IBOVESPA – 0,30% | 135.699 Pontos
CÂMBIO – 0,14% | 5,56/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em queda de 0,3%, aos 135.699 pontos, com a política fiscal no centro das atenções dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um conjunto de medidas que servirão como alternativa ao aumento do IOF, que, segundo ele, será “recalibrado”. Entre as propostas, destacam-se o aumento da tributação sobre apostas esportivas, o fim da isenção de IR sobre LCIs e LCAs e o fim da alíquota de 9% da CSLL para determinadas instituições financeiras, que passarão a ser tributadas em 15%.
Como resultado, o principal destaque negativo do dia foi B3 (B3SA3, -3,0%), diretamente impactada pelo fim da alíquota de 9% da CSLL. Já o principal destaque positivo foi Gerdau (GGBR4, +6,4%; GOAU4, +5,2%), após um banco de investimentos elevar a recomendação das ações para compra.
Para o pregão desta terça-feira, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação do IPCA de maio no Brasil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, o foco recaiu sobre as negociações comerciais entre EUA e China, após a sinalização de novas restrições chinesas à exportação de minérios críticos e discussões americanas sobre barreiras aos semicondutores. Apesar das tensões, o mercado interpretou os movimentos como sinais de avanço nas relações bilaterais, o que contribuiu para o alívio dos títulos do Tesouro americano.
No Brasil, o ambiente externo ajudou a suavizar a curva de juros local, após uma alta no início do pregão em reação ao anúncio do novo pacote fiscal em substituição ao aumento do IOF. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,00% (-4,50bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,47% (-4,20bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 7bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (-13,8bps); DI jan/29 em 13,64% (-9,7bps); DI jan/31 em 13,79% (-6,6bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam com leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), com os investidores atentos à nova rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O diálogo entre as potências foi retomado em Londres e deve continuar ao longo do dia, em meio à expectativa por avanços concretos e alívio tarifário. No pregão anterior, o S&P 500 subiu quase 0,1% e o Nasdaq avançou 0,3%, enquanto o Dow encerrou próximo da estabilidade.
No mercado de juros, as taxas das Treasuries recuam, acompanhando o tom cauteloso. A taxa do título de 10 anos cai cerca de 3 bps, para 4,46%, enquanto o de 2 anos recua 1 bp, para 3,99%. A Treasury de 30 anos opera com queda de 3 bps, em 4,92%.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única (Stoxx 600: estável). O FTSE 100 de Londres sobe 0,4%, enquanto o DAX em Frankfurt recua 0,2% e o CAC 40 em Paris avança levemente. O setor de defesa lidera as perdas, com destaque para quedas nas ações da Rheinmetall (-3,4%), Renk (-8,0%) e Hensoldt (-3,1%), em meio ao receio com possíveis restrições adicionais da China à exportação de minerais críticos usados na produção de armamentos.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -0,1%), enquanto investidores aguardam desdobramentos do encontro entre autoridades americanas e chinesas. O clima de incerteza continua dominando o sentimento de risco.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a segunda-feira em queda de 0,96%, pressionado por rumores de que o governo pretende incluir a tributação de FIIs e Fiagros na Medida Provisória (MP) que será enviada ao Congresso nos próximos dias, visando compensar ajustes no IOF. Especula-se que a proposta prevê uma alíquota de 5% sobre os rendimentos distribuídos por estes veículos a investidores pessoa física, igualando a tributação de outros ativos que também podem perder a isenção, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, entre outros. Com isso, o IFIX acumula queda de 1,32% no mês, afastando-se da máxima histórica recente.
O destaque negativo da sessão foram os Fundos de Papel, que recuaram em média 1,13% devido ao risco de um impacto duplo da taxação, enquanto os FIIs de Tijolo registraram queda média de 0,73%. Entre as maiores altas do dia estiveram VIUR11 (+2,3%), PATL11 (+1,4%) e KORE11 (+1,0%). As maiores quedas foram de BLMG11 (-5,8%), HCTR11 (-5,7%) e URPR11 (-5,2%).
Economia
As conversas entre Estados Unidos e China para chegar em um acordo comercial continuarão hoje.
No Brasil, o Boletim Focus voltou a mostrar crescimento na mediana das projeções para o PIB em 2025. Sobre o pacote fiscal que substituirá o aumento do IOF, estimamos uma arrecadação de até R$ 26 bilhões em 2026.
Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação do IPCA de maio, que esperamos que venha em 0,32% m/m (5,38% a/a). Na agenda internacional, nenhum indicador relevante.
Veja todos os detalhes
Pátria Renda Urbana (HGRU11) | Venda de imóvel resulta em lucro de R$ 69,4 milhões
- A administradora do fundo anunciou, por meio de fato relevante, a celebração de um compromisso de venda referente à totalidade do edifício localizado na Vila Olímpia, em São Paulo/SP, com 6.805 m² de ABL. Adquirido em julho de 2020 por cerca de R$ 100,6 milhões (R$ 14.782,65/m²), incluindo custos de transação e benfeitorias, o imóvel será vendido por R$ 170 milhões (R$ 24.982,37/m²), pagos de forma parcelada;
- O valor de venda é 69% superior ao investido e 34,8% acima do laudo de avaliação de 2024, resultando em um lucro em regime de caixa de aproximadamente R$ 69,4 milhões, ou cerca de R$ 2,99 por cota, e em uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de aproximadamente 19% ao ano. Com o pagamento da primeira parcela, o fundo deixa de receber o equivalente a R$ 0,06 por cota em aluguel do imóvel;
- Avaliamos o negócio como positivo. Além do ganho de capital destravado e passível de distribuição, principalmente ao longo dos próximos semestres, a transação proporcionou uma TIR real de aproximadamente IPCA + 12,23% ao ano, considerando a inflação acumulada no período — acima do retorno oferecido por títulos de renda fixa indexados à inflação;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Instituições Financeiras: mudanças fiscais em debate – Impactos potenciais no setor financeiro
- Ontem (9), a Equipe Econômica do Governo e o Congresso divulgaram um amplo pacote tributário com o objetivo de compensar a perda de receita decorrente da reversão do aumento do IOF. As principais medidas incluem:
- Tributação de instrumentos de crédito anteriormente isentos;
- Alterações na estrutura do IOF sobre crédito corporativo e operações de risco sacado;
- Eliminação da alíquota reduzida da CSLL para instituições financeiras;
- Revisão dos limites de isenção do IOF para apólices de VGBL; e
- Imposto na entrada sobre FDICs.
- No geral, por mais que a revisão tenha suavizado as medidas inicialmente anunciadas, ainda esperamos impactos neutros ou ligeiramente negativos na maioria das ações da nossa cobertura, embora ainda seja muito cedo para tirar conclusões definitivas;
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Entenda como as novas medidas do IOF impactam o varejo
- Ontem, o governo e o Congresso concordaram com um projeto provisório para compensar o recuo em alguns aumentos do IOF previstos no decreto do mês passado:
- Embora o projeto ainda não tenha sido publicado (previsto para quarta-feira), algumas mudanças potenciais foram antecipadas pelo governo, enquanto outras foram apenas sinalizadas;
- No geral, vemos as mudanças mais tangíveis (redução de 80% no IOF das operações de risco sacado, aumento de impostos sobre empresas de apostas e aumento da CSLL para instituições financeiras) com efeitos mistos para os varejistas, já que a primeira é melhor que a proposta inicial, mas ainda ligeiramente negativa, a segunda pode ser positiva, e a última deve ter efeito limitado;
- Além disso, o governo sinalizou medidas adicionais potenciais relacionadas à redução de benefícios fiscais não previstos na Constituição, o que pode ser um obstáculo principalmente para GUAR, VULC e ALPA, enquanto as subvenções fiscais não parecem estar incluídas nas discussões atuais, embora possam ser alvo em algum momento;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Fleury (FLRY3): Prognóstico fraco para o 2T devido à base de comparação difícil
- Hoje realizamos uma reunião com o CFO e a equipe de RI do Fleury, com os seguintes destaques:
- O 2T deve enfrentar diferentes fontes de pressão decorrentes de efeitos do calendário e base de comparação difícil;
- Apesar de uma expectativa de um primeiro semestre fraco, a diretoria vê espaço para entregar uma margem EBITDA estável em 2025;
- O payout deve permanecer alto (90-100%), enquanto a empresa continua buscando oportunidades de fusões e aquisições, principalmente no B2C;
- Não há mudanças esperadas no curto prazo em relação às glosas; e
- Ainda há espaço para crescer no L2L, enquanto as infusões enfrentam uma concorrência mais acirrada em Novos Elos.
- Mantemos nossa recomendação Neutra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- O consumo de energia aumentou em todo o país, com o crescimento médio semanal do SIN atualmente em +4,5% A/A semanal em junho de 2025;
- Os reservatórios do SIN permaneceram estáveis em aproximadamente 68%;
- A Energia Natural Afluente (ENA) apresentou aumento em seus níveis atuais em todos os subsistemas durante a última semana;
- Os preços de energia de curto prazo aumentaram em todos os subsistemas durante a semana, atingindo os níveis mais altos desde maio de 2025;
- Os preços de energia de longo prazo permaneceram estáveis em comparação com a semana anterior;
- Um resumo dos eventos mais relevantes da semana passada;
- A agenda semanal da Aneel que, entre vários assuntos, inclui m recurso apresentado por Abiape, Abrace, ESBR e Norte Energia contra resoluções que modificaram os cálculos de compensação para empresas de transmissão relacionadas ao RBSE; e
- Valuation atraente para empresas de utilities, com uma TIR real implícita média de aproximadamente 10% para o setor.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields slip as U.S.-China trade talks enter Day 2 (CNBC);
- Reforma na tributação do IR atingirá títulos e fundos da renda fixa, e também renda variável (Valor Econômico);
- Associações veem impacto do fim da isenção para LCI no crédito imobiliário (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil afirma os ratings BBB-.br do Banco Senff S.A.; perspectiva revisada para positiva (S&P Global);
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Estratégia
Factor Pulse: Qualidade avança e Momentum se recupera
Atualizamos nossos modelos de fatores e apresentamos uma lista atualizada de cestas de fatores. Os principais destaques são:
- Qualidade entregou fortes retornos em maio devido a uma correção nas ações de Baixa Qualidade. Valor também teve ganhos e segue liderando em 2025.
- As perdas de Momentum parecem ter pausado, embora continue como o fator de pior desempenho no ano.
- As ações de Baixa Alavancagem se destacam dentro do fator de Qualidade, com alta forte desde o fim de abril;
- Nossa análise mostra que o fator de Qualidade oferece proteção durante correções de mercado, com empresas com boas métricas de lucratividade e alavancagem têm uma defesa mais eficaz contra quedas.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs e Fiagros vão pagar 5% de Imposto de Renda a partir de 2026, dizem fontes (Valor Econômico);
- FII HGRU1 vende imóvel por R$ 170 milhões e obtém retorno de 69% (InfoMoney);
- FII avança em negociação de imóvel; veja retorno estimado pelo TEPP11 (FIIs);
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ESG
Abegás defende adição do gás natural como combustível de transição na Taxonomia Sustentável Brasileira | Café com ESG, 10/06
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,3% e 0,4%, respectivamente;
- No Brasil, (i) as distribuidoras estaduais de gás canalizado, representadas pela Abegás, e seus acionistas privados saíram em defesa da inclusão do gás natural como combustível de transição na Taxonomia Sustentável Brasileira e do uso do gás para geração de energia para os data centers em implementação no país – as duas pautas fazem parte de um pacote de propostas prioritárias do setor, anunciada ontem; e (ii) segundo dados do Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás, o número de unidades produtoras de biogás com fins energéticos no país cresceu 18% em 2024, alcançando 1.633 plantas cadastradas – além do avanço no número de plantas, a capacidade instalada em operação saltou 16%;
- No internacional, o Reino Unido investirá 14,2 bilhões de libras na construção da usina nuclear Sizewell C, no sudeste da Inglaterra, como parte de uma revisão de prioridades energéticas do governo para os próximos quatro anos – segundo o governo, o país busca construir novas usinas nucleares para substituir sua frota envelhecida para fins de segurança energética e cumprimento de metas climáticas;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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