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Embraer (EMBR3): Paris Air Show – Ação cai com ritmo lento de novos pedidos por enquanto

Percepções do 54º Paris Air Show

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Após três dias do 54º Paris Air Show  (que acontece até 25 de junho), vemos que a atividade comercial da Embraer não está atendendo às expectativas dos investidores para anúncios de novos pedidos durante o evento deste ano (a ADR ‘ERJ’ cai -10% na semana, após um desempenho positivo das ações de +11% nos dias que antecederam a feira). Até o momento, a Embraer anunciou 13 novos pedidos, sendo 7 E1 e apenas 6 E2, contra 28 unidades no Farnborough Air Show do ano passado (8 E1 e 20 E2) e abaixo das altas expectativas do mercado para o evento, em nossa visão. Finalmente, olhando para o preço da ação nos últimos  dias, acreditamos que a maior parte da empolgação pré-evento já foi ajustada nos preços, com espaço limitado para mais pressão, especialmente se novos pedidos forem anunciados nos próximos dias.

Anúncios de novos pedidos ficaram aquém das expectativas até agora. Nas últimas semanas, vimos a empolgação aumentar em relação ao Paris Air Show e ao potencial da Embraer para anúncios de novos pedidos. No entanto, após três dias, as expectativas ainda não foram alcançadas, com ritmo lento de novos pedidos (especialmente para E2s) refletindo nos preços das ações, e a ADR ‘ERJ’ caindo -10% no período.

Farnborough do ano passado como referência. No ano passado, no Farnborough Air Show, a Embraer anunciou 28 novos pedidos (8 E-175 E1 e 20 E195-E2 – todos no dia 2, na época representando 9% da carteira de pedidos da empresa). Quanto a Paris, a Embraer anunciou 13 novos pedidos até o momento, totalizando US$ 908 milhões (7 E1s para Envoy e apenas 6 E2s para Binter, ou 4,6% da carteira de pedidos do 1T23).

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Muitas outras parcerias anunciadas. Anteriormente e durante o evento, a Embraer e a Eve vêm anunciando diversas parcerias, das quais destacamos: (i) a JV da Embraer com a Nidec; (ii) avanços da Eve tanto em fornecedores (3 contratos) quanto em clientes (3 Cartas de Intenção totalizando 150 eVTOL); (iii) Midlife Upgrade da Embraer e FAB para o A-29 Super Tucano;  e (iv) acordo de P2F (Passenger to Freight) com o Grupo Lanzhou para converter 20 e-jets.

Forte demanda por narrowbodies. Notamos o ritmo mais rápido da Airbus e da Boeing para novos pedidos, especialmente para aeronaves do tipo narrowbodies. Geograficamente, destacamos os pedidos expressivos da Índia, totalizando quase 1.000 aeronaves após as ordens da IndiGo e da Air India (e alinhados com as expectativas da Embraer de aumento da demanda na Ásia-Pacífico olhando para frente).

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