IBOVESPA +1,51% | 126.526 Pontos
CÂMBIO -0,93% | 5,12/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa terminou a semana com ganhos de 1,1% em reais e +2,8% em dólares, fechando aos 126.526 pontos. O desempenho positivo veio após 3 semanas consecutivas de perdas. Os principais destaques positivos foram papéis de educação, como YDUQ3 (+11,0%) e COGN3 (+10,2%), após um banco de investimento elevar a recomendação dessas ações para compra, citando uma melhora nos fundamentos, e projetando uma melhoria para o setor (veja a prévia do 1T24 do nosso analista). Outro destaque foi Petrobras (PETR3, +5,1%; PETR4, +5,0%), anunciando a distribuição de dividendos extraordinários.
O principal destaque negativo da semana foi Usiminas (USIM5, -17,9%), após reportar um balanço do 1º trimestre abaixo do esperado (veja a análise aqui). Casas Bahia (BHIA3, -12,5%) foi pressionada por uma abertura na curva de juros após dados econômicos negativos. Clique aqui para acessar o Resumo semanal da Bolsa.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos mistos: os vencimentos curtos fecharam com leve recuo, os intermediários permaneceram estáveis, e os longos apresentaram aumento. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 82,1 pontos-base na sexta-feira passada para 103 pontos na última semana. A curva, portanto, apresentou ganho na inclinação. Os ativos locais mantiveram a correlação positiva com as Treasuries.
O mercado segue precificando, com maior probabilidade, um corte de 0,25 p.p. na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, a ocorrer no próximo mês, e uma taxa Selic terminal em torno de 10,25% para o final de 2024. DI jan/25 fechou em 10,2% (-15,3bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 10,8% (-1bps); DI jan/29 em 11,34% (9bps); DI jan/33 em 11,65% (13,2bps); DI jan/37 em 11,71% (15,5bps). Saiba mais sobre a semana na Renda Fixa.
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os mercados operam em alta nos Estados Unidos (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: 0,2%). A semana contará com reunião do FOMC na quarta-feira e dados de emprego nos EUA na sexta-feira, que irão indicar os próximos passos da política monetária. A temporada de resultados segue movimentada, com a divulgação de uma série de balanços de empresas como Apple, Coca-Cola, Mastercard e Mastercard ao longo da semana.
Na Europa, o índice pan-europeu opera em alta (Stoxx 600: 0,3%), com foco em indicadores econômicos, como PIB e inflação, e resultados. A maior empresa do continente em capitalização de mercado, a farmacêutica Novo Nordisk, que fabrica Ozempic, divulga resultados nessa semana.
Na China, as bolsas de Xangai e de Hong Kong fecharam o dia positivas (CSI 300: 1,1%; HSI: 0,5%), dando sequência ao rali da semana anterior (sobre o qual comentamos no Top 5 Temas Globais).
Economia
O principal evento econômico da semana é a reunião de política monetária do Fed (banco central) dos EUA, na quarta-feira. Os mercados não esperam mudanças na taxa básica de juros, que deve se manter na faixa de 5,25% para 5,50% – a mais elevada em duas décadas. Atenção especial, porém, será dada aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell. Em abril, Powell disse que dados recentes “não nos deram maior confiança” de que a inflação está convergindo de forma sustentável para a meta de 2%. De fato, dados recentes – como o deflator dos gastos com consumo na sexta-feira – mostram que a inflação nos EUA continua desconfortável.
No Brasil, a inflação corrente permanece benigna. Divulgado na última sexta-feira, o IPCA-15 de abril subiu 0,21% mês a mês, abaixo do esperado (XP: 0,27%; mercado: 0,29%). Apesar das notícias positivas no curto prazo, os analistas de mercado temem que a taxa de câmbio mais desvalorizada e a política fiscal expansionista pressionem a inflação a médio prazo, limitando o espaço para reduções adicionais da taxa Selic pelo banco central. Confira o Economia em Destaque.
Veja todos os detalhes
Economia
A decisão de juros do Fed dos EUA é o destaque da semana
- – O principal evento econômico da semana é a reunião de política monetária do Fed (banco central) dos EUA, na quarta-feira. Os mercados não esperam mudanças na taxa básica de juros, que deve se manter na faixa de 5,25% para 5,50% – a mais elevada em duas décadas,. Atenção especial, porém, será dada aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell. Em abril, Powell disse que dados recentes “não nos deram maior confiança” de que a inflação está convergindo de forma sustentável para a meta de 2%, acrescentando que “é provável que demore mais do que o esperado para atingirmos esse nível de confiança”.
- – De fato, dados recentes mostram que a inflação nos EUA continua desconfortável. Divulgado na última sexta-feira, o núcleo do deflato dos gastos com consumo (core PCE deflator, em inglês) aumentou 0,32% em março (consenso: 0,3%). A leitura de janeiro foi revisada de 0,45% para 0,50%. A variação anual do core PCE deflator registrou 2,82% em março, estável ante 2,84%. A inflação dos ultimos três meses, anualizada e com ajuste sazonal, aumentou pelo terceiro mês consecutivo para 4,43%, acima dos 1,55% em dezembro. A medida situa-se nos níveis mais elevados desde março de 2023. Em suma, os dados continuam a mostrar rigidez na inflação e a necessidade de uma política monetária restritiva durante mais tempo.
- – Os preços do petróleo operavam em queda esta manhã, com as conversações de paz entre Israel e o Hamas reduzindo as preocupações de um conflito mais amplo no Médio Oriente. Os futuros do petróleo bruto dos EUA estavam sendo negociados 1,0% mais baixos, a US$ 83,05 por barril, enquanto o contrato do Brent caía 0,9%, para US$ 87,39 por barril. Preços do petróleo mais estáveis podem ajudar a reduzir as preocupações com a inflação global.
- – No Brasil, a inflação corrente permanece benigna. Divulgado na última sexta-feira, o IPCA-15 de abril subiu 0,21% mês a mês, abaixo do esperado (XP: 0,27%; mercado: 0,29%). Na variação acumulada em 12 meses, o índice de inflação caiu para 3,77% em abril, ante 4,14% em março. As principais surpresas para baixo vieram dos preços monitorados, em particular gasolina e conta de luz. Apesar das notícias positivas no curto prazo, os analistas de mercado temem que a taxa de câmbio mais desvalorizada e a política fiscal expansionista pressionem a inflação a médio prazo, limitando o espaço para reduções adicionais da taxa Selic pelo banco central.
- – O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a isenção de impostos sobre a folha de pagamento para 17 setores e municípios. O Ministro Cristiano Zanin emitiu liminar suspendendo a isenção. A medida segue agora para o plenário virtual, que pode confirmar ou não a decisão do ministro. Segundo a equipe política da XP, há uma tendência de que a liminar seja mantida. O impacto estimado poderá ser próximo de R$ 15 bilhões. Nosso cenário básico, que prevê um déficit fiscal primário de R$ 67,1 bilhões (0,6% do PIB) para este ano, já considerava a manutenção da desoneração da folha de pagamento de 17 setores e municípios. Assim, caso a decisão do STF se confirme, nossa projeção cairia para um déficit de R$ 52,5 bilhões (0,5% do PIB) – ainda abaixo do limite inferior para cumprimento da meta de resultado primário (R$ 28,8 bilhões).
Commodities
Data Expert | Tracker de Açúcar e Etanol – Abr/24
- Melhores perspectivas para de cana 24/25 pesam sobre preços de açúcar e etanol. À medida que a colheita avança, preços de etanol seguirão pressionados. No açúcar, mais espaço logístico permite exportações mais ágeis e oferta ampla;
- À médio prazo, o mercado espera que as monções na Índia sejam beneficiadas com La Niña, mas temos com cautela essa suposição, já que o fenômeno pode aparecer só após o início da colheita no Sudeste Asiático;
- Estimamos que players de A&E negociem com valuation atraente (SMTO3 e JALL3 em 4,1x e 2,9x EV/EBITDA para 2024/25, respectivamente), especialmente considerando o recente desempenho negativo. Ainda assim, com os fundamentos apontando para uma pressão baixista sobre preços, não vemos gatilhos no curto prazo;
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Empresas
Enjoei (ENJU3): Entrando no mundo Offline
- Visitamos a inauguração da primeira loja física do Enjoei em São Paulo para entenderem melhor o novo conceito e seu potencial para a companhia;
- Na nossa opinião, os principais takes da visita foram: i) Enjoei vai abrir 3 lojas próprias como piloto para futuramente expandir através de franquias; ii) apesar das operações on e off estarem separadas por ora, eles esperam integrá-las em uma estratégia omnichannel no médio/longo prazo; iii) a loja opera através de um modelo de compra e venda; iv) A expertise da Cresci e Perdi (C&P) foi essencial para mitigar riscos de execução; e v) a loja é uma alavanca importante para fortalecer a marca Enjoei;
- Mantemos nossa recomendação Neutra;
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Grupo Casas Bahia (BHIA3): Renegociação de dívidas anunciada
- O Grupo Casas Bahia anunciou a renegociação de R$ 4,1 bilhões em dívidas através de uma Recuperação Extrajudicial. O plano estende o prazo de vencimento médio em 50 meses, além de reduzir o custo médio em 1,5 p.p e os pagamentos de dívida até 2027 em R$ 4,3 bi;
- O plano já foi aprovado por mais de 50% dos credores, com a aprovação legal esperada para os próximos 30 dias. Enxergamos o anúncio como um passo importante para a reestruturação da companhia, uma vez que a nova estrutura deixa a empresa em uma posição mais confortável para executar ajustes operacionais;
- Ainda assim, enxergamos i) a possível diluição ligada a conversão das dívidas em ação; e ii) a reação dos consumidores ao anúncio como riscos a monitorar. Mantemos nossa recomendação Neutra;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Lucro dos bancos deve subir, mas perspectivas são incertas no ano (Valor);
- Consignado do INSS: Conselho aprova novo corte no teto de juros, que cairá para 1,68% ao mês (Estadão);
- BREAKING: Casas Bahia reestrutura sua dívida em acordo com BB e Bradesco (Brazil Journal);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- ByteDance diz que não venderá TikTok nos EUA (Broadcast)
- QI Tech passa a valer U$1BI e se torna 26ª unicórnio brasileiro
- Anatel ativa faixa de 3,5 GHz para 5G em mais 220 municípios (Mobile Time)
- Algar tem prejuízo de R$ 152 milhões em 2023, mas avança no varejo (Teletime)
- Clique Aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- BREAKING: Casas Bahia reestrutura sua dívida em acordo com BB e Bradesco (Brazil Journal);
- Soma começa a produzir Farm e Foxton na Hering; piloto indica economia de 20% (Exame);
- Se tiver vendas fracas, Dia das Mães pode desencadear fechamento de loja e demissão, dizem varejistas (Folha de São Paulo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Proposta do governo define Imposto Seletivo proporcional à graduação alcoólica (Guia da Cerveja);
- Alimentos
- Doubts Mount That Food Sector Is Ready for Europe’s New Forest Rules (Bloomberg);
- Setor de alimentos questiona Reforma Tributária (PecSite).
- Agro
- Funds cover CBOT wheat shorts but bearish streak is nearing record (Reuters);
- Preocupación de los productores por las continuas lluvias durante la cosecha de soja y maíz (Clarín).
- Biocombustíveis
- Soaring Imports of Green Diesel Feedstocks Disrupt US Soy Market (Bloomberg)
- Clique aqui para acessar o relatório completo
- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Biomm retoma produção de insulina no Brasil (Valor Econômico);
- Ministra da Ciência diz que terá mais recursos para Biomm (Valor Econômico);
- Oncoclínicas (ONCO3): 3° Emissão de Notas Comerciais (RI da Companhia);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- SindusCon-SP lutará por reincluir a construção no reime de tributação diferenciada (Sinduscon);
- CBIC reafirma defesa da desoneração da folha (CBIC);
- Reforma deve reduzir tributo sobre imóveis do Minha Casa, Minha Vida, prevê Fazenda (Folha);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Interferência nas indicações para ONS e CCEE colocam governo e setor elétrico em rota de colisão (Valor Econômico);
- Privatização da Sabesp: Critério de escolha para acionista gera críticas (Valor Econômico);
- Aneel mantém bandeira tarifária verde em maio, sem custo extra nas contas de luz (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields fall as investors look to Fed meeting (CNBC);
- XP unifica recomendação de investimentos (Valor);
- Casas Bahia entra com pedido de recuperação extrajudicial para dívida de R$ 4,1 bilhões (Estadão);
- Rating ‘brA+’ atribuído à Desktop S.A.; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Allos, Capitânia, BTG, XP e Vinci se unem para comprar shopping Riosul (Estadão);
- EXCLUSIVO: Condomínios logísticos de alto padrão de SP registram 12% de vacância (Investing);
- FIIs valem a pena mesmo com queda do IFIX? Veja o que especialistas dizem (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Encontro do G7 começa hoje; Armazenamento de energia e termoelétricas a carvão em destaque | Café com ESG, 29/04
- Após 3 semanas consecutivas de perdas, o Ibovespa terminou a última semana do mês de abril em alta de 1,1%, enquanto o ISE subiu 2,0%. Já o pregão de sexta-feira fechou em território positivo, com o IBOV e o ISE em alta de 1,5% e 1,7%, respectivamente;
- No Brasil, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou uma resolução que encerra a produção de óleo diesel com altos teores de enxofre – a medida, que envolve o óleo diesel S500 de uso rodoviário e S1800 de uso não rodoviário, prevê que ambos os produtos sejam substituídos pelo diesel S-10, de baixo teor de enxofre;
- Sobre o encontro do G7 na Itália, (i) segundo fontes da Reuters, os ministros de energia dos países estão discutindo a definição de uma meta para encerrar as operações de suas termoelétricas a carvão até 2035 – de forma geral, tal acordo representaria um passo na direção de gradualmente eliminar o uso de combustíveis fósseis, conforme resolução final assinada na COP28; e (ii) à medida em que os países debatem soluções para mitigar os desafios relacionados ao aumento de fontes intermitentes, como eólica e solar, o G7 pretende definir um objetivo para aumentar a capacidade de armazenamento de eletricidade até 2030 – de acordo com um projeto de declaração conjunta dos ministros da energia, o objetivo seria ampliar a capacidade de armazenamento de eletricidade para em 6,5 vezes até 2030 (para 1.500 GW vs. 230 GW hoje);
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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