IBOVESPA -2,3% | 106.247 Pontos
CÂMBIO +0,6% | 4,97/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem negativos hoje, impulsionados pelos resultados decepcionantes de empresas do varejo americano, como o Walmart e Target, alertando para pressões de custos crescentes, confirmando os piores temores dos investidores sobre o aumento da inflação. No Brasil, o Tribunal de Contas da União aprovou ontem (18) a privatização da Eletrobras. Na agenda de hoje, as atenções devem ficar para a divulgação dos pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA. Na Europa, atenção para a ata do Banco Central Europeu (BCE), que pode dar sinalizações sobre um possível aumento dos juros em julho.
Brasil
Após cinco sessões de alta, a Bolsa brasileira fechou em queda na sessão desta quarta-feira (18), acompanhando o tombo das bolsas americanas, que foram pressionadas por temores de um aperto agressivo da política monetária e desaceleração do crescimento econômico. Com isso, o Ibovespa encerrou em queda de -2,3% aos 106.247 pontos. O dólar interrompe a sequência de 4 baixas consecutivas e fecha em alta, devido à fala mais incisiva do presidente do Fed sobre o aumento das taxas de juros americanas. A moeda americana fechou em alta de +0,60%, a R$ 4,97. No mercado de renda fixa, os juros futuros oscilaram ao longo do dia, mas fecharam com tendência de queda. Os principais motores do movimento foram o petróleo e as taxas dos títulos soberanos dos EUA (Treasuries) em queda, porém a piora do câmbio amorteceu a queda nas taxas locais. No mercado brasileiro, o diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra, voltou a dar declarações, que foram vistas como relativamente mais duras do que as de segunda-feira – porém não chegou a ter força para elevar as expectativas juros. DI jan/23 fechou em 13,33%; DI jan/24 encerrou em 12,985%; DI jan/25 foi para 12,365%; DI jan/27 encerrou em 12,16%; e DI jan/29 fechou em 12,22%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -1,4% e Europa -2,3%) estendendo a venda generalizada do último pregão, à medida que os temores com o risco de uma recessão e as pressões inflacionárias ganham força novamente. A deterioração do sentimento ocorreu após resultados do Walmart e Target, dois grandes varejistas, indicarem uma forte pressão de custos proveniente dos preços de combustíveis mais altos e uma demanda reduzida dos consumidores por itens discricionários, em consequência da alta inflação. Como resultado, os investidores correram para a segurança dos títulos americanos, em um movimento de aversão ao risco, e a taxa de juros do título de 10 anos amanheceu em queda, em torno de 2,82%. Na China, o índice de Hang Seng (-2,5%) encerrou em baixa, após a Tencent (-6,5%) reportar o crescimento de receitas mais baixo desde o seu IPO, ainda reverberando as pressões regulatórias sobre as empresas de tecnologia e as perspectivas de uma desaceleração econômica chinesa. Ações do Alibaba (-7,4%) e Meituan (-3,8%) também acompanharam a queda.
Privatização da Eletrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a segunda etapa do processo de privatização da Eletrobras em sessão nesta quarta-feira (18) por sete votos a favor e um contra. Com essa aprovação, abre-se o caminho para que a operação de capitalização da companhia prossiga. A intenção do governo é de concluí-la até agosto deste ano. A decisão encerra um processo inaugurado em 2018, ainda no governo de Michel Temer. Se concluída, será a primeira privatização do governo Jair Bolsonaro.
Política zero Covid na China
O presidente chinês Xi Jinping discursou reforçando a política de Covid zero na China e pedindo que outros países tomem medidas mais duras contra o vírus. Ele cobrou que a vida das pessoas seja colocada “em primeiro lugar”, com cooperação internacional ativa em linhas conjuntas e múltiplas de defesa contra o vírus e um trabalho global conjunto pela saúde de todos. A declaração é dada em meio a ceticismo em parte da comunidade internacional sobre a política de “covid zero” da China, com “lockdowns” para evitar a disseminação da doença.
Projeção do IPCA
Nosso time de economia elevou a projeção de IPCA para 2022 de 7,4% para 9,2%, e para 2023, de 4,0% para 4,5% (link). No último relatório mensal, foi discutido e quantificado o viés altista para a projeção de inflação. Desde então, muitos dos riscos elencados se materializaram ou tiveram aumento considerável da probabilidade de ocorrência. Destaque para o agravamento das rupturas das cadeias de suprimentos globais devido às medidas de lockdown na China, a pressão nos preços de combustíveis e serviços acelerando com a reabertura da economia.
Mercado em Gráfico

O gráfico apresenta nosso indicador preferido dessa tendência: estoques globais semanais dos EUA de petróleo bruto, que inclui reservas estratégicas e outros produtos petrolíferos. A curva amarela representa o estoque em 2022, que está em seu nível mais baixo dos últimos cinco anos. Esse recuo indica força nas exportações, principalmente para território europeu, além da liberação de parte do estoque numa tentativa de contenção dos preços do petróleo.
Veja todos os detalhes
Economia
Os investidores temem uma inflação generalizada e uma potencial desaceleração econômica global; No Brasil, o IPC deve chegar a 9,2% em 2022
- As treasuries e os títulos europeus fecham taxa nessa quinta-feira, refletindo sentimento pior em relação ao crescimento global depois que Xi Jinping discursou reforçando a política de Covid zero na China e pedindo que outros países tomem medidas mais duras contra o vírus. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou no início desta semana que a economia dos EUA pode ser prejudicada por tentativas de reduzir a inflação, e vários grandes varejistas dos EUA divulgaram resultados trimestrais decepcionantes, alertando para pressões de custos crescentes, confirmando os piores temores dos investidores sobre o aumento da inflação. Hoje na Europa será divulgada a ata da última reunião do Banco Central Europeu, com os investidores procurando pistas para um possível cronograma de aperto da política monetária;
- As licenças para futuras construções residenciais nos EUA caíram para o menor nível em cinco meses em abril, como mostrou divulgação nesta quarta-feira, sugerindo que o mercado imobiliário está desacelerando, já que o aumento das taxas de hipotecas contribui para a redução da acessibilidade para compradores iniciantes e iniciantes. O relatório do Departamento de Comércio também mostrou um acúmulo recorde de casas ainda a serem construídas;
- Os preços do petróleo se estabilizaram na quinta-feira após as perdas da sessão anterior. A União Européia também propôs uma proibição total em fases das importações de petróleo russo em seis meses, embora essas medidas ainda não tenham sido adotadas em meio à oposição de alguns países do leste, incluindo a Hungria;
- No Brasil, elevamos projeção de IPCA para 2022 de 7,4% para 9,2%, e para 2023, de 4,0% para 4,5% (link). Em nosso último relatório mensal, discutimos e quantificamos o viés altista para a nossa projeção de inflação. Desde então, muitos dos riscos elencados se materializaram ou tiveram aumento considerável da probabilidade de ocorrência. Destaque para o agravamento das rupturas das cadeias de suprimentos globais devido às medidas de lockdown na China, a pressão nos preços de combustíveis e serviços acelerando com a reabertura da economia.
Empresas
PetroReconcavo (RECV3): Detalhes sobre a aquisição de Bahia Terra – Mais notícias (positivas) sobre o potencial negócio
- Ontem (18), a PetroReconcavo organizou uma apresentação aos analistas de sell side (link) para discutir os principais tópicos na aquisição de Bahia Terra;
- As principais atualizações em relação ao nosso último relatório sobre este negócio foram: (i) maiores estimativas de reservas provadas+prováveis (“2P”), de 198 milhões barris de óleo equivalente (“boe”) para 227 milhões de boe; (ii) algumas pistas da curva de produção futura (2-3 anos para dobrar a produção atual de 14 mil boe por dia (“kboe/d”); (iii) indicações preliminares de custos de extração e investimentos necessários (em linha com os ativos atuais da PetroReconcavo), e; (iv) mais detalhes sobre preços e meios de comercialização dos produtos. A mensagem geral da reunião foi melhor do que esperávamos anteriormente;
- Com base no que foi discutido, temos uma avaliação preliminar de um potencial aumento do nosso preço alvo ao redor de R$ 15,40 por ação de RECV3, caso o negócio avance;
- Reiteramos nossa recomendação de compra: Mesmo sem a aquisição de Bahia Terra (que ainda não está refletida no nosso preço-alvo, dado que ainda precisamos que o negócio seja concluído), continuamos otimistas com a PetroReconcavo por alguns motivos: (i) longo histórico de redesenvolvimento de campos terrestres maduros (polo Remanso desde 2000); (ii) modelo de negócios integrado, garantindo eficiência de mão de obra, equipamentos e custos; e (iii) visão positiva dos preços de petróleo e gás de curto e médio prazo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
CSN Mineração (CMIN3): Novo programa de recompra de ações e pagamento de dividendos de R$0,46 por ação
- Ontem (18), a CMIN anunciou a aprovação do novo programa de recompra de ações de emissão da Companhia e a distribuição de dividendos;
- O Programa de Recompra de Ações consiste na recompra de 106 milhões de ações (~10% das ações em circulação) dentro dos próximos 12 meses. O prazo para realização das aquisições se encerrará em 18 de maio de 2023;
- Em relação ao pagamento de dividendos, a distribuição será de R$ 2,5 bilhões, sendo o valor corresponde à R$ 0,46 por ação. O pagamento ocorrerá em 19 de maio de 2022 e as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 2 de maio de 2022;
- Mantemos nossa recomendação de Compra no nome, com preço-alvo de R$7,8 por ação.
Oncologia: Unindo forças para tratar o câncer
- O Fleury (FLRY3) anunciou uma parceria com a Atlântica e a Beneficência Portuguesa (“BP”) para criar um ecossistema de tratamento oncológico, totalizando um investimento de R$678M em uma nova empresa;
- A nova empresa será dedicada à oncologia ambulatorial e hospitalar, e a iniciativa pode:
- Protegê-las de potenciais impactos gerados pela consolidação do setor de saúde;
- Criar alguns desafios para as incumbentes.
- Vemos o anúncio como positivo para o Fleury e negativo para a Oncoclínicas;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Estoque de crédito tem alta de 0,8% em abril, aponta Febraban (Valor);
- A estratégia do Itaú para treinar seus influenciadores (Pipeline);
- BB lança fundo de investimento em crédito de carbono com aporte inicial de R$ 2 milhões (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Monitor do PIB aponta alta de 1,8% em março ante fevereiro, diz FGV (Exame);
- Circulação de consumidores nas lojas registra novas altas (Folha);
- Ataques cibernéticos crescem 54% no primeiro trimestre, mostra levantamento (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- CNA engrossa coro por Plano Safra ‘robusto’ (Valor);
- Com o Brasil no radar, Nutrien amplia a produção de potássio (Valor);
- ONU negocia retomada de exportações de grãos da Ucrânia em meio à crise de alimentos (Notícias Agrícolas);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- TCU autoriza privatização da Eletrobras; veja quais são os próximos passos. (Valor Econômico);
- Análise: Após aval do TCU, Eletrobras pode se livrar de amarras e acelerar investimentos. (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em forte queda, apesar de dados de estoques positivos para os preços. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tencent decepciona mercado com crescimento de receita mais lento desde o IPO
- Mercado reage mal após Target reportar desaceleração do consumo e aumento de custos;
- Tencent decepciona mercado com crescimento de receita mais lento desde o IPO;
- Resultados da Cisco desapontam, impactados pela escassez de componentes;
- Ações de software registram queda mais acentuada que o resto do setor de tecnologia em 2022;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs: decisão da CVM encerra polêmica sobre dividendos do MXRF11; o que muda para o investidor? (InfoMoney);
- Desconto na compra de imóveis atinge menor patamar em 8 anos, diz Fipe (MoneyTimes);
- Maxi Renda (MXRF11) acompanha Ifix e sobe após CVM; CARE11 derrete 7,4% (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Mercado de carbono será criado no Brasil por um decreto | Café com ESG, 19/05
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -2,3% e -2,0%, respectivamente;
- No Brasil, (i) ontem, o Ministro Meio Ambiente Joaquim Leite anunciou que o mercado de carbono no Brasil, um debate iniciado há 13 anos, será criado por decreto – a iniciativa terá um sistema nacional de registro da redução de emissões, será setorial e trará conceitos novos como créditos de metano; e (ii) na próxima revisão das regras do Novo Mercado, a B3 pretende incluir os fatores de responsabilidade social e ambiental ao segmento que foi criado para reunir empresas que adotam boas práticas de governança corporativa;
- No internacional, a Tesla deixou de integrar o índice S&P 500 ESG por um declínio nas pontuações de nível de critérios relacionados à estratégia de baixo carbono e aos códigos de conduta empresarial da companhia, segundo a S&P Dow Jones Índices – depois disso, o CEO, Elon Musk, respondeu com duras críticas no twitter, incluindo que “ESG é uma farsa”;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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