- Por fim, atualizamos nossas estimativas, mantendo nosso preço-alvo em R$25.0/ação, reiterando nossa recomendação de compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Arezzo (ARZZ3): Um novo nicho Simples(mente) surgindo na Reserva?; Uma primeira olhada na marca Simples, a iniciativa de básicos da Reserva
- Neste relatório, trazemos um pouco das nossas primeiras percepções da marca Simples – o recente “spin-off” da marca Reserva com foco no segmento de básicos, seguindo seu projeto piloto da camiseta Simples;
- Nossas conclusões são: i) a marca está começando com um número pequeno de SKUs; ii) A moda masculina tem uma maior variedade de produtos; e iii) o posicionamento de preços é na média ~54% acima da Hering;
- Aproveitamos também para atualizar nossas estimativas de ARZZ e rolar o nosso preço-alvo para o fim de 2023, com nosso novo preço-alvo em R$ 115,0/ação, de R$ 100,0 anteriormente. Mantemos nossa recomendação de Compra para o papel;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Analisando a Concessão “Noroeste Paulista”; Próximo Leilão de Rodovias do Estado de São Paulo
- O próximo leilão de rodovias no Brasil está programado para ser concedido pelo governo do Estado de São Paulo (SP) em 15 de setembro (um processo de re-licitação de duas concessões vencidas [a Tebe e a Triângulo do Sol], composto por R$ 10 bilhões de capex e 600km de extensão);
- Esperamos aumento da concorrência em relação às rodadas anteriores devido ao perfil de baixo risco do ativo (demanda de tráfego já conhecida e projeções de capex feita com preços de insumos atualizados), com até quatro potenciais participantes de acordo com notícias na mídia, incluindo CCR e Ecorodovias;
- Apesar da concorrência esperada, vemos espaço para retornos que pode gerar valor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Novo plano de previdência fechada pode dobrar número de empresas no sistema em dois anos, diz Abrapp (Valor);
- Movimentos na ‘guerra dos tronos’ entre alguns dos maiores agentes plugados à XP (O Globo);
- Thomson Reuters e Modal lançam banco digital integrado a software de contabilidade (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- St. Marché mantém projeto de IPO de olho no interesse por negócios voltados à classe A: Rede é vista como uma das principais concorrentes do Pão de Açúcar (Estadão);
- Fintech Magalu recebe autorização do BC e lança iniciação de pagamentos (Finsiders);
- Vendas do varejo caem 0,8% em julho ante junho, aponta IBGE (Estadão);
- Califórnia processa Amazon por práticas anticompetitivas (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- Brasil negocia ampliação das exportações agropecuárias para Indonésia – Valor;
- UE amplia veto a produtos de desmatamento e inclui carnes de frango e suíno – Avisite;
- Agro
- MME vai adiar publicação de MP que altera o RenovaBio – Valor;
- Após forte queda de preço, mercado de etanol entra em “novo normal” – Valor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo cancela mais dois leilões de energia elétrica previstos para este ano. (Valor Econômico);
- Cancelamento de leilões mostra necessidade de repensar contratação (Canal Energia);
- Estoques de petróleo dos EUA sobem mais que o esperado (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Netflix espera conquistar 40 milhões de novos usuários em 2023
- Netflix espera conquistar 40 milhões de novos usuários em 2023;
- China poderá ser o novo catalisador de crescimento da Moderna;
- Fintech apoiada pelo Walmart testará serviços bancários nas próximas semanas;
- Empresas chinesas buscam expansão para o México;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Principais notícias do universo de criptoativos
- Hoje em Criptos
- Lobistas pressionam SEC para criação de ETFs de Bitcoin (The Daily Hodl);
- Pools de mineração migram para o ETHW (Decrypt);
- Google anuncia parceria com BNB Chain (Livecoins);
- Starbucks usará NFTs (Quartz);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Oito FIIs com bons pontos de entrada mesmo com a recente valorização dos fundos imobiliários (InfoMoney);
- Flow Imobiliário – Mesa de Fundos Listados (Expert XP);
- Fiagros sobem até 9% em agosto; veja os mais rentáveis, os maiores dividendos e os que podem chegar ao mercado (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda Fixa
Não olhe para trás: A deflação e a renda fixa
- Nos últimos dois meses, o IPCA, índice oficial de inflação do país, registrou deflação. Espera-se que o mesmo ocorra em setembro. Após este período, a expectativa é de que uma combinação de fatores locais e externos leve o índice para o campo positivo novamente;
- O efeito sobre títulos atrelados à inflação tem sido de desvalorizaçao, o que afastou alguns investidores;
- No entanto, não vemos o movimento como justificável, dado o patamar elevado de rentabilidade que esses ativos continuam a oferecer;
- Clique aqui e leia o relatório completo.
ESG
Na zona do euro, cresce a demanda por títulos verdes mesmo com o cenário volátil | Café com ESG, 15/09
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +2,0% e +1,5%, respectivamente;
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território neutro, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,2% e -0,1%, respectivamente;
- No Brasil, (i) um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e pela PwC Brasil mostrou que a sustentabilidade está na agenda dos executivos de finanças – 64% dos CFOs entrevistados afirmaram que participam de programas sobre o tema dentro das organizações em que trabalham, entretanto, mais da metade (59%) dos entrevistados disseram que não publicam relatórios de sustentabilidade com informações tributárias; e (ii) o Observatório de Bioeconomia e a Fundação Getulio Vargas (FGV) lançaram uma plataforma que reúne todas as informações disponíveis sobre o mercado de carbono – os dados mostram que os preços do carbono variam consideravelmente: na Europa e na América do Norte o preço médio da tonelada de carbono é US$ 6, na América do Sul e na África, sai por cerca de US$ 4, o menor valor está na Ásia, onde custa US$ 1,20, e o maior, na Oceania, a US$ 19;
- No internacional, os governos da zona do euro levantaram 15 bilhões de euros (US$ 15 bilhões) de títulos verdes nas últimas duas semanas, elevando os volumes acima de um ano atrás, mesmo com o aumento da volatilidade reduzindo a emissão no mercado mais amplo – a alta inflação e o rápido aumento das taxas de juros injetaram nos mercados mundiais um nível de turbulência não visto há anos, levando à cautela geral entre os mutuários, mas isso não parece ter prejudicado a demanda por títulos verdes do governo que financiam projetos ambientalmente benéficos;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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