IBOVESPA -0,1% | 138.717 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,50/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em leve queda de 0,1%, aos 138.717 pontos, em uma “superquarta” em meio às decisões de juros no Brasil e nos EUA (saiba mais aqui).
O principal destaque positivo do dia foi Embraer (EMBR3, +4,0%), após a companhia receber um pedido de 60 aeronaves em uma encomenda avaliada em US$ 3,6 bilhões (veja aqui mais detalhes). Já o destaque negativo foi Vamos (VAMO3, -3,2%), em movimento técnico, após alta de 2,5% no pregão anterior.
Nesta sexta-feira, teremos os dados de vendas do varejo referentes a maio no Reino Unido.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve abertura nos vértices curtos e fechamento nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, a curva de juros apresentou pouca movimentação ao longo da manhã, refletindo a postura cautelosa dos investidores diante da "superquarta". Houve uma leve desinclinação da curva, sugerindo que o mercado começa a precificar o fim do ciclo de cortes da Selic ou uma possível mudança no tom do Copom. Nos Estados Unidos, a curva de juros de dois anos também teve um leve recuo inicial, influenciada por tensões geopolíticas e falas do Trump de se envolver militarmente o Irã. No entanto, os prêmios foram devolvidos com a redução das tensões. O foco se voltou para o Federal Reserve, que manteve os juros entre 4,25% e 4,5%, como esperado, reforçando a percepção de estabilidade na política monetária americana no curto prazo. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,94 % (-0,83bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,39% (0,75bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,87% (+0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,25% (+0,8bp); DI jan/29 em 13,51% (- 4,7bps); DI jan/31 em 13,66% (- 1,8bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%), com investidores monitorando o avanço do conflito no Oriente Médio. O presidente Donald Trump avalia um possível ataque direto ao Irã, e a Casa Branca informou que uma decisão final será tomada nas próximas duas semanas.
Com o aumento da tensão geopolítica, os preços do petróleo voltaram a subir, com avanço de cerca de 3% na quinta-feira, em meio à possibilidade de envolvimento dos EUA no conflito. As taxas das Treasuries operam estáveis nesta manhã (10 anos: estável; 2 anos: -1 bp), após o Fed manter os juros e reforçar a postura dependente de dados. Em entrevista, Trump voltou a criticar Jerome Powell, acusando o presidente do Fed de prejudicar a economia americana ao não cortar juros.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%), em movimento de recuperação parcial após quedas recentes. O destaque fica para as ações da Eutelsat, que sobem 11% após anúncio de aporte bilionário com apoio do governo francês. O setor de viagens lidera os ganhos (+1,2%).
Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI 300: +0,1%; HSI: +1,3%), com o Banco Central mantendo as taxas de empréstimo inalteradas. No Japão, o Nikkei caiu -0,2% após dados de inflação acima do esperado (núcleo: 3,7%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em alta de 0,26%. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,26% e 0,31%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram TGAR11 (+2,0%), RECR11 (+1,9%) e XPCI11 (+1,7%). Já PVBI11 (-1,4%), KCRE11 (-1,1%) e GZIT11 (-1,1%) figuraram entre as principais quedas.
Economia
O FOMC manteve a taxa de juros nos EUA entre 4,25% e 4,50%, nível vigente desde dezembro de 2024, e indicou que avaliará cuidadosamente os dados antes de novos ajustes, com projeções apontando juros em 3,9% ao final de 2025, crescimento econômico desacelerado, aumento do desemprego e inflação em 3%. Em coletiva, Jerome Powell alertou que tarifas comerciais já impactam a economia, elevando preços em setores específicos e pressionando a inflação, além de destacar que outras políticas de Trump aumentam a volatilidade econômica, exigindo vigilância do Fed para manter a estabilidade de preços.
No Brasil, o Copom elevou a taxa Selic em 0,25 p.p. para 15,00%, destacando o dinamismo do mercado de trabalho e a tensão geopolítica, e sinalizou manter a taxa estável por um longo período para evitar precificação prematura de cortes, embora não descarte novos ajustes se necessário. Acreditamos que esta foi a última alta do ano, com política monetária contracionista e inflação estabilizada em níveis elevados, e que manter a Selic em 15,00% até meados de 2026 será suficiente para controlar a inflação, enquanto alguma flexibilização monetária pode ocorrer em 2027, dependendo da economia global e do cenário político doméstico.
Veja todos os detalhes
Economia
Mercado deve seguir repercussão do FOMC e Copom em sexta-feira sem indicadores
O FOMC manteve a taxa de juros de referência dos Estados Unidos no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, nível em que está desde dezembro de 2024, com a decisão amplamente esperada pelo mercado. Em comunicado, o Comitê afirmou que avaliará cuidadosamente os dados e a evolução das perspectivas antes de realizar ajustes na taxa de juros, permanecendo vigilante quanto a riscos que possam afetar suas metas. O dot plot revelou que a mediana das projeções indica que os juros devem encerrar 2025 em 3,9%, com autoridades prevendo um crescimento econômico desacelerado de 1,4%, um aumento do desemprego para 4,5% e inflação de 3% ao final de 2025.
Em coletiva após a decisão sobre as taxas de juros, Jerome Powell, presidente do Fed, alertou que os efeitos das tarifas comerciais já estão impactando a economia. Ele citou aumentos de preços em setores como computadores e equipamentos audiovisuais, e afirmou que esses efeitos devem se intensificar, pressionando a inflação e a atividade econômica. Powell destacou que, sem as tarifas, a inflação de bens estaria em queda. Além disso, outras políticas de Trump, como mudanças fiscais e imigratórias, estão aumentando a volatilidade econômica, o que exige atenção do Fed no controle da estabilidade de preços.
O Copom elevou a taxa Selic em 0,25 p.p. para 15,00% na última quarta-feira (18). O comitê argumentou que o mercado de trabalho "ainda tem apresentado algum dinamismo" e mencionou o "acirramento da tensão geopolítica". As projeções e o balanço de riscos permaneceram praticamente os mesmos da reunião anterior, com um pequeno ajuste nas expectativas para 2025. O Copom deixou claro que planeja manter a Selic parada por um longo período para evitar que o mercado comece a precificar cortes de juros nos próximos trimestres, embora se resguardou ao afirmar que "não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado".
Acreditamos que a decisão desta noite foi a última alta deste ano. A política monetária segue bastante contracionista e a inflação parece ter se estabilizado — embora em níveis elevados. Nossos modelos indicam que manter a Selic em 15,00% até meados de 2026 seria suficiente para trazer a inflação para próximo do intervalo da meta em 2026 e dentro da banda em 2027. Mais adiante, algum grau de flexibilização monetária parece provável no ano que vem. No entanto, isso dependerá fortemente de como evoluirá a economia global e, sobretudo, das perspectivas para a política econômica doméstica em 2027 — que seguem incertas, dado o calendário eleitoral.
Empresas
TOTVS (TOTS3): Expandindo o mercado endereçável com IA e nuvem - Principais conclusões
- Ontem, a TOTVS realizou seu Investor Day 2025:
- A TOTVS continua liderando como parceira tecnológica preferencial das PMEs brasileiras, com foco na evolução do ERP, crescimento impulsionado pela IA e monetização da Techfin;
- Sua profunda experiência no mercado sustenta uma forte fidelidade dos clientes e oportunidades de cross-selling;
- A IA é fundamental para a estratégia da TOTVS, com soluções de “agentic ERP" que podem expandir seu mercado endereçável em até 16 vezes em comparação com o ERP tradicional;
- A migração para a nuvem e a estratégia de dados fortalecem ainda mais sua posição competitiva, oferecendo expansão de margem e recursos de integração;
- M&As estratégicos fortalecem a expertise vertical e os recursos de dados, apoiando o crescimento sustentado.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Sabesp (SBSP3): Atualizando estimativas após o 1T25
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Sabesp e mantendo nossa recomendação de Compra, com um preço-alvo revisado de R$130/ação (ante R$129/ação) para o final de 2025.
- Nossos ajustes incorporam:
- os resultados financeiros do 1T25;
- as premissas macroeconômicas atualizadas; e
- as estimativas operacionais revisadas.
- Continuamos com uma perspectiva positiva para a Sabesp, impulsionada principalmente por:
- melhorias contínuas de eficiência em diferentes frentes operacionais;
- a implementação bem-sucedida da estratégia de execução de capex da gestão; e
- várias oportunidades de alocação de capital de médio e longo prazo para expandir a área de concessão e aumentar sua RAB, o que pode destravar valor adicional para a empresa.
- Por fim, acreditamos que a ação está sendo negociada a uma TIR real razoável de aproximadamente 10%, com upside risks para nossas estimativas.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Óleo e Gás | Novas Fronteiras – 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão
- Nesta terça-feira (17), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou o leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão - o leilão arrecadou um total de R$ 989 milhões em bônus de assinatura – uma contribuição positiva para os resultados fiscais do governo em 2025;
- A bacia de Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, recebeu o maior interesse e concentrou a maior parte dos bônus de assinatura (85% do total). Entre as empresas licitantes, o destaque ficou por conta das majors americanas, especialmente a Chevron, com 35% dos bônus de assinatura;
- A Petrobras comprometeu R$ 139 milhões (14% do total) em bônus de assinatura e adquiriu o maior número de blocos nas bacias de Foz do Amazonas e Pelotas, todos em consórcio com outras empresas petrolíferas internacionais. Por fim, vemos o alto nível de interesse na fronteira exploratória como positivo para o setor. Para a Petrobras, o compromisso de capital não é significativo e não afeta nossas estimativas de FCFE e dividendos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bens de Capital: Momentum positivo da Embraer confirmado durante o 55º Paris Air Show
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i) um resumo do recente fluxo de notícias aeroespaciais em meio a uma semana acalorada no Paris Air Show, com uma leitura positiva para o ERJ após anúncios de novos pedidos (um pedido considerável de E1 e importantes contratos de C-390), corroborando nossa visão de um momentum positivo para as ações antes air show;
- (ii) desaceleração das vendas financiadas de veículos leves e pesados (-4% e -24% A/A em Mai’25, respectivamente), segundo a B3;
- (iii) potencial de uma oferta de R$ 300 milhões da Frasle Mobility combinando venda primária e secundária por seu acionista controlador, Dramd, e
- (iv) Donald Trump assinou uma ordem executiva para implementar seu acordo comercial com o Reino Unido. Por fim, notícias recentes indicam que
- (vi) a queda do mercado de caminhões levou a Volvo a ajustar a produção no Paraná.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- U.S. Treasury yields little changed as Trump considers strike on Iran (CNBC);
- Porta para novas altas na Selic parece bem fechada, diz Megale, economista-chefe da XP (Valor Econômico);
- Investidores desovam títulos da Braskem por apreensão com Tanure (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil rebaixa ratings do Hospital Care para CCC.br; Em Revisão para Rebaixamento (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Como se posicionar em FIIs após a nova Selic? (InfoMoney);
- IFIX fecha na máxima das últimas duas semanas antes de alta da Selic (FIIs);
- Dividend yield de 12,3%: XP recomenda fundo imobiliário e vê espaço para valorização (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Fazenda vai entregar em julho plano de regulamentação do mercado de carbono | Café com ESG, 20/06
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira, pré-feriado, em território neutro, com o IBOV e o ISE andando de lado (-0,08% e -0,09%, respectivamente);
No Brasil, (i) segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a companhia vai começar a entregar combustível sustentável de aviação (SAF) coprocessado antes dos prazos para descarbonização do setor estipulados pelo Corsia - a estatal prevê entregar querosene de aviação coprocessado com 1,2% de óleo vegetal ao mercado, produzido na Refinaria de Duque de Caxias; e (ii) o Ministério da Fazenda deve entregar em julho o plano detalhado de regulamentação do mercado brasileiro de carbono, de acordo com anúncio feito pela Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável - Reis também afirmou que o órgão regulador do mercado de carbono também será estabelecido no meio do ano;
Ainda no país, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), adiantou, nesta quarta, dados de uma nota técnica sobre a intensidade de carbono de energéticos do transporte rodoviário no Brasil, que devem servir de base para as metas do programa Mover - de acordo com a EPE, a intensidade média de carbono da matriz de transporte rodoviário brasileiro deve cair de 72 para 65,5 gramas de CO2 equivalente por megajoule entre 2022 e 2034, puxada pelo uso de biocombustíveis; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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