IBOVESPA -0,10% | 128.151 Pontos
CÂMBIO -0,55% | 5,10/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa terminou a semana em alta de 0,4% em reais e 1,4% em dólares, aos 128.151 pontos. Globalmente, os principais destaques da semana foram os dados de inflação ao consumidor nos EUA, divulgado na quarta-feira, que veio em linha com o consenso, e a China anunciando uma série de estímulos focados no setor imobiliário na sexta-feira. Ambas as notícias impulsionaram os mercados globais, incluindo o S&P 500, que ultrapassou o nível de 5.300 pontos pela primeira vez em sua história.
Na Bolsa brasileira, os principais destaques positivos foram os papeis do setor de frigoríficos, após reportarem balanços do 1T24 considerados positivos pelo mercado, com JBS (JBSS3, +18,6%) liderando (leia nossa análise aqui), seguido por Marfrig (MRFG3, +15,8%) e Minerva (BEEF3, +8,4%). Por outro lado, Petrobras (PETR3, -12,6%; PETR4, -11,8%) foi o principal destaque negativo, após reportar um resultado do 1T24 abaixo das expectativas (leia nossa análise aqui), seguido pelo anúncio de uma nova CEO, Magda Chambriard, substituindo Jean Paul Prates, no pós-fechamento da sessão de terça-feira (leia nossa análise aqui). Clique aqui para acessar o Resumo semanal da Bolsa.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos mistos: a ponta curta apresentou elevação nas taxas, enquanto os vencimentos intermediários e longos tiveram queda. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 124,60 pontos-base na sexta-feira passada para 109,0 pontos na última semana. A curva, portanto, apresentou diminuição na inclinação.
A semana teve como centro das atenções a ata do Comitê de Política Monetária, que trouxe explicações para a decisão dividida na última reunião do banco central, reforçando a mensagem conservadora do comunicado pós-reunião. Nos Estados Unidos, os dados de inflação ao consumidor (CPI) vieram abaixo do esperado e desencadearam uma reação positiva no mercado. DI jan/25 fechou em 10,38% (alta de 6,9bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 10,67% (alta de 10,3bps); DI jan/27 em 11,02% (alta de 5,6bps); DI jan/29 em 11,5% (queda de 0,8bps); DI jan/34 em 11,76% (queda de 5,3bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os mercados operam em alta nos Estados Unidos (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,2%), após dados econômicos mais benignos. Nesta semana, o mercado fica atento aos resultados de Nvidia, que reporta os resultados na quarta-feira, e à ata da última reunião do Federal Reserve. Veja todos os balanços aqui.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: 0,2%). Na China, as bolsas fecharam o dia em alta (CSI 300: 0,4%; HSI: 0,4%) dando continuidade ao movimento positivo da semana passada, que contou com anúncios de estímulos ao setor imobiliário.
Economia
Num discurso público durante o final de semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que espera que a inflação caia adiante, embora não esteja tão confiante quanto antes. O Banco Popular da China (PBoC) manteve inalterados os juros de referência, em linha com as expectativas do mercado. A taxa básica de juros (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,45%., enquanto a taxa de 5 anos ficou em 3,95%. O preço do ouro subiu para os US$ 2.440 por onça na manhã de segunda-feira, atingindo um novo recorde, depois dos recentes dados econômicos dos EUA terem reforçado as especulações de que o Fed reduzirá os juros nos Estados Unidos pelo menos duas vezes este ano.
Na agenda internacional desta semana, a atenção se voltará para a divulgação da ata do banco central do Estados Unidos (Fed) na quarta-feira. Além disso, diversos diretores do Fed falarão publicamente ao longo da semana. Dados de inflação no Japão (quinta-feira) e Reino Unido (quarta-feira) também estão no radar do mercado. Por fim, leituras preliminares das sondagens empresariais PMI de maio nos Estados Unidos, Reino Unido e na zona do euro serão divulgadas.
No Brasil, a agenda de indicadores será mais leve. Destaque para os dados de arrecadação federal de abril, cuja data de publicação será divulgada nos próximos dias. Na sexta-feira, o Banco Central publicará sua nota de setor externo de abril, pela qual conheceremos o saldo em conta corrente e os investimentos estrangeiros no país. Vale manter no radar possíveis novas políticas de auxílio ao Rio Grande do Sul.
Veja todos os detalhes
Economia
Ata do FOMC e falas de dirigentes ao longo da semana
- Num discurso público durante o final de semana, o Presidente do Fed, Jerome Powell, disse que espera que a inflação caia adiante, embora não esteja tão confiante quanto antes. O seu comentário geral sobre o cenário econômico dos EUA foi otimista, com a avaliação de que o crescimento continuará acima da tendência e que o processo de desinflação deve continuar. Embora o FOMC (comitê de política monetária) ainda não esteja confiante quanto aos cortes nas taxas, Powell reforçou que é improvável que o próximo movimento seja alta nos juros de referência.
- O Banco Popular da China (PBoC) manteve inalterados os juros de referência, em linha com as expectativas do mercado. A taxa básica de juros (LPR) de 1 ano, referência para a maioria dos empréstimos às empresas e às famílias, foi mantida em 3,45%. A taxa a 5 anos, referência para hipotecas imobiliárias, foi mantida em 3,95%, após um corte recorde de 0,25pp em fevereiro. Ambas as taxas estão em mínimos históricos, em meio às tentativas de estimular uma recuperação econômica após dados mistos de atividade em abril. Na semana passada, o PBoC manteve sua taxa de empréstimo de médio prazo, continuando os seus esforços para estabilizar o yuan. Separadamente, Pequim anunciou novos estímulos para o sector imobiliário, flexibilizando as regras de compra e propondo aos governos locais a comprarem casas não vendidas aos construtores para serem convertidas em casas acessíveis.
- O preço do ouro subiu para os US$ 2.440 por onça na manhã de segunda-feira, atingindo um novo recorde, depois dos recentes dados econômicos dos EUA terem reforçado as especulações de que o Fed reduzirá os juros nos Estados Unidos pelo menos duas vezes este ano. Na semana passada, os dados de inflação foram mais benignos, e combinado com a estagnação das vendas no varejo, trouxe alívio sobre o Fed. Embora os membros do comitê ainda não tenham mudado a sua postura em relação ao momento dos cortes nas taxas, os mercados se tornaram mais otimistas na margem. Juros mais baixos nos EUA aumentam a atratividade de metis preciosos, como o ouro. Além disso, as crescentes tensões geopolíticas, incluindo os conflitos entre Israel e o Hamas e a guerra na Ucrânia, também impulsionaram os preços do ouro. Ademais, o aumento de estoque pelos bancos centrais, especialmente por parte da China, procurando reduzir a sua dependência do dólar americano, é outro fator que sustenta essa tendência.
- Na agenda internacional desta semana, a atenção se voltará para a divulgação da ata do banco central do Estados Unidos (Fed) na 4ª-feira, que discorrerá melhor sobre sua decisão de manutenção dos juros no intervalo de 5,25%-5,50% e de reduzir o ritmo de vendas dos títulos do Tesouro (prática chamada de quantitative tightening, ou QT, em inglês). Além disso, diversos diretores do Fed falarão publicamente ao longo da semana. Dados de inflação no Japão (5ª-feira) e Reino Unido (4ª-feira) também estão no radar do mercado. Por fim, leituras preliminares das sondagens empresariais PMI de maio nos Estados Unidos, Reino Unido e na zona do euro serão divulgadas.
- No Brasil, a agenda de indicadores será mais leve. Destaque para os dados de arrecadação federal de abril, cuja data de publicação será divulgada nos próximos dias. Na 6ª-feira, o Banco Central publicará sua nota de setor externo de abril, pela qual conheceremos o saldo em conta corrente e os investimentos estrangeiros no país. Vale manter no radar possíveis novas políticas de auxílio ao Rio Grande do Sul.
Empresas
Telecom Brasil e Financeiros | Relatório Temático: Um cisne roxo em telecom?
- Após um breve período de calmaria no mercado de Telecom, vemos uma ameaça com a esperada entrada do Nubank como operadora móvel virtual no 2S24;
- Este movimento pode ter passado despercebido devido à ausência de casos de sucesso de novos entrantes no Brasil. Os principais desafios estão nas limitações competitivas, nos preços e na capacidade de manter baixos custos de aquisição e de serviços;
- No entanto, com uma participação de mercado de ~22% no mercado de recarga pré-paga no Brasil, o Nubank desafiou a lógica convencional e, na nossa opinião, possui elementos-chave para o sucesso. Apesar dos riscos associados à execução e à falta de visibilidade do plano, consideramos possível que este risco afete a TIM (TIMS3) e a Vivo (VIVT3);
- Para o Nu, o potencial sucesso neste mercado, para além do seu core business, poderia reforçar a disposição dos investidores em atribuir um valor ainda maior aos elementos intangíveis, bem como confirmar sua capacidade de disrupção em novos negócios com potencial significativo de receita.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
JBS (JBSS3): ações sobem 18.4% na semana. Existe espaço para mais?
- Na semana passada, as ações da JBS subiram 18,4% (contra os +0,5% do IBOV), refletindo resultados robustos do primeiro trimestre e a indicação da administração de que seu processo de desalavancagem pode acelerar, visando um indicador DFL/EBITDA de 2,5x (ex-leasing) ao final de 2024. O potencial para upside adicional é a principal preocupação entre os investidores agora;
- A diversificação geográfica e de proteínas continua a produzir benefícios, mitigando efetivamente o desafiador mercado de carne bovina dos EUA, com desempenhos sólidos nas operações de aves e suínos nos EUA e no Brasil, que deverão impulsionar a recuperação dos lucros. Estamos revisando nossas estimativas e aumentando nosso preço-alvo de R$ 27,0 para R$ 34,9, refletindo um aumento de 27% e 11% em nossas estimativas de EBITDA para 2024 e 2025, respectivamente — ficando 8% e 2% acima do Consenso;
- Projetamos FCF yield de 12,6% e 16,5% para 2024 e 2025. Dado o forte momentum dos lucros e o valuation atrativo, esperamos que o desempenho positivo das ações da JBS continue, embora acreditemos que a recuperação dos lucros esteja em grande parte precificada.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Reduções no teto de juros do consignado INSS geram redução na oferta e forte desequilíbrio concorrencial, diz ABBC (Valor);
- B3: Número de investidores pessoa física cresce 2% no 1º trimestre, para 19,4 milhões (Valor);
- “Cisne roxo.” Nubank vai entrar em telecom. XP vê ‘game changer’ (Brazil Journal);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Alckmin defende que taxação de importados e programa do setor automotivo sejam votados separadamente (Estadão);
- PGFN e Receita lançam transação de débitos de IRPJ/CSLL sobre incentivos de ICMS (JOTA);
- Arezzo define nome da holding a ser criada após a fusão com o Grupo Soma (Bloomberg Línea);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Rio Grande do Norte tem a maior taxa de crescimento de usuários de planos de saúde nos últimos cinco anos (Valor Econômico);
- O apetite do Fleury por novos negócios após compra de R$ 70 mi (Veja);
- Comissão debate cancelamentos de adesões corporativas pela Amil (Câmara);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Justiça determina suspensão de embargo a projeto da JHSF (Valor);
- O que ocorre se o juro do financiamento imobiliário cair? (Valor);
- Procura por imóveis novos segue crescendo e é mais forte no MCMV (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- MME pode destinar mais recursos para redução de tarifas (Energia Hoje);
- Convênio destina R$ 1,9 bilhão para revitalização de LT de Itaipu (MegaWhat);
- Indefinição na prorrogação de concessões afeta financiamento (Energia Hoje);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
XPresso: Cenário com maiores incertezas no Brasil
- Nas últimas semanas, alguns acontecimentos têm colocado maiores dúvidas sobre o cenário dos ativos brasileiros. Na última semana, estivemos no Chile em reuniões com vários investidores institucionais, e em nossas conversas recentes com investidores estrangeiros e locais, temos visto uma clara deterioração do sentimento em relação aos ativos brasileiros, como a Bolsa;
- No ano, já são mais de R$ 32 bilhões de saída de investidores estrangeiros da Bolsa brasileira, mais da metade do fluxo de entrada em 2023, de R$ 45 bilhões;
- Nesse XPresso, discutimos esse aumento das preocupações dos investidores, mas também alguns fatores positivos para considerarmos no cenário adiante;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Em meio a cenário macro adverso, investidores estrangeiros aceleraram saída da Bolsa – Fluxo em foco
- Em abril, os investidores estrangeiros foram, novamente, vendedores líquidos de ações brasileiras, em R$ 11,1 bi em meio à um cenário macro mais adverso;
- Por outro lado, investidores domésticos continuaram o movimento gradual como compradores: os institucionais registraram um fluxo positivo de R$ 4,7 bi em abril, enquanto os investidores PF compraram R$ 4,1 bi no período;
- Em relação à indústria de fundos, tivemos mais um mês de captação, porém com multimercados e fundos de ações continuando a registrar resgates de R$ 1,6 bi e R$ 12,3 bi, respectivamente;
- O volume médio diário negociado na Bolsa ultrapassou os R$ 25 bi, mas ainda abaixo do pico de R$ 39 bi; enquanto o valor de mercado está atualmente em R$ 4,5 tri, com 377 empresas listadas;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields hold steady as investors look to data, Fed speaker comments in week ahead (CNBC);
- Projeção do BC levanta dúvida sobre corte de juro (Valor);
- Novo plano de recuperação judicial da Light é aprovado (InfoMoney);
- Rating ‘brA’ atribuído ao Banco BMG S.A.; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Grupo de 25 fundos imobiliários listados tem exposição à crise no Rio Grande do Sul (Valor Econômico);
- JSAF11: fundo imobiliário anuncia captação de R$ 424 milhões em oferta; veja quantos investidores participaram (FIIs);
- CACR11: fundo imobiliário anuncia oferta de R$ 120 milhões; quem pode participar? (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brasil tem 1.942 municípios suscetíveis a desastres naturais, segundo governo federal | Café com ESG, 20/05
- O Ibovespa terminou a semana avançando 0,4%, enquanto o ISE subiu 1,1%. Já o pregão de sexta-feira terminou em leve queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,10% e 0,29%, respectivamente;
- No Brasil, (i) em resposta ao que ocorre no Rio Grande do Sul, o governo federal mapeou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações – isso representa quase 35% do total dos municípios brasileiros e 6% da população nacional; e (ii) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) instalou, na última sexta (17/5), o Grupo de Trabalho do Plano Setorial de Mitigação de Gases de Efeito Estufa para a indústria, com objetivo de construir uma estratégia aplicável ao setor privado – dentre os participantes, vale destaque para representantes dos seis setores industriais que mais emitem: cimento, papel e celulose, alumínio, aço, química e vidro;
- No internacional, o Japão e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) planejam criar uma estratégia conjunta para a produção e venda de automóveis dentro do bloco do Sudeste Asiático, visando conter a presença crescente da China no mercado de veículos elétricos – o objetivo é traçar compromissos de cooperação para formação de pessoas, descarbonização na produção, exploração de recursos minerais, além de investimentos em biocombustíveis;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Troca de CEO da Petrobras (PETR4) reforça desafio de governança nas estatais | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Nesta edição, exploramos a mudança repentina de gestão da Petrobras (PETR4). Embora notemos que os desafios de governança decorrentes da interferência do governo nas empresas estatais sejam uma questão antiga no Brasil, acontecimentos mais recentes acabam por realçar a necessidade de resolução destes obstáculos, especialmente no que diz respeito à mudanças na gestão das companhias devido a interferências políticas. Embora os relatos da mídia indicassem que o Sr. Prates já enfrentou anteriormente uma pressão política para renunciar, o momento de sua saída foi inesperado, o que acaba por acrescentar uma incerteza na tese de investimento da Petrobras, aumenta a percepção de risco dos investidores, ao mesmo tempo que leva a uma deterioração da governança da empresa;
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