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Fundos de Investimento : guia completo para investir

Confira um guia completo para investir em fundos de investimento e entenda as melhores estratégias para sua aplicação.

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Fundos de Investimento : guia completo para investir

Você sabia que, segundo a ANBIMA , no Brasil existem aproximadamente 57 mil fundos de investimento ?

A estrutura de mercado de fundos no Brasil é uma das mais seguras e sofisticadas do mundo. Mas, afinal, o que são fundos de investimento ?

Os fundos de investimento são uma das aplicações mais simples de se entender e fáceis de investir. Isso porque, basicamente, você delega o seu dinheiro para especialistas cuidarem dele. Contudo, é preciso saber muito bem quem são essas pessoas e qual a estratégia que será usada para o fundo escolhido.

Acreditamos que todos os investidores devem saber identificar as oportunidades e entender se isso condiz com o perfil de investimento.

Neste guia completo sobre fundos de investimento, você aprenderá o que são, como funcionam, quais são os tipos de fundos, como investir em fundos de investimento e muito mais.

Acompanhe a seguir!

O que são fundos de investimento?

Fundos de investimento são uma forma de aplicação financeira que reúne recursos de diversos investidores, conhecidos como cotistas, para serem investidos conjuntamente no mercado financeiro.

Esse tipo de investimento é gerenciado por profissionais especializados, chamados de gestores, que decidem onde alocar os recursos com o objetivo de obter a maior rentabilidade possível, de acordo com a política de investimento do fundo.

Os fundos de investimento podem aplicar em uma ampla gama de ativos, incluindo ações, títulos de renda fixa, moedas, commodities e outros instrumentos financeiros. Eles são divididos em categorias como:

  • fundos de renda fixa;
  • fundos de ações;
  • fundos multimercado;
  • fundos de investimento imobiliário;
  • e entre outros.

Os investidores adquirem cotas desses fundos, que representam uma fração do patrimônio líquido total do fundo, podendo lucrar com a valorização dessas cotas e com os rendimentos distribuídos pelo fundo.

Infográfico que explica a lógica da aplicação dos investidores em fundos de investimentos

Como funcionam os fundos de investimento?

Uma das principais figuras que existem nos fundos é o gestor. Se fizermos o paralelo com um time de futebol, ele seria o técnico, que é quem decide aqueles que vão ou não vão jogar.

Existe também uma outra figura importante, que é a do administrador. Ele é quem cuida para ver se tudo está ocorrendo conforme descrito na política de investimentos do fundo. Cabe a ele proteger os cotistas.

As outras figuras são o custodiante, o distribuidor e o auditor. Apesar de tantos nomes, todos eles são peças fundamentais para trazer transparência, segurança e conformidade com as regras para os investidores.

Pessoas envolvidas dentro da administração e gestão de fundos de investimentos

Entenda sobre as cotas dos fundos.

Cotas de fundos

As cotas dos fundos são uma fração de participação, no qual o valor total do fundo seria o resultado das participações de cotas compradas pelos investidores.

Existem dois tipos de cotas para fundos de investimento:

Cota de abertura

A cota de abertura é calculada atualizando os valores dos ativos componentes da carteira do fundo de investimento até a data do dia anterior, devidamente atualizadas por 1 dia, quando se tratar de fundos classificados como renda fixa.

Assim, o valor da cota é conhecido na abertura dos negócios do dia, e as aplicações e resgates do dia são convertidos a partir do valor da cota de abertura.

Cota de fechamento

A cota de fechamento é calculada atualizando os valores dos ativos componentes da carteira do fundo de investimento no próprio dia do cálculo da cota, sendo divulgada após o fechamento do mercado, no primeiro dia útil seguinte.

Por exemplo, os fundos de ações usam a cota de fechamento porque o valor da cota pode ter grande variação durante o dia, que não seria refletido no valor da cota.

Como é calculado o valor da cota do fundo de investimentos?

O valor da cota é calculado dividindo-se o patrimônio líquido do fundo pelo número total de cotas.

O patrimônio líquido do fundo é o total de seus ativos (investimentos realizados pelo fundo em diferentes modalidades como ações, títulos de renda fixa, etc.) menos os seus passivos (obrigações do fundo, como taxas a pagar).

A fórmula é a seguinte:

{Valor da Cota} ={Patrimônio Líquido do Fundo} / {Número Total de Cotas}

  • Patrimônio líquido do fundo: é a soma de todos os recursos sob gestão do fundo, incluindo dinheiro em caixa, investimentos, rendimentos recebidos e outros ativos, após subtrair todas as despesas, obrigações e dívidas do fundo;
  • Número total de cotas: é a quantidade de cotas emitidas pelo fundo, que foram compradas pelos investidores.

Veja um exemplo prático:

Se um fundo de investimento tem um patrimônio líquido de R$ 100 milhões e possui 1 milhão de cotas emitidas, o valor de cada cota desse fundo será de R$ 100.

{Valor da Cota} = {R$100.000.000} / {1.000.000 de Cotas}

{Valor da Cota} = R$ 100 por cota

O cálculo do valor da cota é feito diariamente ao final do dia útil, refletindo as variações no valor dos ativos do fundo bem como as despesas que incidem sobre o mesmo. Esse valor é crucial para determinar quanto os investidores precisarão pagar para comprar novas cotas ou o valor que receberão ao resgatar cotas do fundo.

Tipos de movimentações de fundos

  • Aplicação inicial: valor mínimo que o cotista pode aplicar em um fundo de investimento pela primeira vez;
  • Movimentação mínima: valor mínimo que o cotista pode movimentar, seja aplicação ou resgate, em um fundo de investimento, depois de já ser um cotista;
  • Saldo mínimo de permanência: valor mínimo que o investidor precisa manter no fundo para continuar sendo cotista. Se o cotista desejar realizar um resgate que resulte em um saldo menor do que o mínimo de permanência, deverá realizar o resgate total de sua posição.

Tipos de fundos de investimento

Saiba tudo sobre cada tipo de fundo de investimento no conteúdo que detalhamos abaixo.

1. Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa possuem regras de remuneração definidas no momento da aplicação. Ele se aplica em ativos de renda fixa como títulos públicos e privados.

Além disso, têm como principal fator de risco a variação da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, e do IPCA, a inflação oficial do Brasil.

Entre os ativos que os fundos dessa classe investem estão os títulos públicos do Tesouro Direto, as debêntures, as emissões bancárias em geral, como CDBs, LCIs e LCAs, e os fundos de investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

Em geral, os fundos de renda fixa têm menor volatilidade, se comparados às outras classes. Logo, eles costumam ser mais compatíveis para o público conservador. Apesar disso, são importantes para qualquer perfil de investidor por causa da diversificação.

Por outro lado, há também aqueles fundos de renda fixa que apresentam volatilidade elevada, a depender da estratégia.

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Principais estratégias dos fundos de investimento de renda fixa

Abaixo, listamos as principais estratégias para você identificar e decifrar em fundos de renda fixa:

Crédito privado

São fundos que apresentam pelo menos 50% do patrimônio investido em ativos de crédito privado, como debêntures, emissões bancárias e FIDCs. Podem ser divididos em três tipos de produto:

  • Grau de Investimento (high grade): investem em ativos de baixa e média classificação de risco de crédito, como letras financeiras, CDBs e FIDCs. Usualmente, os fundos apresentam prazo de resgate variando entre 1 e 30 dias;
  • High Yield: possuem perfil de risco de crédito elevado e, consequentemente, almejam maiores retornos. Em geral, esses fundos possuem prazo de resgate mais longo, de 60 dias ou mais, a depender da liquidez dos ativos da carteira;
  • Debêntures Incentivadas: investem em debêntures de infraestrutura, de acordo com a Lei 12.431. Dada a importância do financiamento dessas empresas com projetos de longo prazo, o investidor pessoa física possui isenção fiscal.

Atenção:

* Há fundos da estratégia crédito privado que pertencem à classe multimercado. No entanto, investem prioritariamente nos mesmos ativos que os fundos de renda fixa. A diferença é que essa estratégia tem liberdade para fazer operações com derivativos. O intuito é proteger o portfólio ou comprar ativos no exterior.

** Os ativos de crédito privado, por serem negociados em mercado de balcão, tendem a apresentar volume reduzido de negociação, o que dificulta seu processo de precificação. Com isso, nem sempre a volatilidade do papel reflete o risco de crédito associado. No caso de inadimplência de uma empresa ou instituição, ocorre o chamado evento de crédito. Assim, o ativo sofre uma desvalorização brusca, descontinuando a performance do fundo.

Juros

Essa estratégia investe em apenas taxas de juros, a partir do Tesouro Selic. Assim, esse título do Tesouro Direto atrelado à taxa básica ou contratos futuros de DI, podem ter gestão ativa ou passiva.

Inflação

Investem por meio do Tesouro IPCA+, título do Tesouro Direto atrelado à inflação, ou contratos futuros de juro real. Assim, como os fundos de juros, podem ter gestão ativa ou passiva.

2. Fundos de ações

Os fundos de ações possuem uma carteira de ativos investidos em renda variável. O principal fator de risco do fundo de ações negociadas na Bolsa de Valores fica por conta da variação de preços dos papéis.

Como exigência da CVM, no mínimo 67% do patrimônio líquido do fundo de ações deve ser composto por ações, bônus ou recibos de subscrição, cotas de fundos de ações, cotas de fundos de índice de ações ou Brazilian Depositary Receipts (BDRs).

Em geral, são fundos que possuem um nível de volatilidade mais elevado se comparado às classes renda fixa e multimercado.

As principais estratégias dos fundos de investimento  de ações

Listamos as principais estratégias para você identificar e decifrar em fundos de ações:

Long only

São os fundos cuja carteira tende a apresentar apenas posições compradas. A depender do processo de investimento, as estratégias podem ser segmentadas nas seguintes subcategorias:

  • Valor: buscam retorno por meio da seleção de empresas cujo valor das ações seja negociado abaixo do valor intrínseco estimado;
  • Small Mid Caps: investem em empresas de baixa liquidez e capitalização de mercado. As Small Caps tendem a apresentar maior volatilidade do que as demais estratégias;
  • Dividendos: investem em empresas com histórico de pagamento consistente de dividendos;
  • Índice ativo: têm o objetivo de superar determinado índice de referência do mercado acionário a partir de deslocamentos táticos em relação à carteira do índice.
Long Biased

Fundos que investem em ações com maior liberdade para ajustar a exposição, em comparação aos Long Only, conforme o grau de otimismo do gestor no mercado de ações. São fundos que utilizam-se de proteções, como posições vendidas e derivativos. Em geral, sua exposição líquida varia de 20% a 100%.

Alguns fundos que investem em ações e possuem a estratégia Long Biased são classificados como multimercado. Isso ocorre porque, assim, há maior liberdade para se realizar operações com derivativos.

Indexados

São os fundos que buscam replicar o retorno de determinado índice do mercado acionário

Investimento no exterior

Envolve todos os fundos de ações que mantêm, no mínimo, 67% de seus recursos alocados no exterior. Em geral, são veículos locais que compram cotas de fundos internacionais, como o investimento em ações nos EUA ou na Europa.

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3. Fundos multimercado

Os fundos multimercado possuem a liberdade de aplicação em ativos de renda fixa, renda variável e cambial. É ideal para diversificação de investimentos.

Os fundos multimercados não têm o compromisso de se concentrar em nenhum fator em específico. Assim, são veículos que apresentam maior liberdade para alocação e podem investir em diversos ativos.

Dado seu caráter mais complexo, comparando com as outras classes, os fundos multimercados requerem um conhecimento mais aprofundado por parte do investidor. Afinal, há uma vasta variedade de ativos e que precisam fazer sentido, juntos, dentro de uma estratégia delineada pelo gestor.

As principais estratégias dos fundos de investimento multimercado

Conheça as principais estratégias para você identificar e decifrar em fundos multimercados:

Macro

Fundos que realizam operações em diversas classes de ativos (renda fixa, renda variável, moedas, commodities, etc) definindo as decisões de investimento baseadas em cenários macroeconômicos, com horizontes de curto, médio ou longo prazos.

Long & Short

Fundos que operam no mercado de ações, montando posições de valor relativo (compradas e vendidas). Em geral, a carteira é formada por pares, que podem ser de um mesmo setor (intrasetorial) ou de setores diferentes (intersetorial), bem como por posições individuais contra o Ibovespa ou uma cesta de diversas ações. Apesar de investirem em ações, os fundos dessa categoria não necessariamente possuem correlação com o índice.

Investimento no exterior

Estratégia de caráter abrangente, envolve todos os fundos que mantêm, no mínimo, 67% de seus recursos alocados no exterior. Em geral, são veículos locais que compram cotas de fundos internacionais, que compõem estratégias macro, de ações, crédito, entre outras modalidades.

Quantitativo

Fundos cuja estratégia é baseada em algoritmos desenvolvidos pelo time de investimentos. Tendem a ser pouco correlacionados com os demais fundos da indústria e não possuem discricionariedade na gestão.

4. Fundo cambial

O fundo de investimento cambial apresenta, como principal fator de risco, a variação do preço de moeda estrangeira ou cupom cambial. Como exigência da CVM, no mínimo 80% do patrimônio líquido do fundo cambial deve estar investido em ativos relacionados direta ou indiretamente a tal fator de risco.

Em geral, são mais comuns os fundos que buscam replicar a variação do dólar ou do euro.

O escopo de atuação de fundos cambiais é bastante específico, portanto existe basicamente um só tipo de estratégia, que consiste em estar exposto a uma determinada moeda estrangeira.

Os gestores trabalham através de derivativos, via contratos futuros de moeda ou operações de swap cambial. Ainda, é possível que invistam em títulos públicos ou privados denominados em moedas estrangeiras.

5. Fundos de fundos

Os fundos de fundos são uma categoria com uma característica específica que envolve: investir em outros fundos. Vamos usar o exemplo de como a gestora da XP trabalha os fundos de fundos para entender melhor as estratégias.

A família Selection abrange os fundos de fundos da XP Asset Managemente é composta por produtos de diferentes estratégias, entre elas renda fixa, multimercado e ações.

Com um mínimo acessível, a partir de R$ 500,00, é possível montar uma carteira diversificada de fundos de renda fixa, multimercados ou de investimento em Bolsa.

Além disso, via Selection, é possível acessar estratégias exclusivas que o relacionamento do Grupo XP permite, por exemplo, investimentos em fundos hoje fechados para captação ou apenas para investidores qualificados (dentro do limite permitido pela regulamentação).

Basicamente, as estratégias dos fundos de fundos replicam outras estratégias, sejam elas de ações, renda fixa, multimercados, entre outros.

6. Fundo de previdência

O Fundo de Previdência é uma modalidade de investimento de longo prazo, voltada principalmente para o planejamento da aposentadoria. Sua principal vantagem é o perfil de impostos diferenciado, que incentiva a manutenção do dinheiro investido pelo maior tempo possível.

Existem dois tipos principais de fundos de previdência:

  • PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre);
  • VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Ambos possuem características semelhantes, mas diferem principalmente em como são tributados. O PGBL permite que você deduza suas contribuições na declaração de imposto de renda até um limite de 12% da sua renda bruta anual, enquanto o VGBL não oferece esse benefício.

Os fundos de previdência são geridos por gestores profissionais que investem o dinheiro em uma variedade de ativos, como ações, títulos e imóveis. Esses ativos são escolhidos com base em uma análise rigorosa do mercado e da situação econômica geral.

7. Fundo imobiliário

O Fundo Imobiliário é um tipo de investimento que permite que os investidores participem de uma carteira diversificada de imóveis sem ter que comprar os imóveis fisicamente. Isto é feito por meio da compra de cotas do fundo, cada uma representando uma fração dos ativos totais do fundo.

Os fundos imobiliários podem investir em uma ampla gama de imóveis, desde imóveis residenciais e comerciais até imóveis industriais e logísticos. Esses fundos também podem investir em títulos imobiliários, como CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

Os fundos imobiliários são uma forma eficaz de diversificar a carteira de investimentos e de obter exposição ao mercado imobiliário, sem necessidade de gerir ou manter os imóveis. Além disso, eles são negociados na bolsa de valores, o que proporciona liquidez ao investimento.

8. Fundos Mútuos de Privatização (FMP)

Os Fundos Mútuos de Privatização (FMP) são uma categoria de fundos de investimento  viabilizada pelo Programa Nacional de Desestatização do Brasil. A criação dos FMPs foi uma maneira encontrada de permitir que o público em geral pudesse participar do processo de privatização de empresas estatais, que previamente estava restrito a grandes investidores.

No caso dos FMPs, os recursos captados são destinados à aquisição de ações de empresas públicas que estão sendo privatizadas. O rendimento do fundo, então, está relacionado à rentabilidade das empresas que compõem o portfólio de investimento do fundo.

Para tornar esse tipo de investimento mais seguro e atrativo, a lei prevê diversas garantias e incentivos tributários.

No entanto, como qualquer investimento em ações, os fundos de investimento  de privatização possuem risco e podem resultar em perdas, portanto, é importante que os investidores busquem conselhos profissionais antes de investir.

Vantagens dos fundos de investimento

Algumas das vantagens dos fundos de investimento incluem:

  • Diversificação: acesso a uma carteira de ativos diversificados;
  • Gestão especializada: profissionais de mercado dedicados à gestão da carteira de investimentos;
  • Liquidez: agilidade na aplicação e no resgate de cotas;
  • Acessibilidade: acesso a mais modalidades de investimento com menos recursos, para todo perfil de investidor;
  • Diluição de custos: os custos com corretagem são divididos igualmente entre todos os cotistas;
  • Transparência: os fundos de investimento são regulados e devem publicar regularmente relatórios, oferecendo transparência sobre as alocações de ativos, desempenho e custos.

Melhores fundos de investimento de 2024

Pensando em destacar os melhores fundos de investimento para 2024, o compilado da plataforma XP, intitulado Top Fundos PCO, é uma cuidadosa seleção dos fundos para investidores que procuram orientação sobre onde alocar seus recursos ao longo do ano.

Esse relatório abrange, em uma única análise, os melhores fundos de investimento no Brasil e do mundo, oferecendo uma visão completa dos produtos de gestão ativa mais promissores disponíveis na plataforma XP.

Relatório Top Fundos PCO

Confira o material que elenca os principais fundos nacionais da plataforma da XP.

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Estrutura de um fundo de investimentos

Um fundo de investimentos é formado por uma série de elementos, cada um com uma função específica. Todo o funcionamento de um fundo de investimento é baseado em regras estabelecidas em seu regulamento e na legislação.

Vamos explorar alguns a estrutura de um fundo de investimento a seguir.

Administrador

O administrador de um fundo de investimentos tem papel fundamental e é responsável pela gestão administrativa do fundo.

Entre suas atividades estão a prestação de serviços, como contabilidade, controle e processamento dos ativos e passivos do fundo, cálculo do valor da cota, apuração do imposto de renda, entre outros. Além de ser responsável pela divulgação de informações aos investidores, como o regulamento do fundo e as condições de resgate.

Gestor

O gestor tem como principal responsabilidade a gestão da carteira de ativos do fundo, decidindo onde e quando aplicar os recursos dos cotistas. Essas decisões são tomadas de acordo com a política de investimento e com o regulamento do fundo.

A remuneração do gestor normalmente é composta por uma taxa fixa e uma taxa de performance, que está ligada à rentabilidade do fundo.

Auditor

O auditor exerce um papel essencial para garantir a transparência e a integridade das operações do fundo. Ele verifica se as informações financeiras divulgadas pelo fundo estão corretas e de acordo com as normas da CVM. Eles são contratados pela administradora, realizam o trabalho de forma independente e reportam diretamente aos cotistas.

Custodiante

O custodiante é responsável por manter em segurança os ativos do fundo. Sua função inclui a guarda dos ativos, liquidação das operações, recebimento dos proventos dos investimentos, entre outros serviços ligados à posse e manutenção dos ativos.

Distribuidor

O distribuidor executa a função de venda das cotas do fundo. Ele é o canal entre o fundo de investimento e os investidores. Sua remuneração geralmente é feita por meio de taxas de distribuição cobradas dos investidores.

Assembleia geral de cotistas

A Assembleia Geral de Cotistas é um encontro onde os investidores podem votar em diversas questões ligadas ao fundo, como a alteração da política de investimento ou a mudança do administrador e do gestor. De acordo com o número de cotas que possuem, cada cotista tem direito a um número proporcional de votos.

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Prazos de aplicação e resgate de fundos

Entenda melhor sobre os prazos e resgate dos fundos de investimento.

Aplicação

Prazo de cotização é um período determinado para a apuração do valor da cota para efeito de aplicação no fundo. Geralmente, vale 0 ou 1 dia.

Resgate

Prazo de cotização é o período determinado para a apuração do valor da cota para efeito de resgate no fundo. Geralmente, varia entre 0 e 30 dias, para fundos mais líquidos, podendo valer 180 dias ou mais de um ano, para fundos menos líquidos.

Além disso, temos o prazo de liquidação que é o período determinado para o pagamento, pelo fundo, do valor líquido devido ao cotista que efetuou o pedido de resgate. Por exigência da CVM, o pagamento deve ser feito em até 5 dias úteis, contados da data de cotização.

Fundos abertos ou fundos fechados

Ao escolher um fundo de investimento, entender se ele é um fundo aberto ou um fundo fechado ajuda a definir a flexibilidade e a acessibilidade do seu investimento. Esses termos referem-se principalmente à política de entrada e saída do fundo por seus investidores.

Fundos abertos

Os fundos abertos permitem que os investidores apliquem e resgatem suas cotas a qualquer momento. Você pode comprar ou vender suas cotas quando desejar, com as operações sendo realizadas normalmente através de instituições financeiras como bancos ou corretoras.

Sendo assim, estes fundos oferecem um alto nível de liquidez, o que pode ser benéfico se você precisar acessar rapidamente os seus investimentos.

Fundos fechados

Ao contrário dos fundos abertos, os fundos fechados possuem regras mais rígidas para a entrada e saída de investidores. Inicialmente, eles recebem investidores durante o chamado “período de captação”. Após o término deste prazo, novos cotistas não são mais admitidos e os cotistas atuais não podem fazer novos investimentos.

Quanto ao resgate de cotas, não pode ser feito a qualquer momento. O resgate tem data pré- definida para ocorrer, geralmente no prazo de encerramento do fundo, que pode ser alguns anos no futuro.

Se um cotista precisar retirar seu dinheiro antes do término do prazo, ele terá que vender suas cotas a outros investidores, uma negociação que pode ocorrer em mercados de bolsa ou balcão. Portanto, em comparação aos fundos abertos, os fundos fechados possuem uma liquidez menor.

É seguro investir em fundos de investimento?

A segurança de investir em fundos é uma das maiores preocupações dos investidores. Os fundos de investimento, por serem regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apresentam uma segurança considerável para o seu portfólio.

No entanto, é fundamental confirmar a listagem do fundo no site da CVM antes de fazer o investimento, para assegurar uma aplicação segura de seus recursos.

Como qualquer outro tipo de investimento, a segurança de um fundo de investimentos depende de uma série de fatores, incluindo a estratégia de investimento do fundo, o perfil do investidor, o ambiente econômico e regulatório, entre outros.

Os parâmetros que determinam a composição das carteiras de fundos para cada perfil são definidos pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Além disso, a Anbima é responsável pela fiscalização da qualidade das informações fornecidas pelos fundos, buscando garantir a transparência e a clareza para os investidores.

Quais são os riscos de investir em fundos de investimento?

Há diferentes tipos de riscos associados ao investimento em fundos.

Risco de crédito

Se seu investimento for em um fundo que realiza aplicações em renda fixa, você estará exposto ao risco de crédito. Isso se refere à possibilidade do emissor do ativo não cumprir com suas obrigações financeiras, também conhecido como “calote”. A solidez financeira do emissor do ativo pode influenciar diretamente o risco de crédito.

Risco de mercado

Todos os fundos de investimento estão sujeitos ao risco de mercado, que está relacionado às flutuações de preço causadas por eventos que ocorrem no ambiente de negócios.

Quando um fundo investe em um determinado mercado, com a expectativa de um desempenho positivo, qualquer mudança inesperada na economia ou na situação do emissor dos ativos pode impactar negativamente o desempenho do fundo.

Risco de liquidez

O risco de liquidez é a possibilidade do investidor perder dinheiro por conta de dificuldades do gestor em vender um ativo sem redução de valor. Por exemplo, se o seu fundo investir em ações pouco negociadas, as dificuldades em encontrar compradores pode levar o gestor a vender os ativos com um grande desconto, incorrendo em perdas.

Cobertura do FGC em fundos

Diferentemente de alguns outros produtos financeiros como CDBs e LCIs, fundos de investimento não possuem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Este organismo garante um reembolso de até R$ 250 mil (por CPF) para investidores quando a instituição financeira passa por intervenção ou liquidação.

Os fundos de investimento não são cobertos por esta proteção, reforçando a necessidade de análise cuidadosa antes de investir.

Taxas e tributação dos fundos de investimentos

Antes de adquirir as cotas de qualquer fundo, é importante ler o material informativo do fundo para analisar quais são os custos cobrados, dentre eles a taxa de administração, a taxa de performance, a taxa de saída e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Entenda cada uma delas.

Taxa de administração

Essa taxa é cobrada para custear o serviço de gestão e operação dos fundos de investimentos. Seu valor varia porque é um percentual sobre o patrimônio total.

No caso dos FICs (fundos com cotas de outros fundos), há a cobrança da taxa máxima de administração, por isso fique atento.

Taxa de performance

É uma espécie de bonificação pelo trabalho do gestor quando o fundo supera o benchmark, podendo incidir sobre as cotas. O percentual cobrado vai variar de acordo com os critérios da instituição emissora.

Taxa de saída

Quando aplicável, é cobrada sobre o valor investido no caso de o cotista querer vender as cotas antes do prazo estabelecido no regulamento do fundo.

IOF

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é cobrado somente se o resgate for realizado antes de 30 dias da data de aplicação. O percentual do IOF varia de acordo com a tabela:

Tabela de cobrança do IOF ou Imposto sobre Operações Financeiras

Tributação IR

Tabela de cobrança de Imposto de Renda sobre os diferentes tipos de fundos de investimentos

Selecionando um fundo de investimento

Escolher um fundo de investimento requer considerações cuidadosas. A decisão dependerá amplamente dos seus objetivos financeiros, tolerância ao risco, horizonte de investimento, entre outros fatores.

Aqui estão alguns aspectos fundamentais a serem considerados.

Compreendendo o seu perfil de investidor

Entender o seu próprio perfil de investidor é o primeiro passo na escolha de um fundo. Se você é avesso ao risco, provavelmente se sentirá mais confortável com fundos de renda fixa.

Se você estiver disposto a aceitar mais riscos para obter retornos mais elevados, fundos de ações ou fundos multimercado poderiam ser uma opção melhor.

Referência do desempenho (benchmark)

O benchmark é uma ferramenta útil para avaliar o desempenho de um fundo. Ele fornece um padrão de comparação para determinar se o fundo está superando ou subperformando o mercado. Certifique-se de escolher um fundo com um benchmark adequado e entenda como ele se compara a ele.

Custo das taxas

Os custos podem afetar significativamente o seu retorno total do investimento. Isso inclui a taxa de administração, taxa de performance e outras possíveis taxas.

Compare as taxas dos diferentes fundos para garantir que elas não comprometam muito os seus retornos.

Prazos de resgate e liquidez

O prazo de resgate de um fundo refere-se ao tempo necessário para converter suas cotas de volta em dinheiro após a solicitação de resgate. A liquidez do fundo também é crucial, pois isso determina como você consegue ter acesso rápido aos seus recursos quando precisar.

Rentabilidade passada e histórico

Embora o desempenho passado de um fundo não garanta o seu desempenho futuro, é útil analisar o histórico do fundo para entender como ele se comportou em diferentes condições de mercado.

Investimento inicial mínimo

Alguns fundos possuem um valor mínimo para o investimento inicial, que pode variar de acordo com o tipo de fundo. Certifique-se de que o valor exigido está alinhado com a sua capacidade financeira.

Avaliação de desempenho (rating)

O rating de um fundo de investimento é uma avaliação que expressa qualitativamente a capacidade do fundo de cumprir seus objetivos financeiros. Ele é fornecido por empresas especializadas e pode ser útil para comparar os fundos.

Qual é a rentabilidade dos fundos de investimentos?

A rentabilidade de um fundo de investimento varia e depende de uma série de fatores, principalmente do benchmark ou meta de rentabilidade do fundo. Cada fundo tem como objetivo superar um indicador de referência, que serve para comparar o seu desempenho.

No caso dos fundos de renda fixa, usualmente o benchmark é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). O CDI é uma taxa de referência para as operações de renda fixa e, geralmente, acompanha a variação mensal da taxa básica de juros, a Selic.

Por outro lado, os fundos de renda variável frequentemente selecionam o Ibovespa como referência.

Se o desempenho de um fundo superar seu benchmark, o gestor do fundo pode cobrar uma taxa de performance como recompensa pelo bom desempenho.

Portanto, a rentabilidade dos fundos de investimento é diretamente influenciada pelos seus respectivos benchmarks e pela classe de ativo em que o fundo está investindo.

Passo a passo para investir em fundos de investimentos

Agora que você aprendeu tudo sobre os fundos, vamos apresentar uma orientação de como investir em fundos de investimento. O processo é bastante direto. Veja:

  1. Abra sua conta na XP Investimentos: inicialmente, você precisará abrir uma conta em um banco ou corretora de investimentos. Se você já é cliente, apenas faça o login em sua conta.
  2. Escolha o fundo adequado: em “Produtos”, procure por “fundos de investimento”. É possível que você encontre uma vasta seleção de mais de 400 fundos de investimento  divididos em diferentes classes, como Renda Fixa, Multimercados, Ações e Cambiais. Se já souber qual fundo escolher, vá para a próxima etapa. Se não, é necessário que você investigue cada um que te chamar atenção, analisando o gestor, classificação, histórico e outros fatores relevantes.
  3. Faça a aplicação: depois de selecionar o fundo, clique em “aplicar”. Você será direcionado para a área de aplicação. Insira o valor que deseja investir na operação, leia e aceite o termo de ciência de risco e insira sua assinatura eletrônica para finalizar a operação.

Investir em fundos de investimento permite que você tenha acesso a uma carteira diversificada de ativos de uma maneira acessível. Porém, como com qualquer tipo de investimento, é fundamental que você compreenda e avalie os riscos e o potencial de retorno associados ao fundo escolhido.

Conclusão

Compreender fundos de investimento é essencial para qualquer investidor, independentemente de seu perfil. O mercado de fundos no Brasil oferece uma ampla gama de opções, permitindo aproveitar oportunidades diversas que podem não ser acessíveis de outra forma.

Investir tempo e esforço na busca por conhecimento e suporte profissional pode resultar em escolhas mais adequadas ao seu perfil e objetivos financeiros. 

Acessando e utilizando as informações disponíveis em sites e plataformas de investimento confiáveis, é possível maximizar seu potencial de rentabilidade e mitigar riscos. Esse guia serve como um ponto de partida para essa jornada de investimento em fundos.

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