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A semana na Renda Fixa (14/06 a 18/06)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas de juros futuras apresentaram alta na semana, observada com maior intensidade nos vencimentos curtos e intermediários, repercutindo as decisões dos bancos centrais do Brasil e Estados Unidos. Ambos indicaram visões mais restritivas (hawkish) em relação ao futuro de suas políticas monetárias. As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também registraram alta mais acentuada nos vencimentos mais curtos, acompanhando o movimento da curva DI.

Em linha com a elevação das expectativas de juros futuros e queda na inflação projetada pelo mercado para os próximos anos, os títulos prefixados e indexados ao IPCA do Tesouro Direto apresentaram desvalorização. Enquanto isso, os títulos pós-fixados registraram alta na semana. As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento de spreads pela quarta semana consecutiva.

Para a próxima semana, ênfase no cenário doméstico para a divulgação da Ata do Copom e do Relatório Trimestral de Inflação pelo Banco Central, além de dados de inflação com o IPCA-15 referente a junho e os resultados do setor externo e arrecadação federal de maio. Na frente internacional, a divulgação do resultado do deflator PCE de maio nos EUA ganha destaque após posicionamento considerado mais hawkish na última reunião do FOMC. Teremos também discurso de dirigentes do FED ao longo da semana, e PMIs de junho na Zona do Euro e nos EUA.

Cenário macroeconômico

Elaborado pelo time de Economia da XP

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas de juros futuras apresentaram alta na semana, observada com maior intensidade nos vencimentos curtos e intermediários, repercutindo as decisões dos bancos centrais do Brasil e Estados Unidos. Ambos indicaram visões mais restritivas (hawkish) em relação ao futuro de suas políticas monetárias.

Ao compararmos a curva de juros futuros em relação à semana anterior, é possível notar um movimento de bear flattening, que ocorre quando há abertura na curva em todos os vencimentos, porém a perda de inclinação é direcionada pela maior abertura nos vértices curtos do que nos longos.

Já as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também registraram alta mais acentuada nos vencimentos mais curtos, acompanhando o movimento da curva DI.

Após a decisão mais dura do Copom, o mercado agora espera Selic ao fim do período de 7,43% em 2021, 8,88% em 2022, 9,16% em 2023 e 9,29% em 2024. Para a inflação, a expectativa é de 6,51% em 2021, 4,48% em 2022, 4,77% em 2023 e 4,94% em 2024.

Fonte: Bloomberg, XP.

Leilões do Tesouro Nacional

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 15/06 – NTN-B

Na leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) realizado na última terça-feira (15), a oferta totalizou 2,3 milhões de papeis, ante 2,8 milhões no leilão da semana passada. Por outro lado, o risco para o mercado (DV01) foi 73,4% maior, na mesma base de comparação.

O TN vendeu 2,29 milhões de NTN-Bs, com giro financeiro de R$ 9,7 bilhões.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 17/06 – LTN, NTN-F e LFT

No leilão de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) realizado na última quinta-feira (17), o TN aumentou a oferta de LTNs ante o leilão da quinta-feira passada de 13 para 15 milhões. Por outro lado, reduziu bastante a oferta de NTN-Fs, de 5 milhões para 1,5 milhão. As LFTs ofertadas permaneceram estáveis em 750 mil.

O Tesouro colocou todos os títulos ofertados no mercado. Em linha com a demanda aquecida para os vencimentos mais longos de LFTs nos últimos leilões, a oferta foi totalmente colocada no vencimento de março/27. Ressaltamos que o ativo deixará de ser emitido a partir de julho.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Tesouro Direto

Em linha com a elevação das expectativas de juros futuros e queda na inflação projetada pelo mercado para os próximos anos, os títulos prefixados e indexados ao IPCA apresentaram desvalorização. Enquanto isso, os títulos pós-fixados registraram alta na semana.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures foi de R$ 1,1 bilhão (vs. R$ 1,4 bilhão na semana anterior), R$ 108 milhões em CRAs (vs. R$ 104 milhões) e R$ 169 milhões em CRIs (vs. R$ 239 milhões). Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures participativas da Vale, CRI Rede D’Or e CRA JBS.

Vale lembrar que, como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados da sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento de spreads pela quarta semana consecutiva.

Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Ações de rating

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 21/06 a 25/06

Agenda econômica

No cenário doméstico, ênfase para a divulgação da Ata do Copom e do Relatório Trimestral de Inflação pelo Banco Central, além de dados de inflação, com o IPCA-15 referente a junho, e resultados do setor externo e arrecadação federal de maio.

Na frente internacional, a divulgação do resultado do deflator PCE de maio nos EUA (medida preferida de inflação do FED) ganha destaque após posicionamento considerado mais hawkish na última reunião do FOMC. Teremos também discurso de dirigentes do FED ao longo da semana, e PMIs de junho na Zona do Euro e nos EUA.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 18/06 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 14/06 a 18/06

Renda Fixa

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