IBOVESPA +0,16% | 120.187 Pontos
CÂMBIO -0,57% | 4,73/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques da semana
O principal evento macroeconômico desta semana é o relatório de empregos dos EUA de julho, divulgado na sexta-feira. A criação de empregos provavelmente desacelerou, mas ainda deve mostrar um mercado de trabalho superaquecido. Este é um elemento-chave para o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ajustar sua estratégia de política monetária. Acreditamos que, com a inflação recuando e o mercado de trabalho começando a se acomodar, o Fed não aumentará mais as taxas de juros, embora provavelmente as mantenha intalteradas pelo menos até o final deste ano.
No Brasil, as atenções estarão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira. Considerando a recente melhora nas perspectivas de inflação, vemos espaço para uma política monetária menos contracionista à frente. Projetamos que o comitê corte a taxa Selic em 0,25pp, para 13,50%, inaugurando um ciclo de flexibilização que deve durar pelo menos até meados de 2024. Alguns analistas de mercado acreditam em um corte mais intenso neste início, de 0,50pp ou mesmo de 0,75pp.
Mercado no Brasil na semana anterior
A semana passada começou em tom positivo, com o Ibovespa chegando a superar os 122 mil pontos, mas os ganhos não se sustentaram e o índice fechou praticamente de lado, com leve queda de -0,02%. Os mercados foram movimentados por uma série de indicadores relevantes globais: decisões de juros pelos principais bancos centrais de mercados desenvolvidos (EUA, Europa e Japão), dados importantes de atividade e inflação globais, temporada de resultados no Brasil e nos EUA, além da elevação do rating soberano pela agência Fitch. O dólar fechou a semana em queda de -1,05% em relação ao Real, em R$ 4,73/US$. Já na Renda Fixa, a curva de juros fechou a semana em queda por quase toda a sua extensão, principalmente nos vencimentos mais longos. No comparativo semanal, DI jan/24 saiu de 12,716% para 12,615%; DI jan/25 passou de 10,732% para 10,63%; DI jan/26 recuou de 10,174% para 10,115%; e DI jan/27 saiu de 10,222% para 10,205%.
Mercado globais hoje
Nos Estados Unidos, os futuros negociam sem direção definida nessa segunda-feira (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: -0,1%), em mais uma semana da temporada de resultados. Na frente de balanços, Apple e Amazon serão os principais destaques dessa semana, ambos divulgados na quinta-feira (confira aqui o calendário da semana).
Na Europa, os mercados sobem levemente (Stoxx 600: 0,1%) como reflexo da alta de sexta-feira, impulsionados por dados econômicos positivos. Nesta segunda-feira, Heineken divulgou seu resultado do 2° trimestre e cai mais de 6% após indicar perspectiva negativa adiante.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: 0,8%, CSI 300: 0,6%), dando continuidade à performance positiva das bolsas na semana anterior, ocasionada por novos estímulos ao mercado imobiliário e aproximação do governo de empresas de tecnologia.
Temporada de resultados no Brasil
Até agora, 16% das empresas do Ibovespa reportaram seus balanços do 2º trimestre. Nessa semana, temos como destaque Tim (TIMS3), Vulcabras (VULC3), PetroRio (PRIO3), Ambev (ABEV3), e Petrobras (PETR4). Veja mais nesse link.
Calendário de resultados do 2T23
Veja todos os resultados do 2º trimestre de 2023
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Economia
Os dados do mercado de trabalho nos EUA vão finalmente mostrar alguma acomodação? Enquanto isso, no Brasil, todos as atenções voltadas para a reunião do Copom
- O principal evento macroeconômico desta semana é o relatório de empregos dos EUA de julho, na sexta-feira. A criação de empregos provavelmente desacelerou, mas ainda deve mostrar um mercado de trabalho superaquecido. Este é um elemento-chave para o banco central dos EUA (conhecido como Fed) ajustar sua estratégia de política monetária. Acreditamos que, com a inflação recuando e o mercado de trabalho começando a se acomodar, o Fed não aumentará mais as taxas de juros, embora provavelmente as mantenha intalteradas pelo menos até o final deste ano;
- Outros indicadores econômicos relevantes nesta semana serão as pesquisas ISM (de manufaturas na terça-feira, de serviços na quinta-feira), que são importantes indicadores antecedentes para produção, inflação e mercado de trabalho nos EUA;
- A inflação de preços ao consumidor na zona do euro em julho ficou em 5,3% ano a ano, como esperado. A inflação de serviços, porém, surpreendeu para cima, empurrando o núcleo para 5,5% (de 5,4% em junho). Acreditamos que a inflação persistentemente alta acabará levando o Banco Central Europeu a aumentar as taxas de juros mais uma vez este ano, após o aumento de 0,25pp da semana passada;
- No Brasil, as atenções estarão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira. Considerando a recente melhora nas perspectivas de inflação, nós e a maioria dos participantes do mercado vemos espaço para uma política monetária menos contracionista à frente. Projetamos que o comitê corte a taxa Selic em 0,25pp, para 13,50%, inaugurando um ciclo de flexibilização que deve durar pelo menos até meados de 2024. Alguns analistas de mercado acreditam em um corte mais intenso neste início, de 0,50pp ou mesmo de 0,75pp;
- O Banco Central do Chile reduziu sua taxa básica de juros em 1,0pp de 11,25% para 10,25% na última sexta-feira, mais do que nossa expectativa e consenso de um corte de 0,75pp. O comitê de política monetária considera que os indicadores de atividade econômica continuaram se ajustando para baixo, em linha com as previsões do comitê de junho. No entanto, o conselho destacou que a inflação caiu em um ritmo mais rápido em comparação com as projeções do comitê feitas em junho. O banco central provavelmente cortará novamente os juros em 1,0pp em sua próxima eunião de política monetária, em nossa opinião. Acreditamos agora que a taxa básica de juros também deve acumular queda de 4,0pp até o final deste ano, atingindo um patamar de 7,50%-7,25% em dezembro.
Empresas
Rumo (RAIL3): O que está precificado? Fizemos uma pesquisa com o buy-side
- Realizamos uma pesquisa de consenso com o buy-side para a Rumo mapeando as principais estimativas e riscos em uma amostra de 55 investidores institucionais (95/5% locais/estrangeiros, 64/36% Long-Only/Hedge-Fund);
- As principais conclusões foram:
- EBITDA 2023E (R$ 5,76 bilhões) próximo ao topo do guidance (R$ 5,4-5,8 bilhões), apesar das estimativas de volume abaixo do guidance (com forte momentum do yield);
- EBITDA 2024E (R$ 6,90 bilhões) parece conservador, apesar de uma forte receita esperada (volume +7%; yield +10%), já que os custos caixa implícitos aumentam 14%, apesar dos preços mais baixos do diesel;
- EV/EBITDA 2024E de 8,2x está abaixo do nível histórico de 9,8x, implicando, em nossa visão, potencial para um re-rating à frente;
- A capacidade de volume do sistema é o principal risco percebido;
- Reiteramos nossa recomendação de compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Petrobras (PETR4) | A Nova Política de Dividendos foi finalmente anunciada
- A Petrobras finalmente divulgou sua nova política de dividendos. A maior parte da política foi mantida inalterada (incluindo pagamentos mínimos trimestrais), com as principais mudanças como:
- a recompra de ações foi confirmada como um mecanismo para devolver dinheiro aos acionistas (mas sem detalhes sobre isso);
- o percentual de FCO menos CAPEX a ser devolvido aos acionistas foi reduzido de 60% para 45% (esperava-se consenso acima de 40%) e;
- a definição de CAPEX agora considera não apenas aquisições de PP&E e intangíveis, mas também participações societárias (portanto, os riscos de M&A agora pesam diretamente na incerteza de dividendos).
- Especificamente para os dividendos referentes aos resultados do 2T23, agora estimamos um valor um pouco maior a ser declarado, de USD 2,8 bilhões (~R$ 1/ação ou ~3,5% yield sobre PETR4);
- Clique aqui para o relatório completo.
BRF (BRFS3) – Prévia do 2T23: suficiente para causar uma resposta positiva no preço das ações?
- Esperamos que o plano de eficiência operacional da BRF continue dando frutos e projetamos que as margens continuem se recuperando no 2T23. Embora algumas partes do efeito já devam ser percebidas no 2T, projetamos que a queda nos preços dos grãos seja melhor percebida apenas no 2S23;
- No entanto, os preços pressionados ainda devem ser obstáculos devido ao mercado global de aves superofertado e ao menor poder de negociação com algumas regiões em decorrência dos casos de gripe aviária detectados no Brasil. No consolidado, projetamos receita líquida de R$ 12,5 milhões (-3% A/A e -5% T/T) e EBITDA Aj. de R$ 874 milhões (-36% A/A e +44% T/T), traduzindo-se em uma margem de 7,0% (+240bps T/T);
- Apesar da melhor margem e gestão do capital de giro, projetamos um alto consumo de caixa de R$ 1,1 bilhão;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Usiminas (USIM5) | Resultados do 2T23: Ambiente de custo pressionado gerando resultados mais fracos do que o esperado
- A Usiminas reportou resultados do 2T23 mais fracos do que o esperado, com EBITDA Aj. de R$ 366 milhões -15% vs. XPe.
- Com a produção de aço em Ipatinga prejudicada pela reforma em andamento do AF#3 (com conclusão prevista para set/23), o ambiente de custos pressionados foi o principal ponto negativo nos resultados de hoje, com maior volume de placas compradas e menor diluição de custos em níveis de produção levando as margens do aço a um nível baixo de 3,2% no 2T23.
- Além disso, embora esperemos que os custos melhorem progressivamente uma vez que a reforma do AF#3 seja concluída, vemos os atuais altos prêmios de preço dos produtos de aço plano no Brasil, implicando em mais pressão sobre as receitas unitárias no 2S23 (que ficaram estáveis no 2T23).
- Reiteramos nossa recomendação Neutra para a Usiminas.
- Clique aqui para o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BB já renegociou R$ 500 milhões pelo Desenrola (Valor);
- Cooperativas de crédito crescem mais do que o sistema sistema financeiro (O Globo);
- Estrangeiros aportam R$ 367 milhões na bolsa de valores em 26 de julho (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Vivo instala redes privativas capazes de migrar de 4G para 5G (telesintese);
- Agora aposta em internacionalização e retomada de projetos públicos (TELETIME);
- 4G é a tecnologia mais usada em redes privativas, aponta estudo (TELETIME);
- Threads perde metade dos usuários e foca em retenção (mobiletime);
- Clique Aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- GPA confirma acordo preliminar do Casino para reestruturar dívidas (Valor);
- Fundadores da Kabum entram com arbitragem contra Magazine Luiza para desfazer venda (Valor);
- Amazon terá cartão de crédito próprio no Brasil e mira gastos além do e-commerce (Bloomberg);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Gestão da Petrobras esteve sob ‘campanha de desestabilização’ semana passada, diz Prates (Valor Econômico);
- Petrobras muda política de remuneração, reduz distribuição aos acionistas e prevê recompra de ações (Valor Econômico);
- Vibra Energia anuncia redução no conselho de administração (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Copom deve iniciar ciclo de cortes na Selic; ritmo divide mercado (Valor Econômico);
- Agência DBRS eleva rating do Brasil para BB, com perspectiva estável (Valor Econômico);
- Cooperativas de crédito crescem mais do que o sistema financeiro (O Globo);
- Fitch Eleva Ratings de Diversas Empresas Brasileiras Após Elevação do Soberano (Fitch);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII de shopping quer captar mais de R$ 500 milhões em nova oferta de cotas (InfoMoney);
- Fundo imobiliário agro que sofre com inquilino inadimplente desaba; Papéis recuam antes de Copom (Money Times);
- IFIX FECHA COM LEVE QUEDA, NA TERCEIRA SEMANA DE ESTABILIDADE (Clube FII);
- Fundos imobiliários têm retorno médio de 25% em ciclos de queda dos juros (Valor Investe)
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Emissão de títulos verdes pode atingir US$ 1 trilhão de dólares em 2023, segundo S&P |Café com ESG, 31/07
- Na última semana, o Ibovespa encerrou em leve queda de -0,02%, enquanto o ISE subiu +0,53%. Já o pregão de sexta-feira terminou em território positivo, com o Ibov e ISE subindo +0,16%, +0,59% respectivamente;
- Do lado das empresas, segundo estudo da S&P Global (que levou em consideração os ativos cotados na NYSE e na NASDAQ), as emissões globais de títulos verdes, atrelados à metas de sustentabilidade, devem crescer 2,5% em 2023, com potencial de atingir 900 bilhões a 1 trilhão de dólares ainda esse ano;
- Na política, (i) segundo o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, o Brasil oferecerá seus primeiros títulos vinculados a projetos sociais e ambientais nos próximos meses – uma operação deve ficar pronta até o final de agosto, com a ida à mercado entre setembro e novembro; e (ii) o Grupo das 20 principais nações (G20) falhou na sexta-feira em chegar a um acordo sobre metas concretas para reduzir as emissões, divulgando apenas uma declaração classificando as medidas atuais para lidar com as mudanças climáticas como “insuficientes” – o encontro, de três dias realizado na Índia, foi visto como uma chance perdida para os maiores contribuidores de emissões do mundo darem passos concretos antes da COP28, que acontecerá nos Emirados Árabes Unidos no final do ano;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Brunch com ESG: Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) Sigma Lithium estreia na B3 e faz o primeiro envio de lítio verde; (ii) BRKM5 e seu papel global líder na produção de biopolímeros; e (iii) Onda de “blue bonds” ganha força;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Super Clássicos
Fique por dentro de tudo que aconteceu no Super Clássicos da Bolsa 2023
- Itaú x BB (Clique aqui);
- Petrobras x Vale (Clique aqui);
- WEG x Embraer: (Clique aqui);
- Equatorial x Copel (Clique aqui);
- Hapvida x Rede D’Or (Clique aqui);
- Arezzo x Vivara (Clique aqui).