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O que pode impactar o mercado hoje
Destaques do dia
Mercados amanhecem em queda, com os investidores à espera das falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), no Senado, depois que seu depoimento na Câmara derrubou os mercados ao mencionar que novas altas das taxas de juros podem vir este ano. Além disso, os mercados aguardam também a decisão de política monetária do Banco Central da Inglaterra (BoE).
Decisão de política monetária no Brasil
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve ontem (21) a taxa Selic em 13,75%, pela sétima reunião consecutiva. O comitê mencionou alguma melhora nas perspectivas de inflação, o que, a nosso ver, abre as portas para um possível corte na próxima reunião se a tendência continuar. Ao mesmo tempo, apontou que o cenário “continua exigindo cautela e parcimônia”, o que significa que, caso ocorra em agosto, o corte de juros não será agressivo. O próximo movimento dependerá dos dados.
O time de Economia da XP acredita que a estratégia do Copom agora seja manter as taxas estáveis por mais algum tempo ou iniciar um afrouxamento gradual da política monetária em breve. Assim, a declaração do BC foi vista como consistente com o cenário-base do time (mantido desde abril) que considera um corte de 0,25 p.p. em agosto, seguido de cortes sequenciais de 0,50 p.p. até a taxa Selic atingir 11,00% em 2024. Assista à análise dos experts aqui.
Mercados globais
Os mercados iniciaram o dia em queda, com os futuros americanos do S&P 500 e do Nasdaq caindo 0,2% e 0,3%, respectivamente. Isso ocorre um dia depois de Jerome Powell reafirmar sua postura rígida em relação aos aumentos das taxas de juros, enquanto os investidores aguardam seu segundo dia de depoimento perante um comitê do Senado.
Na Europa, as principais bolsas operam com baixas expressivas, ainda repercutindo a sinalização de que os juros nos Estados Unidos voltarão a subir. O foco também está na decisão do Banco da Inglaterra, que pode reagir à surpresa negativa da inflação de maio com um aumento de 50 pontos-base na taxa. Embora a aposta majoritária seja de um aumento de 0,25 pontos-base, elevando a taxa para 4,75%, há a expectativa de um aumento ainda mais significativo.
Já na Ásia, as bolsas do Japão e da Coreia do Sul fecharam sem direção única, enquanto as bolsas chinesas permanecem fechadas devido a um feriado.
Mercado no Brasil ontem
O Ibovespa fechou o dia de ontem em alta de 0,7% aos 120.420 pontos, em dia de decisão de política monetária pelo Copom. Esta foi a primeira vez que o índice fecha acima do patamar de 120 mil pontos desde abril de 2022. O dólar, por sua vez, fechou o dia em queda de 0,6% em R$ 4,76.
As taxas futuras de juros fecharam sem direção única, em meio à expectativa pela divulgação da decisão do Copom. Além do ajuste de posições antes do Copom, os sinais emitidos pelo presidente do Fed, Jerome Powell, influenciaram na ponta curta e a negociação do arcabouço fiscal no Senado influenciou os vértices mais longos. DI jan/24 foi de 12,995% para 13,030%; DI jan/25 passou de 11,07% para 11,110%; DI jan/26 oscilou de 10,49% para 10,53%; e DI jan/27 foi de 10,53% para 10,50%.
Super Clássicos da Bolsa 2023
Hoje é o último dia do Super Clássicos da Bolsa 2023, evento em que os maiores nomes do mercado debatem ações em duelos para ajudar você a tomar as melhores decisões de investimentos. Nesta quinta-feira, é a vez de Arezzo x Vivara, a partir das 18h. Assista a todos os duelos e descubra quais são as verdadeiras campeãs da B3.
Veja todos os detalhes
Economia
O Copom continua defendendo cautela e parcimônia, mas abre espaço para possível corte de juros em agosto
- Os mercados de ações estão em baixa na Europa, refletindo o risco de taxas de juros mais altas nas economias desenvolvidas à frente. Espera-se que o Banco da Inglaterra aumente sua taxa básica de juros em 0,25pp hoje, para 4,75%. Analistas de mercado, no entanto, temem que ela possa subir mais ou soar mais agressivo do que o esperado, considerando o resultado muito alto da inflação ao consumidor publicado ontem. O Banco Nacional Suíço elevou sua taxa básica de juros em 0,25pp para 1,75% hoje cedo, mencionando inflação resistente e deixando a porta aberta para mais altas à frente. Na zona do euro, alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) disseram ontem que a inflação está persistentemente elevada e o mercado de trabalho apertado, o que pode exigir um longo período de juros elevados. Por último, mas não menos importante, o presidente do Fed dos EUA, Jerome Powell, deixou claro em seu depoimento perante o Congresso que o banco central não terminou seu combate à inflação;
- No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve ontem a taxa Selic em 13,75%, pela sétima reunião consecutiva. O comitê mencionou alguma melhora nas perspectivas de inflação, o que, a nosso ver, abre as portas para um possível corte na próxima reunião se a tendência continuar. Ao mesmo tempo, apontou que o cenário “continua exigindo cautela e parcimônia”, o que significa que, caso ocorra em agosto, o corte de juros não será agressivo (0,25pp, muito provavelmente). O próximo movimento dependerá dos dados. Assim, acreditamos que a estratégia do Copom agora seja manter as taxas estáveis por mais algum tempo ou iniciar um afrouxamento gradual da política monetária em breve. Assim, vemos a declaração de hoje como consistente com nosso cenário base (mantido desde abril) que considera um corte de 0,25pp em agosto, seguido de cortes sequenciais de 0,50pp até a taxa Selic atingir 11,00% em 2024.
Empresas
Varejo: Atualizações sobre a Reforma Tributária
- Neste relatório, resumimos algumas atualizações recentes sobre a Reforma Tributária, frente ao aumento das notícias sobre o assunto, com vários pontos ainda sujeitos a mudanças e discussões;
- No geral, espera-se que a proposta final seja colocada em votação antes de 18 de julho, apesar de enxergarmos um risco de ser adiada para o segundo semestre. Ao analisar o potencial impacto para os varejistas, embora seja difícil determinar, acreditamos que um cenário pessimista exigiria aumentos de preços de +10-15% a serem realizados ao longo do período de transição (cerca de 10 anos), enquanto leis complementares poderiam adicionar novas diretrizes para o setor;
- Portanto, continuamos monitorando de perto o assunto para novos desenvolvimentos;
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Via (VIIA3): Mudança de CFO
- Ontem, a Via anunciou que seu conselho de administração aprovou a eleição de Elio Mitsuhiro Ito como novo diretor financeiro da companhia, a partir de 10 de julho de 2023, substituindo Orilvado Padilha;
- Elcio possui mais de 25 anos de experiência nas áreas financeira e de planejamento, acumulando passagens como CFO por companhias listadas como BRF e Iochpe-Maxion;
- O anúncio reforça o movimento de reestruturação da companhia e saída de executivos importantes (Roberto Fulcherberguer, Helisson Lemos e Andre Calabro), enquanto destacamos um sólido histórico profissional de Elcio área financeira, com uma boa percepção pelo mercado;
- Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$3,0, por enxergamos um cenário macro ainda desafiador tanto do lado de demanda como de alavancagem e um ambiente competitivo ainda acirrado.
Embraer (EMBR3): Paris Air Show – Ação cai com ritmo lento de novos pedidos por enquanto
- Após três dias do 54º Paris Air Show (que acontece até 25 de junho), vemos que a atividade comercial da Embraer não está atendendo às expectativas dos investidores para anúncios de novos pedidos durante o evento deste ano (a ADR ‘ERJ’ cai -10% na semana, após um desempenho positivo das ações de +11% nos dias que antecederam a feira);
- Até o momento, a Embraer anunciou 13 novos pedidos, sendo 7 E1 e apenas 6 E2, contra 28 unidades no Farnborough Air Show do ano passado (8 E1 e 20 E2) e abaixo das altas expectativas do mercado para o evento, em nossa visão;
- Finalmente, olhando para o preço da ação nos últimos dias, acreditamos que a maior parte da empolgação pré-evento já foi ajustada nos preços, com espaço limitado para mais pressão, especialmente se novos pedidos forem anunciados nos próximos dias;
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Jalles (JALL3): Usina Santa Vitória (SVVA) ficando mais doce
- A Jalles anunciou um CAPEX de R$ 170mi (~0,1x impacto ND/EBITDA) para uma usina de açúcar VHP na unidade SVVA, que atualmente produz apenas etanol;
- A flexibilidade de maneira isolada já seria atraente, mas vemos o projeto como positivo para as margens considerando o atual momento do setor de Açúcar & Álcool: temos uma visão estrutural de preços mais altos do açúcar por mais tempo, apesar da perspectiva incerta para o etanol permanecer inalterada;
- A liquidez das ações continua sendo um problema, mas vemos a JALL3 com potencial de ser reclassificada devido a melhores fundamentos de A&A e excelente desempenho operacional;
- Com sinais mais claros de um ciclo de baixa na taxa de juros no horizonte, além do baixo desempenho das ações em relação aos pares, Jalles é a empresa com menor múltiplo da nossa cobertura (1,5x EV/EBITDA), uma distorção raramente vista e reiteramos como oportunidade de Compra;
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Data Expert | Proteínas Animais Brasil – Jun/23
- As ações dos frigoríficos estão em um rally no último mês, principalmente devido a fatores macroeconômicos, na nossa visão. A Minerva (BEEF3) está underperformando em ~4%, e reiteramos nossa preferência por BEEF3, pois vemos a empresa melhor posicionada no atual momento do ciclo pecuário no Brasil;
- Bovino: Spread de abate segue melhorando com queda do boi gordo. Recorde de abate em maio mostra frigoríficos capturando boas margens;
- Frango: Seca nos EUA travou a queda nos custos de ração e o frango precisa encontrar suporte de preços em mercado ainda bastante ofertado para não destruir margens atuais;
- Suíno: Com margens apertadas e dinâmica similar ao frango, mercado de suínos dá sinais de redução de abate e à medida que outras carnes ficam mais baratas e preços de exportação enfraquecem com o movimento do câmbio;
- Ovo: Mesmo pós quaresma, maio seguiu com alta de preços e excelentes margens. Mercado segue aumentando alojamento de pintainhas e plantel de poedeiras;
- Leite: Importações aliviam alta sazonal de preços no inverno;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BTG avalia aquisição nos EUA para expandir private banking (Valor);
- O investimento bilionário do Itaú Unibanco em operação da Eneva (NeoFeed);
- Elo se reposiciona e quer ser o cartão da classe ‘C’ (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- 5G na faixa de 3,5 GHz já é possível em 1.610 cidades (telesintese);
- 5G trouxe aumento de 7% na receita nos 20 principais mercados (mobiletime);
- UE mira investir 160 bilhões de euros no setor tecnológico até 2027 (telesintese);
- Ericsson: mundo chegará ao 1,5 bilhões de conexões 5G em 2023 (mobiletime);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- BREAKING: Casino venderá 11% do Assaí, marcando saída final do ativo (Brazil Journal);
- Amazon lança ‘Prime Day’, em cenário de aperto na fiscalização das plataformas de vendas asiáticas (Valor);
- Mais mudanças no topo da Via Varejo (O Globo);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Cemig pagará JCP no valor de R$ 426 milhões. (Canal Energia);
- Governo adia terceiro leilão de transmissão de energia, que aconteceria em dezembro. (Valor Econômico);
- Aneel volta a defender redução de subsídios no setor elétrico. (Valor Econômico);
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- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Interessados na Braskem já discutem gestão com a Petrobras (Valor Econômico);
- Petrobras ganha tempo para se decidir sobre TBG (Valor Econômico);
- Estoques de petróleo dos EUA crescem na contramão das expectativas (Petróleo Hoje);
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Estratégia
Queda da Selic se aproxima: como investir nesse novo ciclo?
- Como amplamente esperado, o Banco Central, em mais uma reunião de seu Comitê de Política Monetária (Copom), manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima reunião consecutiva;
- Fizemos uma análise aprofundada do comportamento dos setores na bolsa brasileira durante várias fases de ciclos monetários ao longo das últimas duas décadas. Os resultados que obtivemos sugerem que, durante os ciclos de corte de juros no passado, os setores cíclicos, como Papel & Celulose, Mineração & Siderurgia, Varejo, Transportes e Bens de Capital, tendem a ter um desempenho melhor do que o resto do mercado;
- Além dos setores citados, as ações Small Caps também tendem a ser bastante sensíveis a juros. Desde as mínimas atingidas pelo índice Small Caps em março deste ano, ele já sobe cerca de 32%. Enquanto isso, as ações Large Caps sobem cerca de 21% no período;
- Analisando os ciclos de corte da taxa Selic nos últimos 20 anos, quando houve 6 ciclos de corte de juros, em 5 deles Ibovespa teve um desempenho positivo, com uma média de retorno de 47,1% durante esses períodos. Comparando com os retornos do CDI, uma estratégia simples de comprar a Bolsa no mês que o Banco Central inicia o ciclo de corte e segurar até o final do corte de juros trouxe retornos para a Bolsa que foram 2,5x superiores ao CDI. Olhando os dados de outra forma, para cada 1p.p. de corte na taxa Selic, o Ibovespa entregou um retorno médio de +7,2% historicamente;
- Olhando para o futuro, achamos que podemos estar diante de um ciclo mais favorável para ativos brasileiros frente à essa perspectiva de queda de juros. Acreditamos que pode ser hora de começar a adicionar algum risco ao portfólio de ações, mas ainda com uma visão seletiva;
- No último mês, como pontuamos no nosso Raio XP, atualizamos o nosso valor justo do Ibovespa para 130 mil pontos de 128 mil para o final de 2023 devido à melhora nas taxas de juros futuras. Ainda vemos mais espaço para o Brasil ter boa performance se as taxas de juros caírem ainda mais em direção a níveis mais normalizados;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Copom não dá sinais sobre corte na Selic e mercado reage (Estadão);
- Nunca usamos a palavra ‘pausa’ para descrever decisões de juros, diz Powell, do Fed (Valor Econômico);
- Direcional anuncia oferta subsequente de ações que pode movimentar até R$ 431,9 milhões (Broadcast);
- Casino anuncia venda de ações dos supermercados Assaí (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo imobiliário será liquidado e tem data para fim dos negócios; veja qual (Money Times);
- Ifix supera marca dos 3.100 pontos pela primeira vez desde janeiro de 2020 (InfoMoney);
- CPTS11 gera retorno de 133% do CDI e gestão revela estratégias; Veja qual (FIIs);
- Fundo imobiliário projeta aumento de dividendo em mais de 10% com bolada em caixa (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Grupo lança plataforma climática de US$1,5B para investimentos em países emergentes | Café com ESG, 22/06
- O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +0,66% e +0,38%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o gigante agrícola Amaggi está lançando uma nova fase de seu programa de agricultura regenerativa como parte de seu compromisso de ajudar a retardar as mudanças climáticas – o novo momento inclui persuadir sua rede de 6.000 fornecedores a participar, com treinamento e incentivos financeiros; e (ii) o gerente de diversificação de negócios da Petrobras, Alex Gasparetto, disse ontem que as diretrizes do plano estratégico para 2024-2028 divulgadas em maio pela companhia já incluem a intenção de investir em eólicas offshore – o plano prevê investir de 6% a 15% do capex em iniciativas de baixo carbono;
- No internacional, a Mitsubishi UFJ Financial Group e demais parceiros lançaram uma plataforma de US$ 1,5 bilhão para ajudar a impulsionar investimentos focados no clima em países em desenvolvimento e emergentes – o novo empreendimento, apelidado de GAIA visa misturar o investimento do setor privado com capital concessional de grupos públicos e filantrópicos e espera impactar quase 20 milhões de pessoas em 25 países;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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