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Bolsas em alta nos EUA e na China, banco central japonês surpreende | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Temporada de Resultados – Alto número de surpresas positivas mas as reações seguem tímidas (com exceções) 2. Dados econômicos fortes e aumento de juros nos EUA 3. China anuncia novos estímulos, bolsas têm forte alta 4. Banco central do Japão revisa política de controle sobre a taxa de juros 5. Temporada de resultados - Destaques e agenda da próxima semana

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1. Temporada de Resultados – Alto número de surpresas positivas mas as reações seguem tímidas (com exceções)

A semana mais importante da temporada se encerra com 51% das empresas do S&P 500 já tendo divulgado seus números do 2º trimestre de 2023. O setor financeiro segue o mais avançado, com 81% das empresas reportadas, enquanto Utilidades Públicas e Saúde seguem mais lentas, apesar de já haverem ultrapassado a marca dos 30%.

Como nós (e boa parte do mercado) já antecipava, esta tem sido uma temporada de surpresas positivas.

- 58% das empresas das empresas superaram as estimativas de receita, com uma média agregada de +1,7% acima das projeções. Destaques positivos para Consumo Discricionário e Imobiliário. Do lado negativo, Utilidades Públicas, Materiais Básicos e Energia, todas com uma média de surpresas de receita no campo negativo.

- 81% das empresas superaram as expectativas de lucro, com uma média agregada de +5,9%. Até o momento, destaques positivos para os setores de Comunicação (100% de surpresas positivas), Bens de Consumo (94%) e Consumo Discricionário, que se destaca pela alta média de magnitude dos beats. Esse número é bastante influenciado por empresas em setores que ainda se normalizam do período da pandemia como CarMax (+78% - carros usados) e Live Nation (+67% - entretenimento) .

Esse percentual de empresas batendo as estimativas de lucro (81%) está bastante alto, sendo o maior desde o 2º trimestre de 2021, confirmando nossas expectativas de uma “barra baixa”. Porém, a reação do mercado tem sido a mais tímida desde o último trimestre de 2020. As empresas que batem as expectativas têm tido, em média, uma performance de -0.1% no pregão seguinte à divulgação. Esta seria apenas a terceira vez que esse indicador ficaria negativo desde 2017.

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Veja todas as análises da Temporada de Resultados 2T23 Internacional

2. Dados econômicos fortes e aumento de juros nos EUA

Esta foi uma semana agitada para os mercados nos Estados Unidos: além da temporada de resultados em pleno vapor, foram divulgados diversos dados econômicos importantes e ocorreu uma reunião do comitê de política monetária do banco central americano, o Fed, na qual decidiram por elevar a taxa básica de juros em 0,25 pp, para o intervalo entre 5,25% e 5,50%, conforme amplamente esperado. Na coletiva de imprensa, o tom do presidente do Fed, Jerome Powell, foi percebido como mais brando.

Confira mais detalhes sobre a decisão e perspectivas na nota da equipe de economia da XP

Além da decisão de juros, os dados de inflação medida pelo deflator de gastos de consumo pessoal vieram benignos, fato que ajuda o Fed em sua tarefa de pausar o ciclo de altas de juros. Já do lado da atividade econômica, o PIB americano do segundo trimestre veio consideravelmente acima das expectativas, impulsionado por consumo das famílias e gastos do governo, reforçando a resiliência da economia americana em meio às pressões da política monetária.

Com isso, os mercados subiram: na semana, o índice S&P 500 e o Nasdaq 100 tiveram alta de 0,92% e 2,11% respectivamente, respondendo à uma economia americana mais forte e a chances menores de nova alta de juros. As dinâmicas da inflação e do mercado de trabalho adiante terão que ser monitoradas de perto, pois serão as principais determinantes dos próximos passos da política monetária, não apenas no curto prazo, mas também ao longo do ano que vem. 

Para mais detalhes sobre os dados econômicos divulgados nessa semana, acesse o Economia em Destaque: EUA e Europa voltam a subir juros, mas ciclo está perto do fim

3. China anuncia novos estímulos, bolsas têm forte alta

Nesta semana, as bolsas chinesas subiram após novos anúncios de estímulos à economia e reaproximação do governo com companhias do setor de tecnologia. O FXI subiu 8,9% na semana, maior alta semanal desde o início de janeiro.

O Politburo, comitê composto pelos altos líderes do Partido Comunista da China, se reuniu nessa semana para a discutir rumos para a economia Chinesa, e anunciaram amplo pacote de medidas de estímulo, com foco em gastos do consumidor, combate ao desemprego e apoio ao setor imobiliário.

Ainda nessa semana, o governo realizou acenos às principais empresas de tecnologia do país, que devem contribuir para a formulação de políticas públicas. Ações das empresas Meituan e Tencent subiram após a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) fazer uma postagem em sua conta oficial declarando que investimentos das companhias estão alinhados aos interesses da nação.

As sinalizações são importantes para que o país volte a receber fluxos de investimentos, uma vez o mercado permanece cauteloso devido às intervenções do governo em um passado não tão distante, que causou turbulências no setor de tecnologia e perdas definitivas no setor de educação.

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4. Banco central do Japão revisa política de controle sobre a taxa de juros

O banco central japonês (BoJ) surpreendeu o mercado nessa semana: apesar de ter mantido a taxa de juros inalterada, o BoJ decidiu rever sua política de controle de da curva de juros (yield curve control, YCC), aumentando o intervalo da banda na qual a taxa de 10 anos pode variar, o que foi entendido pelo mercado como aumento da tolerância para juros mais elevados nos títulos públicos locais.

O que é Yield Curve Control?

Yield Curve Control é um mecanismo de política monetária usado para controlar as taxas de juros de títulos governamentais em diferentes vencimentos, tipicamente usada para manter taxas de longo prazo no patamar desejado. Diferentemente de uma política de Quantitative Easing (QE), o Yield Curve Control mira no controle da taxa, tendo efeitos sobre estabilização de custos de empréstimo e decisões de investimento, enquanto o QE injeta liquidez na economia promovendo melhora nas condições financeiras em geral e na oferta monetária.

Após a decisão, taxas de juros longas em todo o mundo apresentaram alta. A taxa de juros de 10 anos do Japão atingiu seu nível mais alto desde 2014.

5. Temporada de resultados - Destaques e agenda da próxima semana

Confira aqui a cobertura da XP com os comentários sobre os resultados das principais empresas dos mercados globais:

Alphabet: Empresa-mãe do Google divulga resultados do 2T23

Visa: Líder global em pagamentos divulga resultados do 2T23

Microsoft: Gigante da tecnologia divulga resultados do 2T23

Verizon: Operadora de telecomunicações divulga resultados do 2T23

Archer-Daniels-Midland: Empresa agrícola divulga resultados do 2T23

LVMH: Gigante da moda divulga resultados do 2T23

Coca-Cola: Empresa por trás do refrigerante mais famoso do mundo divulga resultados do 2T23

Stellantis: Empresa por trás de Fiat, Jeep e Maserati divulga resultados do 1S23

AT&T: Operadora de telecomunicações divulga resultados do 2T23

Meta Platforms: Empresa dona de Facebook, Instagram e WhatsApp divulga resultados do 2T23

TotalEnergies: Petroleira francesa divulga resultados do 2T23

McDonald’s: Maior rede de restaurantes do mundo divulga resultados do 2T23

Mastercard: Empresa de pagamentos divulga resultados do 2T23

Intel: Fabricante de chips divulga resultados do 2T23

Procter & Gamble: Empresa por trás de Gillette e Pantene divulga resultados do 2T23

ExxonMobil: Petroleira divulga resultados do 2T23

Chevron: Petroleira divulga resultados do 2T23

E na próxima semana, a temporada segue bastante movimentada. Os destaques serão Uber, AMD e Starbucks na terça-feira e Amazon e Apple na quinta-feira após o fechamento do mercado. Já no sábado, dia 5, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, apresentará seus números.

Clique aqui para acessar o calendário completo da temporada de resuldados

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