IBOVESPA -1,21% | 125.854 Pontos
CÂMBIO -0,49% | 5,71/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou julho com alta de 3,0% em reais e de 1,6% em dólares, mas agosto começou com preocupações com recessão nos EUA pesando nos ativos globais. Na semana, o índice brasileiro caiu 1,3% em reais e 2,3% em dólares, aos 125.854 pontos.
O principal destaque positivo da semana foi a TIM (TIMS3, +8,6%), com a divulgação de resultados positivos no 2T24 (leia nossa análise aqui). O principal destaque negativo foi a Braskem (BRKM5, -8,9%), após um relatório de produção e vendas do 2T24 considerado decepcionante (leia nossa análise aqui). Acesse aqui o nosso relatório completo.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte fechamento por toda extensão da curva, com mais intensidade nos vértices intermediários. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 39,50 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para 55,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação. As taxas de juro real também tiveram grande redução, com os rendimentos NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação) se consolidando em patamares próximos a 6,10% a.a. DI jan/25 fechou em 10,55% (-21,3bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 11,23% (-46,8bps); DI jan/27 em 11,43% (-50,7bps); DI jan/29 em 11,69% (-43,1bps); DI jan/34 em 11,78% (-31,1bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em forte queda (S&P 500: -2,7%; Nasdaq 100: -4,1%), após dados de emprego mais fracos serem interpretados como indicativo de possível recessão. Ações de tecnologia têm a pior performance, indicativo da ciclicidade do setor.
Ações globais sentem o efeito negativo proveniente das Big Techs e da Bolsa americana: na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -2,6%), com quedas disseminadas entre as principais regiões e setores, e na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,5%). O Japão seguiu como principal destaque do movimento de queda dos mercados globais. O Nikkei 225 teve a maior queda entre as bolsas (-12,4%), chegando a passar por circuit breaker, ampliando a queda iniciada após a decisão do banco central do país em elevar juros e reduzir o ritmo de compra de ativos.
Comentamos mais no Top 5 Temas Globais da Semana.
Economia
A produção da indústria brasileira cresceu 4,1% em junho ante maio, consideravelmente acima das expectativas (XP: 2,6%; consenso: 2,7%). Divulgado na sexta-feira nos EUA, o mercado de trabalho criou 114 mil empregos em junho, resultado abaixo das expectativas de 175 mil. A taxa de desemprego aumentou inesperadamente de 4,1% para 4,3%, aumentando preocupações de um enfraquecimento da economia.
Divulgado esta manhã, os preços ao produtor na Zona do Euro subiram 0,5% em junho de 2024, superando as expectativas de um aumento de 0,4%. Esse aumento encerrou sete meses consecutivos de deflação ao produtor. Os futuros do petróleo do tipo Brent caíram para menos de 75,2 dólares por barril na segunda-feira, aproximando-se de níveis não vistos desde dezembro, devido às preocupações crescentes de uma recessão nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo. A escalada das tensões no Médio Oriente também está sendo monitorada.
A agenda internacional está um pouco mais calma nesta semana. As sondagens empresariais PMI de julho serão divulgadas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Europa, Reino Unido, China e Japão. Na quinta-feira, destaque para dados de comércio exterior na China. No mesmo dia, países vizinhos publicarão a inflação ao consumidor de junho, incluindo o Chile, Colômbia e México. No Brasil, a semana de indicadores econômicos também será mais calma. O destaque será a divulgação do IPCA de julho. Projetamos inflação de 0,35%. Além disso, teremos a divulgação da ata do Copom, que discorrerá melhor sobre a decisão de manutenção da taxa Selic pelo Banco Central.
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Economia
Queda do petróleo em meio a preocupações de recessão nos EUA
- A produção da indústria brasileira cresceu 4,1% em junho ante maio, consideravelmente acima das expectativas (XP: 2,6%; consenso: 2,7%). O resultado ocorreu após a queda de 1,5% vista na divulgação anterior, em meio às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul – A indústria do Rio Grande do Sul despencou 26% naquele mês. Todas as categorias econômicas retomaram o crescimento. Destacamos o forte aumento na produção de bens de consumo – 6,8% em junho ante maio –, em linha com o aumento contínuo da renda disponível às famílias. Além disso, a produção de bens de capital permanece em trajetória ascendente, um sinal positivo para a Formação Bruta de Capital Fixo no curto prazo. Prevemos que a produção industrial brasileira subirá cerca de 3% em 2024. O XP Tracker para crescimento do PIB no segundo trimestre subiu para 0,7% (2,3% a/a). A nossa projeção para o crescimento do PIB em 2024 – atualmente em 2,2% – está enviesada para cima.
- Divulgado na sexta-feira nos EUA, o mercado de trabalho criou 114 empregos em junho, resultado abaixo das expectativas de 175 mil. Além disso, os números de maio e julho foram revisados para baixo em 29 mil. O salário médio por hora aumentou 0,23% no mês, para US$ 35,07, abaixo das expectativas (consenso: 0,3%). A taxa de desemprego aumentou inesperadamente de 4,1% para 4,3% (consenso: 4,1%). Na nossa visão, apesar dos números mais fracos do que o esperado hoje, os últimos dados sugerem que o mercado de trabalho está a normalizar e não enfraquecendo como alguns poderiam temer.
- Divulgado esta manhã, os preços ao produtor na zona do euro subiram 0,5% em junho de 2024, superando as expectativas de um aumento de 0,4%. Este aumento encerrou sete meses consecutivos de deflação ao produtor, atribuída principalmente a um aumento de 1,6% nos custos de energia. Bens intermediários, bens de capital e bens não duráveis tiveram aumento de 0,1%. Os preços dos bens de consumo duráveis permaneceram estáveis, em comparação com uma queda de 0,3% em maio. A deflação acumulada em doze meses é de 3,2%. Excluindo a energia, o índice apresentou um aumento de 0,1%, consistente com maio, enquanto na base anual diminuiu 0,1%.
- Os futuros do petróleo do tipo Brent caíram para menos de 75,2 dólares por barril na segunda-feira, aproximando-se de níveis não vistos desde dezembro, devido às preocupações crescentes de uma recessão nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo. Apesar das tensões geopolíticas no Médio Oriente, incluindo relatos de ataques aéreos israelitas, o foco do mercado continua a ser o enfraquecimento da demanda por petróleo. Além de dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA, tanto os EUA como a China registaram uma contração no sector industrial, exacerbando os receios de uma diminuição do consumo de petróleo. A escalada das tensões no Médio Oriente, especialmente as ameaças de retaliação do Irão na sequência dos assassinatos dos principais líderes do Hamas e do Hezbollah, também estão sendo monitorados.
- A agenda internacional está um pouco mais calma nesta semana. As sondagens empresariais PMI de julho serão divulgadas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Europa, Reino Unido, China e Japão. Na 5ª-feira, destaque para dados de comércio exterior na China. No mesmo dia, países vizinhos publicarão a inflação ao consumidor de junho, incluindo o Chile, Colômbia e México.
- No Brasil, a semana de indicadores econômicos também será mais calma. O destaque será a divulgação do IPCA de julho. Projetamos inflação de 0,35%. Além disso, teremos a divulgação da ata do Copom, que discorrerá melhor sobre a decisão de manutenção da taxa Selic pelo Banco Central.
Empresas
Data Expert | Monitor da Indústria de Bebidas: Os dados de junho saíram melhor que o esperado; risco limitado de queda para o modelo da XP
- Os dados do setor de junho foram fortes – a produção de bebidas alcoólicas aumentou 8,5% A/A e ficou 4,9% acima do XPe, superando o volume esperado de cerveja brasileira, de acordo com a divulgação de resultados do 2T24 da AmBev relatada ontem (para obter mais detalhes, consulte “AmBev (ABEV3) | Revisão dos resultados do 2T24”.
- Uma vez que incorporamos novos dados em nossa estimativa de regressão, agora vemos espaço limitado para riscos de queda para o modelo AmBev da XP: nossa regressão sugere volumes de cerveja Brasil para o 3º Tri de 23.440 k hl (1,0% acima da Xpe vs. estimativa anterior de 21.226 k hl, que foi 8,6% abaixo da XPe). Para o 4º Tri, nossa regressão mostra volumes de 25.755 k hl (1,0% abaixo da XPe vs. estimativa anterior de 23.323 k hl, que foi 10,4% abaixo da XPe).
- * Embora os riscos de queda no volume tenham diminuído, mantemos nossa classificação Neutral devido aos obstáculos no custo das commodities, juntamente com uma concorrência mais acirrada no Brasil, levando a gatilhos claros limitados no horizonte previsível.
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SLC (SLCE3) | Prévia dos resultados do 2T24: Resultados fracos com margens ruins de soja
- A SLC deve apresentar resultados fracos no 2T, especialmente devido às margens de soja reduzidas. Além disso, as margens do algodão provavelmente cairão sequencialmente, pois os volumes ainda estarão associados à última safra. Embora os volumes de algodão sejam marginalmente melhores sequencialmente, os estoques devem continuar altos, e a evolução das vendas de algodão é algo a ser observado de perto, em nossa opinião.
- No geral, estimamos EBITDA ajustado de R$245 milhões (-57% A/A). Embora nossa estimativa de EBITDA ajustado esteja consideravelmente abaixo do consenso, acreditamos que o mercado já precificou os preços mais baixos da soja. Ainda assim, temos o viés de que o mercado pode reagir negativamente aos lucros do segundo trimestre da empresa. Mantemos nossa recomendação de Neutra, pois continuamos com nossa visão de baixista sobre os preços dos grãos e não gostamos da assimetria da tese de investimento.
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Varejo Brasil: Feedback do Fórum E-commerce Brasil
- Nesta semana, participamos da 15ª edição do Fórum E-commerce Brasil. As principais lições que adquirimos no evento foram:
- Uma visão mais detalhada das operações da Shein;
- A ascensão do TikTok como plataforma de marketing;
- O live commerce continua avançando;
- Usando a tecnologia para apoiar a assertividade do vestuário;
- Ads e Fulfillment sendo promovidos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Brasil tem 341,7 milhões de assinaturas em serviços de telecom: queda de 1% no mês (Telesíntese);
- Após mudanças na Itália, Brasil será um terço da receita do Grupo TIM (Neofeed);
- Anthropic, rival da OpenAI, desembarca no Brasil (Valor);
- IA afetará de forma moderada ou alta 92% dos empregos em TIC, diz estudo (Folha);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Avon faz acordo com perfumaria e estreia em varejo (Valor Econômico);
- Apostas esportivas online já afetam o varejo brasileiro (Estadão);
- Grupo Mateus planeja abertura de minimercados Armazzem no Ceará em 2025 (Giro News);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- If US whiskey glut does emerge, major distillers will be fine – but small may suffer – Just DrinksMercado brasileiro está cada vez mais competitivo, afirma AB InBev – Valor
- Alimentos
- Cattle Plunges as Stock Market Slump Raises Beef Demand Concerns – Bloomberg
- Australia’s July beef exports hit all-time record high, just short of 130,000t – BeefCentral
- Milho e o poder de compra do frango abatido em julho de 2024 – AviSite
- Agro
- Corn, Soybeans Crawl Back From Lowest Levels Since 2020 – BloombergAustralia’s July beef exports hit all-time record high, just short of 130,000t – BeefCentral
- Na dança dos fertilizantes, ritmo acelera na soja e fica (muito) lento no milho – AgFeed
- Biocombustíveis
- Queda de 8% no preço do etanol impulsiona vendas e reduz consumo de gasolina – epbr
- Açúcar tem semana de pressão com chuvas na Ásia e confirma tendência de baixa – Notícias Agrícolas
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Brasil se aproxima de 5 mil mortes por dengue em 2024 (Agência Brasil);
- SC: Complexo de saúde receberá investimentos de R$ 4,1 bilhões (Medicina S/A);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Terreno de antiga fábrica da Kibon vai virar bairro de luxo em São Paulo (Estadão);
- Corte Especial do STJ pode começar semestre com ação bilionária para a União (Valor);
- Destravando o crescimento da construção habitacional (Folha de SP);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- União quer mudanças em projeto de lei sobre renegociação de dívidas (Valor Econômico);
- Retomada de Angra 3 deve exigir aporte imediato de R$ 5,2 bi de União e Eletrobras (Folha de S. Paulo);
- Relicitação de linhas antigas deve criar novo mercado para transmissoras (Valor Econômico);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields tumble as recession concerns take hold (CNBC);
- Tesouro Direto: após recorde, juros altos e busca por proteção devem manter fluxo de investidores (CNN Brasil);
- Tenda (TEND3) faz resgate antecipado da 7ª emissão de debêntures (E-Investidor);
- Fitch Eleva Ratings da 3R Para ‘BB-‘/’AA-(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- BCFF11 e BTHF11: entenda por que proposta de fusão é positiva para os cotistas (Valor Investe);
- FIIs de tijolo dominam altas e IFIX volta a subir, mas fecha semana com queda acumulada (FIIs);
- PVBI11 compra imóvel em SP por R$ 31,618 milhões; veja detalhes (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Presidente Lula sanciona marco regulatório do hidrogênio verde | Café com ESG, 05/08
- O Ibovespa terminou a semana passada em queda de 1,28%, enquanto o ISE subiu 0,57%. Em linha, o pregão de sexta-feira também fechou em território misto, com o IBOV recuando 1,20%, enquanto o ISE registrou alta de 1,07%.
- No Brasil, (i) o presidente Lula sancionou na última sexta-feira (2/8) o marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/23), em cerimônia realizada no Porto do Pecém no Ceará – o capítulo que prevê a concessão de créditos fiscais de R$18,3 bilhões e a criação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC) foi vetado, em linha com a posição do Congresso Nacional; e (ii) concessionárias de saneamento estão adaptando suas operações para lidar com eventos climáticos extremos, como a seca registrada na Amazônia e no Pantanal, e as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que vêm tirando o setor de sua relativa estabilidade – segundo projeções do do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, esse movimento vai desde a busca de fontes alternativas de abastecimento de água e estações móveis de tratamento à contratação de mergulhadores para reparo de equipamentos submersos em enchentes.
- No internacional, de acordo com Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, os grandes temas da COP 30, que será sediada no Brasil no ano que vem, podem ser adaptação a eventos extremos e justiça climática.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
IASB aprimora reporte climático; Natura tem 1ª frota movida a biometano; Acordo BYD e Uber em elétricos | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) a consulta pública aberta pela IASB que busca melhoras o reporte climático; (ii) a nova frota movida a biometano da NTCO3; e (iii) a parceria entre Uber e BYD em elétricos;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!