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O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Nesta quinta-feira (02), investidores aguardam a publicação de outros indicadores de atividade econômica dos Estados Unidos. Indicadores já divulgados mostram solidez da economia americana no 2º trimestre. No Brasil, resultados do PIB do 1º trimestre no centro das atenções.
Brasil
A bolsa brasileira oscilou entre ganhos e perdas nesta quarta-feira (01), e encerrou a sessão com uma leve alta de 0,01% aos 111.360 pontos. Enquanto o dólar teve um dia de alta, e encerrou a sessão os R$ 4,80 com uma variação de 1,08%. As taxas futuras de juros tiveram dia de alta, principalmente nos vencimentos mais longos. O movimento ocorreu por conta de percepção de risco maior no mercado externo e preocupações persistentes com a inflação, que hoje se acentuaram com o aumento do preço do petróleo, novamente perto de US$ 120/barril. A elevação da commodity acentua a discussão em torno dos preços de combustíveis no Brasil e mantém dúvidas sobre o projeto do teto do ICMS no Senado. DI jan/23 fechou em 13,44%; DI jan/24 encerrou em 13,015%; DI jan/25 foi para 12,405%; DI jan/27 fechou em 12,285%; e DI jan/29 encerrou em 12,38%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem levemente positivas (EUA +0,4% e Europa +0,5%) com queda nos preços do petróleo após anúncio de possível aumento de produção da Arábia Saudita, compensando pronunciamentos mais duros de membros do Federal Reserve. Nos EUA, o número de vagas de trabalho em aberto permaneceu em torno de 11,4 milhões, próximo ao recorde registrado em abril. Na Europa, a bolsa do Reino Unido permanecerá fechada por conta das comemorações do Jubileu de platina da rainha Elizabeth II. Na China, o índice de Hang Seng (-1,0%) encerra em baixa, reverberando os resultados da Meituan, que assim como outras big techs chinesas, reportou seu menor crescimento de receitas dos últimos 2 anos. Por fim, o petróleo (-2,5%) amanhece em queda após notícia do Financial Times relatar que a Arábia Saudita estaria pronta para aumentar sua produção caso a produção russa caia substancialmente em virtude das sanções aplicadas por países europeus.
Economia EUA
No cenário internacional, indicadores de atividade mostram solidez da economia americana no 2º trimestre. A demanda por bens industriais segue firme, conforme sinalizado ontem pela sondagem ISM (índice do setor manufatureiro). Enquanto isso, o “Livro Bege” do Federal Reserve – Fed, banco central dos Estados Unidos – apresentou que a percepção dos empresários sobre as condições econômicas atuais corresponde a continuidade do crescimento doméstico, forte elevação de preços (sobretudo de insumos) e dificuldades no preenchimento de vagas de trabalho. Os dados de atividade acima do esperado levaram a fortalecimento do dólar americano na sessão de quarta-feira, e reforçaram apostas de uma política monetária mais agressiva do Fed. A propósito, comentários de membros da instituição também chamaram a atenção ontem. Por exemplo, a Presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, argumentou que o banco central deve subir juros mais rapidamente em direção ao patamar neutro (ao redor de 2%). Por sua vez, James Bullard, Presidente do Fed de Saint Louis, afirmou ser contrário à ideia de que a autoridade encontrará espaço para pausar o ciclo de elevação de juros daqui a alguns meses. O dirigente defende a elevação da taxa de referência até cerca de 3,5% este ano.
Agenda de Divulgações
Na agenda internacional desta quinta-feira (02), as atenções estarão voltadas para a publicação de outros indicadores de atividade dos Estados Unidos: (I) relatório de emprego no setor privado (ADP) referente a maio; (II) produtividade e custo unitário do trabalho no 1º trimestre; (III) pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana encerrada em 28/05; e (IV) encomendas de bens de capital e bens de consumo duráveis relativos a abril. A agenda de hoje também traz a reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). Alguns analistas de mercado acreditam que a organização está se preparando para aumentar a produção da commodity para compensar eventuais quedas substanciais na oferta da Rússia.
Economia EUA
No Brasil, destaque para a divulgação dos resultados do PIB no 1º trimestre de 2022. O time econômico da XP espera crescimento de 1,4% em relação ao 4º trimestre de 2021 (e 2,2% ante o 1º trimestre de 2021). Já o consenso de mercado indica alta de 1,2% na margem e 2,1% em termos interanuais. A expectativa de forte desempenho do PIB no início do ano pode ser explicada pela reabertura econômica, dada a flexibilização adicional das restrições de mobilidade, além do aumento da massa de renda disponível às famílias e da forte elevação dos preços internacionais das commodities. O time econômico da XP projeta aumento de 1,6% para o PIB de 2022.
Além disso, o Senado Federal aprovou projeto que devolve aos consumidores o ICMS indevidamente cobrado sobre energia elétrica. O montante chegaria a R$ 48 bilhões, e a lei determina que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) implemente a destinação desses créditos Mas ainda há dúvidas sobre valores e para quais distribuidoras haveria devolução este ano. Segundo o senador Jean Paul Prates, R$ 11 bilhões seriam devolvidos em 2022, implicando redução de aproximadamente 5% na tarifa de eletricidade.
Mercado em Gráfico
Nesse cenário de taxa de juros já em dígitos duplos, ações continuam atrativas? A resposta curta é sim! Uma questão importante é como o mercado acionário se compara com a Renda Fixa, especialmente nesse ambiente de subida de juros. Em maio, o Copom subiu a taxa Selic mais uma vez para 12,75% ao ano, a décima subida de juros desde que o ciclo de alta começou em março de 2021. Equity Risk Premium (ERP), ou Prêmio de Risco em português, compara o rendimento de ações com as taxas de juros reais. Atualmente, esse indicador está em 9,0%, significativamente acima da média histórica de 4,9%. Ou seja, as ações brasileiras continuam baratas mesmo considerando o alto nível das taxas juros locais. Para conferir mais de como o Brasil continua muito barato e atrativo para se investir, acesse nosso Raio XP da Bolsa.
Veja todos os detalhes
Economia
Atividade econômica dos Estados Unidos continua firme no 2º trimestre; no Brasil, resultados do PIB do 1º trimestre no centro das atenções
- A atividade industrial dos Estados Unidos ganhou tração em maio, com a demanda por bens ainda bastante sólida, o que pode reduzir temores de uma recessão iminente na economia local. Conforme divulgado ontem (01), o índice de atividade manufatureira ISM – bastante acompanhado pelos mercados – subiu de 55,4 em abril para 56,1 em maio. Leituras acima de 50 indicam expansão no setor industrial. O consenso do mercado esperava recuo para 54,5. Destaque para o componente de novas encomendas, que saltou de 53,5 para 55,1, resultado superior às estimativas. Já a medida de preços pagos pelos produtores recuou de 84,6 para 82,2, mas permaneceu em patamar historicamente alto. Enquanto isso, o componente de emprego na indústria declinou de 50,9 para 49,6 no período (a primeira leitura abaixo de 50 desde agosto de 2021), em meio a um cenário de dificuldade dos empresários para preenchimento de vagas de trabalho. Em linhas gerais, os dados de atividade econômica acima do esperado levaram a fortalecimento do dólar americano na sessão de quarta-feira, e reforçaram apostas de uma política monetária mais agressiva – taxas de juros mais elevadas – do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos);
- Segundo o “Livro Bege” do Fed, também divulgado ontem, todos os 12 distritos acompanhados pela autoridade monetária relataram continuidade do crescimento econômico desde a publicação anterior, com a maioria indicando expansão leve ou modesta. O “Livro Bege” consiste em um relatório sobre as condições econômicas correntes em cada um dos 12 distritos federais dos Estados Unidos, provendo uma visão sobre as tendências econômicas oito vezes por ano. Os empresários da maioria dos distritos ainda reportaram forte elevação de preços (especialmente de insumos); três regiões, entretanto, sublinharam alguma moderação nas pressões inflacionárias. De acordo com o documento, os empresários destacam as dificuldades no mercado de trabalho (sobretudo acerca do preenchimento de vagas) como o principal desafio no atual cenário, seguidas pelas interrupções nas cadeias globais de suprimentos;
- Comentários de membros do Fed também chamaram a atenção ontem. A Presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, argumentou que o banco central deve subir juros mais rapidamente em direção ao patamar neutro. Por sua vez, James Bullard, Presidente do Fed de Saint Louis, afirmou ser contrário à ideia de que a autoridade encontrará espaço, durante o outono no Hemisfério Norte (início em setembro), para pausar o ciclo de elevação de juros. O membro do Fed defende a elevação da taxa de juros até cerca de 3,5% este ano, considerando uma taxa neutra ao redor de 2%. Ademais, o Presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, declarou estar confortável com a sinalização de prováveis aumentos de 0,50pp na taxa de referência nas duas próximas reuniões de política monetária;
- Na agenda internacional desta quinta-feira (02), as atenções estarão voltadas para a publicação de outros indicadores de atividade dos Estados Unidos: (I) relatório de emprego no setor privado (ADP) referente a maio; (II) produtividade e custo unitário do trabalho no 1º trimestre; (III) pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana encerrada em 28/05; e (IV) encomendas de bens de capital e bens de consumo duráveis relativos a abril. Conforme já divulgado nesta manhã (02), o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro mostrou elevação mensal de 1,2% em abril, abaixo da expectativa do mercado que apontava para alta de 2,3%. Na comparação interanual (acumulado nos últimos 12 meses), entretanto, a inflação ao produtor atingiu 37,2% em abril ante 36,9% em março. Excluindo-se os preços de energia, o PPI da zona do euro registrou aumento de 2,6% na base mensal e 15,6% na variação em 12 meses. Por fim, a agenda de hoje também traz a reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). Alguns analistas de mercado acreditam que a organização está se preparando para aumentar a produção da commodity com o intuito de compensar eventuais quedas substanciais na oferta da Rússia;
- No Brasil, destaque para a divulgação dos resultados do PIB no 1º trimestre de 2022. O time econômico da XP espera crescimento de 1,4% em relação ao 4º trimestre de 2021 (e 2,2% ante o 1º trimestre de 2021). Já o consenso de mercado indica alta de 1,2% na margem e 2,1% em termos interanuais. A expectativa de forte desempenho do PIB no início de 2022 pode ser explicada por: (I) reabertura econômica, dada a flexibilização adicional das restrições de mobilidade relacionadas à pandemia; (II) expansão da massa de renda disponível às famílias, puxada pela recuperação sólida do emprego combinada às maiores transferências governamentais de recursos; e (III) forte elevação dos preços internacionais das commodities, que impulsionam setores exportadores e geram um “transbordamento de renda” a outras atividades domésticas. O time econômico da XP projeta aumento de 1,6% para o PIB de 2022;
- O Senado Federal aprovou projeto que devolve aos consumidores o ICMS indevidamente cobrado sobre energia elétrica. O montante chegaria a R$ 48 bilhões, e a lei determina que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) implemente a destinação desses créditos Mas ainda há dúvidas sobre valores e para quais distribuidoras haveria devolução este ano. Segundo o senador Jean Paul Prates, R$ 11 bilhões seriam devolvidos em 2022, implicando redução de aproximadamente 5% na tarifa de eletricidade.
Empresas
Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Plano de recompra de ações de Grupo Éxito; Realocação de Capital
- O Grupo Pão de Açúcar anunciou ontem (01) a aprovação pelo Conselho de Administração da adesão do GPA ao plano de recompra de ações do Grupo Éxito. O programa de recompra envolve a aquisição de 3,4% da participação do GPA Brasil por COP21.000 por ação (equivalente a ~R$387mi ou 63% de prêmio sobre o preço do fechamento) com o caixa detido pela subsidiária do Grupo Éxito. O valor do programa foi baseado na avaliação de uma empresa financeira externa independente;
- Com isso, o valuation implícito da participação consolidada do GPA é de ~R$11,4bi vs. o valor de mercado atual de PCAR3 em R$5,3bi (baseado no fechamento de 01/jun);
- Apesar da transação indicar uma valorização potencial relevante do Grupo Éxito, a vemos como Neutra nesse momento, uma vez que trata-se de uma transação intragrupo em que o próprio grupo definiu o preço a ser pago além de ser apenas uma realocação de caixa do Grupo Éxito para o GPA Brasil (controladora) e, portanto, sem geração de caixa para a empresa consolidada. Dessa forma, mantemos nossa recomendação Neutra para PCAR3 e preço alvo de R$32,0 por ação.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Stone faz reestruturação e reduz peso de fundadores (Valor);
- C6 passa a vender seguro odontológico, em primeiro passo rumo a produtos de saúde (Estadão);
- CEO do JPMorgan alerta para “furacão” na economia americana (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- PIB do 1º trimestre é divulgado hoje com ‘onda de otimismo’ (Exame);
- Consumidor sente inflação elevada, muda dia da compra e força varejo a se adaptar (Estadão);
- Pandemia: tendências mudam, mas hábitos pandêmicos devem ficar (Ecommerce);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Brasil lidera avanço da produtividade agrícola (Valor);
- Desabastecimento de diesel: Setor de biodiesel está pronto para B12 agora e B14 ao longo de 2022 (Notícias Agrícolas);
- Grãos caem com afrouxamento das preocupações com a oferta e baixa demanda dos EUA (Bloomberg);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Fundos reduzem taxa para Eletrobras. (Valor Econômico);
- Senado aprova projeto que reduz conta de luz. (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em alta com investidor à espera de encontro da Opep+. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Delta aumenta projeção de receita com salto na demanda por passagens aéreas
- Delta aumenta projeção de receitas para nível pré-pandemia em virtude do salto na demanda e aumento no preço das passagens;
- General Motors reduz preço de veículos elétricos;
- Em ano ruim para bolsa de Hong Kong, start-up chinesa de carros elétricos WM Motor abre pedido para IPO;
- O comércio de yuans-rublo aumenta mais de 1.000% à medida que a China e a Rússia se aproximam;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários vencem disputa com a Receita na Câmara Superior do Carf (Valor);
- Fundo imobiliário tem alta de mais de 11% em valor patrimonial após reavaliação de ativos (MoneyTimes);
- Tokenização e ocupação de imóveis: uma relação benéfica para todos (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Crises recentes impulsionam a União Europeia na redução do uso de combustíveis fósseis | Café com ESG, 02/06
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território neutro, com o Ibov estável e o ISE em leve queda de -0,2%;
- No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável com 16 grandes empresas identificou os desafios e oportunidades para o transporte elétrico de cargas no país – o estudo elencou pontos essenciais para que a transformação da mobilidade avance, como a formação de uma melhor infraestrutura de recarga de baterias, a criação de um marco legal e de programas de fomento à eletromobilidade e a adoção de um conjunto de sistemas e tecnologias que facilitem a gestão de dados;
- No internacional, (i) uma análise das políticas climáticas dos países da UE mostrou que, desde 2020, dos 27 países membros do grupo, 17 intensificaram seus planos para aumentar a energia renovável, marcando o período em que as crises de energia e COVID-19 impulsionaram as nações a se colocarem no caminho para reduzir o uso de combustíveis fósseis nesta década; e (ii) em um evento com o Banco Internacional de Compensações, o banco central dos bancos centrais, vários dirigentes se disseram dispostos a seguir com a bandeira de combater o atual surto inflacionário e, também, as mudanças climáticas. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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