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A semana na Renda Fixa (08/11 a 12/11)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: A aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara dos Deputados e a menor volatilidade na semana permitiram que as taxas futuras de juros recuassem entre os vértices intermediário e longo da curva.

Já as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, recuaram nos vencimentos mais curtos e avançaram no miolo da curva.

Para a semana que vem, o destaque será a divulgação do IBC-Br, proxy do PIB referente ao mês de setembro, além do andamento da agenda política.

Cenário macroeconômico

No cenário internacional, divulgação de dados de inflação ao consumidor e ao produtor agitaram o mercado, se mostrando mais aceleradas que o previsto nos EUA e na China.

No cenário doméstico, a inflação ao consumidor de outubro se acelerou indicadores do vendas no varejo e de serviços referentes ao mês de setembro se mostraram piores que o esperado.

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

A aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara dos Deputados e a menor volatilidade na semana permitiram que as taxas futuras de juros recuassem entre os vértices intermediário e longo da curva. Ressalta-se que a aprovação do projeto afasta o cenário fiscal mais temido pelos agentes de mercado – créditos extraordinários e novo estado de calamidade.

Já as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, recuaram nos vencimentos mais curtos e avançaram no miolo da curva.

O mercado espera Selic de 9,61% ao fim de 2021 (ante 9,52% na última sexta-feira), 12,70% em 2022 (vs. 13,03%), 11,43% em 2023 (vs. 11,83%) e 11,36% (vs. 11,88%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 10,27% em 2021 (contra 9,69% na última semana), 5,50% em 2022 (vs. 5,20%), 6,15% em 2023 (vs. 6,54%) e 6,18% em 2024 (vs. 6,65%).

Fonte: Bloomberg, XP.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 09/11 – NTN-B

No leilão da última terça-feira (09), o Tesouro Nacional ofertou 600 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs), volume maior que a oferta de 150 mil títulos das duas últimas semanas. A instituição vendeu a integralidade dos lotes com vencimentos em 2024 e 2028, além de 26.500 NTN-Bs com vencimento em 2040, ante a oferta de 150.000. O volume financeiro somou R$ 1,9 bilhão, ante R$ 570,1 milhões no leilão da semana anterior.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 11/11 – LTN, NTN-F e LFT

O TN aumentou significativamente os lotes no leilão de quinta-feira (11) ante a quinta-feira anterior (05): o volume de Letras do Tesouro Nacional (LTN) ofertadas aumentou de 450 mil para 3,5 milhões, o de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) aumentou de 100 mil para 2 milhões, enquanto o de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) permaneceu estável em 1,5 milhão.

As ofertas foram colocadas no mercado de forma integral, com giro financeiro de R$ 21,2 bilhões. O volume financeiro da última semana somou R$ 12,3 bilhões.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

Após a correção ocorrida no meio da semana, onde os papeis mais longos chegaram a fechar em média 30 bps, vimos um mercado mais vendedor de maneira geral, principalmente na parte mais longa. Destaque para operadores com perfil de alocação.

Na parte curta, vimos bastante fluxo de inflação implícita, sendo que os ativos com vencimento entre 2022 e 2026 concentraram a maior parte do fluxo.

Nas LTNs mercado movimentado por conta da volatilidade na curva de juros e primário maior. Destaque nos papéis com vencimento em julho de 2023, janeiro de 2024 e janeiro de 2025.

Nas LFTs, segue um fluxo alongador do miolo da curva para parte longa. Vencimentos mais curtos seguem mais vendedores e sem muita alteração na marcação.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Os títulos do Tesouro Direto pós-fixados e prefixados apresentaram valorização na semana, enquanto a maior parte dos títulos indexados à inflação fechou em baixa.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 1,2 bilhão (ante R$ 997 milhões na semana anterior), R$ 399 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 473 milhões), R$ 123 milhões em CRAs (vs. R$ 128 milhões) e R$ 286 milhões em CRIs (vs. R$ 743 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Vix Logística e Eletrobras, CRI Tishman e CRA BRF.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 15/11 a 19/11

Agenda econômica

Para a semana que vem, o destaque será a divulgação do IBC-Br, proxy do PIB referente ao mês de setembro, além do andamento da agenda política.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 12/11 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 08/11 a 12/11

Renda Fixa

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